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História Lost Minds - Nothing To Gain Just Something To Prove


Escrita por: paynedesire

Notas do Autor


Primeiro de tudo eu quero falar sobre uma coisa com vocês: como eu falei lá no início, eu NÃO estou fazendo apologia a NENHUMA das práticas citadas nessa fanfic. Isso tudo não passa de ficção e eu não quero incentivar ninguém a fazer absolutamente nada descrito aqui, desde uso e/ou venda de armas de fogo ilegais, até uso e/ou venda de drogas legais ou não, falsa identidade, agressão, violência verbal, o que for. Eu coloquei a fanfic como não recomendada para menores de dezoito anos porque, mesmo que eu espere muito que não, vai que isso acaba de alguma for influenciando ou criando algum tipo de curiosidade sobre qualquer uma dessas práticas em algum de vcs, vai ser *menos pior* se vcs pelo menos forem responsáveis por si mesmos —embora eu imagine que a maioria de vcs seja menor de idade. E cabe citar mais uma coisa: quando chegamos lá pelo terceiro capítulo da fanfic eu tirei ela do gênero "romance" porque não quero, de maneira nenhuma, normalizar e mt menos romantizar o tipo de relação que a Adele tem com o Zayn —mesmo q nao exista apenas romance romântico eu preferi tirar pq talvez nem todo mundo tenha esse discernimento. Tendo isso esclarecido, voltamos à programação normal kkkkkkk

Quero, como sempre, agradecer o carinho, o apoio e a troca incrível que nós sempre temos nos comentários dos capítulos. Isso é de extrema importância e me motiva muito a escrever. By the way, eu AMEI ver as reações de vcs ao Zayn no seu "habitat natural".
Eu confesso que to bem insegura com os próximos capítulos, porque daqui p frente é ladeira abaixo kkkkkk e eu temo que não vá agradar a td mundo. De qualquer forma, espero MUITO que vocês gostem do próximo capítulo e dos demais também.

→ A música que dá nome à esse capítulo é Face The Truth, do Lucidious. A música é ÓTIMA e a letra é incrível, recomendo que ouçam.

Boa leitura ♥

Capítulo 14 - Nothing To Gain Just Something To Prove


Parte 13

Nada a ganhar, apenas algo a provar

 

O etanol, depois de alcançar o sangue, atrapalha a comunicação entre os neurônios. É por isso que você fica bêbado. E é surpreendente o quão rápido você pode se embriagar se não tiver se alimentado direito. 

As três doses de tequila eram tudo o que eu queria, mas se transformaram em dez quando Cassie chegou ao bar, o barman perguntou por que não estávamos usando pulseira e ela respondeu que era porque estávamos com Alexa. De alguma forma, aquilo significava alguma coisa, porque o bartender perguntou se estávamos falando sobre Alexa Allen e mesmo sem nunca termos ficado sabendo sobre o sobrenome dela, nós assentimos. Por alguma razão, ele disse que nossas bebidas eram de graça. No início essa notícia pareceu maravilhosa mas agora que eu estou quase bêbada o bastante para vomitar  por ter bebido tanto não parece mais uma ideia tão boa. 

O vestido lilás com decote degagê está quase inteiramente coberto pela jaqueta jeans estilo anos 90, duas vezes maior do que o tamanho de roupa que a garota que veste dele deveria usar. Emma segura uma bebida em uma mão e na outra o celular, enquanto eu lavo as mãos depois de ter feito xixi e Cassandra conversa com desconhecidas, perto do espelho do banheiro. 

— Jessie não respondeu nenhuma das minhas mensagens. —Emma reclama, chorosa, com os olhos marejados. 

— O que? —Cassie salta, se afastando das garotas e caminhando rápido até Emma. — Não, você não pode chorar, hoje não é um dia triste, hoje é meu aniversário! 

— Ems, por favor, esquece ela. —peço, enrolando a língua para falar. — Quantas mensagens você já enviou? 

A garota de cabelos escuros e lisos checa o celular mais uma vez antes de responder, bufa e joga a cabeça para trás. 

— Umas quinze, talvez mais. E daí? Ela é minha namorada, deveria me responder. 

— Mas vocês estão brigadas, é normal que ela não responda. 

— Ela não está me respondendo porque acha que eu vou ficar com outras pessoas. —Emma fala, manhosa. 

— Porque é isso que você deveria estar fazendo! —Cassie dá uma risadinha, pegando o celular de Emma e guardando-o na sua bolsinha. — É exatamente para isso que as pessoas vão às festas, Ems, e se ela está ignorando você desde a semana passada você tem o direito de fazer isso. 

Eu não concordo com isso, mas não é sobre a minha vida que estamos falando. 

— O que vocês acham que Jessie está fazendo agora?

Me lembro da agenda de Jessica e do compromisso marcado para este sábado, mas sem horário. Eu não posso afirmar nada.

