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História Lost Star's (dark) - NamJin, VKook, Yoonmin, VHope - Strawberries and Cigarettes


Escrita por: SenhoraB_escrit

Notas do Autor


Bolinhos que saudade!
Estamos caminhando para uma possível reta final e talvez uma continuação da história, estou com ideias para uma outra fic com os mesmos ships, logo revelo novidades e espero que vocês gostem mesmo do que estou aprontando >< bem, a playlist é voltada para os NamJin e tá muito especial, espero que gostem! Boa leitura 💜💜💜

Capítulo 53 - Strawberries and Cigarettes


Fanfic / Fanfiction Lost Star's (dark) - NamJin, VKook, Yoonmin, VHope - Strawberries and Cigarettes

P.O.V Yoongi

- Meu Deus...Yoongi? - Jimin me encarava respostas enquanto eu fazia o mesmo encarando a mulher. De onde ela me conhecia? Meus olhos se apertaram buscando na memória qualquer lembrança que pudesse vir a ter mas nada, exatamente nada fazia sentido. Seus olhos nitidamente asiáticos, o rosto pálido e os cabelos médios até o ombro de longe me lembravam alguém importante que certamente não me esqueceria. Jimin apoiou se em meus ombros demonstrando estar com medo e confuso, então me dispus a falar:

- Desculpe mas a senhora me conhece de onde? eu não me lembro de ter a visto em nenhum lugar...- seu rosto estava tomado por uma expressão de dor enfatizado por lágrimas, talvez ela pudesse ter me confundido com outra pessoa mas como saberia meu nome? Seria uma coincidência?

- Yoon, não me diga que é um ex caso seu...- Jimin sussurrou incomodado.

- Então, de onde a senhora me conhece? Não vai me dizer? - a mulher frágil reencostada na parede se desabafa em um choro contido e melancólico. - Vamos Jimin, a dança já vai começar - tomei Jimin pela mão e caminhamos depressa sentido centro.

- Eu sou sua mãe! - ela gritou fazendo meu mundo inteiro desabar em baixo dos meus pés. Me virei rapidamente tentando assimilar cada palavra do que foi dito embora minha única reação fosse chorar. A verdade é que mesmo que me esforçasse a palavra mãe só me remetia  a senhora que cuidou de mim e Geum, não tinha quase que lembrança nenhuma daquela mulher prostrada aos meus pés implorando por perdão. Não era nada mais que uma estranha que não conseguia despertar em mim sequer o sentimento de pena.

-Mãe? Eu não tenho mãe! Ela morreu no dia que saiu por aquela maldita porta deixando duas crianças com um alcoólatra sozinhos! - me exaltei deixando que todo o ódio que guardei por anos me consumisse pouco a pouco. Não existia mais ninguém por perto, e até me esqueci por breves segundos que estávamos no Havaí. Não existia nada além de mim e do meu ódio personificado, se meus olhos fossem lambareiras, ela certamente estaria sendo queimada em meus pensamentos.

- Filho me desculpa...se você soubesse o quanto me arrependo. Não foi nada do que eu sonhei, e o pior foi ter perdido vocês dois, passei todos esses anos sem nenhuma notícia de vocês, sabe como doeu em mim não poder ficar perto de vocês?

- Nada do que disser é o suficiente! Nada justifica você ter abandonado duas crianças! Como você conseguiu entrar naquela merda de avião sabendo que deixou duas crianças sozinhas? Você não sabe metade do que nós dois passamos! Você não sabe o preço que eu vou pagar o resto da minha vida por causa da sua inconsequência! Você tirou tudo o que eu tinha! Meu irmão, minha família, a minha paz...e vou ser perseguido até o meu último dia por sua culpa! - não era mais Min Yoongi quem estava gritando e sim aquele garotinho amedrontado e ingênuo que não sabia de nada que estava acontecendo.

- O que...?O que aconteceu com Geum? - perguntou em pânico.

- Geum morreu, assim como meu pai, e como eu iria também se não fosse pelo Jimin! Você é um lixo, agradeça a si mesma por tudo isso que aconteceu! Você desgraçou a nossa vida!

- Yoon, se acalma por favor...- Jimin me abraçou permitindo que eu chorasse em seu ombro. Pouco me importava se tinha sido cruel com aquela...ela não teve um resquício sequer de compaixão por mim e pelo meu irmão. O que mais queria nesse momento é que ela lamentasse, deitasse na cama e não conseguisse dormir pensando no tamanho da destruição que ela causou.

- Meu filho...morreu? É isso que está me dizendo? Eu perdi o meu filho? Meu Deus...- Jimin se soltou de mim com rapidez e a segurou firme pelo braço.

- A senhora está bem? Acho melhor se sentar um pouco...- sugeriu penalizado.

- Não tenha compaixão Jimin, é assim que ela engana as pessoas! - desferi tomado de raiva.

- Yoongi, se acalme! Sua mãe é mais velha, e acabou de saber da morte do seu irmão, por favor tenha um pouco de compaixão!

- Ela não merece! Ela não teve quando me deixou! - chorei nervosamente.

- Tá tudo bem querido, obrigada. Filho, eu entendo sua revolta, eu juro que entendo mas agora que tenho apenas você, você é minha única família e eu não vou abrir mão de você outra vez, não vou! - ela se reengeu das lágrimas.

- Você vai tentar em vão, eu nunca vou te perdoar! Vamos embora Jimin, esse ambiente está contaminado! - sequei o resto de lágrimas insistentes, Jimin assentiu me acompanhando. Eu sabia que ele estava sentido com tudo isso, sem contar a gravidez que o deixava ainda mais sensível a qualquer coisa, não permitiria que aquele fantasma do passado prejudicasse a minha nova família como fez comigo. Por que ela tinha que voltar logo agora? Por que isso mexe comigo mais do que eu gostaria? Por que uma parte mínima insistia em estar feliz por isso? Não Yoongi, você não pode ficar feliz, a culpa é toda dela, vai deixar que ela te convença com um sorriso idiota?

