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História Lost dreams? - 8


Escrita por: blablabka

Notas do Autor


Estou extremamente chateada por não conseguir colocar as notas musicais como título do capítulo, então será apenas o número, a partir de agora...

Olá! Tudo bom? :)
Eu sei, eu tomei um belo chá de sumiço, mas eu realmente estava precisando de um tempo para mim, porque não fazia a mínima ideia de como continuar.
Mas eu finalmente consegui escrever esse capítulo, e voltarei a postar outros assim que conseguir, ok? Ok!
Boa leitura! :)

Capítulo 9 - 8


*uma semana depois, em um sábado*

Lance POV

– Lance, vamos! — ouvi Brea praticamente gritando.

– Já vai! — gritei de volta, logo indo até onde ela estava. — Estou pronto, vamos?

Olhei para ela, que estava no sofá, amarrando o cadarço de seu coturno que tinha um salto, mas não tão alto assim. Ela estava cumprindo o mesmo o desafio.

– Vamos! — ela se levantou e ajeitou sua saia vermelha, idêntica a do uniforme de nossa escola. Será que ela havia guardado e estava usando a mesma?

A observei pegar sua mochila - que era minúscula, mas ela se recusava a usar uma bolsa de lado - e caminhar até a porta, fazendo sinal para que eu a seguisse, e eu obedeci.

*23 minutos depois, às 10:34 AM*

– Meus baixinhos! — Brea gritou assim que entrou no prédio, logo se ajoelhando ali mesmo no corredor. A vi abrir os braços, e então várias crianças - com faixa etária de 2 a 5 anos - a abraçaram. Estávamos no orfanato que Brea ajudava. — Estava com tanta saudade! Como vocês estão?!

E então algumas crianças começaram a gritar, querendo que Brea a ouvisse. Nesse momento eu desviei o olhar e vi uma menina - provavelmente ela tinha uns 6 anos, no máximo - observando a cena de longe, abraçando seu próprio corpo.

– Tudo bem, tudo bem! — Brea se pronunciou, acalmando o caos que havia se formado, voltei a olhar para ela. — Que tal vocês me levarem pro jardim?! — ela passou seus olhos pela maioria das crianças. — Assim nós podemos conversar, brincar, comer! — a ouvi dar um certo ênfase em "comer". Claro que deu, ela ainda não havia tomado café! — E aí, vamos?!

– Vamos! — os pequenos gritaram juntos, logo a arrastando pelo enorme corredor. Soltei uma leve risada antes de os seguir.

Assim que chegamos no jardim, encontrei ainda mais crianças espalhadas. Algumas brincando, outras lendo, e algumas crianças mais velhas ajudando a cuidar dos menores.

Sorri com aquilo. Realmente, eu queria ter um filho. Talvez dois. Ou três... Quem sabe quatro?

Procurei Breanna com o olhar e a achei sentada em um dos bancos, ainda cercada por várias crianças. Caminhei até lá, vendo-a com um livro na mão. Ouvi um pouco do que ela estava lendo, e reconheci a história... "A Bela E A Fera".

Continuei prestando atenção na história até que senti um toque no meu braço. Me virei e vi a mesma garota que estava no corredor.

– Oi. — ela sussurrou, olhando para mim.

– Olá! — dei um leve sorriso. — Tudo bem?

– Você é o namorado da Tia Bre? — ela questionou, me deixando surpreso. Como assim o namorado? Brea havia dito que tinha um namorado?

– Por quê? — perguntei, curioso.

– Vocês dois combinam... — ela balançou seu corpo para frente e para trás. Sorri com seu comentário. — Você é o Lance, não é?

– Como você sabe meu nome?

– Tia Bre já falou muito de você...

– E o que ela disse? — estava um pouco ansioso pela resposta. Será que ela poderia ter dito o que sentia por mim?

– Ela disse que você tinha os olhos puxados, cabelos tão pretos que até brilhavam, e que era bonito. — ela soltou um fraco sorriso.

