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História Love At First Touch - Capítulo 15


Escrita por: NaihDrew

Capítulo 15 - Capítulo 15


Aquilo era inusitado, com toda certeza não foi meu pai... Com certa rapidez e agilidade, joguei aquilo o mais longe que pude. Um dedo?! Aquilo estava podre e fedia muito. Dava-me vontade de vomitar, apenas em olhar aquele sangue fedido dentro da caixinha.

Ainda mais com um anel no mesmo, aquilo não fazia sentido algum, alguém me mandar isso! Como isso veio parar aqui? Como alguém conseguiu entrar aqui? Tudo bem que não é um lugar com um campo de escudo e nem o mais protegido do mundo, mas eu não sei como podem ter entrando aqui, eu tranquei tudo e não vi nada que indique arrombamentos. A não ser... Merda! Merda

Papai deve ter deixado aberta a janela de seu quarto, ele sempre deixa ela aberta pra entrar ar no cômodo.

Tentava limpar minhas lágrimas enquanto descia as escadas de dois em dois degraus, peguei meu celular tentando achar o número de papai de uma forma desesperada, estava um tanto quanto difícil por conta da minha vista embaçada, assim que consegui, puis o mesmo no ouvido esperando que atendesse depois de chamar.

Ligação On ~

- Pai? - falei, exasperada, assim que ele atendeu.

- Oi, filha. - ele respondeu assim que atendeu - Tudo bem? - não, não está, está tudo péssimo! Era exatamente isso que eu queria falar, mas se eu disser ele vai ter um ataque do coração e, nem de longe eu quero que isso aconteça. 

- Pai, será que o senhor poderia vir pra casa? -  pedi chorosa, mas na verdade, eu queria gritar e chorar alto.

- Por que? Aconteceu algo? Por que estava chorando, Melissa? - ele fez uma pergunta atrás da outra, totalmente afobado, respirei fundo. Ele e Mêh me conhecem como a palma de suas mãos... Ou apenas não deveria ser difícil distinguir a idiota aqui.

- Venha para casa, por favor, pai? - pedi, novamente.

- Estou indo, filha, já chego ai, meu anjo! - afirmou e desligou.

Ligação Off ~

Eu me sentei na cadeira, apoiando meu braços ali na mesa, afundei meu rosto em minhas mãos enquanto minhas bochechas era molhadas pelas lágrimas que insistiam em cair.

Depois de alguns minutos ouvi a porta ser aberta, eu levantei minha cabeça olhando para o meu pai e logo levantei da cadeira com pressa, o abraçando forte.

- Ei, minha linda, o que foi?

- Pai... Eu... Eu não queria te preocupar, mas hoje aconteceu muitas coisas e eu estou com medo... -o abracei mais forte, deixando minhas lágrimas molharem seus músculos fortes. Suas mãos afagaram meus cabelos.

...

Eu contei tudo a meu pai e lhe mostrei aquele "recadinho" que me deixaram no quarto, naquele momento eu não vi meu pai ali. Aquele cara brincalhão, que faz brincadeira com tudo e todos, que só saber rir. 

Ali eu vi um homem assustado, seu olhar transmitia medo, confusão e frustração

Eu é que estava confusa. E com medo, muito.

- Eles querem o que ela deixou... - ele murmurou, se sentando no sofá, afundado seu rosto nas mãos.

- Eles quem, pai? Quem deixou o que? - perguntei, aflita.

- Todos, filha. Todos! - respondeu frustrado - Sua mãe que deixou e, bem... O que, exatamente, eu não sei, tento descobrir isso a anos, mais até hoje não sei o que é. Eu esperava por esse dia... Mas não tão rápido, minha filha, você está desprotegida e isso não pode acontecer. - dizia nervoso, eu estou completamente confusa, não estou entendendo nada. - Por que não me disse isso desde o primeiro dia? Desde a primeira coisa que lhe aconteceu?

- Eu não sabia que podia ser tão grave... - admiti, confusa, andando de um lado para o outro - Desculpa, pai... De-desculpa. - pedi rapidamente, voltando a chorar, ele levantou e me abraçou, afagando meus cabelos mais uma vez, me encolhi em seus braços - Pai, mas o que isso tem haver com a minha mãe? - perguntei, depois de um tempo.

Ele me olhou, abrindo a boca entre suspiros.

- Filha, melhor a gente conversar depois... - me olhou apreensivo, se fosse em outra ocasião eu insistiria até ele dizer... Na verdade, nessa também. Pois não é qualquer coisa, é algo grave. Mas achei melhor não, então apenas assenti. - A partir de agora, eu vou te deixar e buscar na escola, todos os dias. - assenti com um maneio de cabeça, fungando, e subi para o meu quarto, aliviada - digamos que muito - por ele já ter tirado aquilo daqui, me joguei na cama mandando um SMS para Mêh. 

[...]

Á duas semana que meu pai me deixa e me busca na porta da escola, o que me da certo alívio, mas também me sinto angustiada por vê-lo tão... Apreensivo e pensativo. 