— Seja o que for, —começo, tentando não me perder nas palavras. — com certeza não é tão legal quanto estar aqui. 

— Será que ela ficou assustada porque, se ela viesse, iríamos aparecer juntas na frente dos meninos? Eu falei para ela que era simples, todos sabem que somos amigas por causa do jornal da escola e aí a gente sumia um pouquinho para se beijar. 

Cassandra revira os olhos, colocando as mãos na cintura. 

— Eu não sei o que Jessie pensou ou o que ela está fazendo, mas eu sei o que você vai fazer. —Emma mexe a cabeça, indicando para que Cassie conclua sua fala. — Beijar a Alexa. 

Rapidamente minha mente se transfere para aquele momento, uma hora atrás, quando aquela discussão estranha aconteceu no camarote. Desejo mais uma bebida. 

— Eu já não sei se a Alexa é tão legal quanto a gente imaginava. —Emma diz, pensando exatamente na mesma situação que eu. 

— Por que não? Ah, falando nisso, eu gostaria muito que as minhas amigas me dissessem para mim porque saíram do camarote furiosas e porque, absolutamente do nada, Adele decidiu beber. 

Meu estômago revira. 

— Não aconteceu nada demais, eu só decidi aproveitar. —dou de ombros. 

Não vimos mais Alexa ou Zayn desde o camarote, o que me agrada muito. Mas eu não consigo parar de pensar em como eles conversaram sobre mim, como se eu não estivesse lá. No jeito com que ela me chamou de “amiguinha” de Zayn e isso fazia com que eu me lembrasse do aniversário de Mike, quando ela disse que tínhamos um amigo em comum. Como ela sabia sobre mim e, mais importante do que isso, o que ela sabia? 

— De qualquer forma, eu não posso simplesmente beijar uma garota 

— Certo, podemos voltar, por favor? —eu peço.

Todo o caminho até encontrarmos com os garotos na pista de dança se dá enquanto Cassandra e Emma conversam sobre a possibilidade de Ems ficar com Alexa. Eu estou concentrada em me equilibrar nos saltos, enquanto considero seriamente a possibilidade de comprar uma garrafa de água e sentar um pouco, esperando a bebedeira passar.

— Voltaram, finalmente! —Mike comemora, abraçando Cassandra pela cintura. 

— Vou buscar água para mim. —aviso. 

— Eu vou junto. —diz Kevin. — Também quero uma. 

Penso em dizer que eu mesma posso pegar uma garrafa de água para ele também mas, sinceramente, é preferível ficar alguns minutos sozinha com Kevin do que aguentar suas brincadeiras sobre eu não conseguir ficar a sós com ele. 

Kevin vai na frente, abrindo espaço entre as pessoas até o bar, que está quase cheio. 

— Eu acho que eu nunca vi você ficando bêbada tão rápido. —ele comenta, passando a mão nos cabelos loiros e arrumando-os para trás.

— Eu comi pouco, não planejava beber. —falo, procurando um espaço entre as pessoas e apoiando o meu braço na bancada do bar. 

O loiro pede duas garrafas de água e rapidamente elas nos são entregues. 

— Adele, eu estou muito louco. —Kevin diz, abrindo sua garrafa. — É sério.

— Mas você vai conseguir dirigir, não vai? —pergunto, muito mais tranquila do que eu pensei que estaria.

Kevin passa a língua pelos lábios, mexendo a cabeça. 

— Vou. —ele ri. — Ah, porra, fazia um tempão que eu não ficava assim. 

— Para de tentar conversar comigo. —reclamo. — Eu não quero falar com você,

— Bom, você está falando. 

Aperto os olhos, sem paciência, e sento em um dos bancos vagos. 

— Pode voltar para a pista, eu preciso descansar um pouco. 

— Você pretende ficar aqui, sozinha, nesse estado?

— Me poupe, Kevin. —reviro os olhos. — É muito corajoso da sua parte fingir se importar, mesmo depois de tudo. Pode ir, eu prefiro ficar sozinha do que com você. 

Ele mexe a cabeça de um lado para o outro.

— Não. Adele, você nunca nem tentou entender o meu lado da situação.

— O seu lado? Você só pode estar de brincadeira comigo. Você nunca me procurou para conversar sobre o que aconteceu e agora, quando você está drogado e eu estou bêbada, você decide que quer conversar? Vai se foder.

— Você se fechou totalmente, porra, eu nunca tenho oportunidade de falar nada. 

— Porque eu não quero ouvir nada do que você tem para dizer. —falo, antes de beber um longo gole da água gelada. — Você pode tentar distorcer o que aconteceu de diversas maneiras e em nenhuma delas você vai estar certo. 

— Mas qual é a diferença? —ele tenta argumentar e eu sei que ele tá ficando irritado. — Você saiu da equipe de ginástica e o time de futebol de campo acabou. Foi justo.

Nesse ponto, não é apenas Kevin que está furioso. 

