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História Lost in Japan - Tóquio


Escrita por: parrillasunshne

Notas do Autor


Ooie gente! Cheguei com minha primeira OS Seana postada, mas não escrita, tenho outras na gaveta haha

A ideia desse capitulo surgiu quando a Duda me mandou uma música do Shawn, ai logo depois me veio todo esse enredo. Então, muito obrigada garotinha, espero que goste do que vai encontrar por essas linhas. Beijo grande!!

Quero agradecer a minha nenê, que sempre me apoia em todas as loucuras que eu coloco ela hahaa Muito obrigada, Ana, de todo o meu coração. Te amo!!

Sara sua fuleira, não sei se você vai ler isso, mas vale como um presente atrasado. Obrigada pelos surtos, te amo um pouco. Dea, minha morceguinha mais neném, pode ser um presente em dupla com essa poc? Amo garotinhas aquarianas.

Um super Obrigada a Tati, você é maravilhosa garota, te amo! Georgina e Thaís, obrigada por cada palavra, vocês são incríveis. Obrigada a todas as minhas garotinhas lá no TT, amo todas.


Vou deixar o link da música se vocês quiserem ler com ela e um da playlist que usei pra escrever haha fica a critério.
Até lá embaixo. Boa Leitura!!

Capítulo 1 - Tóquio


Lost in Japan

 

 

“Um oceano é um mero detalhe quando o amor grita mais alto”

 

Me achariam louco se os dissesse que larguei toda minha vida em Londres para ir ao encontro da mulher que levou meu coração para o outro lado do globo? Pois, bem, era exatamente isso que estava fazendo agora. Com passaporte em mãos, aguardava meu voo com destino a Tóquio, Japão. Sentia-me nervoso só por imaginar o que estava a minha espera, mas ficar aqui sem tê-la por perto não era uma opção para mim.

 

Confesso que não fomos maduros o suficiente para resolvermos nossa situação de imediato, minha morena era um tanto quanto marrenta e, digamos que eu não tenha facilitado muito para tal.

Me arrependo profundamente por isso, os dias que se seguiram sem sua presença foram os piores que já tive. Minha cabeça não parava de reforçar o quanto tinha sido idiota por perdê-la assim tão fácil e não poder ver aqueles castanhos estava sendo deveras difícil.

 

Meu voo, finalmente, fora anunciado. Peguei a pouca bagagem, minha máquina fotográfica e, a passos incertos, encaminhei-me para o portão de embarque. Já não tinha mais volta. Meu peito batia a uma velocidade que poderia muito bem afirmar que chegaria primeiro ao meu destino do que meu próprio corpo.

 

Perguntei-me no exato momento que meus pés adentraram a aeronave, se existiam histórias ali iguais a que eu me encontrava. Se existiam pessoas que estavam indo em busca de seus sonhos, seguindo seus corações. Se existiam pessoas ali receosas pelo o que o futuro estaria os reservando, mas, igualmente decididas a enfrentá-lo. Eram tantos pontos, tantos questionamentos.

Sentei-me em meu assento, pensando em tudo e em nada, ao mesmo tempo. Esse era o efeito que ela tinha sobre mim, deixava-me desnorteado, sem rumo... quando ela deixava de ser o meu.

Seria nove horas de pura agonia e inquietação.

 

 

 

Tóquio – Japão

 

Pouco mais de nove horas depois, e cá estava eu, sobrevoando a cidade de Tóquio. Há poucos minutos de pousarmos, com o coração ainda mais desregulado que outrora. Tinha a impressão que poderia ter algum ataque a qualquer momento. Não que eu não soubesse ouvir uma resposta negativa, muito pelo contrário, aprendi a respeitar todas elas, mas essa, em especial, pedia aos céus que fosse uma resposta positiva.

 

Meus olhos se perdiam janela à fora, enquanto a cidade se fazia em miniatura lá embaixo e suas luzes chamavam-me atenção. Minhas mãos foram ao encontro do meu cabelo, bagunçando-o de leve, para quem sabe assim, a tensão que envolvia meu corpo se esvaísse um pouco. Embora eu não acreditasse naquilo.

Peguei-me perdido em tudo o que tinha acontecido até ali, em minha decisão e no que seria do meu futuro.  Meus devaneios dispersaram-se quando a voz da aeromoça chamou minha atenção, anunciando que estaríamos prontos para o pouso em alguns instantes.

Senti um leve palpitar em meu peito. Maldito coração que era totalmente vendido por aquela morena! Suspirei alto, olhando para o lado e recebendo um par de olhos claros inquisitivos em minha direção. Dei-lhe um sorriso amarelo, arrumando meu corpo à espera do contato contra o chão.

 

 

 

 

Sai do aeroporto, dando a sorte de apanhar um taxista que entendesse um pouco de inglês, já que eu não falava nem o mais básico da língua japonesa. Repassei o endereço do hotel no qual Lana estava hospedada. Sem muita demora o veículo seguiu caminho até o meu destino final.

Se antes encontrava-me apreensivo, agora não existiam palavras para o que estava apossando-se de meu âmago. Fechei os olhos por alguns segundos, enquanto o homem perguntava-me se era a minha primeira vez no país e o que me trouxe para tal aventura. Resolvi ser o mais direto possível, sem parecer mal educado, claro. Afinal, o motivo era apenas um, o mais importante de todos. Estava indo atrás da mulher da minha vida.

 

Talvez tenha ficado preso em meus devaneios por tempo demais. Quando me dei conta, já tínhamos parado em frente ao hotel. Agradeci, saindo do veículo e adentrando o prédio imponente em seguida.

 

Meus pés levaram-me para dentro do hotel, caminhando por entre o saguão, até chegar à recepção do mesmo. Aproximei-me um pouco mais, dessa forma sendo notado por um homem de pele branca e olhos puxados.

