...
-Vamos entrar, podemos descansar um tempo até a hora de partida. – Coulson diz. Vou para o meu quarto, deito na cama e penso em todos os inumanos presos, parece que estou em um flashback e novamente vejo inumanos presos pelo Whitehall fazendo as coisas mais inimagináveis com cada um. Tento afastar esses pensamentos e dormir um pouco, mas só o que consigo fazer é pensar em Ward e no que ele fez. Não consegui deslogar meus pensamentos então tomei um banho e depois tentei ler um livro. Quando bateram a porta para me chamar eu já estava vestida (uma roupa especial,que protege o corpo e dá mais agilidade) então só sai e encontrei todos na porta de entrada.
-Aqui. – Fitz me entrega algo parecido com uma escuta. – Você vai entender, coloque nos ouvidos. – Ele diz e entrega um pra Wanda e Lincoln.
-Fitz teve uma ideia ótima, ele fez esses... Como você chama? - Coulson pergunta a Fitz.
-Eu ainda não dei um nome. – Fitz diz.
-O que é? - Sam pergunta observando o aparelho na mão de Coulson que parecia um celular.
-Todos nós, vibramos em uma frequência, os inumanos vibram em outra. O que eu fiz foi utilizar essa frequência para criar algo que quando é ouvido por inumanos faz com que eles apaguem. Se eles estiverem sendo forçados a ajudar o Ward com isso irão apagar. - Fitz diz sorridente. Lincoln e eu trocamos olhares e Fitz logo diz: - Eu também fiz uns microauditores para vocês três. - Ele diz e eu mecho no meu e coloco na orelha.
-Sloan é inumana? - Sam pergunta surpreso.
-Surpresa. - Respondo.
-Problema resolvido. Agora, Capitão disse que existem mais soldados invernais, isso é verdade? - Ele pergunta para Bucky.
-Sim. - Ele responde.
-Então, a situação é mais complicada do que imaginávamos. - May diz.
-Eu passei algumas informações pra Evy, um arquivo, com muitas pesquisas sobre ele. - Sky diz.
-Tudp Isso tem que estar ligado de algum jeito. - Steve diz. - Sloan, quando você estava procurando o Bucky não encontrou mais alguma coisa? Qualquer detalhe. - Ele pergunta e me olha, fico sem reação, ”diga a verdade” eu pensava olho pra Bucky que faz um movimento afirmativo com a cabeça. Respiro fundo. Pego meu tablet e mostro a bala em 3D. - Eu tirei essa bala do Bucky... Estava banhada de veneno. Alguém atirou nele, provavelmente a Hydra, ainda não sabemos quem...
-Como assim tirou a bala do Bucky? - Steve pergunta.
-Ele estava na minha casa esses meses. – Digo de uma vezes e Steve não diz nada, apenas demonstra uma cara surpresa.
-Sabe o quanto eu procurei por ele? - Steve pergunta.
-Sim. - Respondo firme.
-Devia ter reportado em seus relatórios. - May diz. – Você ocultou informação...
-Eu estou chocado. - Sam diz.
-Por que não está dizendo nada diretor? - May diz ironica a Coulson.
-Foi por isso que você nos ajudou. – Steve diz.
-Eu sabia que você não estava pronta para assim. - May diz.
-Eu não me arrepende.Ele estava salvo. - Digo e Sam ri. De repente todos começam a discutir.
-Não importa o que aconteceu ou o que deixou de acontecer, apenas parem de gritar, isso não ajuda em nada. Temos coisas para resolver, podem simplesmente tentar ajudar? - Clint grita e todos ficam em silencio.
-Manda o arquivo pra mim, não podemos esperar mais, sabe-se lá. – Coulson diz e abre a porta do Ônibus. Nos dividimos nos dois quinjets da equipe e vamos até o local. Assim que chegamos desço do quinjet e encontro Fitz.
-Está nervoso? – Pergunto.
-É o Ward, qualquer oportunidade que tiver para matar ele... - Ele diz destravando uma arma. Nos juntamos com o resto do grupo.