— Eu não saí mostrando por aí as fotos do seu pau que você me enviava, caralho, essa é a diferença entre nós dois. E eu não saí da equipe, eu fui expulsa por um erro que nem foi meu. 

— Eu não obriguei você a enviar nada para mim. 

— Você quer que eu assuma a culpa pela merda que você fez? —questiono, incrédula. — Kevin, você é muito pior do que eu pensava. 

— Para onde foi tudo o que você sentia por mim quando enviava aquelas fotos e me falava tudo aquilo que você deve lembrar muito bem? 

Ele não está falando exatamente sobre sentimentos. Bom, pelo menos não os do coração. O que sentíamos um pelo outro era algo muito mais raso, superficial. Era puramente sexual.

— Acabou. —dou de ombros.

— E o que eu faço com o que eu ainda sinto?

Termino a água e fecho a garrafa, girando a tampa de plástico enquanto eu saio do banco e me coloco em pé, no chão, de novo. 

— Enfia no cu. 

Dou as costas para Kevin, mirando a garrafa na lixeira e surpreendentemente acertando. Mas preciso me equilibrar no salto quando meu braço é bruscamente puxado. 

— Você não pode falar comigo assim, caralho! —ele esbraveja. 

É nesse momento que eu enxergo, acima dos ombros largos de Kevin, a dupla que desce as escadas. Está escuro e as luzes coloridas piscando não me permitem distinguir as cores com clareza, mas eu posso ver o glitter azul dos olhos de Alexa borrado reluzindo. Ela ajeita seus cabelos curtos e muito claros enquanto desce degrau por degrau ao lado do moreno tatuado de cara fechada. 

— Solta o meu braço. —ordeno, tentando imaginar como Zayn reagiria àquilo e rapidamente chegando na conclusão de que eu não quero ver sua reação. — Eu tô falando muito sério e estou sendo perfeitamente clara, Kevin, eu não quero que você encoste em mim.

Puxo meu braço, enquanto seus olhos quase queimam em cima de mim. As pupilas dilatadas tomam conta das suas íris, e a linha dos cílios inferiores está avermelhada. Ele não é o mesmo de sempre, está visivelmente alterado, mas tenho certeza que o Kevin cotidiano me trataria da mesma forma. 

Alexa e Zayn chegam até nós. Ele para alguns metros afastado, com uma cara que dá medo, enquanto a loira para ao lado de Kevin, apoiando o braço no seu ombro. Kevin olhou de canto de olho para Zayn, mas não fala nada.

— E aí, gente, vamos dançar? —Alexa sugere, com um sorrisinho direcionado a Kevin. A maquiagem borrada denuncia, está claro que ela havia chorado. 

Ele concorda com a cabeça. Claro que Kevin não vai dançar, mas a pista de dança é lotada de mulheres. 

— Vamos, Adele. —ele me chama. 

— Claro, eu só...—não consigo me concentrar o suficiente para terminar a frase, é difícil ver Zayn tão próximo depois daquela briga e principalmente porque é Kevin quem está ali. 

Flashes daquele dia na aula de religião em que Kevin fez piada com o fato de eu ter sido o álibi de Zayn tomam minha mente e eu desisto de terminar de falar, como se, se eu ficasse quieta e imóvel o bastante, eu fosse deixar de existir, me tornar invisível, ninguém me enxergaria e então eu evitaria ter que atravessar situações como essa. Mas isso não é possível. 

— Você está bêbada? —Alexa pergunta, segurando meu rosto com a sua mão cheia de anéis. — Caramba, Adele, você está bêbada. Como você vai dirigir assim? 

— Ela não vai dirigir. —diz Kevin. — Eu vou. 

— Mas você está drogado. —Alexa arregala os olhos, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. — Não, não, gente. Eu vou dar um jeito até lá, não se preocupem. Agora vamos dançar. 

Kevin e Alexa dão os primeiros passos em direção à pista e eu faço o mesmo, mas Zayn segura minha mão. Em reflexo, afasto minha mão da dele. 

— Você fica, a gente tem que conversar. —ele diz, autoritário. 

— Eu não quero falar com você. 

— Adelaide, eu também não quero falar com você sobre isto, pode ter certeza que, se não fosse necessário, eu não chamaria você para uma conversa. 

Sobre isto? Mas o que é isto?

— Isto o que? 

— Vem comigo. —Zayn pede. — Por favor. 

Por favor. Ele poderia repetir isso mil vezes se quisesse, não apagaria o jeito com que ele falou comigo na frente de Alexa e Emma. Mas eu quero muito saber e o modo com que ele se referiu ao assunto sobre o qual ele quer conversar comigo me faz ter esperança de que ele vai contar, qualquer coisa que seja, ele vai falar. 

Porque eu não posso viver no escuro para sempre.

Zayn estica o braço, oferecendo-me a sua mão. E eu faço o mesmo, pousando a minha sobre a dele. Zayn vira de costas para mim, encostando seu antebraço nas suas costas e segurando a minha mão enquanto caminha por entre as pessoas, seguindo o caminho que eu reconheço como sendo o que dá acesso à porta pela qual nós entramos. 

