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História Louca, esperta, amargurada, honesta. - Passeios noturnos são mais divertidos


Escrita por: SarahEscritora

Notas do Autor


Dois mil anos depois, aqui estou eu postando mais capítulos! kkk.

Capítulo 13 - Passeios noturnos são mais divertidos


Ao chegar na propriedade dos vampiros farejo o ar procurando o odor desagradável deles. Esse olfato de lobo é tão apurado que  posso distinguir o cheiro de cada membro da família Cullen. Desse modo sei que Carlisle e \Alice estão na varanda dos fundos.
Em segundos chego até os dois, que estão discutindo com veemência.
Não estou nem aí para a discussão deles, por isso logo me transformo em garota novamente e anuncio:
 - Carlisle, venha comigo  por favor, é uma questão de vida ou morte!
Ele me olha com reprovação.
 - Mocinha por que não se veste primeiro, Alice vá buscar um de seus vestidos...
 - Não! Escute, isso não importa. Um amigo meu está morrendo, precisamos de você lá em casa agora! - eu explico em altos brados, enquanto Alice parece assustada com minhas palavras.
 - O que aconteceu? - ela pergunta aflita.
 - Se vierem comigo eu conto tudo no caminho... ou melhor quando chegarmos lá, já que só meu irmão fala com vocês pela mente, vamos!
Nós três disparamos pela noite afora, minhas patas golpeando o chão  com tanta agilidade quanto os pés dos vampiros.
Chegamos em minha casa em poucos minutos e ao me transformar outra vez eu empurro a porta e os dois entram depressa.
 - Pronto Valerie, explique a eles o que aconteceu, eu vou me vestir. - aviso a todos na sala, correndo para meu quarto.
Consigo notar antes de desaparecer no corredor, que um  par de olhos castanhos estava me observando quando passo correndo em direção ao meu quarto.
Ele desvia os olhos tão rápido que se eu não tivesse certeza do que eu vi, diria que tinha imaginado aquilo.
Minutos depois, trajando calça jeans e uma camiseta com alguma frase legal sobre a reserva dos Kileute,  eu volto para a sala e pergunto ao Carlisle como está o meu amigo.
 - Os sinais vitais dele estão ótimos. Se ele não acordar em algumas horas acho melhor levá-lo para o hospital.
A Alice estava sentada no sofá olhando para Peter.
 - Então ele simplesmente apareceu aqui? Que loucura. - comentou ela para si mesma. - Bom, esse mundo é mesmo bem maluco...
 - Amanhã eu volto para ver como ele está, tudo bem? - pergunta Carlisle enquanto se levanta e pede que  a gente cuide bem do Peter.
Ele se dirige para a porta e eu tenho uma ideia.
Indo para fora, longe do alcance dos outros, eu  chamo Alice de lado e falo baixinho:
 - Alice, você pode tentar ver o futuro do Peter e da Valerie?
 - Não é bem assim que funciona Leah. Eu não posso ter visões assim na hora que eu quiser.
Minha decepção deve ter ficado muito aparente, pois ela trata de me tranquilizar.
 - Eu prometo que se vir alguma coisa te conto rapidinho, combinado?
 - Okay.
Os dias seguintes são torturantes. Valerie fica o tempo todo com o Peter, ele ainda está desacordado. Carlisle insistiu que o levássemos ao hospital, mas Valerie diz que o melhor seria levá-lo de volta para a aldeia deles. O problema é que ela não sabe como  ativar aquele portal esquisito e precisa saber se o Peter conseguiu realmente quebrar a maldição. Essas são as palavras dela, não minhas.
Nunca vi alguém encarar tão mau essa coisa de virar lobo. Mesmo assim faço um esforço pra compreender o modo de vida deles e tudo que representava ser lobisomem naquela época.
Desse modo eu começo a estudar um pouco sobre a fama dos lobisomens ao longo da história.
Antes eu só queria saber da história dos meus antepassados, só que nem tudo se resume aos Quileute.
Minhas visitas à biblioteca e as livrarias está ficando tão frequente que aquela atrevida da Alice está me comparando com a Bela Swan, éca!
Henry quase sempre me acompanha. Nós conversamos bastante e ele confessa o tempo todo que está triste pelo Peter.
Nesse momento estamos caminhando de volta do centro.
São umas cinco da tarde agora. O pobre rapaz está mais cabisbaixo que nunca.
