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História Lost Lovers - NamJin - ... Casal?


Escrita por: Makita_Kiyo

Notas do Autor


Aeeee! Não disse que postava essa semana? Pois aqui estou eu kkkkk

Oxe... tem um ano que eu não atualizo kkkkkkkkkkkk parei

Boa leitura o/

Meu presente de Natal beeem atrasado é esse capítulo grandão!

Capítulo 12 - ... Casal?


Fanfic / Fanfiction Lost Lovers - NamJin - ... Casal?

Ao abrir os olhos dei de cara com o pescoço de um ser, Namjoon é o nome. Por que ele está na minha cama mesmo? Ou melhor, por que eu estou usando seu braço como travesseiro? Por que meu braço está abraçando seu tronco? Por que eu estou gostando dessa sensação mais do que deveria?!

É melhor eu sair daqui antes que ele acorde...

Me mexi um pouco para tentar me livrar do conforto de seus braços e, quando já estava mais afastado, ergui meu corpo para me sentar. Imediatamente eu senti uma fisgada insuportável no quadril e quase - eu disse quase - gemi de dor. Quando pus a mão na minha bacia senti um tecido macio, tipo um algodão.

Espera... Eu estou de roupão? Não me lembro de ter vestido isso não! Pra falar a verdade não me lembro nem de ter tomado banho...

Assim que minha ficha caiu eu virei o rosto para encarar um Namjoon dormindo e arregalei os olhos.

Ele me deu banho?! Puta que pariu!

A lembrança da hora do banho abriu as portas para eu me lembrar de momentos do dia anterior, fiz uma lista mental para organizar meus pensamentos.

1- Desmaiei na escola;

Confere.

2- Beijei o Namjoon;

C-Confere.

3- Eu terminei com o Kidoh e ele fez essa merda comigo;

... Confere?

4- Namjoon me deu banho;

Confere... Ai que vergonha...

É isso? Meu dia ontem se resumiu à isso? Ok... Tenho que agradecer o Namjoon por ter me ajudado, e também tenho que perguntá-lo se ele realmente me deu banho ou se meu cérebro resolveu me pregar uma peça.

Ai!

Maldita dor no quadril!

Maldito Hyo Sang!

Certo, não posso ficar aqui o dia todo. É melhor eu ir ao banheiro jogar uma água no rosto, e depois fazer um café pra ajudar à clarear as ideias.

Me apoiei na cama para tentar girar meu corpo sem me movimentar bruscamente e consegui. Com ambos os pés já firmes no chão eu ignorei a dor na minha bunda e dei um impulso para me levantar. Bom, levantar eu levantei, agora andar já são outros quinhentos.

Foi eu dar um único passo pra frente que eu perdi a força nas pernas completamente, caindo com tudo em seguida. Felizmente eu não cai nem de bunda nem de cara, mas infelizmente o choque do meu corpo contra o chão foi suficiente para fazer um barulho relativamente alto. Mesmo no chão pude ver Namjoon levantar de supetão e olhar em volta com os olhos esbugalhados.

- Jin! - exclamou vindo rápido em minha direção assim que botou os olhos em mim. - Tá tudo bem? - se agachou e pôs uma mão nas minhas costas.

- Eu to legal. - disse sucinto.

- Deixa eu te ajudar a levantar, vem. - estendeu-me a mão. Assim que a peguei ele me ergueu com imensa facilidade, me colocando de pé. - O que aconteceu? - perguntou sem me soltar.

- Eu tropecei no tapete. - falei hesitante.

- Ah sim, claro. - claramente fingiu acreditar.

- E-Eu preciso ir ao banheiro, licença.

Ele me soltou e eu me segurei para não fazer uma careta assim que uma pontada forte atingiu meu pobre quadril. Respirei fundo e obriguei minhas pernas à andarem, mesmo que elas estivessem moles como geléias. Consegui dar um passo com sucesso, mas no segundo eu não consegui me manter e quase fui pro chão de novo.

Quase? Sim, quase. Sabe por quê? Porque Namjoon me segurou antes que eu rufasse no chão.