 

- Boa noite, senhor! Posso lhe ajudar em alguma coisa? – perguntou-me em inglês, talvez minha cara denunciasse que não entendia nada da língua deles. Seria complicado.

 

- Boa noite! – o cumprimentei, simpaticamente. – Queria uma informação, por favor! – ele assentiu em minha direção, fazendo-me continuar. – Gostaria se saber em qual quarto a senhorita Lana Parrilla está hospedada. – perguntei por fim.

 

- Desculpe, senhor... – inquiriu.

 

- Sean, Sean Maguire. – disse, nervoso.

 

- Infelizmente, senhor Maguire, não estou autorizado a dar qualquer informação sobre nossos hóspedes. – ele informou-me, fazendo com que meus pulmões soltassem o ar que nem sabia que havia prendido.

 

- Eu sei que não e aprecio muito a descrição. – tentei argumentar – Mas, não pediria isso se não fosse algo tão importante. – suspirei cansado. Cansado fisicamente, por conta de tantas horas de voo e, cansado emocionalmente. – Eu enfrentei mais de nove horas de voo para vir atrás da mulher da minha vida. – Iniciei. Quem sabe sendo sincero não funcionaria, não é? Recebi um olhar compreensivo vindo do rapaz. Talvez eu não fosse o único apaixonado por ali. – Eu não tenho a mínima ideia se ela irá me aceitar de volta, mas eu preciso tentar, certo?

 

Contei toda a história que envolvia a mim e a minha morena. Não com tantos detalhes, claro, só o que ele precisava saber. Enquanto eu contava, observava atentamente suas feições, e senti meu corpo relaxando nem que fosse um pouco, talvez ele estivesse se compadecendo do meu sofrimento. Ao fim do meu relato, meus olhos o miravam em ansiedade.

 

- Eu juro que se não fosse necessário, senhor Takashi... – mirei rápido a plaquinha de identificação que estava presa em seu uniforme, lendo seu nome. - Eu não estaria pedindo que você quebrasse as regras desse hotel. Eu posso me hospedar em algum quarto, não quero arrumar problema, só preciso vê-la. – disse por fim.

 

Ele me analisou por alguns segundos, tempo esse que parecia uma eternidade, assentindo no final de tudo. Minhas mãos, levemente suadas, foram ao encontro de meus cabelos, bagunçando-os em um ato de puro alívio.  O ar parecia circular livremente por entre meu sangue e meu coração parecia menos atribulado.

 

Dei todos os documentos necessários para que fosse feito a reserva de um quarto, pedindo que aquele processo não demorasse tanto tempo assim. Entregando-me a chave do meu quarto em mãos, logo o Takashi mirou o computador novamente, buscando algo na tela do mesmo.

Com um pequeno sorriso entregou-me um pequeno papel no qual estava anotado onde meu amor estava. Meu coração apertou-se em expectativa, ler o nome dela naquele pedaço de papel fizera com que meu peito descompassasse de uma maneira absurda. O agradeci imensamente, virando para seguir até seu quarto, quando ouvi um chamado.

 

- Senhor Sean? – Takashi me chamou. O olhei de imediato. – Boa sorte, espero que dê tudo certo entre vocês. – proferiu com sinceridade.

 

- Muito obrigado! – assenti, sentindo os olhos arderem. Era o que eu mais queria.

 

 

 

 

Sem perder mais um segundo, obriguei meus pés a seguirem até meu destino. Sentia meus passos vacilantes, incertos. O caminho até o andar no qual minha morena estava hospedada parecia longo demais, e por coincidência era o mesmo que ficaria – ou esperava que não.

O ar no elevador parecia escasso e o espaço pequeno demais. Um filme passou por minha cabeça, alguns de nossos momentos e o instante que a vi partir para tão longe. O momento que eu entendi que não conseguiria viver sem sua risada, sem seus olhares intensos, seus beijos... sem ela. O momento que meu coração afirmou com todas as letras, e em alto e bom som que era totalmente dela.

 

 

Estava parado do lado de fora de seu quarto, no meio do corredor deserto. O coração batendo ainda mais descompassado, o nervosismo ditando o ritmo da minha respiração. Apenas uma camada de madeira nos separava. Separava um futuro do qual compartilharíamos juntos ou não. Tomei coragem, batendo na porta de modo que ela pudesse me ouvir.

 

 

Se antes o nervosismo pairava sobre mim, agora, então, consumia-me por inteiro. Nunca na vida tinha me sentindo de tal forma, com o peso do mundo sobre minhas mãos. A ideia de largar Londres rebatia em minha cabeça, mas nada parecia mais certo do que ter tomado aquela atitude. Nada parecia mais certo do que ter vindo atrás dela.

 

A conversa com meu antigo chefe e, amigo, reforçava aquilo. Desde que contei os meus planos para Andrew, ele não medira esforços para ajudar-me. Entendeu que eu precisa vir até aqui, mesmo que a resposta fosse negativa. O movimento da porta e a figura da mulher a minha frente me desestabilizaram por completo.

 

- Sean? – ela estava surpresa ao me ver ali. E eu parecia ter perdido o raciocínio e a voz ao vê-la na minha frente, tão linda quanto da última vez, vestida com um roupão. – O que está fazendo aqui? – inquiriu, de cenho franzido.

Tentava apoiar-me de toda maneira no marco da porta, eu só queria abraçá-la e nunca mais deixá-la escapar para onde quer que fosse. Queria beija-lá até que nossos pulmões implorassem por ar.

 

- Eu... Eu – eu estava parecendo uma criança aprendendo a falar, nada de coerente se formava em minha mente. Por Deus, ela estava na minha frente e eu só conseguia admira-la. Queria matar a saudade de tê-la assim, bem pertinho.