 - Ei Henry, o que foi? - perguntei tentando não parecer preocupada demais.
 - É que estava pensando no Peter. Estou com muito medo que ele não acorde. Você viu como a Valerie está arrasada? Você tem que me ajudar Leah! Temos que tirar ela de casa um pouco. Ela ficou essa semana inteira lá com ele. Talvez o seu irmão possa ficar com o Peter hoje e a gente leve a Valerie para andar um pouco.
 - Ela não vai vir com a gente Henry, esqueça.
 - Por isso que estou pedindo sua ajuda. Você deve conhecer algum lugar legal onde a gente possa levar ela, para se distrair um pouco... por favor Leah. Você é minha amiga não é?
Olhei para ele agradecida. Apesar de estarmos mesmo mais próximos ele nunca tinha admitido que havia algo entre nós, nem sequer uma amizade.
Eu não me esqueci de todos os gestos dele e palavras, todas as vezes em que rimos juntos e que ele contou sobre sua aldeia, seu pai e Valerie. Henry gostava de falar dela, na maior parte do tempo falando no passado e no que gostaria de viver com ela no futuro.
Mencionou uma casinha boa na aldeia, festas de aniversário surpresa para ela, presentes bonitos que poderia dar a ela e todas essas coisas de pessoas sonhadoras que amam demais e não são amadas de volta.
Eu sempre digo a ele para não ficar se iludindo, ainda mais agora, mas o Henry é um pouco mais teimoso do que imaginei.
 - Claro que sou sua amiga. Mas não sei não, eu ainda acho que ela não vai aceitar sair com a gente. Mesmo assim vamos tentar.
 - Obrigado! - ele diz sorrindo e segurando com força a minha mão. - Você é a garota mais legal que eu já conheci...
 - Hum hum, sem bajulação. Vamos logo. Temos de convencer sua noiva a sair com a gente. - eu digo sem pensar e ele subitamente para de andar. Só então me dou conta do que falei de errado.
 - Oh droga, desculpe... eu não quis dizer isso. Foi mau...
 - Tá tudo bem, deixa pra lá. Vamos logo antes que escureça.
Assim que entramos na sala demos com Valerie sentada ao lado da cama do Peter. Tínhamos deixado ele ali, por ser o lugar onde Seth tinha deixado ele quando o trouxe da rua. Além disso era mais fácil para o Carlisle examiná-lo quando vinha à nossa casa.
Por sorte meu irmão estava sentado no outro sofá lendo um daqueles romances policiais que ele adora. Ele concordou prontamente em ficar ao lado da cama do Peter o tempo todo e foi de grande ajuda para tentar fazer Valerie ir dar uma volta conosco.
Não foi fácil convencer a garota a sair com a gente, porém, uma hora mais tarde saímos nós três.
Eu sabia onde ia levá-los, seria muito divertido!
 - Eu notei que você tem ficado muito com a senhorita lobisomem ali. - comentou Valerie parecendo querer provocar o Henry.
Fiquei na minha, pois queria ver o que ele ia dizer.
 - Acho que nos enganamos quanto a ela. Leah é uma garota legal. Nunca tive oportunidade de conhecer tão bem uma pessoa, a não ser você Valerie. - ele explicou com aquele jeito todo gentil de falar.
Ela riu e contou a ele que praticamente todas as amigas eram apaixonadas por ele.
 - Tá vendo só? Eu te falei que você é um gato, miau! - brinquei empurrando Henry e rindo.
 - Nada disso, essas garotas estão malucas.
Ele também sorriu e apontei para o fim da estrada.
 - Ali nós temos que entrar na trilha, no fim dela vamos chegar em um morro meio alto. Por isso vai dar um pouco de trabalho subir até lá, mas vocês vão gostar da vista. Eu garanto.
Valerie suspirou e ficou pensativa. Eu tinha prometido a Henry que ia tentar animar a garota, então foi o que tentei fazer.
 - Ei, vamos apostar corrida até lá? Estou querendo mesmo ganhar de vocês dois ao mesmo tempo. Vai ser uma dupla vitória!
 - Não conte com isso senhorita  Leah! - falou Henry segurando a mão de Valerie. - Vamos acabar com ela?
 - Pode apostar!
Aquele gesto... aquelas mãos unidas... aquilo não me agradou nada, ver os dois juntos para ir contra mim, mesmo que fosse só uma brincadeira.
Ainda assim eu tinha que ganhar aquela corrida idiota, era uma questão de honra.
 - Quando eu contar até...
 - Nada disso, eu conto dessa vez. - interrompeu Henry enquanto me posicionei a seu lado.