-Primeiro a equipe um entra, Sky e Lincoln na sala de controle, vocês desativam as câmeras e o sistema de alarme, depois a equipe dois e três entram, Scott e Mack vão abrir caminho para Fitz e Simmons até o laboratório, enquanto Capitão e Sam vão até o lado norte, onde se localiza uma enfermaria, então os outros entram, esse lugar tem uma infinidade de cômodos, Bobby, Hunter e Clint verificam o lado oeste, aparentemente é uma espécie de garagem, e então a nossa parte é olhar todos os cômodos restantes e achar os inumanos. – Ele diz olhando para mim, Bucky, e May. – Mas se lembrem, é uma armadilha, eles estarão preparados. Não parem de fazer contato pelo rádio, só não entrem todos de uma vez na linha. – Todos ficam quietos e começam a se preparar, carregar armas, arrumar detalhes em trajes, pegar granadas e munições. Carrego duas pistolas pequenas e coloco uma granada em meu cinto.
...
Sky e Lincoln entram e esperamos o próximo sinal.
"Pronto" Sky diz no rádio e então Fitz e Simmons pegam suas maletas e acompanham Scott e Mack até o outro lado enquanto Cap e Sam entram. Nenhum som é emitido nos minutos seguintes. Estranho. Coulson faz sinal para mim Wanda e Bucky. Entramos pelo lado oposto e ele e May seguem em frente. Cruzamos o primeiro corredor então viramos à esquerda, ouço passos e conversas e retornamos rápido.
-Eu vou na frente e distraio eles. – Sussurro e antes que Bucky pudesse protestar sai. Atirei nos dois em minha frente, logo a arma da mão direita utilizou todas as munições então a largo no chão. Um agente vem correndo em minha direção pelo lado esquerdo e outro pelo lado direito. Atiro em um e no outro o empurro com meu poder. Abro a próxima porta que dá para outro corredor e não tem ninguém. Volto até onde Bucky e Wanda estão.
-Limpo. - Digo assustando Wanda. Cruzamos novamente o corredor mas agora algo está diferente. – A porta se fechou sozinha. – Digo e Bucky passa a frente. Ele mira com a sua arma e eu abro a porta, ele entra e espero sons de tiros, mas nada acontece.
-Ninguém. – Bucky diz.
-Esse é o escritório um. – Wanda diz.
-Está vazio, não tem nada lá dentro. – Bucky diz.
-Coulson estamos indo para o segundo escritório . – Digo e espero a resposta.
-Afirmativo. - Ele responde e vamos para o segundo. Dessa vez viramos a direita e vemos outra porta fechada, novamente me preparo para abrir e quando giro a maçaneta não consigo abrir.
-Eu posso... - Wanda começa a dizer e move as mãos fazendo sair uma luz vermelha, então a porta se move e sai do batente da porta.
-Isso é muito legal. - Digo. Entramos e novamente não tem ninguém dentro.
-Isso está muito estranho. Não deixariam somente aquilo de guardas aqui. – Bucky diz. – Não faz sentido, está fácil demais. – Há um mapa em cima de uma mesa e um quadro que muda a pintura. Bucky vai olhar o mapa e Wanda checar as gavetas dos arquivos em baixo da mesa. Sinto-me estranha, algo está errado, é como Bucky disse, está fácil demais.
-Pessoal, achei os inumanos e temos companhia. - Hunter diz no rádio. De repente Wanda começa a gritar e se contorcer até desmaiar.
-Meu Deus, Wanda. – A chamo e checo sua pulsação. – O que foi isso?
-Hunter deve ter apertado no super celular sem querer. – Bucky diz. – E o fone dela falhou.
- Acho que não, a não ser que...
-Oie Evy. - Ward diz aparecendo na sala, ergo minha arma e Bucky aponta a dele também. – Só quero conversar.