 

- Sean, respira. – escutei a voz do meu amor, me puxando de onde eu estivesse. E fora o que eu fiz, respirei lentamente, mesmo que meus pulmões tivessem ardendo como o inferno. Ela inspirou e expirou junto comigo, e mesmo que parecesse impossível, o ato de respirar mais calmamente, me pareceu menos doído. – Okay, agora me fale o que você está fazendo aqui. – perguntou novamente. Antes que eu pudesse falar novamente, Lana pronunciou:

 

- Vem, entra! Vamos sair do corredor.

 

Deu-me passagem para que eu adentrasse o quarto, provavelmente parecido com o meu, mas que eu não dei a mínima importância. Senti seu cheiro adocicado de maçã adentrar minhas narinas, um sentimento de casa acometeu-me. Maçãs e a fragrância de seus produtos de cabelo beiravam o paraíso. Respirei o mais fundo que consegui, querendo reviver aquela memória olfativa novamente.  Parei no meio do espaço, escutando a porta ser fechada atrás de mim e, um suspiro audível adentrar meus tímpanos. Talvez ela estivesse na mesma confusão de sentimentos que eu.

 

Mesmo que não conseguisse ver seu rosto, já que ainda estava de costas, poderia imaginar seus olhos analisando-me minuciosamente, com o cenho levemente franzido. Lana tinha essa mania quando estava nervosa.

Senti um arrepio na nuca quando ela passou por mim, abraçando seu próprio corpo, como quem estivesse se protegendo. E eu amaldiçoei-me por isso, deveria ser eu abraçando-a agora, protegendo-a de qualquer coisa de ruim que estivesse acontecendo. Não causar isso nela.

Observei atentamente enquanto ela sentava-se na  ponta da cama, erguendo o rosto e, de uma forma silenciosa, pedindo que eu fizesse o mesmo. E fora o que eu fiz, nenhuma palavra dita, apenas nossas orbes passando sentimentos entre si. Tentei passar o máximo de certeza enquanto seguia até a cama, sentei a uma distância considerável dela, não queria deixá-la ainda mais desconfortável com toda aquela situação.

 

Olhava minhas mãos como se tivesse algo de interessante nelas, de soslaio a vi mirar algum ponto do quarto.

 

- Como conseguiu esse endereço? – a voz dela adentrou meus ouvidos, uma mistura de confusão e dor.

 

- O Andrew me ajudou. – disse, olhando-a finalmente.

 

- O Andrew – repetiu minhas palavras, meneando a cabeça de leve. – Então...

 

Aquela era minha deixa. Era hora de fazer o que vim fazer aqui. Iria dizer tudo o que eu senti nessas últimas semanas, abrir meu coração sem vergonha alguma de parecer um babaca apaixonado. Se eu queria tê-la de volta, seria necessário que eu dissesse apenas a verdade sobre o que estava sentindo.

 

- Antes de tudo, quero que você saiba que eu não consegui não pensar em você durante todos esses dias, - percebi seu corpo ficar tenso, bem, o meu já estava há muito tempo. – Que não estou aqui para te forçar a nada... a absolutamente nada. – repeti. Precisava manter um raciocínio coerente se eu quisesse que essa conversa chegasse a algum lugar, mas, pensar estava ficando deveras difícil com meu coração pulsando a cada palavra que saia da minha boca. – Lana... – a chamei. Ela mirou-me e eu pude observar seus olhos brilhando. – Foram os piores dias que eu já tive em toda a minha vida. – proferi, sentindo minha garganta apertar. – Pior até que aquele dia que você me fez tomar aquele caldo horrendo para melhorar minha gripe. – direcionei um sorriso contido, escutando-a rir fraco. Aquele som encheu meu peito de um sentindo tão bom, por Deus, como eu gostaria de ouvir aquilo sempre. Era por isso que estava aqui.

 

- Você que é fresco demais, Sean. – escutei sua voz ressoando incerta. Talvez ela também não soubesse o que falar, ou não soubesse lidar com aquilo. Sorri. Lana e seu humor.

 

- Você tem razão, morena. – ela apertou os olhos, respirando profundamente. Como eu queria abraçá-la agora, mas tinha que expor tudo o que havia aqui, antes de qualquer coisa. Antes dela me perdoar... ou antes que ela me expulsasse da sua vida de uma vez. – Você sempre foi a pessoa mais forte de nós dois. Eu sei, eu deveria ter sido mais forte, ter lutado mais...

 

- Sean... – sussurrou.

 

- Me deixa falar, por favor! – pedi. – Lana, eu pensei muito, e cheguei à conclusão de que eu não poderia e, não conseguiria, deixar você partir assim, sem ao menos uma tentativa minha... uma última tentativa. Por isso estou aqui... – ela meneou a cabeça levemente em negação, apertando um pouco mais forte os cílios. Pude ver um rastro molhado traçar seu rosto.

 

- Você é louco. – sua voz embargou. Sim, eu era, mas, louco por ela.

 

- Talvez eu tenha ficado assim desde a nossa última conversa... – passei as mãos por meus cabelos, os bagunçando ainda mais. – Eu não consigo parar de pensar em você e em toda essa situação. Eu sinto que não foi um ponto final, mas eu preciso saber de você, se para você foi. – tomei todo o ar que necessitava em meus pulmões. Seria difícil dizer aquilo. – Eu prometo que vou embora e nunca mais você vai me ver.

 

- Eu... – o peito dela subiu rápido demais. Apertei minhas mãos uma na outra tentando frear a vontade de tocá-la e secar suas lágrimas. – Eu... – eu sabia que seria difícil. – Você largou seu emprego? Sean, você tem um emprego! – disse mais alto. Ela estava em uma espécie de negativa.

 

- Você não está me ouvindo?! – perguntei, tentando chamar sua atenção para mim. – Lana, nada mais me importa em Londres se você não estiver lá. Se eu não poder te ver, tocar você – peguei a ponta de seus dedos que estavam sobre o roupão. Uma corrente elétrica atravessou meu corpo, um sentindo de reconhecimento apossou-se de mim, era como se eu estivesse em casa novamente. Parrilla era minha casa. Minha morada em uma forma humana. – Sentir sua respiração contra a minha.