– Ela me acha bonito? — ela assentiu com a cabeça. — Muito bonito?

– Ela te acha o cara perf... — ela parou de falar ao colocar uma das mãos na frente da boca, arregalando seus olhos. Soltei uma leve risada, pensando na possibilidade da palavra incompleta ser "perfeito". — Eu não deveria estar dizendo isso! Se ela perguntar, não diga que fui eu!

– Tudo bem... E então, qual o seu nome? — me curvei, ficando praticamente na altura dela.

– Mirella... Mas pode me chamar de Ella. — ela respondeu.

– Um nome muito bonito, assim como a dona dele. — dei um sorriso, vendo-a retribuir com um leve rubor em suas bochechas. Voltei a ficar de pé. — E o que você quer ser quando crescer, Ella?

– Eu quero ser como a Tia Bre... — ela respondeu, e então eu fiquei confuso. Como assim igual a Breanna?

– Como assim?

– Bom, ela não trabalha ainda, então não estou falando na questão da profissão. Eu estou falando do que ela é como pessoa... Ela diz não fazer nada de significante, mas ela faz muito apenas por existir... — ela olhou na direção de Brea, que agora estava sentada na grama, ainda com crianças a cercando. — Nós todos a adoramos...

Fiquei impressionado com suas palavras. Ela era tão nova e sabia falar tão bem...

– Você a admira tanto? — ela voltou a concordar com a cabeça, dando um sorriso assim que voltou a me olhar. — Eu também...

– Você gosta dela? — ela perguntou, parecendo curiosa.

– Claro, ela é a minha melhor amiga.

– Amiga? Então... vocês não são namorados?

– Não... — falei, não conseguindo esconder meu desânimo, mas eu estava torcendo para que ela não percebesse.

– Que pena... — ela abaixou a cabeça por um breve segundo, logo levando um leve susto ao ser pega no colo, no estilo noiva.

Observei Brea girar Mirella algumas vezes antes de voltar a colocar ela no chão. A pequena se virou para Brea, dando um enorme sorriso assim que encontrou seu rosto. Brea fez o mesmo, e não pude deixar de me sentir ainda mais apaixonado por ela.

– Tia Bre! — vi Mirella abrir os pequenos braços, pedindo um abraço.

Brea se ajoelhou no chão para que pudesse ficar mais ou menos da altura da pequena, mas como ela não era tão alta assim, ela ficou um pouco mais baixa que Mirella.

– Senti sua falta... — Mirella sussurrou de olhos fechados, mas mesmo assim pude ver pequenas lágrimas correrem por seu rosto.

Brea afagou os cabelos da pequena por alguns segundo, sussurrando algo para ela, mas não fui capaz de ouvir.

Senti um leve sorriso se formar em meus lábios ao observar a cena. Elas tiveram uma breve conversa, que eu não cheguei a prestar tanta atenção... Mas aí eu escutei o meu nome no meio da conversa. Fingi não estar ouvindo enquanto mexia no celular.

– Você e o Lance estão namorando? — Mirella sussurrou, e então eu pude sentir uma das duas olhando para mim.

– O quê? Não! — Brea soltou uma leve risada. — Somos apenas amigos!

– Sabe... ele me disse a mesma coisa, mas eu não acredito em vocês! — Mirella falou, dessa vez um pouco mais alto.

Será que todos pensavam que mantínhamos um relacionamento em segredo? Bom, de qualquer forma, eu gostaria que fosse verdade...

*07:39 PM*

– Tchau, meus amores! Vejo vocês em breve! — observei Brea mandar beijos no ar para os pequenos, e então ela se virou para mim após fechar as portas. Eu estava a esperando na varanda enquanto ela se despedia das crianças. Ela soltou um suspiro antes de se pronunciar. — Vamos?

Pude perceber que ela estava levemente abalada, e não estava fazendo nenhum esforço para esconder aquilo.