´`a nossa frente o mato verde e as árvores pareciam bem convidativos.
 - Um, dois... três! - ele contou e os dois correram juntos pela trilha.
 - Eu vou ganhar! - gritei indo atrás dos dois.
Não foi fácil passar por eles, toda vez que eu tentava ultrapassar a dupla um dos dois soltava as mãos e ficava no meu caminho.
Tive vontade de trapacear e me transformar em loba, mas isso não seria uma vitória limpa. O que são duas pernas contra quatro patas de uma loba adulta?
Então a desafortunada noiva de Henry enfiou o pé em um formigueiro.
Ele parou para ajudá-la e aproveitei para passar os dois.
Corri até o fim da trilha perdendo-os de vista lá atrás e esperei eles chegarem até onde eu estava.
 - Leah, essa não valeu! - declarou Henry se aproximando com a Valerie mancando.
 - Valeu sim... ei você tá legal?
 - Estou sim... umas picadinhas não vão me matar. - ela respondeu parecendo durona.
 - Assim que se fala. Vamos, agora vem o mais complicado, subir esse morro.
A subida não foi tão animada quanto nossa corrida. Estávamos já cansados e era difícil vencer aquele terreno inclinado e escorregadio.
Olhei para cima e vi as estrelas brilhando tão forte que fiquei deslumbrada por um momento.
Depois que aceitei e aprendi a conviver com a herança dos meus antepassados eu passei a ver o mundo com outros olhos.
Agora eu conseguia observar e sentir. Via as estrelas e sentia aquele encanto e beleza que elas tem. Ficava admirada com a natureza e tudo que ela tem de incrível.
 - Leah! - chamou a voz de Henry lá do alto. Eles já tinham chegado ao topo do morro e estavam me esperando.
 - Já estou indo! - gritei de volta.
Ele veio descendo vagarosamente a encosta e chegou onde eu estava.
 - O que foi?
 - Nada, só estava olhando para o céu, está muito bonito hoje.
 - Tem razão. Ei, obrigado por fazer isso... sabe trazer a gente aqui. Valerie parece bem melhor.
 - Não precisa me agradecer. Isso é o que os amigos fazem. - respondi sem olhá-lo. Meu rosto estava voltado para o alto e era mais seguro prender minha atenção nas estrelas e não nos olhos bonitos dele.
Elas não brilhavam e não atingiam meu coração com tanta emoção quanto aqueles olhos castanhos. Oh... Henry...
 - Vamos subir? vem, eu te ajudo. - ele diz estendendo a mão para mim.
Não tinha certeza se devia aceitar, Valerie não ficou se apoiando nele após o incidente com as formigas. Eu também sou uma garota durona, mas e daí? Eu não vou perder a chance de segurar na mão dele.
Nós subimos o morro finalmente e Valerie está sentada em um tronco caído. Nós sentamos  um de cada lado dela e olhamos para baixo.
Dali é possível ver bem a cidadezinha de Forx. A noite está bem agradável, o que é uma surpresa para mim.
Nos últimos dias tinha feito  tanto frio como na noite em que Valerie e Henry chegaram.
O tempo passa sem que a gente se dê conta. Eu consigo entreter os dois contando de todas as vezes em que vim nesse lugar com Sam, com meu irmão ou sozinha mesmo.
Valerie pergunta se eu não tenho amigas. É uma pergunta simples e sem maldade.
Mesmo assim fico cautelosa ao responder.
 - Não tenho amigas, acho que nunca permiti que alguém se aproximasse tanto. - eu suspiro sem querer dizer mais.
 - Eu tinha várias amigas, mesmo assim as vezes era como se elas não me entendessem. - falou Valerie e seu olhar pousou sobre Henry.
 - As vezes é assim, temos um jeito de ser tão diferente dos outros que nos sentimos imcompreendidos. Pelo menos sempre tive meu irmão Seth, ele é a melhor pessoa que já tive a sorte de conhecer. Meu irmão é o cara mais generoso, amigo e convreensivo que existe.
Os dois riram e eu sorri também. Se me perguntassem eu só teria coisas boas para falar do Seth. Eu adorava meu irmãozinho.
 - É legal te ouvir falando dele desse jeito. Eu sinto falta da minha irmã Lucie. - conta a garota parecendo triste.
 - Meninas, vejam só! Estrelas caindo do céu! Será que elas vão cair aqui? - pergunta Henry inocentemente.
Não posso deixar de sorrir com suas palavras, então me lembro do que meu pai sempre disse:
 - Façam um pedido para a estrela cadente que ela vai realizar para vocês.