 

- Não faz isso... Por favor! – suplicou, eu sentia a dor nas palavras dela. Eu entendia que ela não queria machucar-se, foi tudo tão doído em outrora. Mas eu não queria a machucar. Me odiaria ainda mais se o fizesse novamente.

 

Uma lágrima solitária escapou por entre aqueles olhos cor de âmbar, e sem conter minha mão atrevida, que desejava tocar-lhe há muito tempo, interrompi o trajeto da água salubre. Deixando que a ponta do meu dedo acarinhassem o rosto alvo do meu amor.

 

- Eu me odeio por fazer você sofrer desse jeito. Eu juro para você, Lana, que se eu pudesse tirar toda essa dor de você, era o que faria nesse momento. – disse firme, com as mãos ainda em seu rosto. Ela me olhou. – Eu refleti muito todo esse tempo, sobre tudo. Sobre como ainda temos muitas coisas para viver, se você me deixar ficar. Como sentimos tanto um pelo outro, e você sabe que é verdade. Sim, eu larguei tudo para vir até aqui, mesmo não sabendo o que poderia acontecer entre nós. E eu não me arrependo de ter vindo, eu precisava fazer isso. Precisava tentar mesmo que uma última vez. – agora minha mão deixava um carinho mais explícito, o não recuar dela aquietou meu coração.

 

- Eu odeio você, Sean. – sorri com as palavras proferidas por ela. Aquilo não me afetou de uma maneira ruim, muito pelo contrário, conhecia minha morena.

 

- E eu amo você, Lana. – disse, calmamente, olhando intensamente em suas irises. Queria que ela visse o quão verdadeiro estava sendo.

 

- Eu te odeio por me fazer pensar em você – falou, com a voz embargada. – Eu te odeio por não me deixar te esquecer. Por me deixar nessa situação a qual eu não sei o que fazer. – disse entre soluços. – Eu não sei o que fazer, Sean! Eu não sei... – um soluço mais alto escapou por entre seus lábios, fazendo-a derramar lágrimas grossas.

 

Não tinha como ser diferente, interrompi a distância que nos separava no momento que meus ouvidos detectaram um choro prévio. Tomei Lana nos braços, acolhendo-a por completo contra meu corpo. Queria que ela não sentisse mais dor, queria com meu abraço, acalmar seu coração agitado. E ela me deixou acolhê-la. Como uma garotinha assustada, ela encaixou-se contra mim. Seu pranto ecoou por todo aquele quarto de hotel, inquietando ainda mais minha alma.  – Me desculpa. – pedi, com os olhos pinicando.

Sentia seu corpo tremer a cada soluço. Ela tinha seu rosto encaixado no vão do meu pescoço, suas lágrimas inundavam minha pele. Enquanto minha destra emaranhava-se entre seus cabelos, afagando-os levemente, minha outra mão descansava nas costas dela subindo e descendo, tentava de algum jeito acalma-la.

 

 – Meu amor, me desculpa por tudo – pedi mais uma vez, quando a senti envolver meu tronco com seus braços, apartando-me fortemente.

 

- Não é só culpa sua. – proferiu baixinho. – Só foi tão doloroso. – Eu já não me preocupava em esconder meu pranto. Talvez fosse preciso colocar toda aquela dor e magoa para fora, juntos. Deixei um beijo demorado na lateral de sua cabeça, inalando seu cheiro. O cheiro que só a minha Lana tinha. – Me desculpa... Me desculpa.

 

- Shii – afaguei mais seus fios, apertando-a ainda mais contra mim.

 

Não sei por quanto tempo ficamos presos naquele abraço, e, pouco importava-me saber. Deixei que meu anjo chorasse tudo o que tinha para externar por meios de lágrimas. A única coisa que eu poderia fazer era ceder meu colo, e isso eu faria sempre. Já não se escutava um choro incessante, apenas alguns soluços esporádicos. Depositei mais um beijo em seus cabelos, esperando que ela se acalmasse.

 

- Eu não sei se você vai permitir que eu continue em sua vida, mas eu amo você – proferi, sincero. – Agora, e para sempre. Enquanto esse coração bater, você vai ser o motivo. E eu sinto muito que tenhamos que ter passado por tudo isso para que eu te fale isso. Mas, eu também não posso guardar tudo isso que sinto, eu preciso que você saiba.

 

Como se não quisesse sair do meu abraço, ela afastou-se vagarosamente, com o rosto tomado por lágrimas. Com a ponta dos dedos, afastei alguns fios que estavam sobre seu rosto, colocando-os atrás de sua orelha.

 

- Eu não posso tentar esconder de mim mesma tudo o que sinto por você, Maguire. – senti os dedos dela roçarem na minha barba por fazer. – Por mais conflituoso que esteja nesse momento, eu não odeio você. – Lana disse, tombando a cabeça de leve. Sorrimos um para o outro, cúmplices, como sempre fomos. Peguei sua mão, beijando os nós de seus dedos, trazendo-a para minha coxa. – Talvez eu nunca consiga deixar de amar você. – mais uma lágrima escapou, mas meu amor limpou-a antes de mim. – Me perguntei inúmeras vezes se a decisão que tomei foi a correta, meu coração diz que não, mas minha razão me deixa confusa. – suspirou.

 

- Podemos escutar nossos corações, o que acha? – sorri para ela. – Podemos fazer isso juntos. Podemos fazer dar certo. Eu amo você mais que qualquer coisa, e me dói imaginar não te ter na minha vida nunca mais. – olhar em seus olhos era como se estivesse sendo inebriado pela calmaria, aquele par de íris castanhas sempre foram meu cais. Lana carregava o mundo em seus olhos, ela falava por eles e, eu amava entendê-los e decifrá-los.