- Não chora meu amor, eu sei que é difícil mas você não está sozinho - me abraçou com força. Nosso caminho foi interrompido por um vasto choro reprimido seguido de carinhos.

- Por que ela fez isso comigo Jimin? Por quê? -  apertei as costas do mais baixo o colando contra o meu corpo.

- Ela deve ter tido razões fortes Yoon. Por favor se acalme, depois talvez ela possa sanar suas dúvidas. Bem, vamos para casa, eu vou te ajudar a relaxar, o que acha de uma massagem? - Jimin perguntou doce.

- Você é quem deveria ganhar uma bela massagem meu amor, desculpa te envolver nisso tudo, eu não quero que isso atrapalhe o nosso filho, ele não tem culpa dessa merda toda e muito menos você - fiz carinho na bochecha de Jimin lhe retribuindo um sorriso.

- Você não tem porquê se desculpar, quando eu disse sim no altar não foi atoa, eu disse que ficaria ao seu lado e é isso que vou fazer até o o meu último dia - Jimin pegou em minha mão e deu um beijo em cima da aliança.

- Você tá melhor meu Chimy? Como tá o amor da vida do papai? - abaixei deixando uma trilha de beijos na barriga de Jimin.

- Aah nós estamos bem mas preocupados com o papai - riu fazendo carinho no meu cabelo.

- O papai vai ficar bem, vamos para casa amor?

- Vamos!


(...)


                         P.O.V Jimin

Eu não sabia nem o que pensar. Justamente quando decidimos vir conhecer o Havaí todo o passado volta a tona, como eu ajudaria Yoongi a lidar com isso depois de perder o irmão? Quais eram as intenções daquela senhora? Ela realmente estava disposta a conquistar o perdão de Yoongi? Olhei meu pequeno montinho dormindo encolhido depois de tanto chorar. Ao contrário dele, o sono não viria me visitar tão cedo, por isso peguei o notebook onde ele guardava seus projetos do último período da faculdade e comecei a procurar por qualquer e-book. Jin certamente saberia qual me indicar, mas o fuso horário não me permitiria ligar a essas horas, resolvi procurar na Amazon enquanto vez ou outra dava uma piscadela nas minhas redes sociais. Um plim abafado rapidamente pelos meus dedos na saída de som do notebook me avisou que havia uma nova notificação.


Uma nova solicitação de amizade.


Min Sori.


Era ela. Só podia ser ela, o meu pior pesadelo do acaso. Meus dedos não obedecia aos comandos dos meus neurônios, corriam entre as abas buscando pela notificação e quando finalmente a encontrou, aceitou com certa rapidez. Eu realmente deveria fazer isso? Como ela em encontrou? Malditos algorítimos que sempre estão de olho na privacidade dos usuários, provavelmente cruzou nossas localizações e facilitou que Sori me encontrasse. Com a mesma rapidez com que a adicionei, ela me chamou em uma conversa no bate papo virtual.


Min Sori está digitando...


Sori: Jimin, eu notei que você é uma pessoa de bom coração e muito gentil e, sei também que Yoongi está muito magoado comigo. Você poderia me ajudar a me aproximar do meu filho?


Jimin: Senhora não sei se isso é o certo a se fazer, Yoongi  ficará com raiva de mim.


Sori: De qualquer forma  ele ficará com raiva só por você ter me aceitado. Você pode me ajudar Jimin?


- O eu deveria fazer, filho? Me ajuda por favor...- implorei baixinho.


Jimin: Estarei de volta à Coreia em dois dias, podemos nos encontrar em um café do centro e a senhora me conta a sua versão, se eu achar que está sendo sincera, a ajudarei a reconquistar Yoongi. Agora preciso descansar, não faz bem para mim e pro bebê ficarmos acordados até tarde.


Sori: Meu Deus... Jimin você está esperando um bebê? Eu vou ser vovó?


Jimin: Sim. Preciso ir, boa noite senhora.


Sori: Parabéns querido, boa noite.


Seria outra luta descobrir qual lado faria meu pescoço doer menos, chegava a ser sufocante sentir minha garganta queimar e não poder dizer nada a Yoongi, afinal ele já havia contraído tantos problemas para si, por que ser mais um? Eu poderia me acostumar com a dor, embora sufocante não era insuportável e eu sei que nosso bebê não estava sendo prejudicado por ela, e depois eu pudesse resolver sem levantar alardes. Abracei Yoongi por trás tentando não chorar de dor ou ser acordado no meio da noite por um enjoou. Aquele cheiro de amora que apenas Yoongi tinha era o suficiente para me deixar mais calmo... mergulhando lentamente no sono profundo.


(...)

                   P.O.V Taehyung

- Bom dia meu amor, foi o papai Jungkook quem te colocou ai? Seu pai é muito descabeceado! - abri meus olhos sorrindo ao ver JungMi dormindo feito um anjo - que cheiro é esse? Parece pão fresco... - peguei o meu filho com um dos braços e com o outro livre segui até a cozinha buscando algo para comer. Para a minha surpresa Jungkook havia preparando um café da manhã exatamente como eu gostava.

 Se um dia minha vida tivesse sido bagunçada, agora tudo parecia bem. Me sentei a mesa, apoiando o bebê no meu colo. Me servi de um pouco de cada coisa admirando cada traço de JungMi, mal podia acreditar que a epifania me pegaria em uma manhã qualquer durante o café. O choro estridente, faminto e cansativo avisava que alguém estava com muita fome e logo também fui dar o café do pequeno. - Você é real mesmo? Você é tão perfeito...olha esse narizinho...essa boquinha...quando você for maior vou te mostrar uma foto do papai Kookie pra você vê como vocês dois se parecem, eu vou ter trabalho com você, provavelmente será muito namorador, principalmente se você puxar a mim - ri brincando com a mãozinha tão pequena apertando meu dedo com força enquanto mamava. Me surpreendi ao ver Jungkook entrar pela porta praticamente a arrombando.