- Dessa vez você não pisou no tapete. - disse perto do meu ouvido, e eu estremeci. - Ah. - suspirou. - Sabe, Jin, você não precisa mentir pra mim. Eu sei o que houve contigo, nem tente me enganar.

- Como você sabe?

- Você me ligou, esqueceu? Quando cheguei aqui eu vi você praticamente sem calças e com a bunda sangrando. E eu tenho certeza de quem foi, só não sei o porquê dele ter feito isso com você...

Sangrando? Nem quando eu perdi a virgindade sangrou - se bem que também não doeu tanto no dia seguinte como está doendo agora...

Ele passou meu braço por cima de seu ombro me levou de novo até a cama, me colocando de lado novamente - exatamente do jeito que eu estava quando acordei. Em seguida ele se deitou de frente pra mim, de novo, e começou a fazer um cafuné gostoso no meu cabelo.

- Quer me contar o que houve?

- Ontem - comecei após um breve silêncio. - eu terminei com o Kidoh.

Ele me olhou surpreso.

- Só que ele me disse coisas horríveis. - senti meus olhos se encherem d'água. - Disse que estava comigo por pena e que eu só servia pra sexo, já que nem pra dar "balinhas" para estranhos eu presto.

Suspirei.

- Depois ele fez aquilo comigo sem eu deixar... - quando percebi as lágrimas rolaram pelo meu rosto.

- Não chora. - passou o dedo suavemente pela minha bochecha, fazendo um carinho nela. - Ele não merece suas lágrimas.

- Não estou chorando por ele, mas sim pelo que ele fez e disse. Eu quero mais é que ele morra!

- Pode deixar que eu faço isso. - disse sério e o olhei assustado.

- Nem ouse, Kim Namjoon! - o repreendi. - Ele é perigoso, e seus amigos também são. Não quero que você se meta com eles.

- ... Certo. - não senti firmeza em sua voz. - Eu não me meto com ele com duas condições.

- Aigo... Diga.

- Primeira: vamos até a polícia prestar queixa contra esse povo, principalmente contra Kidoh.

- Ok... - isso vai dar uma merda...

- Segunda: você vai ter que morar lá em casa.

Hein?

- Como é?

- Não vou te deixar mais sozinho, Jin. Você estará mais seguro lá em casa comigo. E também eu me sentiria melhor sabendo que você está por perto.

- Namjoon, eu... Eu não sei...

- Se não aceitar ambas as condições eu saio por aquela porta e só entro por ela de novo com a cabeça do Kidoh num espeto.

- Ok ok! - me rendi, não quero que o Namjoon vá preso por homicídio! - Eu moro com você... Mas só por um tempo, entendeu?

Ele abriu um sorriso tão lindo que por um momento esqueci até até o meu nome. Não pude deixar de corar quando ele se aproximou de mim e deu um breve selo em minha testa.

- Vou fazer café pra gente.

- O-Ok...

E assim ele se levantou e saiu do quarto, me deixando sozinho na cama, estático.

 

~

 

Uns dez minutos depois de sua saída ele voltou com uma xícara de café quentinho. Ele foi até a cozinha mais uma vez e quando voltou trouxe um misto quente de queijo e presunto pra mim. Apesar da dor eu me sentei para comer.

- Não sei se você come algo no café da manhã, então resolvi fazer esse misto quente. - coçou a nuca, envergonhado. - E é uma das únicas coisas que eu sei fazer também, então...

Eu não pude deixar de soltar uma pequena risada.

- Obrigado, Namjoon. - sorri sincero, sem mostrar os dentes.

Ele só pareceu relaxar depois que eu dei a primeira mordida no sanduíche.

- Como está?

- Uma delícia! - realmente é um dos melhores mistos que eu já comi.

- De verdade?

- De verdade!

- Ufa, que bom! - comemorou. - Coma direitinho que daqui à pouco minha mãe vem nos pegar.

Quase engasguei com a comida ao ouvir aquilo.

- C-Como é?

- Eu liguei pra ela enquanto estava na cozinha para avisá-la que você vai morar lá em casa, e ela disse que vem nos buscar na hora do almoço.

- Mas você não disse que ela é super ocupada? Isso só vai dar trabalho pra ela... É melhor irmos à pé, não acha?