 

Sem aviso prévio, senti seu corpo contra o meu, com intensidade. Ela envolveu meu pescoço, apoiando o queixo em meu ombro e eu poderia imaginar que estaria de olhos fechados. Eu devolvi o abraço, tão intenso e apertado quanto. Como se naquele contato estivéssemos iniciando uma nova história, mesmo que não se tenha dito ainda.

 

- Você acha que podemos dar certo? – perguntou-me, incerta.

 

- Podemos tentar, amor! – a palavra carinhosa escapou por entre meus lábios como se estivesse esperando apenas uma pequena brecha para ser proferida. – Se você me aceitar de volta prometo te fazer a mulher mais feliz desse mundo. E você sabe...

 

- Promessa pra mim é dívida. – dissemos em uníssono.

 

Estávamos com os nossos rostos um de frente para o outro. Pude sentir sua respiração quente sobre minha pele e, que sensação maravilhosa. Nossos olhos estabeleceram uma conexão intensa, o mundo parecia ter parado de rotacionar no exato momento que encontrei aquelas orbes que tanto amo admirar.

Sentia como se só existe eu e Lana, como se nada mais importasse, a não ser nós dois ali, presos naquela troca de olhares. Como eu senti falta disso. Ela mordeu o lábio inferior, e  minha mente parou de raciocinar a partir dali. Talvez ela tivesse esquecido do quanto me afetava. Mas não queria avançar o sinal se ainda estivesse vermelho.

 

- Posso? – atrevi-me a perguntar, minha voz saiu muito mais rouca do que eu gostaria, ela apenas acenou positivamente. Me dando a chance de fazer o que eu não queria ter ficado esse tempo todo sem fazer.

 

Levei meu polegar até a bochecha dela, onde deixei um afago delicado, fazendo com que ela encerrasse a conexão de nossas orbes. Analisei cada traço daquele rosto perfeitamente angelical que minha morena possuía, eu poderia fazer isso por toda a eternidade. Mas a saudade de sentir seu gosto era tanta que eu não poderia esperar.

Meu nariz tocou o dela, de forma lenta e carinhosa, em um contato gostoso. Seus lábios estavam entreabertos, esperando-me, tão convidativos. Sem esperar mais nenhum segundo, tomei sua boca com urgência.

A saudade que sentia inundava meus sentidos. Gememos baixinho quando sentimos aquela troca calorosa de nossas bocas, acariciando uma a outra, com curiosidade. Como eu pude passar tanto tempo sem senti-la? Os lábios macios do meu anjo deslizavam por entre os meus, aquecendo todo o meu âmago. Fazendo-me sentir novamente. Fazendo-me amar.

Ansiava beija-la por completo, da forma intensa que sempre fora, fora então que pedi passagem para que minha língua o fizesse, e ela concedera de prontidão. Estremecemos juntos.

Nossas línguas dançavam as mais belas das coreografias, exploravam cada canto abandonado naqueles dias que se passaram. E cada canto tocado era uma sensação nova que surgia, nos reencontrávamos. Nossas línguas acolhiam-se morosamente.

Eu precisava de ar, meu pulmão implorava por isso, mas eu não queria larga-lá, não sem antes deixar que nossas bocas sentissem uma da outra. Que matassem, pelo menos um pouco, a saudade que se perpetuava minutos atrás. Desgrudamos nossos lábios em um rompante quando a falta de oxigênio nos castigou.

 

Sorrimos com os lábios ainda encostados um no outro. Extasiados. No caminho de casa, era assim que estava me sentindo. Nossos respirações estavam completamente desreguladas.

 

- Eu ainda não acredito que esteja aqui. – disse, com a voz entrecortada, ainda pelo nosso beijo.

 

- Eu estou, morena. – garanti. – Estarei aqui se você quiser que eu esteja. – o silêncio se propagou por alguns segundos, até que a voz dela fora ouvida.

 

- Eu quero, Sean. – bradou, abrimos os olhos no mesmo instante, um sorriso – o mais lindo que eu já vira – reluziu em sua face alva. Deixei que meus lábios agissem por conta própria, tomando-a em um beijo moroso. Um beijo que confirmava tudo aquilo, um beijo que dizia que era tudo real. – Você largou tudo mesmo?

 

- Sim! – sussurrei.

 

- Você é louco! – disse perto de minha boca, eu sentia o calor de sua respiração.

 

- Você já me disse isso, meu amor! – coloquei uma mecha de cabelo atrás de sua orelha. – E eu já respondi. – sorri de lado, alisando a lateral de seu rosto.

 

- E eu vou dizer isso sempre que tiver oportunidade. – rimos juntos.

 

- Eu vou adorar escutar, - ela olhou-me confusa – Significa que ainda estaremos juntos. – continuei. – Então, se o preço para te ter comigo for você me chamando de louco a cada dois segundos, eu aceito! – declarei.

 

- Seu louco... – ri com ela, que depositou um selinho em meus lábios. – Louco... – outro – Você é um louco, Sean! – finalizou com vários selinhos por meu rosto e boca.

Fiz careta, fazendo-a gargalhar. Sabe quando um som enche seu coração de paz? Esse som para mim era a gargalhada dela.

 

- Eu senti saudades do seu sorriso. – disse, quando tive sua atenção novamente. Seus lábios se contraíram lindamente. – Foi como se estivesse faltando algo no meu dia.

 

- Eu senti saudades de você... Por Deus, eu senti muita. – bradou, passeando com dedos por minha face, com os olhos marejados.

 

Lana ficou sobre seus joelhos, caminhando sobre o colchão, diminuindo ainda mais a distância que nos separava, aconchegando-se em meu colo, como nos velhos tempos – não tão velhos assim. Era como se fosse criado especialmente para ela, se meu colo fosse dela. Eu acho que é verdade, meu colo sempre seria da minha morena.