Ele abre a porta pesada, cumprimentando os seguranças com um aceno de cabeça, como se eles já tivessem se visto anteriormente, e eu me pergunto se ele também havia entrado por lá. Não questiono Zayn enquanto ele me conduz pelo estacionamento, por entre os carros. E paro quando ele o faz, na frente do Landau preto. 

— Por que a gente teve que vir até aqui? —eu pergunto, quando ele escora-se no carro.

Zayn não responde minha pergunta, mas faz outra de volta. 

— Adele, o que você sabe? Me fala absolutamente tudo. 

Junto as sobrancelhas, confusa, enquanto me dou por vencida e tiro os saltos para me equilibrar melhor. 

— Sobre o que? 

— Sobre tudo. O que foi que Alexa disse? 

— Nada. —falo, sendo sincera. — Ela não disse nada. De que você está falando? 

— Eu estou falando sobre as drogas, essa boate, a relação dela comigo e com quem quer mais que seja. Me fala tudo, Adelaide. —ele está sério. 

— Tudo o que eu sei é que a Alexa vende drogas e aparentemente o Bruce também. O que além disso eu deveria saber? 

Pela sua expressão, ele não parece estar convencido. Ele não acredita no que eu acabei de dizer E isso só significa duas coisas: a primeira é que há muito mais para eu saber, e a segunda é que ele está fazendo questão de manter tudo escondido de mim. Ele mente para mim, por isso desconfia que eu faço o mesmo com ele. 

Zayn detestou quando viu Bruce prestes a acabar com aquela fileira de cocaína. Por que? 

— Você tem algum problema com drogas ou algo assim? —pergunto, pensando alto. 

— Não. 

Então só resta uma opção.

— Então você também vende drogas. —concluo. — Igual Alexa e Bruce. 

— Não, Adele, eu não sou igual aos dois. 

— Qual é a diferença?

 

Zayn Malik 

Eu nunca tirei férias, mas, se pudesse, não sei se tiraria. 

Eu gosto do meu trabalho. Me sinto melhor trabalhando. Se eu não fosse tão orgulhoso eu admitiria que é por causa da sensação de poder, de saber que eu mando em alguma coisa grande, que pessoas me obedecem, que eu possuo muitas coisas. Eu vivo o sonho, poderia ter um chafariz e criar tigres em casa*, se eu quisesse. Mas eu não posso negar o quão estressante tudo isso pode ser. 

Altos e baixos, é no meio disso que eu vivo, e eu não me surpreendo quando meu trabalho influencia na minha vida pessoal. É tudo meio misturado, embora eu tente fazer com que não seja. Às vezes é difícil deitar a cabeça no travesseiro, fechar os olhos e dormir em paz, quando eu lembro de todas as armas das quais eu já puxei o gatilho, ou em quantas pessoas já puxaram o gatilho das armas as quais eu vendi, ou em quantos pais de família, jovens promissores e mulheres inteligentes acabaram dentro de um caixão por causa de uma overdose —ou viram alguém que amavam sendo enterrado. Mas esses são os ossos do ofício e, uma vez dentro desse mundo, não tem como cair fora. Todo mundo diz isso. E dizem porque é verdade. 

A verdade é que Adele representa muita coisa, mas, principalmente, algo que eu nunca tive: liberdade. Só de olhar para ela já fica claro o quanto ela não liga para a opinião das pessoas, o quanto ela se sente maior do que Oaks Field, o quanto ela anseia por mais. Pulso firme, opiniões fortes, ambições severas. Igual a mim. Mas, ao mesmo tempo, eu não consigo imaginá-la no meu mundo, e muito menos cogitar mostrar a ela quem eu realmente sou porque isso traria consequências gigantescas. Não fomos longe o suficiente com isso para que eu possa pensar em falar e, se tudo der certo, não iremos. Não existe nenhum tipo de futuro em uma relação entre pessoas assim, eu aprendi isso da pior maneira possível.

Um dia está tudo bem, alguns dias depois está tudo de cabeça para baixo. Na quarta-feira nós estávamos quase nus na minha cama, no sábado eu encontro com ela, na boate de Tomlinson, no mesmo camarote que Alexa —com toda sua impulsividade— e Bruce —e o seu talento para fazer merdas—, e de repente tudo vira de cabeça para baixo. Nenhum de nós ganha nada com essas brigas, apenas provamos um para o outro e para nós mesmos o que já sabemos: somos orgulhosos, teimosos e impacientes demais para nos esforçar para que algo dê certo. Não conseguimos respeitar o espaço um do outro, por vezes sequer respeitamos um ao outro, na verdade. Uma disputa de egos onde nós dois somos tolos. 

— E aí, Zayn? Qual é a diferença? —Adele repete, visivelmente bêbada, segurando saltos pretos. Sua voz está rouca e seus olhos, baixos. 