- Claro, se quiser chegar lá semana que vem. - ironizou. - Seokjin, você mal para em pé, como quer caminhar doze quarteirões até a minha casa? Vamos de carro mesmo, e hoje é um dia de recesso no emprego da minha mãe então não vamos atrapalhá-la.

- Mas...

- Nada de mas, Jin.

- Ela não vai achar ruim eu morar lá?

- Já tivemos um intercambista, Jin. Tenho certeza que ela não se importa em ocupar o quarto de hóspedes. - sorriu.

- Se você diz... Mas realmente temos que ir de carro? É que eu tenho um pouco de medo de andar de carro...

- Medo de andar da carro? Mas por que você tem medo disso?

- Não sei, mas não gosto de carros desde que me entendo por gente. Eu não me sinto bem num carro.

- Vou estar com você, vai ficar tudo bem. - seu sorriso gentil me reconfortou. - Vou arrumar sua mala, ok? Você vai me falando o que quer levar embora e eu faço o resto.

- Hm... Ok. Abra o guarda-roupa, a mala é uma rosa bebê e está na prateleira de cima.

- Essa? - apontou para o objeto.

- Essa mesmo. - como ele é alto ele conseguiu tirar a mala com extrema facilidade. - Ó, no canto inferior do guarda-roupa tem um local próprio pra guardar calças. Quero que você pegue primeiro uma calça jeans rasgada nos joelhos e na coxa. - ele ergueu a calça. - Essa dai. Agora pegue uma preta básica, uma jeans escura, meu shorts preto, e todas as peças do uniforme.

Assim que ele fez tudo eu pedi pra ele colocar a mala na cama perto de mim juntamente com as roupas, para eu ir organizando - porque eu tenho muita roupa pra fazer caber nessa mala.

- Certo. - disse quando acabei de por os jeans na mala junto com o uniforme. - Agora as blusas.

Pedi pra ele pegar uma branca com estampa de urso - aquela que usei quando fomos ao parque -, uma branca com estampa do Mário - olha, eu sei que o jogo é mega antigo e tal, mas eu o amo muito! E pelo fato do jogo ter quase cem anos é um custo pra achar os consoles e os cartuchos!

Ele me passou também um moletom rosa bebê, uma regata branca, umas cinco camisetas, uma camisa jeans, um suéter azul, uma camisa social preta, uma regata preta com alguns detalhes e escritos da Coca-Cola, uma jaqueta e um sobretudo rosa bebê - sim, eu amo rosa bebê -, e mais algumas blusas.

Fiquei um pouco constrangido de pedí-lo para pegar minhas cuecas, mas se até banho ele já me deu pegar umas cuequinhas não é nada demais. Ele me passou todas as cuecas que estavam na gaveta, acho que deviam ser umas quinze ou vinte por ai. Ele me passou uns dez pares de meia que também estavam na mesma gaveta, e apenas três cintos porque ele disse que eu posso pegar os dele emprestado.

Coisas básicas também foram postas na mala, como escova de dente, pasta, shampoo, hidratante - sim, eu uso hidratante. Minha pele não é macia atoa não -, minha pouca maquiagem que na verdade é um frasco de base e um pó compacto, fio dental, etc. Peguei também meu perfume favorito e os dois óculos de sol que mais uso geralmente.

Da parte dos sapatos pedi para o Namjoon pegar meu All Star branco, meu tênis esportivo rosa bebê, meu tênis preto de cano longo, e meu coturno preto.

- Pega umas toalhas também, por favor?

- Você usa as lá de casa, Jin.

- Ok, então acho que já peguei tudo. Ah! A mochila da escola e os materiais! Acho que ela está lá na sala.

- Vou lá pegar.

Quando ele voltou pedi para ele abrir a gaveta da minha escrivaninha para pegar uns cadernos que estavam guardados.

Com tudo pronto pedi para que Namjoon pegasse um short jeans e uma camiseta no armário para eu vestir.

- É... Pode me dar licença um minutinho?

- Jin, tudo que você tem eu tenho também. - riu.

- Aigo, por favor... É rapidinho.