– O que foi? Aconteceu alguma coisa? — coloquei minhas mãos em seus braços, os afagando.

– É que... eu me sinto um pouco mal por eles. — ela olhou pra baixo por um breve segundo. — Vamos andando? — assenti levemente com a cabeça, soltando-a e começando a caminhar ao seu lado. — Eu sinto uma coisa especial com a Ella, sabe? Eu não sei bem o que é, mas eu sinto... Ela viu de perto a morte dos pais, então eu sei a dor que ela está sentindo...

– Há quanto tempo ela está aqui? — perguntei, e então ela olhou por breves segundos para cima, parecendo pensar na resposta.

– 7 meses... Ela estava tão abalada quando chegou aqui... — ela suspirou. — E ainda tem todos as outras crianças... Desde que cheguei aqui, infelizmente eu vi muitas crianças chegarem, mas, felizmente, outras arranjaram novas famílias. Eu fico feliz por eles... E enquanto os outros continuam aqui, eu venho sempre que posso, para tentar animar eles...

Ela abaixou a cabeça enquanto caminhava, e em um movimento rápido, ela secou uma lágrima que caiu contra sua vontade. A ouvi soltar outro suspiro, logo parando de andar quando já estávamos no jardim da frente. Fiz o mesmo.

Nele havia um caminho de pedras, pelo qual estávamos andando, e como não havia luzes por perto, eu enxergava Brea apenas com a ajuda da luz da lua.

– Eu sei a sensação de não ter um pai e... sentir que não tem uma mãe. — ela falou olhando para mim, e eu sabia que ela estava lutando para não chorar ali mesmo. Abri meus braços, e então ela praticamente se jogou em mim, enterrando seu rosto em meu peito enquanto abraçava minha cintura. Retribui o abraço fortemente, mas não o suficiente para machucá-la.

Após alguns segundos, senti minha camiseta ficar levemente molhada por suas lágrimas, mas eu não me importei. Afaguei seus cabelos e beijei o topo de sua cabeça.

Eu nem mesmo estava a ouvindo chorar... Ela aprendeu a chorar em silêncio, às vezes até mesmo por dentro, enquanto mostrava um enorme sorriso para quem estivesse ao seu redor. Ela sabia esconder seus sentimentos muito bem, mas eu sabia quando ela estava prestes a desmoronar.

Após um minuto ou dois, ela foi parando de chorar, e após fungar novamente, ela afastou a cabeça do meu peito. Ela não me olhou, apenas olhou para baixo.

– Me desculpe... — ela sussurrou ainda sem olhar para mim. — Eu... Molhei sua camisa... — ela levantou os olhos e me olhou, mantendo a cabeça um pouco baixa.

– Não precisa se desculpar. – falei antes de levar minha mão até seu queixo, levantando seu rosto lentamente usando meu dedo indicador.

Seu rosto continuava molhado por causa das lágrimas, e seus olhos... Mesmo com a pouca iluminação, eu pude ver que eles estavam vermelhos. Segurei seu rosto com minhas duas mãos, secando suas lágrimas com meus polegares.

– Você sabe que pode contar comigo sempre que precisar, não é? — ela assentiu levemente com a cabeça, forçando um leve sorriso. — Eu vou estar sempre aqui por você, Brea. Sempre...

Ela me abraçou, passando seus braços ao redor de meu pescoço. Abrecei sua cintura e a puxei para mais perto, enterrando meu rosto na curva de seu pescoço. Respirei fundo, inalando seu perfume. Lavanda... Era o seu favorito, e acabou se tornando o meu apenas por me fazer lembrar dela.

– Obrigada... — ela sussurrou antes de romper o abraço e me olhar. — Por tudo. — ela sorriu, e isso foi o suficiente para me fazer sorrir também. Ela é o suficiente para me fazer feliz.


Notas Finais


E então? O que achou? Espero que tenha gostado. Se gostou, me diga!
Voltarei quando mais idéias surgirem.
Bye! :)


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