Eu não posso explicar que a diferença é que eles vendem algumas gramas de cocaína para algumas pessoas, enquanto eu vendo quilos para pessoas que vendem para outras. Eu não posso explicar que eu também vendo armas ilegalmente, que as exporto para o Canadá e para outros países. 

— Melhor não falar sobre isso agora, você está muito bêbada. —tento me esquivar. — Mas o que você precisa saber é que eu não sou como eles.

— Nunca é o momento certo! —ela esbraveja. — Você diz que eu fujo, mas quem foge é você. Você é covarde demais para me falar o que quer que seja até mesmo quando quem tem a maldita ideia de conversar é você! 

Adele aponta o dedo para mim, furiosa. Eu não posso a culpar, mas tenho direito de ficar bravo também. 

— Adele, eu não devo nenhuma explicação a você. 

— Então por que me chamou para conversar? Ficou com medo que eu caísse fora se descobrisse que você vende drogas? Eu não estou preocupada em sair falando sobre você com as outras pessoas e muito menos quero que saibam que existe qualquer coisa entre nós dois, eu só quero saber a verdade. Eu não aguento mais ser feita de otária! Você é tão egocêntrico que… 

— Eu sou egocêntrico? —eu dou risada, desacreditado e indignado, interrompendo-a. — Já passou pela sua cabeça que a minha vida simplesmente só diz respeito a mim mesmo e eu não digo nada para você porque eu não preciso dizer porra nenhuma? Nem tudo é sobre você, Adelaide. Eu não me importo simplesmente com você ficar sabendo, a questão é que ninguém precisa saber de nada. 

Ela respira fundo e em silêncio, depois dispõe os saltos no chão e os calça. Se a cena fosse vista de fora, diriam que ela está extremamente calma, mas eu sei que a realidade é o total oposto disso. 

— Eu não vou perder o meu tempo discutindo com você porque eu sei muito bem como as coisas vão acontecer. Em algum momento vamos acabar nos esbarrando e vamos agir como se nada tivesse acontecido, até a próxima briga. —diz ela.

— Isso é o que você pensa. Você acha que pode me dizer para nunca mais falar com você e depois falar que vou correr atrás de você? 

— Sim, porque foi isso o que você acabou de fazer, não foi? 

— Caralho, Adelaide, quantas vezes eu vou ter que dizer que nós não estamos tendo essa conversa por sua causa? 

— Não foi isso que eu disse. Eu falei que você foi atrás de mim, o que é verdade. Eu acho que no fundo você quer...

Mais uma vez, eu a interrompo. 

— Eu quero que você pare de falar sobre o que não sabe, Adelaide. —cuspo as palavras. — Você fala demais para quem sabe tão pouco.

Adele levanta os ombros, como quem diz que não dá a mínima. 

— Vai precisar de bem mais do que uma garrafa de vinho para consertar a merda que você está fazendo agora, seu cuzão. 

As ondas castanho-escuro do seu cabelo voam no ar quando ela dá as costas para mim e caminha de volta à boate. Me desencosto do carro e passo as mãos pela cabeça, furioso, fechando os punhos e batendo com a lateral da minha mão fechada no pilar de concreto ao lado do meu carro. 

— Puta que pariu! —grito, muito mais irritado do que ela deveria conseguir me deixar. 

Tiro um maço de cigarros do bolso da calça e levei um deles até a boca, acendendo-o com um isqueiro. É nesse momento que eu vejo o homem de quase dois metros de altura saindo do espaço entre a Hilux de Sebastian e um outro carro qualquer. Apenas quatro carros de distância do meu. 

— Cigarro para aliviar o estresse? —Tobias pergunta. 

— Você estava aí o tempo inteiro? 

— Estava. Cheguei poucos minutos antes de vocês. —ele dá uma risadinha. — Acho que vocês dois estavam tão mergulhados nessa briga que nem notaram que eu estava escorado na parede fumando. Está escuro também, então até que eu entendo. Noite difícil? 

— Porra, Tobias, a Alexa trouxe Adelaide e os amigos dela para cá. Ela é completamente louca! —reclamo. 

Tobias já sabe sobre Adelaide desde que ela me tirou da cadeia por causa do assalto ao restaurante. Eu precisei explicar e não havia como omitir certos fatos. 

— Alexa não quer deixar você irritado, Malik, ela quer que você siga em frente e seja feliz. Eu conheço você há quatro anos, eu vi tudo acontecer e você ainda não conseguiu superar Florence. 

Florence. Um nome cheio de lembranças que eu não quero me recordar. Prefiro, na verdade, fingir que nada aconteceu. 

— Tobias, você sabe que eu não gosto de falar sobre Florence. —o repreendo. — O que acabou está acabado. Fica no passado. Nada disso tem a ver com ela. 

— Como não tem, Malik? Você era outra pessoa antes dela. 

