História Lost - This can be truth?!

- Legal... – Justin sussurrou para si mesmo.

- Me desculpa mas é que.... – Fui interrompida por uma parada brusca. Eu quase cai pra frente, Jofrey e Jeremy desceram de seus cavalos junto com mais homens que mais pareciam capitães-do-mato, que para quem não sabe são aqueles homens que buscavam os negros que fugiam dos quilombos no tempo em que eram escravos, sim, eu sei um pouco de história.

- Justin, você tem um casamento marcado, não pode trair sua futura esposa assim descaradamente. – Jeremy disse se aproximando.

- Eu já disse que eu não vou me casar com Stacy pai. – Justin esbravejou. – E eu não estou traindo minha futura esposa, ela esta ao meu lado. – Ele disse e eu revirei os olhos, mas que porra de pedido de casamento foi esse? Ta tudo bem que ele disse que me amava e eu falei “legal” mas um pedido de casamento é outra coisa. – Você não pode me obrigar a casar com quem eu não queira a menos que tenha um contrato de terras.

- Eu tenho. – Ele disse e mostrou o papel, eu iria pegá-lo e queimá-lo também.- E pode queimar esse se quiser Demetria, nós sabemos o que fez no casamento de Christian e nos precavemos, não sou tão idiota quanto pareço.

- Ainda bem que você sabe que parece um. – Disse cruzando os braços. – Vocês não vão fazer Justin se casar com outra que não seja eu. – Disse sem pensar, Justin sorriu. – Só por cima do meu cadáver.

-Que seja. – Jeremy levantou a arma e Justin entrou na minha frente.

- Não pai. – Ele disse.

- Vamos Demetria, sua mãe esta preocupada, quer saber onde você está. – Jofrey pela primeira vez abriu a boca.

- Cala a boca seu cuzão de merda!  - Agora foi a vez de Jofrey apontar a arma para mim.

- Chega! Eu me caso com a Stacy. – Justin disse e baixou a cabeça. – Mas a deixem livre.

- O que? não! Nem fodendo! Você não vai se casar com a Stacy Justin! – Gritei.

- Me desculpe Demetria, mas prefiro você longe e viva. – Ele disse frio e partiu meu coração. – Eu nunca deixarei de te amar, eu sempre que eu te ver, mesmo que esteja com Stacy, eu vou te olhar de soslaio e sorrir...

- Pera, que caralho é esse de Soslaio?

- Olha com o canto do olho, posso continuar. – Assenti e ele prosseguiu. – Eu vou sempre matar qualquer desgraçado que se aproximar de você e nunca, nunca me deitarei com Stacy, por mais difícil que for, vai valer a pena. – Aquilo me acalmou, mas foi por pouco tempo, os homens de Jeremy seguraram Justin e o amarraram. – Que diabos estão fazendo, já falei que vou me casar!

- Eu sei, mas não queremos que saia traindo sua noiva até o casamento. – Jeremy sorriu. – O levem para o porão. – Ele ordenou.

- Não! Justin espera! – Gritei e Jofrey veio me segurar, mas ele era muito viado e assim que eu dei um tranco ele me soltou. Fui até Justin e o beijei como nunca, novamente a porra do oxigênio faltou e nos separamos. – Eu te amo porra! Eu não vou deixar você se casar! – Foi meu ultimo grito até eles ficarem longe. Senti meu celular vibrar, bufei e vi duas novas mensagens.

Mensagem 1

“diga verdade, sobre tudo!”

Mensagem 2

“ o tempo não está ao seu favor”

O que? mas que porra é essa?!

***

Após pensar muito sobre aquilo, resolve escrever uma carta, contando tudo para Justin, sobre eu ser do século 21, e sobre o fato de eu o amar, eu nunca estive tão certa disso na minha vida e se eles pensam que eu vou deixar ele se casar com aquela baranga desnutrida eles estão enganados, nem que nós tenhamos que passar a vida toda fugindo deles.