Flashback On
Vou atualizar a situação. Depois que a Shield caiu e Romanoff liberou todos os arquivos secretos da Shield fomos taxados de terroristas. Coulson achou coordenadas secretas em seu distintivo que nós levaram até uma base secreta do Fury, onde um agente chamado Eric Koenig estava nos aguardando. Ward foi levar Garret (o treinador dele, que descobrimos ser da Hydra) a geladeira, e possivelmente estava morto mas apareceu na base vivo. A Hydra tomou a geladeira então todos os prisioneiros foram soltos e varias coisas importantes foram levadas de lá pela hydra. Coulson, Fitz, Simmons e Sky saíram para ajudar uma violoncelista conhecida que estava em perigo. Pouco tempo depois May foi embora misteriosamente. Eu tive que hackear a segurança nacional para conseguir as imagens da geladeira, então achei Koenig morto e juntei as peças, Ward é da Hydra, o que significa que Garrett também está vivo. Estamos num avião indo pro Peru, ele não sabe que eu sei, mas, eu sei o que ele quer de mim, ele quer que eu decodifique o drive (que precisa estar num lugar especifico para desbloquear) que contém todas as informações e pesquisas da equipe, informações muito valiosas. Enquanto ele está pintando a logo do carro achando que eu estou decodificando, eu tenho tempo, vou até o armário do Fitz procurando munição.
-Fitz guarda os doces debaixo do beliche. - Ward diz me assustando. - O que está procurando?
-Eu to procurando um telefone para ligar para a equipe. - Digo sorrindo - Pra ver se está todo mundo bem. Se estão todos vivos.
-Tenho um telefone. Falei com Coulson agora pouco. - Ele mente sem saber que alertei Coulson.
-Falou? - Pergunto surpresa.
-Sim, desculpe. Devia ter te avisado. Estão bem, assim que chegarmos à localização e decodificarmos o drive...
-Vamos poder nos encontrar com a equipe. - Termino a frase com outro sorriso.
-Exatamente. - Ele sorri e me beija. Nos separamos e volto até a mesa. Eu estava completamente enojada.
-Achei que era algo inteligente na hora, travar o drive pela localização, não pensei que seria um problema.
-E não é. - Ele diz vindo até a mesa ao meu lado. - O drive deveria ser impossível de hackear mas, ele tem coordenadas bem especificas, poderia ter escolhido qualquer lugar do mundo. Porque em uma lanchonete no campus da universidade de Chicago?
-Estava gravado na minha codificação nunca mudei... Mas combina, foi toda essa loucura da S.H.I.E.L.D começou. Além disso, o que esperar de uma universidade? - Pergunto
-Local publico, muitas pessoas, varias saídas. - Ele responde.
-É, além do que se eu estivesse em perigo, lá estaria protegida.
-Você está muito segura. - Ele me abraça e tira a minha arma da minha cintura. - Isto, no entanto, não é a resposta. - Fiquei com medo de ele ter descoberto.
-Qual é o problema? Uma garota não pode se defender? - Pergunto.
-Nessa situação, a ultima coisa que queremos é sermos pegos por porte ilegal de armas.
-Tem razão, de novo. - Digo - Não consegui encontrar nenhuma bala mesmo.
-Ei, vamos ficar bem. A hydra não vai vencer. - Ele diz - Prometo que até isso acabar não vou tirar os olhos de você. – Ele diz me abraçando.
...
Estamos indo para a lanchonete do campus e eu estou de mãos dadas com o Ward.
-Não me lembro da ultima vez que eu sentei num restaurante. - Digo.
-Sei. Sempre estamos pra lá e pra cá comendo comida de avião - Ele diz.
-Acho que vou pedir uma torta de sobremesa. - Digo.
-Sobremesa? - Ward pergunta. - Esperava que acabasse antes de tomar um café.
-Sabe quanto tempo vai demorar pra desencriptar o drive? - Pergunto.
-Pra você? Chuto uns 10 minutos. - Ele responde.
-Não chega nem perto disso. O GPS vai demorar um segundo pra calibrar, mas eu to trabalhando no meu Notebook. Mesmo com três ciclos por byte, são terabytes de...
-Me poupe dos detalhes... Diga quanto tempo leva. - Ward diz me interrompendo.
-Uma hora seria um milagre. - Digo.
-Coulson precisa disso pra ontem. - Eu paro de andar.
-Meu notebook não é maquina do tempo. É assim que funciona. – Digo um pouco grossa.
-Vamos pedir a sobremesa. - Ward diz e entramos na lanchonete, nos sentamos numa mesa no canto, pego o notebook e começo a decodificar o drive.
-Tá me encarando de novo. - Digo depois de um tempo.
-Não posso fazer isso? Você é bonita - Ele diz. em outros tempos eu teria corado e ficado nervosa.
