1. Spirit Fanfics >
  2. Lost Alone - Perdido e sozinho. >
  3. S3. 5 - Memória

História Lost Alone - Perdido e sozinho. - S3. 5 - Memória


Escrita por: anonimous100

Notas do Autor


Até que enfim a bela adormecida acordou.
Fiquei feliz com a interação de alguns de vocês nos capitulos anteriores :) vcs que interagem = tudo pra mim

Capítulo 55 - S3. 5 - Memória


Fanfic / Fanfiction Lost Alone - Perdido e sozinho. - S3. 5 - Memória

Rob on: 

O cérebro é o órgão mais misterioso do corpo humano. Ele aprende, ele muda, ele se adapta. Ele diz o que nós vemos, o que sentimos, ele nos faz sentir o amor. Acho que ele abriga nossa alma...

E não importa quanta pesquisa se faça, ninguém consegue entender como aquela massa cinzenta funciona. E aí quando o cérebro está ferido, quando o cérebro humano está traumatizado, ele fica ainda mais misterioso...

Abri meus olhos, eles doeram no início, tinha muita luz ali. Fiquei olhando pro teto até conseguir raciocinar alguma coisa. Olhei pro meu braço, estava com uma agulha com soro. Tirei de mim, minha cabeça estava doendo um pouco. Observei o quarto, não fazia ideia da onde estava. Ficava confuso, o que tinha acontecido?

Havia um garoto do outro lado do quarto, estava num sono profundo, seu rosto era bonito, ele era bonito. Tentei me levantar e senti uma dor na perna, não era uma dor forte, era suportável. Minha perna estava enfaixada. 

Tentei lembrar de algo, tudo que vinha à minha cabeça eram cenas, me lembrava um pouco da minha infância, do meu grupo, do nada acordo aqui, como se fosse um sonho. Me sentei na cama e outro garoto apareceu. 

- Oi, tá tudo bem, você acordou. -ela dizia.

- Onde estou? Quem é você?

- Calma, você vai e lembrar em breve... 

Apareceram outras pessoas na porta. 

- O que tá acontecendo? -olhei pro garoto que ainda estava dormindo. 

-Vamos acorda-lo? -um cochichou pro outro. 

Ele respondeu que não, porque aquele menino teve um dia complicado e cansativo ontem.

- Tá bom, gente, vamos dar espaço pra ele. 

O pessoal saiu da porta, só ficaram três deles ali. Uma das garotas aproximou.

- Oi, se tiver assustado, não precisa ter medo, a gente não vai fazer nada com você, essa agulha, foi somente pra te ajudar. Meu nome é Chrissy, você tem um nome? -olhou pra mim.

- Tenho, claro... -tentava lembra-lo.

Como alguém esquece o próprio nome?

... - Tá na ponta da língua. 

- Robbie, é familiar? Robert Jones... -a outra garota falava. 

Esse nome ar familiar, essa era meu nome.

- Isso, Robbie. -fiquei pensando pra ver se era ele mesmo. Sim, esse é meu nome.

- Escuta, você teve um acidente, mas agora tá bem. Machucou a perna, ela tá sarando rápido. Você caiu de uma árvore, um amigo te ajudou, te achamos e agora está aqui. Essa é a história. 

Eu não me lembrava nada disso, talvez a sensação dos galhos das árvores, eu não sabia bem.

- Quero levantar, não aguento mais ficar deitado... 

Eles me ajudaram a levantar, me deram uma bengala pra ajudar. 

- Tudo bem, Teddy, pode descer também. -a outra garota dizia ao menino. 

Teddy, esse era o nome dele. 

- Eu disse que ia ficar de olho nele... 

- Tá tudo bem, ele vai ficar bem. 

Porque toda essa gente estava tão preocupado comigo? 

Saímos do quarto, observei o local pelo segundo andar, de onde estávamos. Chrissy desceu, a outra garota disse que "cuidaria de mim".

- Pra você entender melhor, não está lembrando bem das coisas mas é temporário, algumas coisas que falarem pode ajudar a lembrar de algo, ok? 

- Ok, obrigado. -observei os outros no andar de baixo. Que coisas que falarem?

- Vou falar alguns nomes, pense se significa algo pra você. -respirou fundo. K-Mart... Karina Martyn... 

Não fazia ideia de quem era. 

... - Jesse... 

Ainda não sabia quem eram.

... - Teddy... não? 

- Desculpa, nada é familiar agora.

- Carl Grimes.

Estava olhando pra baixo quando ela disse esse nome. Era como se já tivesse escutado em algum lugar, mas onde? Alguns flashs passaram na minha cabeça mas nada que pudesse interpretar.

- Talvez, não sei, acho que não... 

- K-Mart tinha um melhor amigo, Jesse, os dois viviam juntos já a muito tempo, ele encontrou você, moramos juntos por uns dias, depois sumi, ele... se foi. Eu sou ela.

- Está dizendo que eu sou o garoto que foi encontrado? Ou...

Aquilo realmente não fazia sentido pra mim.

- Só tente lembrar... -passou a mão nas minhas costas. Bem vindo, prazer, de novo... 