- Jeon, o que aconteceu? - seu rosto de longe lembrava a placidez da noite passada. Sua testa fechou se em um vinco e seus lábios formavam uma linha fina e rígida. Algo tinha acontecido.

- Nós vamos embora, Taehyung. Vamos embora para bem longe daqui! - Jungkook caminhava de um lado pra o outro aflito.

- Como assim? Jungkook o que aconteceu? Me explica com calma por favor! - mantive a voz baixa para não assustar JungMi.

- Eles colocaram outro garoto no meu lugar na Morning Star, e o pior foi ter sido humilhado por aqueles dois velhos estúpidos! Se não fosse pelo juramento, eu teria quebrado a cara dos dois! - Jungkook se exaltou dando um murro em cima da mesa.

- Que velhos? Jungkook do que você está falando? 

- Os pais de Taeo estão me seguindo, acham que eu quero esse maldito dinheiro! Eu estou com tanta raiva, Tae. Eu só quero ir embora daqui o mais rápido possível - desabafou se sentando.

- Ir embora não vai fazer os problemas sumirem, Jeon e você tem que pensar em JungMi  também...- Jungkook voltou a me encarar irado. Droga, zona de perigo.

Ótimo! Nós vamos resolver dois problemas de uma vez! JungMi não vai se envolver com Hoseok, você consegue entender isso?

- Isso não é justo, Jungkook - murmurei.

- Eu estou protegendo o nosso filho, Taehyung!

- Protegendo do que, Jeon? JungMi vai estar mais seguro com Hoseok quando chegar a hora!

- Taehyung, a gente vai embora - disse pausadamente.

- Mas...- desisti no meio do caminho - a gente pode pelo menos ir depois do casamento do Jin?

- Tudo bem, Tae. Eu posso esperar - Jungkook me concedeu um sorriso doce. - enquanto isso, vou olhar algumas cidades e casas, talvez possamos até mesmo morar perto da sua mãe, o que acha? - assenti mascarando a preocupação, seria ótimo estar perto da minha mãe depois de tantos anos fugindo, porém o medo de encontrar Haru outra vez, ou de tê-lo perto de JungMi.

- Poderíamos morar em uma cidade calma, nem tão perto e nem tão longe da minha mãe - forcei um sorriso.

- Achei que quisesse ficar bem perto da sua mãe, e também ela pode nos ajudar a cuidar do JungMi caso você queira voltar a trabalhar - me fitou atônito.

- É Kookie...talvez.

- O que foi Taehyung? Você está estranho...

- Não é nada, Kookie - curvei os lábios.

- Tae, você pode me dizer, somos praticamente casados, você pode me contar tudo, não sabe? - se levantou e caminhou até mim.

- É só medo Kookie...- deixar escapar algumas lágrimas.

- Olha, eu sei que no começo as coisas são difíceis Tae, mas com o tempo a gente vai se organizar, eu vou olhar uma casa bem bonita pra nós três, com um quintal bem grande pro nosso filho brincar, um lugar que seja seguro também e que tenha uma boa escola e...

- Não é isso, Jungkook...eu não quero morar em um lugar onde o Haru esteja, ele pode muito bem tentar algo contra o nosso filho, ele é doente, louco, maníaco, eu não quero Kookie - desabei em lágrimas.

- Ei, ei...se acalma. Eu não vou deixar ninguém fazer mal a vocês dois e também podemos ver outras cidades, hum? Você não têm porque se esconder mais Taehyung, você não têm porquê fugir, não está sozinho mais - naquele momento me senti sortudo apesar do medo, não me importava que as coisas daqui pra frente fossem difíceis, afinal quando elas foram fáceis? Eu nunca pude me dar ao luxo de sentar e esperar que as coisas acontecessem, e essa talvez fosse  a única coisa que me veio de forma abençoada: Jungkook. Eu não me sentia sozinho, nem contente ou despreocupado, porém contando os percalços do caminho estava tudo suficientemente bem. Se equilibrando entre uma instabilidade e outra aos poucos tudo se ajeitaria, pelo menos até JungMi crescer, eu não queria que ele tivesse uma vida tão atribulada como a minha. Passei minha infância toda conhecendo lugares e não fazendo amizade com ninguém porque sabia que doeria não poder tê-los mais na minha vida. Definitivamente não foi o que planejei para ele e sei que também não foi o que minha mãe planejou para mim, de fato nós dois éramos pais muito jovens embora soubéssemos como queríamos que o nosso filho fosse criado. De todas as incertezas que eu pudesse ter, a única certeza é que JungMi seria muito mais feliz do que eu fui.


(...)

Duas semanas depois...


                        P.O.V Jimin

Depois de enrolar Yoongi para sair sozinho, finalmente estava próximo ao café do centro em que combinei com Sori. Sair de casa foi um grande problema, Yoongi estava tão protetor, e apenas concordou em me deixar sair depois de lembrar que haviam muitos trabalhos pendentes para entregar. Eu teria a tarde livre para descobrir a fundo o que levou Sori a abandonar os dois filhos, agora que sou pai e ainda sem conhecer meu filho, prematuramente já alimento um amor incondicional que certamente não me deixaria fazer algo tão covarde com ele. Como ela conseguiu? Ajeitei o sobretudo vermelho de veludo antes de entrar no requintado café escolhido pela mesma. Fazia algum tempo que gostaria de ter conhecido a discreta cafeteria estilo parisiense, tudo por aqui tinha um frescor, um charme próprio, seus arabescos românticos aconchegavam os corações até os pedidos serem servidos. Para quem acabou de voltar do Havaí, o frio de Seoul castigava severamente me dando falsas esperanças de tirar o veludo pesado do corpo. Meus olhos vasculharam o lugar como uma águia e logo encontrei Sori em uma mesa do canto tomando algo que se asemelhava a capuccino. A camuça lhe cai muito bem, pensei.

- Jiminie, você realmente veio! - me sentei com um breve sorriso.

- Como a senhora está...? - perguntei receoso.