— Esquece isso. 

— Quem tem que esquecer é você, irmão. —eu o conheço o suficiente para saber que ele está tentando não ser rude. — Todos nós temos uma história, alguns têm um passado fodido, outros têm corações partidos e alguns têm que lidar com coisas mais tranquilas mas, de qualquer forma, não somos só parceiros nos negócios, somos na vida também. Alexa achou que você ficaria feliz em ver Adele, foi só isso. 

Eu detesto lição de moral mas, quando vem de Tobias e seus trinta anos de experiência, eu aceito. E eu sei que, mesmo que na maior parte do tempo ele me chame de irmão, me vê mais como um filho. 

— Valeu, Toby. —falo. — Mas você não conhece Adele, não sabe como ela pode ser explosiva. 

Tobias ri.

— Eu aposto que não é mais explosiva do que você. —ele balança a cabeça, rindo. — Ela acha que você apenas vende drogas, isso é pouco perto da verdade, mas já é alguma coisa. E você foi duro com ela, Malik. Peça desculpas.

— Ela não acha que eu vendo drogas, pode ter certeza. E eu não vou pedir desculpas. —aviso, jogando o cigarro terminado no chão e pisando em cima para apagá-lo totalmente.— Isso não faz o meu estilo e eu não pretendo falar com ela. Vai ser melhor assim, cada um no seu canto, pelo menos por um tempo. Não quero que ela se acostume comigo na volta. 

— Você que sabe, mas não sei se ela vai sentir falta, afinal, você pode não querer falar com ela mas com certeza aquele loiro dos olhos azuis quer. —ele debocha e eu juntei as sobrancelhas. 

— Quem? 

— Ele se apresentou como Kevin West hoje e chegou no camarote com o braço sobre os ombros da sua garota. 

É aquele cara que estava conversando com ela quando eu e Alexa descemos as escadas, claro. 

— Adele não é a minha garota. —respondo, rápido, olhando o relógio no meu pulso em seguida. Uma e meia. — Certo, vamos entrar e subir, Tomlinson deve estar nos esperando. 

Tobias concorda e então entramos na boate de volta, subindo as escadas e entrando na porta ao final do corredor. Reunidos em volta da mesa de pôquer estão Louis, Bruce, Sebastian, Alexa, Liam e Ben. 

— Finalmente! —diz Alexa. — Eu quero descer, meus amigos estão lá embaixo. 

— Eles não são seus amigos, são seus clientes. —Ben repreende.

Eu e Tobias puxamos cada um uma cadeira em volta da mesa e Louis serve whisky em um copo para mim. 

— Antes de qualquer coisa, eu tenho uma pergunta pra fazer. —bato na mesa, estressado. — Bruce, sua noção foi para a casa do caralho quando você cogitou cheirar aquela merda?! Eu já falei, porra, quem vende não usa! 

— Foi mal, Malik, relaxa aí. 

— Relaxa o caralho! Eu não gosto de ter que repetir as coisas, vê se aprende. E você também, Alexa! Deveria ter impedido. 

— Eu não sou babá de ninguém. —ela responde. 

— Porra, eu odeio ter que falar isso, —diz Louis, com um copo de whisky em mãos. — mas nós cuidamos de você quando você precisou e aqui nós cuidamos um do outro. 

— Também não precisa falar desse jeito. —a loira resmunga.

— Quanto sentimentalismo. —é a vez de Sebastian reclamar e eu concordo. — Vamos começar a planejar ou não vamos? 

Paciência não é exatamente uma qualidade presente no colombiano. Ou em qualquer um de nós. 

— Certo, bandolero, fica sossegado porque agora que o Malik chegou podemos iniciar o planejamento. —diz Ben, rindo.

— Enfim, podemos começar? Afinal, a cocaína não se transportar da Colômbia para cá sozinha. 

Então damos os primeiros passos para que o será a quarta leva de toneladas e toneladas de cocaína, vindas de avião, da Colômbia até Nova Iorque, depois Flórida e aí sim Dakota do Norte para que, daqui, possamos enviar para o Canadá, depois então para o Reino Unido. 

É absurdo o quanto de dinheiro o narcotráfico movimenta, por isso investimos muito mais nele do que no tráfico de armas. Agora somos oito pessoas em volta de uma mesa, dentro de uma boate que serve para fins de lavagem de dinheiro, discutindo um plano que depois será negociado com meu pai e os demais participantes disso tudo e, mais tarde, vai mobilizar tantas pessoas que parece até irreal. Mas não é. 

É real. E é a minha vida. 


 

Adelaide Young 

 Provando que nada é tão ruim que não possa piorar, antes mesmo que as luzes piscassem indicando os últimos drinks seriam servidos, perto das quatro horas, próximo do horário em que a boate fecha, Cassandra precisou segurar meus cabelos enquanto eu vomito em uma das privadas do banheiro feminino. 