Contei aquilo tudo para Mêh, ela é minha melhor amiga, não escondo nada dela. Claro, ela ficou super preocupada - daquele jeito maluco dela -, até disse ao meu pai que poderia me buscar e levar todos os dias, porém meu pai achou mais seguro que ele mesmo fizesse isso. 

Nestas duas semana Lavínia se aproximou de nós - ou melhor, mais ainda -, acabou que tornou-se alguém bem íntima, uma amiga, na verdade, e bem, já que virou nossa amiga e, confiávamos nela, pois a mesma mostrou-se bastante confiável neste meio tempo, mostrou que podíamos lhe confidenciar algo. Então contamos, agora elas duas são as únicas que sabem. Lavínia não pareceu tão assustada com toda a história, assim como Mêh ficou, quando contei.

- Tchau, filha. - meu pai beijou minha testa, parando em frente a escola, eu sorri fraco, abaixei minha cabeça -Isso é pro seu bem, meu amor.

- Eu sei. - falei, derrotada, meu pai estava totalmente cuidadoso comigo, ele vem me deixar de manhã e vai trabalhar logo depois, na hora da saída vem me buscar pontualmente e depois não volta mais para lanchonete, assim, passando quase que o dia todo comigo - Não queria dar esse trabalho todo.

- Você não está me dando trabalho! -me abraçou apertado, bastante mesmo - Você é meu xodó! - Ri fraco com isso - Faria de tudo por você. Agora vai, e não se esqueça... Me espere dentro da escola.

- Como se lá dentro fosse menos perigoso que aqui. - murmurei.

- Mel...

- Lá dentro ou aqui fora, não vai fazer diferença, pai! Se tiver de acontecer alguma coisa não importa onde seja, vai acontecer. -  confirmei, com os olhos marejados, ele respirou fundo, não respondendo ao que eu disse. 

- Te amo, filha. - beijou o topo de minha cabeça, carinhosamente. 

- Te amo, pai. - respondi, e sai do carro encontrando as meninas que me esperavam no portão.


...


- Tem certeza, amiga? - Mêh perguntou, insistente.

- É, eu posso te levar, Mel, sem problemas! - Lavínia disse, insistente também.

- Meninas, podem ir, daqui a pouco meu pai vem, ele só está atrasado. - mais de meia hora que elas estão aqui comigo, meu pai está atrasado hoje - digamos que muito - e, elas querem porque querem me levar para casa - Vai por mim, daqui a pouco ele chega. - disse firme.

- Tudo bem! - Mêh se deu por vencida.

- Qualquer coisa nos ligue, ok? - pediu Lav - E preste bastante atenção... -disse baixo, franzi o cenho, não entendo muita bem suas palavras - ela só está preocupada, Melissa. -, mas assenti. Nos despedimos com um abraço e um beijo na bochecha.

E sentada naquele banco duro, eu fiquei, olhando para um ponto fixo na parede. Nada haver isso que está acontecendo comigo. Não faz sentido algum, nada disso faz! Tentei não pensar naquilo, não queria coisas ruins ocupando minha mente, estava preocupada mesmo é com papai, eu saio da escola exatamente uma e vinte e cinco, as meninas esperaram aqui comigo meia hora, meu pai está bem atrasado, não via mais ninguém perambulando pela escola, a não ser os funcionários.

Balançava meus pés para lá e para cá, tediosamente. 

Mais meia hora havia se passado, pois bem, meia hora e eu não aguentava mais esperar, estava agoniada, meu pai não demoraria tanto assim ao menos sem avisar. Liguei várias vezes, mais só dava caixa postal. O que me deixava um tanto quanto aflita... Quer saber? Eu vou sozinha. 

Sem pensar muito, sai da escola rumo ao caminho de casa, procurava andar na calçada mais movimentada, olhava toda hora para trás com hesitação, meus passos eram rápidos, por uns poucos não tropeço em meus próprios pés.

já estava a uns metros de casa, assim conseguindo avistar certa movimentação, semicerrei os olhos e avistei aqueles carros... Policiais?

Franzi o cenho.

Mais de cinco carros grandes e pretos com enormes siglas da F.B.I se encontravam ali, homens grandes e armados faziam uma escolta para que alguns vizinhos curiosos que estavam por perto não ultrapassassem a faixa amarela.

A porta da minha casa estava escancarada, corri rápido até a mesma, passando pelo monte de pessoas armadas, que diziam que eu não podia, mas eu não dava ouvidos, pois a casa é minha, obviamente eu vou entrar, um dos homens fortemente armados estava na porta, com uma enorme cara amarrada. Sim, me assustei.

Olhei da brecha que dava, reparei nitidamente que a casa estava um pouco... Destruída?! Tinha várias pessoas circulando lá dentro, tirando fotos de tudo, diria que são... Investigadores criminais. Não sei ao certo, eu não estava entendendo nada, meus olhos seguiram o lugar para onde mais eram direcionados aqueles flashes, aquilo no chão era.... E-era sangue?

Era como se uma coisa ruim percorresse meu corpo, a primeira coisa que me veio a cabeça foi meu pai, o seu atraso... Foi então que me bateu um estrondoso desespero!



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