- Ok ok. - foi em direção à porta.

- Obrigado.

Me troquei o mais rápido possível e parece que foi só o Namjoon sair das minhas vistas que a dor no quadril voltou à incomodar. Quando ele estava aqui comigo eu nem cheguei a perceber a dor, mas acho que ela não cessou nem por um momento sequer.

- Acabou? - perguntou do outro lado da porta fechada.

- Sim, já pode entrar.

- Minha mãe ligou, ela já está subindo para ajudar a pegar as coisas.

- Mas já? Que horas são?

- Onze e meia.

- Onze e meia? Que dia é hoje?

- Terça.

- Terça? Puta merda! Perdemos as aulas! - ele riu do meu desespero. - Não tem graça, Namjoon!

- Foi mal. - tomou fôlego quando parou de rir.

A campainha soou e Namjoon foi atender. Uns dois minutos depois uma mulher que aparentava ter uns quarenta anos no máximo entrou no quarto e sorriu ao me ver, vindo até mim em seguida.

- Você deve ser o Seokjin, certo? - acenei positivamente. - Namjoon me falou de você domingo. - disse animada.

- Falou é? - olhei pra ele. - O que ele disse sobre mim?

- Ele disse que você é muito legal, porém tímido. Disse também que você é muito bonito, e de fato é!

Corei, e Namjoon olhou para mãe com uma cara de "Porra, vacilona!"

- Mãe!

- Que é? Ele perguntou, uai! To respondendo. Enfim, vamos indo se não o almoço esfria.

Ela pegou minha mala maior - a que continha minhas roupas - e foi na frente. Namjoon pôs a mochila nas costas e passou meu braço pelo seu ombro para usá-lo de apoio. Ele me sentou com cuidado no sofá e me disse para esperar um momento que ele iria arrumar a minha cama.

Quando voltou ele se usou de apoio novamente e foi caminhando comigo devagar até a saída do apartamento. Trancamos a porta, descemos o elevador e nos despedimos do senhor Choi. Prometi ao velhinho que voltaria em breve para pegar umas coisas que deixei pra trás.

Como o apartamento que eu aluguei já era mobiliado, quase nenhum móvel é meu. Então eu só teria que pegar minhas fotos, o restante das minhas roupas, meus jogos e figure actions do Mário.

- Demoraram, hein?! - falou a mãe do Namjoon quando entramos no carro.

Odeio carros.

- É que não estou conseguindo andar direito, desculpe.

- Que isso, chuchu, tá tudo bem! - chuchu? - Prontos? Lá vamos nós!

- Não liga pra ela, Jin. - sussurrou em meu ouvido. - Ela é meio doida.

 

~

 

- Chegamos! Essa é sua nova casa pelo tempo que quiser, Seokjin! - exclamou animada.

- Uau! É linda!

- Vamos entrando. - chamou a mulher. - Filho, leve Seokjin até o quarto de hóspedes. Fiquei à vontade, Seokjin, a casa é sua!

- Vamos subir.

Ele me levou devagar até o segundo andar da casa, me mostrou a suite principal - que é da mãe dele -, mostrou o quarto dele - que também é uma suite, só que menor que a principal -, e mostrou a suite dos hóspedes, que agora era o meu quarto. Tanto o meu quarto quanto o do Namjoon eram do mesmo tamanho. No andar ele também me mostrou um banheiro avulso.

- É aqui, Jin. Espero que goste.

- Adorei! É super aconchegante! - falei enquanto observava o local.

Ele riu.

- Vamos que ainda temos o resto da casa para explorar.

Descemos as escadas e ele me mostrou o térreo, composto por uma sala de visitas, pela sala de jantar e pela cozinha. Descemos mais um lance de escadas e fomos para o porão, onde havia uma sala de televisão com um sofá gigante, uma lareira, e uma mesa com um computador. No andar também havia um banheiro.

- Que casa grande! Vou acabar me perdendo aqui!

- Tem mais, calma.

- Mais?

- É, vem comigo. - disse rindo.