 

Agora ela quem tomara a iniciativa, enquanto suas mãos seguram meu rosto com toda delicadeza que possuía, sua boca tomava-me os lábios. Já minhas mãos seguravam firmemente em suas costas, explorando toda a extensão da mesma por cima do roupão macio.

Nosso beijo era molhado, intenso na medida que só a gente sabia. Eu nunca cansaria-me de fazer isso, poderia passar horas e horas beijando esses lábios cheios, que fazia meu coração errar consideráveis batidas. Eu poderia passar o resto dos meus dias com ela em meus braços. Quando o ar se tornou rarefeito, separamos nossas bocas.

 

- Promete que vamos resolver qualquer problema que surgir, juntos? – escutar aquela pergunta vinda do meu amor apertou meu coração, trazendo-me lembranças de outrora.

 

Eu estava disposto a viver aquilo com Lana. Não deixaria que problemas mal resolvidos nos atrapalhasse outra vez, não depois de ter passado o inferno longe da mulher da minha vida. Eu estava disposto a qualquer coisa para assegurar-lhe isso.

 

- Prometo! – beijei-lhe a ponta de seu nariz, em um carinho que adquirimos.

 

- Eu também prometo. – bradou, com um sorriso sincero no rosto, fazendo-me sorrir junto à ela.

 

Minha mão pousou, despretensiosamente, na parte da coxa que estava desnuda por conta do roupão. No exato instante que eu pude sentir o calor de sua pele atrás de minha destra, uma chama dentro do meu âmago ascendeu-se. E, por conhecer muito bem minha garota, diria que aquela toque seria o suficiente para ela também. Porém, não queria apressar nada entre nós, ao menos se ela quisesse, esperarei o tempo que fosse. Suas orbes enegreceram, me olhara com uma intensidade que fazia meu coração bater descompassado.

 

- Não está vestida, não é? – perguntei, com um tom de voz que nem eu poderia explicar. Ela me lançou um olhar mortal, acompanhado por uma mordida no lábio inferior. Por Deus, Lana era uma demônia quando queria. E ela sabia disso. – Acho melhor ir se trocar. – fiz menção de levantar-me com ela ainda encaixada em mim.

 

- Por que?! – sua mão deixava um carinho gostoso em minha nuca, e eu lutava para não entregar-me. Senti um arrepio percorrer meu corpo quando senti sua respiração contra meu pescoço. – Você que apareceu aqui quando tinha acabado de sair do banho. A culpa não é minha, Maguire. – sussurrou perto demais do meu ouvido.

 

- Lana... – fechei os olhos, tentando controlar minha respiração que já pesava, quando a senti próxima a minha orelha.

 

- Hm? – mulher desgraçada que me afeta desse jeito.

 

- Não sei se é uma boa ideia. – tentei raciocinar com minha parte racional. Porque a outra não saberia dizer se teria controle, não com ela me tentando desse jeito.

 

- Ficamos tempo demais separados, amor. – beijou meu pescoço. – Não quero ficar mais um minuto sem sentir você.

 

Escutar aquelas palavras fora como enviar uma descarga para o meio das minhas pernas, de maneira inconsciente apertei um pouco mais sua coxa, subindo alguns centímetros, enquanto ela deixava uma trilha de beijos molhados em meu pescoço e maxilar. Gemi baixinho quando senti seus dentes mordiscarem meu queixo.

 

- Tem certeza disso? – consegui perguntar antes que minha mente se enevoasse completamente. – Não temos que fazer nada se... – antes que eu concluísse, ela pousou o dedo fino em meus lábios, fazendo-me interromper as palavras.

 

Parrilla me olhou diretamente nos olhos, como se quisesse que visse em seus olhos a resposta para minha pergunta, antes de responder-me com palavras firmes:

 

- Absoluta! – confirmou. – O tempo que ficamos longe fora o suficiente para percebemos que não podemos perder tempo algum. Eu amo você, e é isso que eu quero!

 

Ao terminar de proferir as palavras que tocaram-me o âmago profundamente, Lana encaixou sua boca a minha, em um beijo ansioso. Esse era diferente dos que demos há alguns minutos atrás, era algo mais lascivo e urgente. Um beijo para matar-mos a saudade da maneira intensa que sempre nos amamos – de forma sentimental e carnal. E eu a correspondi, com a mesma profundidade que ela se doava, eu a correspondi com tudo o que eu tinha e sentia por ela. Com todo o desejo, mas, antes de tudo, com todo o amor que fazia morada em meu peito.

 

Pude sentir o corpo dela aproximar-se ainda mais do meu, causando um atrito que, com toda certeza, levaria-me a uma loucura insana. A saudade e o desejo estavam andando juntas nesse momento.

Minha mão esquerda se perdia em meio aos seus fios escuros, apoiando sua nuca e deixando uma certa pressão ali, como se daquela forma a distância entre nossos rostos fossem diminuídas totalmente.

Enquanto nossas bocas se moviam conjuntamente e de maneira única, as mãos finas e macias da mulher que me fazia perder o controle, foram ao encontro da minha jaqueta, retirando-a com certa pressa. Desfiz o contato para ajudá-la nessa tarefa, quando retiramos por fim, a peça tomou rumo de um lugar que eu não fazia a mínima questão de saber. Logo, Lana estava concentrada na barra de minha camiseta, desfizemos novamente o contato de nossos lábios para que a peça tivesse o mesmo destino que a jaqueta.

 

Sem esperar muito, nossos lábios encontraram-se novamente, recomeçando a dança que fora atrapalhada. As mãos de Lana vagavam por minhas costas queimando feito fogo, e um gemido abafado vindo dela – quando prendi seu lábio inferior sobre os meus dentes –, ascendendo ainda mais aquele fogaréu.