- Um pouco melhor, estou me acostumando com a idéia de ter perdido o meu filho, mas nunca vou desistir de reconquistar Yoongi, ele precisa me perdoar Jimin - em poucos segundos de conversa tudo parecia tão tenso e pronto para explodir.

- Isso não vai ser fácil, tenha certeza disso. Yoongi é muito teimoso, fechado e cabeça dura. Eu o encontrei pronto para se suicidar...- me senti desconfortável em pronunciar isso alto demais - Yoongi mal me dizia seu nome, não ficava perto de mim por muito tempo e eu até pensei em desistir dele... só que...- segurei as lágrimas - Geum começou a nos ameaçar e de repente ele ficou tão protetor comigo, tão amoroso...descobri uma pessoa totalmente dócil, tão diferente do cara que resgatei naquela manhã. - suspirei pesadamente.

- Você foi a salvação do meu filho, obrigada - deu um sorriso simpática porém discordei.

- Eu estou tentando salvar ele dele mesmo. Todos os dias quando acordo e o vejo tenho vontade de salvar ele, de o fazer feliz depois de tantas tristezas. Talvez essa seja a batalha mais difícil da minha vida: fazer Yoongi se curar da depressão. Quando você acha que ganhou a batalha, ela volta traiçoeira e mais forte. Você já teve essa sensação de acordar com medo? É o que sinto todos os dias, olhar para o lado e o ver chorar sabendo que sou incapaz de fazer a dor parar. Não importa o que eu faça, é inútil, cansativo e desgastante! Mas eu não me arrependo, ainda o escolheria um milhão de vezes se fosse necessário, se eu pudesse emprestar meus olhos para que ele pudesse se ver... ele veria porque me apaixonei - deixei escapar um sorriso entre as lágrimas - sabe, amar é um ato de coragem, pessoas passam a vida inteira procurando sua alma gêmea mas as vezes elas mesmas não se amam, não abraçam suas próprias tempestades, eu não posso salvar lo se ele não quiser - abaixei a cabeça.

- Eu fui covarde mas não quero mais ser, você pode me salvar também Jiminie? - foi a vez dela chorar segurando minhas mãos com firmeza.

- Claro, a senhora pode me contar seus motivos? Eu quero muito entender apesar de não conseguir agora, não me imagino ficando um segundo longe do meu filho...- sorri sem jeito.

- O que eu fiz é injustificável mas eu vou contar...Bem Jimin, meus pais sempre foram extremamente rígidos comigo e no auge dos meus dezessete anos tudo o que mais almejava era sair de casa, não hesitei em o fazer quando conheci o pai dos meus filhos. Eu sabia que ele bebia, mas eu tinha aquela esperança boba de achar que ele mudaria com o tempo, que talvez ele quisesse mudar por nós. Não foi isso o que aconteceu e as coisas só pioraram depois que acabei engravidando, ele não queria mas era covarde demais para me pedir para abortar, o tempo foi passando e cada vez mais ele decaía na bebida, em dois anos engravidei novamente, dessa vez era Yoongi. As coisas apertaram, o pai dos meninos perdeu o emprego, quem aguentaria um homem bêbado o dia todo caindo pelos cantos? Ele achava que a culpa da desgraça dele era eu e as crianças. Geum entendia o que estava acontecendo apesar da pouca idade e você não sabe como isso me doía. Pedi a ele que cuidasse de Yoongi para que eu procurasse um serviço e pudesse nos livrar daquele monstro, quando voltei naquela mesma noite, encontrei Geum com o corpo praticamente desfigurado depois de tanto apanhar de cinto protegendo Yoongi. Aquele monstro ia machucar um bebê, Jimin! Eu não suportava mais ver tanta covardia. Foi assim que conheci meu atual marido, ele sabia que eu queria me livrar daquele sofrimento, então ofereceu que nós vivêssemos em outro país, onde aquele verme não pudesse me alcançar mas eu não poderia levar meus filhos. Se eu pudesse voltar no tempo...se eu tivesse ficado... Jimin doeu tanto deixar os dois ali, eu só pensei em mim, fui egoísta, suja e burra. O destino é um senhor justo e cobra tudo com juros, fui embora para o Havaí com um homem que mal conhecia e outra vez vivi um pesadelo. Ele me prometeu tantas coisas, estava cada vez mais inebriada em sua lábia, sonhava em voltar a Coreia buscar os dois, refazer nossa vida mas então... só então me deu conta de que havia virado uma escrava em todos os sentidos da palavra. Meus sonhos morreram um a um Jimin. Os anos foram cruéis comigo, e achei que morreria sem ver os meus filhos outra vez, sabe o que senti quando vi Yoongi na minha frente? Meu bebezinho? Eu só queria o tocar e dizer o quanto sinto a falta dele, me des...culpa - me levantei a abracei apertado. Ela havia errado, quem nunca? Não a dei minha compaixão por estar de acordo com o que ela fez, mas sim porque eu podia sentir a verdade em cada frase, o tamanho da dor que ela sentiu todos esses anos e a decepção com si mesma por ter abandonado os dois filhos.

- A senhora não tem porque se desculpar, eu farei o possível para ajudar lá, sei que se arrepende. Só preciso que tenha um pouco de paciência, Yoongi tem um bom coração e sei que vai perdoar lá - eu queria lhe dar o melhor sorriso que tivesse e que ele fosse capaz de confortá-la.

- Obrigada meu genro, posso te chamar assim?

- Claro, logo vamos ser uma família grande e feliz - alisei minha barriga - agradeço a senhora por ter me contado tudo mesmo que isso a machuque tanto...- dei lhe um sorriso simpático.

- É o mínimo que eu podia fazer, querido. Posso tocar...? - perguntou fazendo menção de tocar minha barriga. Assenti curioso.

- Quantos meses?

- Acho que dois, descobri a pouco tempo - dei de ombros.

- Sinto saudades de quando estava grávida, não pude aproveitar tão bem, então faça isso por mim, hum?