-Eu já te falei que é um hack complicado. - Mostro o notebook pra ele que franze o cenho.
-Está confundindo minha admiração com impaciência.
-Não, é impaciência. - Digo.
-Ta bom, desculpe. Não quero forçar a barra.
-Melhor esperar lá fora. - Digo. - Tenta de novo o telefone via satélite.
-Não, vamos ficar juntos, manter o plano. O quanto antes decodificarmos o drive...
-Vamos encontra-los. Você já disse isso duas vezes. - Digo e olho pro notebook. ”Localização invalida, acesso negado”. Olho pro Ward, conheço ele e ele me conhece bem, sabe que tem algo de errado.
-Está tudo bem? - Ele pergunta e coloca sua mão na minha. - Parece nervosa.
-Como poderia saber superespião? – Digo tentando mudar o foco, o lembrando de nossos antigos testes;
-Fica parada para esconder inquietação, mantendo contato visual para dar impressão de confiança. O que há de errado? - Saio da pagina e vou até um site de busca, olho novamente para o Ward.
-Da ultima vez que estive aqui, estava sentada do outro lado da sua mesa, e enquanto isso estavam vasculhando meu quarto achando sangue Kree. E vocês haviam me sequestrado. Agora nós somos os mais procurados do FBI. É só como se a qualquer momento tudo fosse dar errado. - Digo enrolado.
-Relaxa. Você está indo bem. - Ele sorri.
-Esconder o que estou pensando e sentindo não é tão fácil pra mim quanto é pra você.
-Isso vem com a experiência. - Ward diz.
-É, imagino que sim. – Digo e Ward pega um cardápio e começa a encarar a mesa da frente. Foco no notebook.
-Quanto tempo mais? - Ele pergunta.
-Meia hora. - Respondo
-Disse isso há meia hora atrás.
-Não foi você que me falou pra relaxar? - Pergunto alto e pelo canto do olho vejo dois policiais.
-Aqueles policias não param de encarar a gente. - Ward diz discreto.
-Eles só estão paquerando a garçonete. - Digo encarando ele. - Eles não sabem que você esta fingindo ser o que não é.
-Tudo bem. Quem eu estou fingindo ser? - Ele pergunta
-Meu namorado impaciente. - Respondo.
-Gostei desse disfarce. - Ele diz e dá um sorriso bobo. Uma viatura da policia passa na frente.
-Qual foi o seu maior tempo disfarçado? - Pergunto. - Tipo, realmente disfarçado?
-Bem, uns 16 meses. - Ele responde e eu continuo o encarando.
-Quando foi isso? - Pergunto.
-Cinco anos depois que saí da academia, eu me passei por um russo na embaixada da Varsóvia. - Ele responde.
-Deve ser difícil viver uma vida dupla assim. Se aproximar das pessoas apenas para usa-las. Não sei como o Garrett conseguiu fazer isso.
-Garrett? - Ward pergunta desconfortável.
-Pense em todo o tempo que ele passou sendo o seu instrutor. Conhecendo você, sendo seu mentor, mentindo na sua cara, traindo você assim.
-Isso foi difícil de aceitar, mas felizmente acabou. - Ele diz.
-Porque você matou ele.
-Podemos não falar disso agora? - Ele pergunta inquieto..
-Se você tivesse tempo antes de atirar nele, na cabeça dele, tão heroicamente, se ele estivesse sentado aqui nesse momento, o que você diria pra ele? - Pergunto olhando no fundo de seus olhos.
-Evy...
-Diria que ele é repulsivo? Diria que era um covarde traidor maldito e nojento? Ou mandaria ele para o inferno? - Pergunto.
-O que está fazendo? – Ele questiona.
-Tentando pele menos uma vez ter uma conversa honesta. - “Com licença, podem sair?” Escuto os policiais dizendo.
-Eles nos acharam. Eles estão tirando as pessoas para fora, temos que sair. - Ward diz.
-Não, estamos bem aqui...
-Evy, temos que ir, vamos. - Ward insiste.
-Não. - Digo firme, viro a tela do notebook e mostro a foto de fugitivo do Ward. - Fui eu que os avisei. - Ward encara a tela surpreso. - Hail Hydra.
-Vocês dois mostrem suas mãos agora. - Um policial diz armado e nos levantamos com as mãos no alto. - Levantem, agora!