Depois de escrita a carta, a entreguei para Jazmyn que me abraçou forte e prometeu entregar a Justin.

Fui a cachoeira de novo, precisava pensar. Eu queria tanto que tudo desse certo, queria que não tivesse esse negócio de casamento por obrigação, começou a chover forte eu decidi voltar para casa de minha mãe, escutei um barulho de trovão o que me deu um baita susto, eu olhei para cima ainda correndo e acabei tropeçando, eu olhei para os lados e percebi que estava na praça, tudo começou a ficar branco.

- Ah, não! Agora não, eu não posso voltar! – Foi o que eu consegui dizer depois de tudo ficar branco, fechei os olhos pela claridade e quando os abri dei de cara com uma estatua.

- Não, não pode ser! – Gritei.

- O que não pode ser? – Escutei uma voz. Me virei e havia um rapaz se aproximando, eu estranhei as semelhanças que ele tinha com o justin, fora a pele mais pálida e os olhos azuis eu podia dizer que era idêntico.

- Quem é você?

- Meu nome é Josep. – Ele disse simples.

- Josep do que?

- Josep Albert Bieber. – Ele disse e eu arqueei as sobrancelhas. Que merda estava acontecendo.

- Em que ano nós estamos? – Perguntei rapidamente.

- Como?

- Puta que me pariu, qual a data de Hoje? – Gritei desesperada.

- Dia 7 de março de 2014.

- Puta merda, você esta mentindo certo? Por favor, diz que está. – Pedi chorando. – Vai, me diz que nós estamos no século 19 e que tudo isso é uma grande confusão.

- Garota, você pirou caralho?  Mas que maluca! Eu estava de boa na boate faz umas duas horas, você estava dançando sendo que todo mundo havia ido embora, eu te expulsei de lá, limpei e quando chego na praça você ta aqui no chão, você ainda está bêbada? – Ele me dizia mas tudo que eu queria era achar um jeito de voltar para Justin, aquilo não podia ter sido um sonho, aquilo foi real demais, eu o amo e nunca vou desistir de procurar, nunca!

***
Justin POV

Eu estava no porão, sentado sem nada para fazer e a única coisa que me vinha na cabeça era Demetria, ela disse que me amava, eu estava tão feliz e ao mesmo tempo tão triste. Eu vi alguns potes com tinta e resolvi fazer algo de útil, achei um quadro e pinceis que deveriam ser da minha mãe ou algo assim, quando percebi, já havia feito tantas pinturas e todas elas tinham Demi estampada neles a que mais me deu trabalho foi uma que em que ela estava sentada, com seu celular em mãos, o vestido salmão e seus sapatos diferentes vermelhos. Jazmyn entrou e fechou a porta, soltando o ar.

- Jazzy?

- Justin, a Demi pediu para eu te entregar, Papai não pode nem imaginar que eu vim lhe entregar isso entendeu. Você esta com fome? – Neguei. – Mas faz três dias que você está aí preso. – Eu a abracei.

- Não importa, pode sair agora filho. – Jeremy apareceu nos assustando. Eu não o chamaria de pai enquanto ele me fizesse casar com Stacy. – Demetria sumiu. – Ele disse feliz, meus olhos marejaram, isso não podia ser verdade.

***

- Justin, nós vamos encontrá-la. – Jazzy me dizia enquanto me abraçava, eu tentava parar de chorar, mas era impossível, a culpa era minha, toda minha. Eu a procurei em cada canto do mundo e nada, nada, tudo que eu queria era estar com ela. Olhava para as várias pinturas que havia feito dela, uma em que ela tinha uma das mãos em seu cabelo, sorria, e que  belo sorriso era aquele, seus olhos castanhos e seus cabelos ondulados, ela olhava diretamente para mim, sei que era apenas uma pintura, mas era tão bom olhar para ela, era como se um pedaço da verdadeira Demi estivesse comigo, eu não desistiria dela tão fácil, nunca.

 A única coisa que pensei foi ler a carta que ela tinha me deixado.