- Farei isso, Yoongi é muito carinhoso com nós dois, vai ser um ótimo pai!

- Não tenho dúvidas, pelo menos ele não puxou o pai - sorriu aliviada.

- Bem, eu tenho que ir comprar algumas coisas pro bebê, se a senhora quiser podemos ir juntos e eu posso lhe contar mais coisas sobre Yoongi, talvez recompense um pouco o tempo perdido - disse gentil.

- Tem certeza, Jimin? Não quero causar problemas entre vocês dois - respondeu um tanto quanto preocupada.

- Eu me entendo com Min Yoongi - constatei fofo pronto para partir.


(...)


Um mês depois...

☼ 𝑼𝒎 𝒅𝒊𝒂 𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒅𝒐 𝒄𝒂𝒔𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒐 𝑱𝒊𝒏 ☼☽

Retalhos, alfinetes e lantejoulas espalhados pela casa apenas refletiam a dor, o amargo e a escuridão espalhados pelo meu corpo. Amanhã seria o dia, talvez essa tristeza inerte e dolorida fosse só o presságio para o amanhã mais escuro. Todos estavam absortos em sua própria empolgação efêmera que me esqueceram aqui nessa casa. Euni e Ken haviam viajado para a fazenda do meu pai, os dois junto aos meus amigos e a uma empresa organizariam tudo.Eu não queria ter uma ligação direta com isso, não gostaria que em um futuro próximo olhasse para trás e dissesse que fiz parte disso até nos últimos detalhes.


Eu estou enjoado e nervoso.


Essa com certeza seria uma ótima desculpa que me livrasse de ficar o maior tempo possível perto desse teatro improvisado. De todos os casamentos que li durante minha vida, todos tão pomposos e exuberantes, tão apaixonados e devotos, de longe me assemelhava aos personagens. Muito pelo contrário, quanto mais olhava o terno azul claro cintilante mais temia minha própria morte, mas de todo mal, existia algo bom: a minha filha. De alguma forma bonita, Namjoon nunca estaria longe de mim mesmo que eu decretasse o fim do nosso romance com um sim. Eu a olharia e a amaria ainda mais por ser algo que ele me deu. Quantas noites sonhei com isso? Quantas lágrimas foram derramadas? Esse era o livro mais trágico e apaixonante que pudesse ter em minha instante: a minha própria história. Do que adiantava então, escolher o azul mais bonito? as pedras mais valiosas? a costura mais bem feita? as flores mais frescas? Se tudo que aquele terno me fazia sentir era podre, extremamente ácido e deplorável? Diferente dos outros dias, esse em específico me mostrou o que realmente é sentir a garganta travar, nada descera por ali, nem os doces feitos com tanto capricho por Euni antes de me deixar ali. Cada milímetro do meu corpo tremia em uma  ansiedade alucinante, o ar estava pesado e o gosto sórdido do vazio subia pelos meus lábios. Então encarando a janela, mais a fundo os prédios de concreto maciço, conseguia me conectar com Namjoon através das nossas súplicas recíprocas, conseguia enxergar o outro lado da cidade, o lugar em que meu coração nunca deixou de estar. Com um suspiro abatido pelo pouco sol, afirmei a maior verdade que algum dia já li: só se dar o devido valor depois que se perde. Sim, a falta começava a dar seus primeiros sinais pela palpitação no meu coração, eu prometi a mim mesmo que não iria chorar, e foi o que fiz. a tristeza me inundou em um ponto que só podia se sentir dores pelo corpo todo. Dores, as quias eu sabia que nunca mais seriam apaziguadas pelo beijo dele, ou um abraço reconfortante depois de uma desilusão, cada entranha sabia que nunca mais seria tocada pelos dedos quentes e singulares de Namjoon. Desde o fio de cabelo milimetricamente contado até o dedo mindinho do pé esquerdo sabiam que essa era a nossa despedida. Eles reclamavam, urravam, me pediam para lutar...e eu...eu só queria que isso parasse de doer, só queria que meu coração e minha razão parassem de gritar em meus pensamentos. O que eu deveria fazer? Não...isso não...


(...)


- Jin? - meu inconsciente estava certo. NamJoon estava tão destruído quanto eu, pelo menos era o que o chão coberto de pontas de cigarros recém acesos diziam. Nossos olhos se encontraram muito além do contato físico, e o choro tão retido foi se extravasando pouco a pouco. Eu queria guardar cada detalhe do seu rosto, não assim, triste e desolado mas sim sorrindo como na primeira vez que nos beijamos. Que irônico, não é? Esse seria nosso último beijo? Se sim, por que meu corpo se comportava como se fosse a primeira vez? Não hesitei, tomei NamJoon em meus braços sentindo o a última vez, seus lábios se derretendo e fundindo se aos meus melancólicos e piedosos. O bafo alcoólico misturado ao gosto de fumaça me remetia a noite em que nos conhecemos. Seus olhos ainda brilhavam tanto...ou eram apenas lágrimas carregadas de sentimentos inoportunos? Suas mãos urgentes, indecentes percorriam meu corpo implorando por um pouco mais. Mal percebi e logo estávamos bagunçando o apartamento com nossos corpos desajeitadamente cheios de tesão. Existia alguma palavra que traduzisse a saudade inefável? Eu não podia dizer ou lutar contra o desejo crescente, apenas o queria como nunca quis em toda a minha vida. Queria seus cabelos castanhos emaranhados em minhas mãos, seu pescoço desnudo esperando por um beijo, seu corpo arrepiado com cada toque meu. Para a minha sorte, NamJoon ansiava pelo mesmo e então em um ato de rebeldia separou nossos corpos e me encarou eufórico. - Jin? Como assim? Você está mesmo aqui? Eu não acredito! - me abraçou deixando que as lágrimas enfeitassem a noite ascendente.

- Eu senti sua falta o dia todo - desabafei.

- Achei que já tivesse ido para...- o interrompi com um selinho rápido.