-Cuidado ele está armado. - Digo e Ward me olha de canto. Quando o policial vai prender as algemas Ward bate na cabeça dele e começa a lutar com eles. Coloco o notebook na mochila e saio correndo.
-Evy! - Ward grita com vários poliais segurando ele.
-Policias eu me rendo. Me levem daqui! – Grito para dois policiais que estão encostados na viatura.
-Devagar! O que foi? - Eles perguntam
-Sou uma agente da SHIELD procurada me prendam. - Empurro o policial. - Vai, me tira daqui.
-Chega. Vamos. - Eles seguram meus braços.
-Isso. Vai logo. - Digo
-Evy. - Ward aparece na porta e atira nos dois policiais. Entro no carro correndo - Evy não fuja. Você não entende! - Dou partida. - Eu não estou tentando te machucar. - Olho pra frente e vejo o Deathlook ou Mike Petterson (um homem que foi modificado com um soro da centopeia e agora tem super habilidades), dar um salto muito alto e para em cima do meu carro e com a mão quebra o vidro e me pega pelo pescoço me impedindo de agir.
...
-Devia estar me agradecendo. - Mike diz a Ward enquanto eu finjo que estou desmaiada. - Eu te salvei.
-Você não me salvou. Você me tornou em um espetáculo publico.
-Deixou que ela o enganasse. É o que o Garrett temia.
-Ele disse pra você sair do mapa. - Ward diz.
-Ele me mandou seguir você. Sabia que a sua fraqueza era a Evy e que ela se aproveitaria disso.
-Bem, ele estava errado, estamos com ela. Assim que ela der a localização, damos o fora.
-É isso não vai acontecer. - Digo me levantando.
-De uma circulada, dou conta disso. - Ward diz a Mike.
-Você pode? Não conseguiu até agora. - Digo desafiando-o.
-Garrett lhe deu 5 minutos. - Mike diz saindo.
-Eu posso explicar. - Ward diz e eu vou pra cima dele o empurrando com toda a raiva que estou sentindo.
-Seu cretino! Mentiroso! - Dou um soco nele - Filho da puta.
-Pare, pare, pare! - Ele diz me segurando - Se acalma. - Ele me prende contra a escada. - Você perdeu. Não vai ganhar. - Dou uma cabeçada nele e ele me algema na escada. - Sossega.
-Esse tempo todo, depois de tudo que nos passamos. Por quê? Como você pode? - Pergunto derramando algumas lágrimas.
-Eu estava em uma missão. Não era pessoal.
-Não era... Você não disse isso! Não era pessoal?! - Grito.
-Evy, me escuta.
-Acha que eu acredito mesmo nisso? Você, isso é a lógica invertida que te ensinam quando você esta se tornando nazista!
-Eu não sou nazista.
-Sim você é, é exatamente o que você é. Está no capitulo um do livro da SHIELD. O Caveira Vermelha, fundador da Hydra. Era um nazista louco!
-Não é mais assim hoje em dia.
-Você sempre teve um ar de Hitler. Não devia me surpreender.
-Não é bem assim. Eu sou um espião, eu tinha um trabalho, você entende. – Ele diz.
-Não. Não entendo. Você matou não sei nem quantas pessoas. Vai me matar agora? - Pergunto.
-Não, eu nunca machucaria você.
-Assim que eu desbloquear o drive você vai atirar em mim, como fez com Thomas Nash, ou mandara alguém fazer isso? Como fez com o Quinn?
-Não sabia sobre aquilo. Foi ideia do Garrett. – Ele diz.
-Eu podia ter morrido. – Digo. – Mas, claro foi culpa do Garrett. Era parte “da missão” não é? Só se sentou e vai me assistir sangrar até chegar a sua vez de puxar o gatilho...
-Acha que eu participei daquilo? Que eu o deixei atirar em você?! Você sabe o que eu sinto por você Evy.
-Espera. - Olho incredula para ele. - Então você tendo mentido, para todo mundo, sobre tudo e ainda diz que tem sentimentos por mim.
-Eles são verdadeiros, Evy. - Ele segura meu rosto. - Sempre foram.
-Eu vou vomitar. - Digo chorando. - Você destruiu isso Ward. Você nos destruiu.