Descemos mais um lance de degraus, só que este era bem menor que os outros dois - devia ter uns cinco degraus -, e fomos parar em um outro porão. Neste havia um armário que deduzi ser a despensa, um quartinho que servia como uma mini biblioteca, máquinas de lavar e de secar, e dois congeladores. Havia também mais um quarto, só que diferente dos outros três aquele não era uma suíte.

- Caramba!

- Ainda tem o quintal, Jin. - riu de novo.

Olhei pra ele espantado. Como uma casa dessas existe? Meu Deus do céu!

Subimos os dois degraus e voltamos ao térreo. Tentei não fazer caretas de dor enquanto subia as escadas, mas acho que não consegui. Ainda bem que Namjoon não viu - bom, eu espero que não tenha visto!

Mas ele não podia me mostrar a casa amanhã, não? Eu to todo dolorido e já subi/desci seis lances de escada! SEIS!

- Achei que não vinham almoçar mais! - a mãe dele falou da cozinha.

- Só um minuto, mãe, vou mostrar o quintal pro Jin.

- Tudo bem, mas não demore! Seokjin deve estar cansado de andar pra lá e pra cá.

- Que isso, eu tô bem. - sorri amigável.

Namjoon sorriu e em seguida fomos até o quintal, que era maior que a casa! As portas de vidro davam em um deck de madeira clara, no fundo havia uma árvore gigante, e perto do deck havia uma jacuzzi.

Sério, nunca vi casa tão grande!

- Acabamos! Agora vamos comer, Jin!

Ao entrarmos de volta na casa a mesa já estava posta com uma tigela enorme de macarrão à bolonhesa, só que ao invés de carne moída eram almôndegas. O cheiro era incrível e a cara estava ótima! Mal podia esperar pra provar aquilo - se pá até peço pra ela a receita!

Namjoon me ajudou a sentar em uma das seis cadeiras presentes ao redor da mesa e logo tomou o seu lugar de frente para mim. A mãe dele - que até agora não sei o nome - se sentou na cadeira da ponta da mesa, meio que entre nós dois.

- Espero que goste de macarronada, Seokjin! - disse animada.

- Eu adoro! - exclamei. - Eh... Me desculpe, mas até agora não sei o seu nome... - falei extremamente sem jeito.

- Oh! Que modos são esses os meus? Meu nome é Kim Eunji, muito prazer!

- O prazer é todo meu!

Ela sorriu amigável pra mim e virou o rosto para o filho.

- Namjoon! - deu um tapa na orelha dele.

- Ai! - exclamou de dor. - Por que fez isso?!

- Não falou de mim pra ele?

- Falei, falei sim!

- Ele falou sim, senhora Kim, ele só nunca mencionou o seu nome. - me intrometi para defendê-lo. - Sempre que ele falava da senhora ele dizia "minha mãe", eu que fui sem escrúpulos de nunca ter perguntado antes.

- Que isso, Seokjinnie, você não tem culpa de nada não! Ah, e se eu ouvir esse "senhora Kim" de novo eu vou ficar chateada com você, eu fico me sentindo uma velha.

- Perdão, se... Dona Eunji.

- Nada de "dona" também, Seokjin.

- Tudo bem, mas só se parar de me chamar de Seokjin, parece que até que está brava comigo.

- Fechado, Jinnie! - esticou a mão para selarmos um acordo.

- Fechado, Eunji!

- Ai, agora sim! - riu.

- Parece que vocês dois estão se dando bem, hein. - Namjoon disse sorrindo. - Agora vamos comer que eu estou morrendo de fome.

- Aigo, esse meu filho.

 

~

 

Após o almoço divino Eunji e eu conversávamos animadamente na mesa de jantar enquanto Namjoon lavava as louças. Como a cozinha e a sala de jantar eram integradas, eu tinha a visão a parte do corpo de Namjoon, as costas mais precisamente.

- O que achou da comida, Jinnie?

- Incrível! Simplesmente o melhor macarrão que eu já comi na vida!

- Jura? Que bom que gostou!

Perguntei à ela como ela fez aquele prato dos deuses e do nada já estávamos falando de temperos, de especiarias, da culinária de modo geral, até que Namjoon subiu para tomar banho e ela veio com uma pergunta que me gelou.