- Não termina por favor, não quero me lembrar disso - o beijei outra vez, puxando seus lábios de forma manhosa e depois dando atenção ao seu arco do cupido. NamJoon sorriu entre o beijo envolvendo meus cabelos em suas mãos.

- Jin...eu não te entendo, o que você quer? - se soltou sem fôlego, e sem que ele pudesse respirar, em um grito de desespero beijei o mais uma vez o levando para o sofá, precisava unir nossos corpos, estar com ele só mais uma única vez e ele estaria eternizado em mim como uma ferida infértil.

- O que eu quero Kim NamJoon? Quero que você me ame como se eu fosse morrer amanhã... você pode fazer isso? - ele juntou as sobrancelhas sem entender e com um quase sorriso disse:

- Você não vai morrer Jin, só vai se casar com outro cara - segurou em minhas mãos acariciando as com seus polegares.

- Você não entende NamJoon? Todas as vezes que outra pessoa me toca, qualquer pessoa que seja diferente de você, é como se eu estivesse morrendo, pouco a pouco - abaixei a cabeça chorando baixinho - eu preferia minha vida antes de te conhecer, eu era triste, solitário e trancado em uma bolha, no entanto você chegou e me ensinou a ter esperanças, a sentir saudades e eu sabia lidar melhor com a solidão do que com a falta. Amar você me machuca, acho que sou um pouco sadomasoquista, não é? Porque mesmo você me machucando tanto, ainda estou aqui tão vunerável, tão entregue e seu...- o encarei com os olhos sinceros, coração limpo e um meio sorriso que entregava tudo.

- Jin...eu nunca...quis ser de outra pessoa como...sou seu - me ajeitei em cima do seu quadril sentado, os braços apoiados em cada lado do seu ombro, nossos lábios tão próximos, misturei meu lip tint cereja a fumaça do cigarro escapando pelos seus lábios volumosos. Dei um sorrisinho voltando a beijar lo com vontade - eu quero te amar Jin...amar cada pedaçinho do seu corpo - o sorriso ladino acompanhava nos enquanto tirávamos as peças de roupas um do outro. Então estávamos nus, trilhando olhares saudosos em um sobre o corpo do outro. NamJoon tinha a incrível capacidade de me fazer sentir lindo mesmo com alguns quilos a mais, suas mãos deslizavam pelas minhas costas aliviando a tensão da barriga projetada para frente enquanto as minhas arranhavam devagar seu peitoral definido. Rapidamente a poupa dos seus dedos desceram um pouco mais até a altura da minha cintura e encontraram meu membro endurecido. Dei um sorriso ao constatar que as mãos e os lábios de NamJoon conheciam tão bem o caminho para me fazer gemer. Meu corpo se contorcia em uma dança envolvente sentindo a corrente elétrica agitar meu sangue, fervendo o e o fazendo se concentrar bem no meu pequeno ponto. Suas mãos eram ágeis e habilidosas e apesar da vontade extrema de me desmanchar ali mesmo, desviei meus pensamentos. Queria ter o gosto de sentir lo me tocar, continuar preso naquela fantasia meticulosa e quando tudo isso se aproximasse da realidade, eu recuasse temendo aproveitar só mais um pouco. NamJoon não tornava as coisas fáceis, seus dedos brincavam por toda extensão do meu membro me deixando mais molhado e pronto para extravasar a minha líbido. Alternando entre chupadas e movimentos de vai e vem, não suportando o calor crescente, gozei nas mãos de NamJoon. Havia sensação melhor? Minhas pernas agradeciam com louvor o alívio depois da tremedeira reprimida, minha barriga repuxava de uma forma estranha e minha respiração dava indícios de que com um simples toque ele era capaz de me fazer a pessoa mais feliz do mundo inteiro. Se aproveitou do meu corpo quase desfalecido, pegou um pouco do meu gozo sorrindo - Jin, inclina seu corpo no meu peito - disse paciente esperando que seu pedido fosse cumprido. Assim como ele pediu, me inclinei ansioso deixando minha entrada totalmente exposta. NamJoon voltou a me beijar vasculhando cada cantinho dos meus lábios com seus os seus sedentos, senti então dois dedos seus lubrificados me penetrar com cuidado roubando me um gemido rouco e suplicante - você gosta que eu te toque assim? - abriu e fechou os dedos.

- Oh...sim...Jonie - declarei.

- Eu não ouvi Jin, diga mais alto ou eu paro! - sorriu contra a pele da minha orelha, aumentando um pouco mais a velocidade.

- Sim...eu amo...que me...toque assim! - sorri abrindo um pouco mais as pernas.

- E assim Jin...? - aaah meu Deus...ele estava roçando sua glande na minha entrada.

- Isso... é... delicioso... Jonie - rebolei na tentativa de o fazer entrar em mim.

- Temos alguém aqui cheio de tesão? - sorriu forçando com um pouco mais de força sem me penetrar - vamos Jin, diga o que você quer em alto e bom som! O que você quer que eu faça? - precisava mesmo responder?

- Eu quero que você me foda, NamJoon....com toda a sua força, com toda sua paixão! - foi minha vez de sorrir só ver seus olhos brilharem com o pedido.

- Eu vou realizar seu desejo...e o meu também - com um sorriso largo estocou seu membro de uma vez em mim. Sim, doía mas o fogo era tamanho que logo me acostumei com ele dentro de mim, nada superaria a sensação de ser preenchido por ele, minha carne contraindo abraçando seu membro rígido me avisava que éramos apenas um. Seu quadril se movimentava de forma implacável, e quanto mais ele estava em mim mas eu o queria, mais desejava aquele homem com todas as minhas forças. Eu amava o corpo suado, bronzeado e forte me dominando, me colocando no meu lugar, isso me excitava ao ponto de querer sentar com cada vez mais força, por isso me soltei do seu tronco e assumi as rédeas, era o meu momento, minha chance de fazê-lo gozar implorando para que eu pare. Essa é a vantagem de se envolver com um garoto de programa, o problema é quando o aluno supera o professor, era o que eu pretendia. Me sentia poderoso a cada sentada, meus olhos se sentiam satisfeitos ao ver o tronco de NamJoon descendo e subindo entre gemidos animalescos. Demos as mãos em um sinal de comprometimento, pressionei as contra o sofá sentando mais rápido, trocando com reboladas compassadas. NamJoon soltou se das minhas mãos e agarrou meus quadris, suas pernas arquearam e outra vez estávamos caminhando para o ápice.