 

Em um rompante, levantei-me com ela ainda em meus braços, sustentando-a contra meu corpo. Virei meu corpo até que estivesse de frente para o móvel, onde coloquei Lana novamente, vendo-a ficar de joelhos.

Quando o ar de nossos pulmões se tornara rarefeito, separamos nossas bocas. Minha respiração estava totalmente descompassada, e a dela não estava diferente, conseguia sentir indo de encontro ao meu rosto. Abri meus olhos lentamente, observando-a em seguida ainda perdida com as orbes fechadas. Aproveitei e admirei-a, coloquei as mechas que caiam sobre o seu rosto atrás da orelha, e logo depois acariciei os dois lados de sua maçã.

 

Como se fosse um caminho decorado, Lana abriu o único botão de minha calça, que em instantes depois retirei-a por completo. Seus chocolates se acenderam, e aquilo causou-me ondas de desejo em meu membro que alertava-me o quanto a queria.

 

Meus dedos desmancharam o nó que mantinha o roupão preso a seu corpo. Segui até à altura de seus ombros, afastando lentamente o tecido macio de sua carne, deslizando-o por seus ombros, até que o retirasse por completo, dando-me a visão do paraíso na terra.

 Vê-la em sua versão mais íntima era um privilégio, e eu sentia-me assim, o cara mais privilegiado da face da terra. Seu corpo era perfeito em meio a suas imperfeições, e eu poderia admirá-lo e enaltecê-lo por todo o tempo de minha vida. Deslizei minhas duas mãos por ambos os ombros, vagarosamente, acarinhando cada extensão de pele, sem deixar de olhá-la.

 

- O que foi?! – perguntou-me, com as bochechas levemente coradas.

 

- Estou apenas admirando você. – respondi, descendo o olhar por todo o seu corpo, fazendo-a suspirar audivelmente.

 

Depositei uma de minhas mãos em sua cintura desnuda, sentindo seu corpo emanar calor por entre a mesma. Subi na cama, ficando de joelhos também. Capturei os lábios cheios de Lana, que já se encontravam inchados por tamanha troca até ali. Aos poucos fomos nós arrumando sobre o acolchoado, e, logo, estava sobre ela. Minha perna estava encaixada sobre as delas, e meu membro já dava indícios de que logo desejaria ser liberto.

 

Explorava a lateral do corpo dela, deixando uma leve pressão, enquanto sentia Lana fincar suas unhas em minhas costas, ora arranhando leve, ora com mais intensidade – quando suguei sua língua.

Segui com meus beijos por seu maxilar perfeitamente desenhado, observando-a entreabrir os lábios na busca por ar, aquela imagem me deixava louco. Deixei uma leve mordida ali, em seguida minha língua quente fora ai encontro do local, e pude escutá-la gemer fraco. Chegando a seu pescoço esguio pude deleitar-me com seu cheiro, depositando em seguida beijos molhados e leves mordidas. Quando o trabalho ali fora o suficiente, por hora, voltei a deliciar-me com a boca saborosa da minha morena.

 

Os seios rijos de Lana roçaram em meu peitoral nu, e aquilo me causou sensações arrebatadoras. Eu já não tinha controle sobre minhas mãos, que iam ao extremos dos toques, enquanto uma segurava seu rosto com toda delicadeza que me tinha, a outra vagava por toda extensão de pele com anseio. Eu estava no limite da racionalidade e a ponto de mergulhar-me no insano arrebatador. Os seios dela tocando-me daquele jeito só acelerava ainda mais o processo.

Nossos corpos passaram a buscar um atrito ansioso, quando Parrilla sentiu meu volume sobre o topo de seu ventre, fazendo-a arfar e proferir barulhos abafados por nosso beijo insano, me levando junto para o outro lado e, sem direito a volta.

 

Meus pulmões queimavam pela ausência de ar, dessa forma, voltei meus lábios para sua pele, queria contemplá-la em cada de pedacinho. Senti as unhas dela sendo fincadas em meu ombro, uma dor prazerosa subia por todo meu corpo, concentrando-se no lugar que pulsava a cada som que aquele mulher proferia e, a cada atrito de nossos corpos.

Trilhei um caminho reto de beijos e chupadas até chegar ao vale de seus seios. Minha língua deslizou por entre seus montes, fazendo-a apertar os olhos com força e levar uma das mãos aos meus cabelos, segurando-os entre os dedos.

Repeti minha carícia, abocanhando sem aviso seu monte protuberante e que encaixava-se perfeitamente em minha boca. Lana gemeu audivelmente, arqueando-se levemente em busca de mais contato, quando suguei e mordisquei seu mamilo intumescido, levando minha destra que repousava em seu corpo até o outro seio negligenciado, apertando-o com precisão. Logo em seguida passei a explorar o direito com a mesma intensidade e urgência que segundos atrás.

 

Minha mão percorreu vagarosamente a região sul de seu corpo, enquanto ainda descarregava meu desejo em seu mamilo rijo, recuei alguns centímetros de meu quadril para que meus dedos pudessem acessar o meio de suas pernas.

Sem esperar nenhum segundo a mais, meus dedos tocaram-na em seu cerne quente e extremamente úmido. Meu pau latejou ainda mais e, de forma violenta, ao senti-la tão encharcada.

Recebi um gemido alto em resposta e uma pressão a mais em meus cabelos incentivando-me a continuar, quando movi meus dedos por entre suas dobras, chegando em sua entrada. Queria me deleitar com aquele paraíso. Soltei seu seio, que de prontidão reclamou. O peito dela subia e descia, e o meu não estava tão diferente disso.

 

- Você está tão molhada, amor – disse murmurando em desejo, vendo-a prender os lábios entre os dentes com força, a medida que meu polegar brincava com seu clitóris e meu indicador acariciava sua entrada. – Tão pronta – mergulhei dois dedos de uma vez. Ela gemeu alto. – Para mim. – disse as últimas palavras com dificuldade.