- Está com dor no quadril, Jinnie?

- P-Por que acha isso?

- Acha que não notei suas expressões de incômodo enquanto comia? - fiquei sem fala, não pensei que eu tinha sido tão óbvio. - O que aconteceu?

- É que... - rápido! Pensa rápido, Jin! - Eu estava lavando o banheiro ontem e acabei caindo com tudo no chão um monte de vezes, ai estou com dor até agora. Mas não é nada pra se preocupar, eu estou bem.

- Seokjinnie, querido. - aproximou seu rosto do meu. - Pode me falar a verdade.

- Como assim? - hesitei. - Foi o que aconteceu mesmo. - ou eu minto muito mal, ou essa família é ótima em descobrir mentiras.

- Foi o Namjoon, não foi? - perguntou fazendo aquela carinha.

- Hein?! - tossi e acabei engasgando com minha própria saliva.

- A noite de vocês foi boa? Posso te dar uma pomadinha milagrosa pra passar lá atrás, amanhã mesmo você estará zero bala!

- Pomada? - perguntei inconscientemente.

- Sim! Você quer?

- E-Eu quero...

- Eu sabia hehehe. - bateu palminhas em comemoração. - Venha comigo, Jinnie.

- É... Eu não consigo sozinho.

- Sem problemas, eu te ajudo.

Ela me deu apoio e me levou escada acima.

- Me espere aqui que eu já volto, Jinnie. - disse quando me ajudou a sentar na minha cama.

- Ok.

Poucos minutos depois ela estava de volta com um tubinho de pomada do tamanho do meu polegar.

- Aqui. - me deu o tubinho. - Acho que ainda tem três quartos do creme ai dentro ainda.

- Obrigado, depois eu te devolvo.

- Pode ficar pra você, Jinnie. Namjoon é meio fogoso, você vai precisar. - deu uma piscadinha e eu corei com o que ela disse sobre o Namjoon.

- O-Obrigado...

- Ai que fofura! - me abraçou. - Saiba que eu te aprovo como genro, Jinnie. Bem-vindo à família. - se afastou e sorriu sincera.

Eu fiquei sem palavras completamente, estava morto de vergonha. Ela saiu e fechou a porta antes que pudesse ouvir uma resposta da minha parte.

Namjoon não precisa saber o que aconteceu aqui ou lá embaixo.

Depois de muito pelejar consegui chegar ao banheiro, eu precisava de um banho. Eu praticamente vim engatinhando pra cá, minhas roupas estavam em volta do meu pescoço, e a pomada estava na minha mão.

Eu esqueci de pedir ao Namjoon para por um short mais confortável na minha mala, então vou ter que ficar só de samba-canção mesmo até essa dor passar. Fala sério, né? Ficar de jeans com a bunda ardendo não é legal não!

Demorei um pouco para ajustar a água do chuveiro, mas em poucos minutos consegui arrumar o banho do jeitinho que eu gosto. Depois do banho desliguei a torneira e procurei o pequeno tubo.

Peguei a pomada e apliquei um pouquinho no dedo indicador, depois me apoiei na parede e empinei a minha bunda. Levei meu dedo à minha entrada e apliquei o creme lá. É claro que eu não apliquei o negócio dentro de mim, mas... Ah, deu pra entender.

 

~

 

Me apoiei na parede e sai do banheiro de samba-canção preto e com minha regata branca. Quase cai das pernas de susto quando vi Namjoon sentado na minha cama olhando direto pra mim.

- O-O que faz aqui?

- Podia ter pedido ajuda. - se levantou e veio até mim.

- Pra que? - recuei um passo quando ele se aproximou.

Por que eu fiz isso mesmo?

Acabei perdendo o equilíbrio e quase cai de bunda com tudo no chão, mas Namjoon - como sempre - me segurou.

- Viu?

- Aigo...

Ele me levou até o centro do quarto e abraçou a minha cintura. Tentei afastá-lo - por algum caralho de motivo - colocando minhas mãos em seu peito. Empurrei-o de leve mas não obtive sucesso.

- Está nervoso, Jin? - perguntou colando seu corpo ainda mais ao meu.

- E-Eu não...