-Você acha que tem sido fácil pra mim?Você tem ideia do quanto foi difícil? Os sacrifícios, as decisões que eu tive que tomar?! Mas eu tomei. Porque é isso que eu faço. Eu sou um sobrevivente.
-Você é um serial Killer. E sabe de uma coisa? Você estava certo sobre uma coisa que me disse. Eu não ia gostar do seu lado verdadeiro.
-Algum dia você vai entender.
-Não, eu não vou. E eu nunca, nunca vou dar o que você quer. Vai ter que me matar – Digo e Ward vai até o painel de controle.Tento tirar minhas algemas, mas faço força em vão.
-Acabou o tempo. – Ward diz voltando com Mike atrás dele. – Você pode me dizer onde decodificar o drive ou pode dizer a ele. – Ward diz e eu olho o Deathlook.
-Mike... Por favor. Sei que não quer fazer isso. – Digo.
-Não decido isso.
-Não ligo para o que fizeram com você, você ainda é o Mike Peterson. Você ainda é um pai. Você tem um filho...
-Que eu deixei nas suas mãos. Pedi para que você e a Sky cuidassem dele. Onde ele está agora?
-Ele está com a sua tia, protegido pela Shield. – Respondo.
-E o que é a Shield hoje? A hydra pode ferir meu filho a qualquer momento e se eu pensar em resgata-lo eles explodem a bomba que está na minha cabeça. Fala pra gente como desbloquear o drive. – Mike me pressiona.
-Não. – Digo.
-Droga, Evy. – Ward diz passando as mãos pelo rosto.
-Poderia ter atirado em mim Mike mas não, mandaram o Quinn fazer isso, eu não acho que vá me machucar. – Digo.
-Tem razão. Não vou machucar você. – Mike diz e se vira lançando alguma coisa em Ward que começa e gemer de dor.
-O que você... Fez com ele? – Pergunto.
-Parei seu coração.
- O coração...
-Não está batendo. Ele está tendo um ataque cardíaco. Eu posso reinicia-lo ou não. – Mike diz e Ward me olha. – A escolha é sua.
-Evy. – Ward implora com dificuldade.
-Você acha que eu não quero vê-lo sofrer?
-Não sofrer, morrer. Garrett não acha que vai deixar isso acontecer. – Mike chega mais perto.
-Ele é um assassino. – Digo.
-Sim, ele é. E você? – Mike pergunta e Ward agoniza no chão.
-Tá bom para. Traga-o de volta!
-Onde desbloquear o drive? – Mike pergunta.
-Trinta e cinco mil pés. Não é longitude ou latitude é altitude – Digo.
-Está mentindo.
-Não estou. Eu coloco a senha e começo a acessar e quando atingirmos a altitude ele destrava. Agora pare. – Imploro e Mike aperta um botão fazendo Ward se mexer e começar a respirar de novo.
Flashback Off.
...
-Acha que as algemas são mesmo necessárias? – Ward pergunta. - Eu costuma ficar longas horas te vendo dormir. - Ward diz e eu tiro os galhos da frente enquanto caminho. Quando ele voltou a ser assim?
-Cala a boca. - Digo.
-Ele fala muito. - Bcuky diz.
-Que isso, entrou no ônibus por ultimo e quer sentar na janela?! - Ward diz irônico rindo.
-Estou a ponto de te dar um tiro na cabeça. - Bucky diz.
-O que deu errado? Vocês tinham um plano certo? Eu sabia que viriam, mas porque o governo apareceu? - Ward pergunta.
-Bobby chamou. - Digo e paro de andar. - E não é da sua conta.
-Você precisa de mim. - Ward diz.
-Não. - Bucky diz.
-Não falei com você. - Ward retruca e Bucky o empurra.
-Ok, não é hora e nem momento, o governo está nos procurando e não faço ideia de onde os outros estão. - Grito. - Eu não confio em você Ward. - Digo.
-Eu sei o que o medico quer. - Ward responde e eu paro de andar.
-E você acha que eu vou acreditar em você?
-Eu nunca menti pra você, eu cumpri minha promessa, te levei até seu pai, e vou te ajudar sem pedir nada em troca, mas você precisa acreditar em mim.
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