- Jin...meu Jin...eu amo... você - fui invadido pelo líquido quente escorrendo pela minha entrada.

- Eu... também te amo...Nam...mais do que você possa imaginar - colei nossos lábios dessa vez lentos, molhados e pacífico, precisava sentir um pouco mais do seu gosto em mim, queria guardar comigo esse momento para sempre como uma rosa de ouro protegida em uma redoma de vidro. Em meus olhos desciam lágrimas tóxicas tornando nossa despedida cada vez mais real. Eu não queria acreditar, desejava com todas as minhas forças que a noite se estendesse pela eternidade, o problema é que meu tempo estava acabando...meu corpo sabia...sim, ele sabia, então eu queria tomar NamJoon em meus braços mais uma vez... só mais uma vez...

- Por que está chorando Jin? - a voz macia quebrou o contato visual.

- Eu não quero que você me odeie - por mais que eu segurasse, o choro saiu mais forte.

- Eu nunca conseguiria te odiar, não tem porque se preocupar com isso - beijou minha bochecha sorrindo.

- E se os anos se passarem e você ser só um estanho pra mim? Eu não quero perder isso NamJoon, é a única coisa de valor que já tive em toda a minha vida - repousei minha cabeça no seu peito.

- Nós vamos ter uma filha Jin, acha mesmo que vou ser só um estranho? - beijou o topo da minha cabeça.

- Espero que não NamJoon - confessei com o coração nas mãos.

- Eu nunca vou te deixar, sabe disso, não sabe? Vai ser muito difícil olhar para essa boca e não poder beijar la, ou quando te ver sei que minhas pernas vão tremer e um sorriso bobo como esse vai aparecer no meu rosto - eu gostava de como ele me fazia rir nas piores situações, talvez esse fosse um dos pequenos motivos que me fizessem o amar tanto - sabe Jin, eu não ia dizer porque você certamente vai rir de mim, mas eu prefiro que vocês ria de mim do que chore por minha causa então vou te contar um segredo - seus olhos passaram do vermelho intenso para o caramelo avelã e um sorriso jovial tomou seu rosto - eu estou lendo Harry Potter - queria rir embora também tivesse impressionado que NamJoon tivesse pego um hábito meu - Que cara é essa? - dessa vez ri me entregando aos meus preconceitos - Eu sabia! - riu um pouco mais alto - Bem, a questão não é essa, apenas lembrei de uma frase que se encaixaria perfeitamente - o encarei curioso - "aqueles que nos amam nunca nos deixam de verdade" - não contive as lágrimas porque vê lo se declarar para mim enquanto a lua nos abençoava era exatamente o que desejei quando peguei Romeu e Julieta uma primeira vez, um clássico que nunca foi apenas isso para mim.

- Você é o amor da minha vida - confessei - mesmo que eu me case com outro, é você quem eu vou amar para sempre, e se nem a morte é capaz de mudar isso, muito menos um papel o fará - beijei sua mão com suavidade.

- Que coincidência Jin... você também é o amor da minha vida, tudo antes de você não tem sentido algum, nada que não seja com você não tem a mínima graça, por favor devolva a minha vida, ela está em suas mãos - sorri em meio as lágrimas insistentes.

- Ain...- gemi ao sentir um baque forte perto da costela, não que fosse doloroso, apenas diferente.

- Jin? Meu amor, o que foi? - perguntou preocupado.

- Ela mexeu Joonie! Nossa filha mexeu - constatei gargalhando e logo fui golpeado do outro lado da barriga - Meu Deus, ela é rápida e forte - ri gostando da sensação.

- Já dá pra ser jogadora de futebol - NamJoon colocou a mão na minha barriga tentando sentir a bebê mexer - Meu Deus...isso não dói? - perguntou rindo.

- Incomoda, mas doer não, é até gostoso saber que ela está viva se mexendo aqui dentro - outro chute forte - você sentiu?

- Sim, aqui - acariciou o pé da minha barriga rindo.

- Mas eu senti aqui em cima - me assustei - acho que ela vai ser bailarina, já está fazendo escarpate desde bebezinha, imagina Nam, nossa filha toda de rosa indo dançar balé...ah meu Deus, eu vou ser muito babão quando ela nascer! 

- Eu não sei como vou fazer para ficar longe de vocês dois, sabe que não vou conseguir! Jin...e se a gente escolhesse o nome dela? - sugeriu.

- Tem alguma ideia em mente?

- Não - riu dando de ombros.

- Eu andei pesquisando e...o que você acha de Ahra? - perguntei sem graça.

- É perfeito Jin - me deu um beijo surpresa - minha princesa Ahra - correu seus lábios até minha barriga e a beijou carinhosamente - eu acho que deveríamos comemorar Jin - outra vez sorriu ladino - mas dessa vez na minha cama, o que acha?

- Eu gosto muito da idéia - NamJoon me tomou em seus braços, dessa vez mais apaixonado e ali, na curva dos seus doces lábios eu sabia que a noite prometia.

(...)