Ela saiu um pouco abalada, foi pro andar de baixo, encontrou no meio do caminho com um garoto que estava subindo. Ele passou perto de mim:

- Bem vindo de volta. -disse direto. 

- Eu tô confuso...

Ele parou, se virou pra mim e me chamou pra segui-lo. 

...

Fomos até um banheiro com chuveiros. 

-Os chuveiros. -me mostrou. Aquele primeiro tem a água morna mais quente. -me entregou umas roupas. Não fica muito porque somos oito agora. 

- Valeu, meu bom é Robbie. 

- Wes. -se virou saindo dali. 

Tomei um banho perfeito, me senti tão bem ali. Poderia ficar o dia todo, sério. 

Vesti as roupas e saí. Wes estava no corredor amarrando o tênis. 

- Como funciona aqui? 

Percebi que ele era fechado, não era muito afim de conversar, alguma coisa o abalou muito que o deixou assim. Tenho a sensação que convivi com pessoas assim, vai saber. 

- É fácil, moram oito pessoas aqui, todo mundo ajuda em algo, assim ninguém fica sobrecarregado. -olhava pro chão. 

- Todos aqui parecem tão jovens... 

- Não tem adultos, assim é bem melhor. 

Sorri.

Descemos, ele me ajudou a chegar aqui embaixo. Logo quando chegamos ele foi pra um canto, pegou umas facas e saiu. Um garoto estava perto de mim, fui até ele. 

- Teddy, né? Prazer. -estendo a mão.

- Sim, você é Robbie. -aperta a minha mão.

- Isso tudo tá tão estranho, é acidente, memória, tudo ao mesmo tempo.

- Eu também tô passando por isso, com essa história de perda de memória. Falaram que geralmente esse "efeito" dura horas, mas no meu caso já ta a dias. Já devia ter voltado...

Fiquei com pena dele, parece ser um garoto legal.

- Sinto muito. Espero que recupere. 

- Tomara que você não fique assim também. 

Sorri amigavelmente pra ele. Duas pessoas apareceram pra me cumprimentar. Um garoto e uma garota. Finn e Bishop eram seus nomes. O menino é um pouco vergonhoso mas gentil, ela é engraçada e tem um nome legal.

- Obrigado por me ajudarem. Agora falta só conhecer o cara que tá dormindo. 

Eles se olharam. 

- O nome dele é Carl.

Seria o mesmo que K-Mart me perguntou antes? 

- O que houve com aquele outro garoto? Wes. 

- Ele é daquele jeito mesmo, é fechado mas legal, com um pouco mais de tempo vai ver isso.- Finn dizia. 

- Enfim, se sinta em casa, eu acho... Acho que é isso que eu devia falar, sei la. -Bishop se confundia.

Eles saíram, fui até a porta que o menino havia saído. Ele estava sentado no chão, amolando as facas. 

- Sua tarefa é essa? -perguntei me sentando ao seu lado. 

- Não precisa ficar aqui, vai deitar, descansar... 

- Você é preocupado demais, só estamos conversando.

- Porque comigo? Eu sou a pessoa menos legal daqui, acredite.

- Porque acho que gosto de pessoas fechadas, elas são mais interessantes que as pessoas normais. 

- Eu não sou. -guardou as facas.

- Frase de garoto fechado. -ri.

- É sério, qual é? 

- Acho que tô assustado um pouco, com essa história de que perdi a memória, que existe um Jesse, Carl... sei lá. 

- E porque falar comigo ajuda?

- Porque você tá assustado também, sinto isso.

Ele riu.

- Não tenho medo. -se levantou. 

- Você tá com medo de alguma coisa, o que é? 

Ele não olhava pra mim.

- Não vou falar das minhas coisas.

- Queria poder ter coisas pra falar de mim. Nem sei quem sou, quem é Robert Jones? É estranho que eu me lembre de coisas clichês, preocupações clichês, tipo "aproveitei bem a vida?", "alguém já me amou?", "amei?".

Ele estava um pouco incomodado quando falo disso.

- As vezes é melhor nem se lembrar do que isso tudo ficar atormentando.  

Senti que ele falava pra si mesmo. Acho que entendi, ele perdeu alguém, pelo visto alguém que amava. Seu rosto pareceu triste, ele estava entrando.

- Estamos juntos nessa. -sorri.

Talvez tenha ajudado ele de algum jeito.

Fiquei olhando pras árvores pensando em mim mesmo, não fazia ideia do que eu sou.

K-Mart apareceu me chamando pra entrar.

- Não lembro quem era Jesse, mas sinto muito pela sua perda, imagino que ele era incrível. 

Ela sorriu e me abraçou. 

- Você com memória ou não sempre vai ser um anjo, Robbie. -Entramos.

Não sabia o que iria acontecer daqui pra frente, minha ficha ainda não caiu direito que estou aqui com essas pessoas, e que em algum tempo desse mundo eu vivi uma vida que não me lembro. 

Mesmo assim etou com uma boa impressão daqui.


Notas Finais


- texto do início de "grey's anatomy" -
Agora é o Carl KKKK acordaaa
A boa notícia é que no capítulo de amanhã todos estarão acordados!
Comentem e favoritem plis ❤
beijos do anonimous


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...