 - Um pedido? E o que pode ser? - pergunta Valerie sorrindo, parece que ela gostou da ideia.
 - Pode ser qualquer coisa, mas tem que pedir só no seu pensamento.
Nós duas então olhamos para o rastro das estrelas cadentes  e eu peço que Henry não vá embora. Ela deve estar pedindo para que Peter se recupere.
Henry não está nem olhando para o céu, mas sim para a garota entre nós dois, ou seja, sua noiva.
 - Já está tarde pessoal. Melhor a gente voltar pra casa. - eu digo após uma pausa.
 - É, vamos embora, quero saber como está o Peter. Quem sabe ele acordou...
 - Eu queria ficar mais um pouco. Bom, podemos voltar outro dia. - comenta Henry se levantando de nosso lugar no tronco caído.
 - Ei, tenho uma proposta. O que acham de os dois descerem comigo? Eu me transformo e vocês sobem nas minhas costas, vai ser super radical. O que acham?
 - Você vai descer um morro desse tamanhão com duas pessoas nas costas e não vai derrubá-las? Eu duvido, está tentando matar a gente? - perguntou Valerie com seu olhar desafiador.
 - Não queridinha, só estou tentando propôr algo divertido e emocionante. Vamos lá, não seja chata, vocês vão curtir.
 - Eu topo! - diz Henry prontamente.
 - Está bem, pelo menos assim vamos chegar mais rápido em casa não é? - quer saber a noiva de Henry, tentando encontrar algum ponto bom naquela proposta que eu fiz.
 - Com toda certeza. Então vou me transformar e por favor senhorita esquentadinha, não me machuque quando eu estiver na forma de loba. Eu posso machucar vocês com muito mais facilidade do que o contrário.
Este aviso é recebido com uma carranca dela, Henry também me olha torto, ele não gosta que ameaçem sua noivinha, mas que se dane.
Eu sei que vai ser meio surreal para os dois observarem minha transformação, mas não importa, con tanto que ela não tente me machucar tudo bem.
Então eu me concentro e me transformo. Quando estou na forma de loba Valerie cautelosamente olha nos meus olhos.
 - Nossa, ela é grande... os olhos dela parecem iguais. Puxa que incrível.
 - Vamos Val... eu te ajudo. - diz Henry e os dois conseguem se acomodar nas minhas costas.
Por ter pêlos cumpridos fica fácil para eles se segurarem e se agarrarem ao meu corpo, mesmo assim não vou correr tanto para não correr o risco de um dos dois escorregar e se estatelar no chão.
Só para me exibir eu olho para a lua e solto um dos meus mais fortes uivos. Com meu olfato apuradíssimo posso sentir o cheiro do medo emanando dos dois. Adoro estar no controle e causar um medinho nos outros.
Corro então para baixo, não posso abusar da velocidade, mas deve ser o suficiente para deixá-los com um frio na barriga.
Quando o morro termina, eu avanço pela trilha onde apostamos corrida, dali para a estrada onde caminhamos mais cedo e pelas demais ruas  da cidade.
Chegando poucos minutos mais tarde na minha casa.
 - Isso foi maravilhoso! - diz Valerie toda animada ao descer das minhas costas. - O Henry quase morre do coração, mas eu adorei!
 - Eu não estava com medo, estava tremendo de emoção. - ele  diz enquanto ela ri.
 - Sei que era emoção... claro. Leah, valeu por isso, foi muito legal!
Como ainda sou loba não posso dizer nada. Então faço um som qualquer como um ganido de resposta.
- Vamos entrar então Leah. - fala Henry   dando tapinhas no meu focinho.
Movo a cabeça lentamente para ambos os lados.
 - Não? Por quê? - ele pergunta e depois compreende o motivo e fica vermelho. - Ah sim... suas roupas. Bom, eu vou entrar  então e... ahn vou para qualquer lugar onde não possa te ver Hum, tchau.
Valerie e Henry entram na minha casa e espero um pouco até me transformar em garota outra vez.
Essa coisa de ficar nua é muito inconveniente, droga, mas o  que posso fazer? Todas as roupas que eu deixei por aí para emergência já usei e não levei de volta nos locais onde elas deviam ficar quando eu precisasse, agora tinha de entrar assim mesmo.
Esperava que Seth já tivesse ido dormir, ou estivesse tão cansado que não visse nada.


Notas Finais


A Leah poderia participar do Largados e Pelados. kkkk.


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