— Inversão de papéis! —ela diz, rindo. — Sem querer apressar você, mas temos tipo meia hora até a boate fechar e já estamos bem cansados...

Eu entendo o recado e já havia vomitado provavelmente tudo o que havia dentro de mim. Tiro os joelhos do chão, me levantando, e indo até a pia lavar as mãos, o rosto e a boca. 

— Pega um chiclete, amiga, vai precisar. —diz Emma, que a essa altura já é a mais sóbria entre nós, me entregando a goma de mascar assim que eu termino o que precisava fazer na pia. 

Não sei o que eu pensaria sobre tudo o que aconteceu se eu estivesse sóbria, mas eu ainda não consigo acreditar nas coisas que Zayn diz. Em nenhum momento ele confirmou que vendia drogas e, sinceramente, algo dentro de mim diz que não é isso o que ele faz. Talvez ele queira que eu pense que é isso, mas eu ainda duvido.

A boate já está menos movimentada do que quando chegamos e os garotos também querem ir embora, então nos dirigimos até os carros, no estacionamento. 

Mike até tenta avisar antes de vomitar, mas não dá tempo e ele despeja tudo no asfalto, no meio do estacionamento. Felizmente o efeito da cocaína já havia passado e Kevin está sóbrio o suficiente para dirigir. 

— Adele, eu nunca vi você ficar tão bêbada como hoje. —Dominick comenta, permitindo que eu segurasse no seu ombro para me livrar dos saltos. 

 — Vou enviar uma mensagem para a Alexa. —Cassie avisa.

Mas não é preciso, já que Alexa passa pela porta dos fundos em direção a nós apenas alguns segundos depois que Cass termina de falar. 

Dominick me ajuda a entrar no carro e colocou o cinto de segurança de mim, no banco da frente do meu Maverick. Emma e Cassandra acomodam-se no banco de trás e Kevin senta-se no banco do motorista. 

— Kevin, eu estou com muito sono mesmo. —diz Ems, depois de um bocejo. — Eu posso dormir tranquilamente durante a viagem? 

— Pode, Emma, eu não vou dormir e não vou capotar o carro. 

— Se você arranhar o meu carro, Kevin, eu mato você. —aviso, enquanto ele tira o carro do estacionamento. 

Ligo o rádio e coloco a música em um volume baixo, apenas para que a viagem inteira não seja consumida pelo silêncio. Emma apaga antes mesmo de pegarmos a estrada e Cassandra não se mantem acordada por muito mais tempo do que isso. 

 — Aquele era Zayn Malik? —Kevin pergunta, subitamente, depois de se certificar, através do espelho retrovisor, que as meninas estão dormindo.

 — Sim, por quê? 

— Só queria saber. —ele dá de ombros. — Eu imaginava ele pior, com tatuagens de cadeia no rosto e umas roupas estilo Velozes e Furiosos. Acho que me equivoquei, não conheço muitos criminosos. 

Aperto os olhos, sem saber o que eu suporto menos naquele instante: falar com Kevin ou falar sobre Zayn. 

— Você passou a noite chapado de cocaína e agora diz que não conhece muitos criminosos? Coragem sua. —reviro os olhos. 

Kevin torce o nariz, desgostoso do comentário, mas não rebate. A música baixa na rádio do carro quase é o suficiente para embalar meu sono, mas a ideia de dormir ao lado de Kevin, mesmo que seja em um carro, é assustadora demais. 

 

O alarme do meu celular toca às dez horas e eu quase jogo o aparelho pela janela. Toda a madrugada parece um borrão na minha mente e, logo que eu acordo, nem faço questão de tentar me lembrar. 

Saio da cama lenta e preguiçosamente, quase me arrastando até o banheiro. Deixo a banheira enchendo enquanto faço xixi, escovo os dentes e lavo o rosto. Depois tento aproveitar o banho morno, ao mesmo tempo ouço os barulhos estranhos do meu estômago e sinto minha cabeça latejar. Assim que termino meu banho eu vasculho os armários do banheiro, em busca de qualquer remédio para a ressaca e engulo o primeiro que encontro. 

Quando deixo o banheiro, visto uma calça confortável, chinelos e uma blusa, penteio os cabelos molhados, enfio o celular no bolso e desço as escadas. Não encontro nenhum sinal do meu pai, apenas Andrew mexendo ovos em uma frigideira e assistindo ao canal de esportes. 

— Você está acabada! —ele diz, rindo, quando me vê entrando na cozinha. 

— Muito obrigada. —respondo, enchendo um copo de água e bebendo todo o líquido. Repito isso três vezes. 

— Nosso pai foi almoçar fora. —resmungo perguntando com quem era o almoço, enquanto eu começo a preparar um café preto forte. — Não sei, acho que ele está namorando. 

Retiro meu celular do bolso, checando as mensagens. Nada muito importante, apenas Gracie me convidando para estudar matemática com ela, durante a tarde. Envio uma resposta dizendo que eu irei, sim, e pedindo para que ela me espere com cookies. 