- Calma. - me encarou sereno.

Ficamos uns instantes nos olhando profundamente, analisando a alma um do outro. Me perdi em seus olhos negros, sua feição terna me embalava e cuidava de mim. Era como se o tempo tivesse congelado, parado para nós na nossa pequena eternidade.

- Jin. - colou nossas testas e ambos fechamos os olhos.

- Hm?

- Você não faz ideia do quanto eu quero te beijar agora.

Meu coração disparou.

Nossas respirações se chocavam.

Meus pensamentos se embrenharam.

- Beije então.

Eu queria aquilo. Eu precisava daquilo.

Mesmo de olhos fechados eu tinha certeza de que ele tinha dado um sorriso. Senti o toque de seus lábios nos meus quase que de imediato e, apesar de ser um selo leve, aquilo já me fazia ir às nuvens. Permanecemos com os lábios encostados por uns momentos até um beijo mais profundo ser iniciado... Por mim.

Movimentei meus lábios suavemente e logo nossas línguas se encontraram. Seus dedos apertavam levemente a minha cintura e tentavam juntar nossos corpos ainda mais. Minhas mãos, que descansavam encima de seu peito, passaram a apertar sua camiseta delicadamente.

O beijo era tão calmo quanto aquele que demos na enfermaria. Contudo, ambos fomos ficando cada vez mais sedentos e de repente o beijo estava fogoso. Subi minhas mãos para o seu pescoço e tentei nos aproximar - mas obviamente não adiantou de nada. Para nos aproximarmos mais só se nos fundíssemos!

Ele foi diminuindo regularmente o ritmo do beijo e afastou sua boca da minha, e eu automaticamente já me senti incompleto. Eu precisava dele.

Tão calmo quanto começou ele terminou nosso beijo. Ah, que infelicidade!

- Por que parou? - perguntei ofegante.

- Porque não quero te machucar. - ele disse e deu um selinho bem rápido em mim.

Corei com seu ato.

- Você fica tão bonitinho corado, Jin! - acertei um tapa leve em sua nuca. - Ai!

Não queria, mas não pude evitar de rir.

- Ya! Não ria!

- Aigo, desculpe. - falei enquanto me recuperava.

- Jin, quer...

- Meninos? - chamou Eunji batendo na porta. - Eu vou dar uma saída, não sei que horas volto. Comportem-se!

- Pode deixar! - gritamos em uníssono.

- Então, o que estava falando, Namjoon?

- Quer ver um filme?

- Filme? Onde?

- Na sala de tv.

- Lá embaixão? De jeito nenhum, eu estou exausto de subir e descer tantos degraus.

- Hm... Tem uma tv no meu quarto, quer assistir lá então?

- Pode ser. - falei hesitante.

Ele sorriu e depois me ajudou a ir até o cômodo ao lado. Seu quarto tinha três das quatro paredes pintadas de cinza claro e uma de cinza escuro. Vou confessar que esse quarto deve ter o dobro ou o triplo do tamanho do meu quarto lá no meu apartamento.

Uma cama box marcava uma forte presença no quarto, juntamente com uma mesa de cabeceira, um armário gigante, uma escrivaninha e uma tv de led presa na parede.

Fui colocado sentado na cama enquanto Namjoon arrumava um filme para nós vermos. Quando ele - finalmente - se decidiu, deitou-se na cama e me puxou com cuidado para deitar-me ao seu lado. Ok, não foi bem do lado, ele meio que me fez usar seu braço como travesseiro.

E eu... Gostei.

Parecia até que éramos um... Casal?


Notas Finais


Eeeeeeita nóis

O que acharam?

O próximo capítulo já está pronto e está tão grudento que meus dedos até grudaram enquanto eu escrevia kkkkkkkkkk

Gente, quero dizer pra vocês que 60% da fic está concluída, e se tudo seguir como o planejado o capítulo 20 será o último. Mas não se preocupem que eu estou escrevendo uma short fic Jihope marota que vai ter cerca de 4 capítulos, além é claro das minhas one shots queridas.

Então eu peço para não me abandonem quando Lost Lovers acabar <3

Bjs de luz o/

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