 

Quando desceria com minha boca aonde ela estava desejando estar, o murmúrio de prazer de Lana me deteve.

 

- Sean... – disse com dificuldades. – Sem preliminares hoje – suplicou manhosa. – Por favor! – disse por fim quando movimentei mais fortemente meus dedos. – Eu preciso de você...

 

 

Mesmo que o desejo de tê-la em minha boca fosse quase  insuportável, ainda assim realizaria todos os desejos e presaria por seu bem estar.

 

- Tudo por você, linda!

 

Tratei retirar a cueca boxer com o máximo de agilidade que eu conseguia ter, e logo a peça encontrou o mesmo destino que as outras. Esgueirei-me por entre o corpo de minha morena, acomodando-me no meio de suas coxas torneadas. Arfamos juntos quando meu pênis roçou em sua entrada, lubrificando o mesmo, tamanho o prazer que ela estava sentindo.  

 

Lana buscou minha boca em um beijo desesperado e lascivo, e eu a correspondi no mesmo modo. Aquele contato fez inflamar ainda mais o desejo que nos assolava, e minha morena inclinava-se contra mim em busca de algum atrito que nossas intimidades próximos poderiam causar.

Desgrudamos nossos lábios por alguns segundos, queria olhá-la nos olhos no momento que estivesse a preenchendo, queria observar e deleitar-me com suas reações. E assim fora feito, movi meu membro que pulsava de desejo até o centro de seu prazer, a penetrando vagarosamente. Gememos juntos, extasiados por aquela sensação que estava invadindo nossos corpos. Quando terminei de invadi-la por completo, permaneci alguns segundos inerte à espera que ela se acostumasse com o meu tamanho.

 

- Tudo bem? – perguntei, recebendo um murmúrio positivo vindo dela. Sorri.

 

 Após, comecei a movimentar-me aos poucos, em um vai e vem lento, mas igualmente prazeroso para nós. Com o passar dos segundos, as estocadas ficavam mais rápidas e firmes. Escutei meu amor clamar por mais.

– Sean... – choramingou bem próximo a meu ouvido. – Mais rápido amor... – pediu – Por favor! – as palavras foram suficientes para atender seu pedido.

 

Comecei a acelerar meus movimentos, penetrando-a com mais intensidade do que outrora. Os gemidos agudos de Lana adentravam meus ouvidos em uma espécie de melodia, o que me fazia desferir estocadas firmes em seu cerne, sentindo-o contrair envolta de minha base.

As pernas dela encaixarem-se em meu quadril, tentando diminuir qualquer distância que ainda pudesse existir entre nossos corpos. O quarto branco era, agora, preenchido pelos sons de nossos gemidos e nossos corpos indo um ao encontro do outro, em puro desejo.

Busquei os lábios entreabertos dela, tomando-os com volúpia, enquanto sentia suas mãos vagarem por toda a extensão de minhas costas e ombros, arranhando-os.

Continuei com as estocadas e pude sentir a intimidade de Lana contrair-se causando ainda mais pressão. Ela estava perto, eu sabia que estava. Uma última penetrada e ela desmanchou-se em prazer chamando por mim, que não pude deixar de acompanhá-la, chegando logo em seguida. Gememos em uníssono uma vez mais. Totalmente esgotados, as respirações extremamente descompassadas.

Permaneci alguns segundos dentro dela, sentindo aquele sentimento de casa – ali, aconchegado a seu corpo, e, a sua alma, sentia-me em casa novamente. Um lugar de onde nunca deveria ter saído. As testas coladas uma na outra, aproveitando tudo o que tínhamos pra sentir após aquela explosão de prazer.

 

Retirei-me de dentro dela, recebendo um murmúrio em resposta. Deixei um selinho em seus lábios, descansando meu corpo ao seu lado. Logo, puxei-a contra mim, queria sentir o calor que ainda emanava dela. Entrelaçamos nossas pernas uma na outra, e os dedos delicados do meu amor deslizavam por meu peitoral nu, ainda descompassado. Depositei um beijo demorado em seus cabelos, inalando aquela combinação perfeita de seu perfume com o aroma pós sexo que ela exalava. O silêncio perdurou, e nada daquilo me incomodava.

 

- Senti falta disso. – escutei sua voz ressoar baixinho.

 

- Do que? Desse sexo maravilhoso que nós fazemos? – fiz graça, fazendo Lana gargalha e meu peito se encher de amor. Apertei um pouco mais seu corpo.

 

- Não – disse-me em tom divertido. Mesmo que não desse para observar seu rosto, eu poderia imaginar seu sorriso zombeteiro. – Quer dizer... também. – beijou meu peitoral. Prosseguiu enquanto eu lhe afagava os cabelos. – Mas estou falando disso – apontou o dedo para nós – de estar com você assim, juntinho... senti saudades.

 

- Eu também, meu amor! Muita!

 

Lana aninhou-se um pouco mais a mim, e logo pude sentir sua respiração tranquila contra minha pele. Puxei o lençol fino cobrindo nossos corpos. Velando o sono dela.

 

Peguei-me pensando em tudo o que acabara de acontecer. Em como, em meio a tantos conflitos, conseguimos uma nova chance para viver o amor que sentimos um pelo outro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Então é isso preciosas, espero que tenham gostado, escrevi com todo meu coraçãozinho louco.
Me digam o que acharam de tudo.

Link da música: https://open.spotify.com/track/79esEXlqqmq0GPz0xQSZTV?si=9mZgNUG9QI6CUQvLFXIDCQ
Link da playlist: https://open.spotify.com/user/spotify/playlist/37i9dQZF1DX5Ejj0EkURtP?si=VC1bgKwETsWleBDU-bTfAg ( se vocês preferirem ir passando e deixar na música que mais agrada vocês.

Até mais, obrigada por mais essa chance, beijooooooooos!!!


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