— Parece que eu vou desmaiar a qualquer instante. 

— Se ficar sem comer é pior. —Andy alerta. — Aproveita e tira o bacon da geladeira, me dá uma mãozinha. 

Mesmo que eu esteja sentindo como se o meu corpo fosse pesado demais para me movimentar e como se a minha cabeça estivesse prestes a explodir, faço o que ele pediu. 

 

No fim das contas, Andrew estava certo e eu passei a me sentir melhor depois do café e melhor ainda depois que acabamos com o nosso almoço: lasanha congelada feita no micro-ondas. 

Quando Gracie abre a porta da sua casa para mim, a primeira coisa que eu percebo é o cheiro de cookies e logo em seguida eu reparo na sua testa suja de farinha de trigo. Gracie usa mais um dos seus vestidos que lembram os anos 50 e o escolhido da vez é turquesa fechado, com a saia florida, e um avental por cima. 

— Você sempre chega na hora certa! —ela diz, piscando seus olhos com cílios loiros. — Adele, você está com uma cara péssima.

— Eu sei, estou muito cansada e só os seus cookies podem me ajudar! —dramatizo, entrando na sua casa.

Eu e Gracie vamos até a cozinha, onde a mesa já está arrumada com bandejas de cookies com gotas de chocolate, dois copos de leite, e os cadernos e livros de matemática arrumados. A Sra. Benett está folheando uma revista, sentada à bancada da cozinha, saboreando um cookie. 

— Como vai, Adelaide? —ela pergunta, quando eu chego. 

— Muito bem e a senhora? 

— Ótima. —sorri. — Vou subir para vocês poderem estudar. Gracie, melhor levar uma bandeja para o seu pai e Diaz, porque, se não fizer isso, eles vão vir aqui o tempo inteiro roubar biscoitos. 

Sra. Benett ri, levantando-se e caminhando em direção às escadas com sua revista em mãos. Gracie obedece, sentando-se para arrumar uma bandeja com vários biscoitos enquanto eu procuro no sumário de um dos livros a página que contem geometria especial, assunto da próxima prova. Mas quando a minha amiga levanta-se e vira as costas para mim para pendurar o avental que acabou de tirar, eu vejo a mancha de sangue no vestido. 

— Gracie, acho que você menstruou. —aviso. 

Ela tenta olhar por cima do ombro. 

— Ah, não. —reclama. — Certo, pode levar os biscoitos para o meu pai e para o Oficial Diaz enquanto eu troco de roupa? Vou levar um segundo. 

— Claro, pode ir. 

Gracie sai, apressada, e eu pego a bandeja da mesa. Sigo até a porta do escritório do Sr. Benett e bato na porta duas vezes antes de abri-la, não quero ser mal educada. 

— Boa tarde. —falo. 

Oficial Diaz acena com a cabeça.

— Adelaide! Veio estudar com Gracie? —o pai da minha amiga pergunta e eu assinto. — Que bom que trouxe os biscoitos, estamos atarefados hoje. 

Mexo a cabeça, sem saber o que dizer, e os dois voltam a conversar sobre o que falavam antes. Então, quando eu chego à porta, ouço com perfeição o que Diaz diz. 

— Eu tenho certeza do que estou falando, porra, eu tenho informante. Malik vai levar as drogas até Fargo na segunda-feira, temos que pegá-lo em flagrante. 

Fecho a porta atrás de mim e caminho direto para o banheiro, trancando a porta e apoiando as mãos na pia de mármore, encarando minha imagem no espelho, tentando assimilar todas as memórias da noite anterior que eu não havia me preocupado em lembrar, até agora. Então, como um reflexo, tiro meu celular do bolso da calça, pronta para a visar Zayn sobre o que eu havia acabado de ouvir. 

E só depois que a mensagem já foi digitada —mas ainda não enviada—, eu me questiono por que meu primeiro instinto foi ajudá-lo. A resposta é clara e difícil de aceitar: eu gosto dele. Mas eu tenho dúvidas se sentir algo por ele era o suficiente para, por ele, atrapalhar a polícia, mais uma vez.

 

❝Fomos muito rápido, mas estávamos indo devagar. Aguente firme ou podemos deixar ir. Nós podemos nos render e seguir em frente, nós podemos ser teimosos porque somos fortes, nós podemos fingir que o que nós dois sabemos não é verdade. Eu não me importo, e nem você. Nada a ganhar, apenas algo para provar. Podemos tentar esse amor novamente ou encarar a verdade. ❞

Lucidious ft. Xavier Frye — Face The Truth
 


Notas Finais


*criar tigres foi uma referência a Scarface, o filme preferido do Zayn, onde Tony Montana, traficante de cocaína, vira um gangster muito poderoso e milionário e cria tigres em casa.

Eu não tenho nem o que dizer...
Espero que comentem, quero MUITO saber o que vcs estão achando!!

Xoxo ♥


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