- Querido, não vai comer nada? Tem certeza? - Euni entrou no quarto principal - você está tão lindo, deixe me ver de mais perto - pegou em minha mão girando meu próprio corpo - esse azul ficou lindo em você, ressaltou seus olhos, Ken com certeza vai ficar feliz - dei um quase sorriso sentindo todo o peso que ignorei durante minha noite com NamJoon. Lá fora, o sol alaranjado marcava seus ponteiros perto das seis, pela fresta da janela podia ver que tudo foi arrumado com muito esmero. A fazenda estava muito mais bonita, festiva e colorida em vários tons de azul, aos poucos as cadeiras de bambu eram preenchidas por alguns conhecidos mas quem eu queria não estava lá...meus olhos tristes se conformaram rápido, voltei a me sentar na penteadeira procurando retocar os últimos detalhes. Eu trocaria essa tiara de cristais em meus cabelos com qualquer um que me desse a eternidade ao lado de NamJoon. Eu sabia que a partir daquele sim estava saindo para nunca mais voltar para minha casa, assenti sem me atrever a encarar Euni, ela sabia, todos sabiam, não precisava ser dito - Você vai ser muito feliz, Jin - outra vez concordei cético - vou deixar você terminar de se arrumar, se precisar de algo estarei por perto, eu amo você - beijou minha bochecha com carinho.

- Eu também te amo, nuna - permaneci inerte encarando minha imagem no espelho. Ainda era eu? Por que esse cetim não me convence? Por que a maquiagem não disfarça os pedaços craque lados do meu coração? Escovei meus fios procrastinando só mais um pouco, talvez se eu enrolasse isso nunca acontecesse. Um toque suave soou pela madeira fria da porta - pode entrar - me assustei ao ver o reflexo de Ken no espelho me encarando com um ar misterioso. O que era aquilo escondido em seus olhos? - Ken? Você não pode me ver, dá azar! - tentei me cobrir com a cortina.

- Mais azar? - brincou divertido - você está lindo Jin, quer dizer... está mais lindo do que o de costume - secou uma lágrima solitária e voltou a sorrir - Está pronto para o melhor dia da sua vida?

•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°

" 𝐸𝑛𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑜 𝑜 𝑠𝑜𝑟𝑟𝑖𝑠𝑜 𝑐𝑎𝑖𝑢 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑢 𝑟𝑜𝑠𝑡𝑜, 𝑒𝑢 𝑐𝑎𝑖 𝑐𝑜𝑚 𝑒𝑙𝑒

𝑁𝑜𝑠𝑠𝑜𝑠 𝑟𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑡𝑟𝑖𝑠𝑡𝑒𝑠

𝐻𝑎 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑛𝑐ℎ𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑎𝑐𝑎𝑜 𝑛𝑜 𝑡𝑎𝑝𝑒𝑡𝑒

𝐷𝑒𝑖𝑥𝑒𝑖-𝑜, 𝑒𝑢 𝑑𝑒𝑖𝑥𝑒𝑖 𝑒𝑙𝑒 𝑐𝑜𝑚 𝑣𝑜𝑐𝑒

𝑆𝑖𝑚, 𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑢 𝑛𝑎𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑜𝑢 𝑎𝑟𝑟𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑜

𝐸𝑚𝑏𝑜𝑟𝑎 𝑒𝑢 𝑙ℎ𝑒 𝑑𝑖𝑠𝑠𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑛𝑎𝑜 𝑠𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑜𝑐𝑢𝑝𝑎𝑟

𝐸𝑢 𝑠𝑜𝑢 𝑎𝑝𝑒𝑛𝑎𝑠 𝑢𝑚 𝑔𝑎𝑟𝑜𝑡𝑜 𝑖𝑑𝑖𝑜𝑡𝑎

𝑇𝑒𝑛𝑡𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑚𝑒 𝑒𝑛𝑔𝑎𝑛𝑎𝑟

𝐴𝑐ℎ𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑡𝑒𝑛ℎ𝑜 𝑡𝑢𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑏 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒

𝐸𝑛𝑡𝑎𝑜 𝑣𝑎, 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑐𝑒 𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑟, 𝑣𝑜𝑐𝑒 𝑛𝑎𝑜 𝑣𝑎𝑖 𝑠𝑒 𝑎𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎𝑟?

𝐸𝑛𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑜 𝑎𝑖𝑛𝑑𝑎 𝑡𝑒𝑚 𝑙𝑢𝑧 𝑙𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑎, 𝑒𝑛𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑜 𝑒 𝑐𝑒𝑑𝑜

𝐴𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑒𝑢 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑐𝑎𝑟 𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑒𝑟 𝑞𝑢𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒𝑟 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒 𝑑𝑖𝑠𝑠𝑜

𝐸 𝑚𝑢𝑑𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝑖𝑑𝑒𝑖𝑎, 𝑞𝑢𝑒 𝑠𝑒𝑗𝑎

𝐸𝑢 𝑑𝑖𝑔𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑣𝑜𝑢 𝑠𝑜𝑠𝑠𝑒𝑔𝑎𝑟

𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢𝑎 𝑠𝑢𝑎𝑠 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎𝑠 𝑠𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑢𝑚𝑎 𝑡𝑜𝑟𝑟𝑒

𝐸𝑠𝑡𝑜𝑢 𝑙ℎ𝑒 𝑑𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑚

𝐸𝑢 𝑠𝑜𝑢 𝑎𝑝𝑒𝑛𝑎𝑠 𝑢𝑚 𝑔𝑎𝑟𝑜𝑡𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑖𝑑𝑜

𝑄𝑢𝑒 𝑛𝑎𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜

𝑄𝑢𝑒 𝑛𝑎𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜

𝐸𝑢 𝑠𝑜𝑢 𝑎𝑝𝑒𝑛𝑎𝑠 𝑢𝑚 𝑔𝑎𝑟𝑜𝑡𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑖𝑑𝑜

𝑄𝑢𝑒 𝑛𝑎𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜..."


Notas Finais


𝓟𝓵𝓪𝔂𝓵𝓲𝓼𝓽 𝓝𝓪𝓶𝓙𝓲𝓷
 ۵https://www.youtube.com/watch?v=szhMKQoo8Uo
 ۵https://www.youtube.com/watch?v=5q3m8VB5yHE (melhor música do universo 💜)
 ۵https://www.youtube.com/watch?v=HLSAjPptT88
 ۵https://www.youtube.com/watch?v=D7HpQ1x9vFg
 ۵https://www.youtube.com/watch?v=nA8Qg8iS5OY

Estou apaixonada por Troye Sivan, é isso 😅

Até o próximo 💜


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