1. Spirit Fanfics >
  2. Love At First Touch >
  3. Capítulo 16

História Love At First Touch - Capítulo 16


Escrita por: NaihDrew

Capítulo 16 - Capítulo 16



- Oh meu Deus. - eu já chorava, mesmo sem saber o que havia acontecido - ME DEIXE ENTRAR, IDIOTA! - gritei, com aquele brutamontes em frente a porta.

- Garota, você não pode entrar aqui.

- EU MORO AI, IMBECIL! - berrei, a ponto da vizinhança toda escutar, olhei para trás em desespero, queria achar alguém que me ajudasse, pois estava na cara que aquele idiota não me deixaria entrar.

Olhei para todos os lados e meus olhos pousaram em um homem, vi aquela silhueta... Eu a reconheceria em qualquer lugar, mas ali, com aquele uniforme, aquele colete e arma em mãos... O que ele estava fazendo ali? Bom, no momento pouco me importa... Mas, ele pode me ajudar, eu acho.

Andei/corri até ele com um certo desespero. 

- Não à corpo no local. No entanto, parece que teve luta corpo a corpo, ele tentou resistir, provavelmente estavam tentando o levar, tudo indica que eram mais de duas pessoas! Foi encontrado a cápsula de uma bala, não sabemos ao certo quem foi atingido, não deixaram pistas de quem fez tal ato, eles levaram o senhor Manuel a força, o que resultou na briga corporal. - o homem explicou, e espera aí... Aquele era Ryan? Céus, era ele, claro que sim. 

Ele dizia tudo aquilo a Justin, que ouvia atentamente.

- Alguém me explica, por favor, o que está acontecendo? - supliquei, fazendo eles me notarem, Justin não pareceu surpreso, muito menos Ryan.

Dr. Justin me olhou e suspirou.

- Melissa, você está correndo risco de vida! - ele disse direto, na lata - E aqui não é mais seguro para você. - Justin virou-se para mim.

- Eu não me importo de estar correndo perigo, eu quero saber do meu pai. - a cada vez eu só chorava mais e mais.

- Seu pai, bem, a gente vai fazer o possível para acha-lo, eles não vão soltá-lo até terem o que querem, talvez ele não saia vivo dessa... - Ryan disse, e Justin lhe deu uma cotovelada. 

Minha vista estava embaçada e eu só engatei a chorar mais, ali eu não queria mais ouvir, eu não conseguia entender aquilo, a culpa era minha, toda aquela coisa era por minha culpa e eu nem sei o que fiz, eu quero meu pai, eu não queria estar com isso, seja lá o que for a tal coisa que minha mãe deixou... Deve ser por isso, é claro que é, eles estão atrás disso que eu tenho e levaram papai. Eu queria gritar e entrar em desespero, estava tudo desabando, eu não conseguia mover qualquer músculo que fosse.

Era muita informação pra mim digerir de uma vez só. 

- Venha... - Justin me chamou, me tirando da sagrada culpa - Você vai ficar na casa de alguém enquanto ajeitam um lugar mais seguro no quartel pra você.

E eu só chorava, na verdade, eu não tinha o que dizer - e também não conseguia -, aquela dor em meu peito não permitia, a culpa, eu não podia dizer não, eu não conseguia, não hesitei, não disse nada, fiquei parada. Então ele pegou em minha mão delicadamente com aquelas luvas meio-dedo que deixava apenas os dedos de fora - óbvio -, uma corrente elétrica percorreu meu corpo, fazendo meu coração acelerar, saiu me puxando sei lá para onde, eu não prestava atenção em nada, só vi que entrei naquele carro.

Justin fechou a porta do carro e eu me encolhi no banco, encostando a cabeça na janela, assim que ele adentrou no carro deu partida, e apenas o que eu vi antes dele arrancar com o carro fora aquelas várias pessoas circulando minha casa.

POV Justin Bieber 

Tive que assumir o papel de "Justin policial" agora, a garota parece arrasada, ou melhor, ela está arrasada, com razão, devo dizer. Ainda tentamos descobrir o que querem, apesar de estar sendo difícil... É algo importante. Isso sabemos, porém o mais importante é descobrir o que, e é o que estava sendo mais dificultoso. 

Vou levar ela para a casa de Jazmyn -minha irmã -, enquanto arrumamos o lugar dela no quartel, lá é mais seguro, apesar do meu condomínio ser extremamente seguro, também, mesmo assim, lá é mais por estar sempre cercado por agentes e atiradores de elite.

Já dentro do condomínio, parei o carro em frente a casa de Jazzy. A garota permaneceu o caminho todo em silêncio, ela parecia estar em outro mundo, flutuando, em transe. Sai do carro, abrindo a porta para ela, que demorou um pouco a sair.

Melissa abaixou a cabeça. 

- Você está com o que eles querem, e não adianta ficar assim, pelo menod não até acharmos! - disse, quebrando o silêncio, ela levantou a cabeça devagar, me olhando.

O.k, eu não deveria ter dito isso.

- EU NÃO SEI O QUE ELES QUEREM! - ela explodiu - EU NÃO ESTOU COM NADA, EU APENAS QUERO O MEU PAI AQUI COMIGO, ELE É A ÚNICA PESSOA QUE EU TENHO... VOCÊ NÃO ENTENDE? - gritou, gesticulando com as mãos - É tudo culpa minha... Agora meu pai está correndo perigo nas mãos de sabe-se lá quem. - falava baixo agora. 

- Poderíamos ter reforçado mais a segurança de vocês e...

- Vocês estavam nos vigiando este tempo todo? - ela perguntou, me interrompendo com ar de confusa.

- Vigiando não, estávamos protegendo!

- E por que não protegeram meu pai? - sussurrou, deixando suas lágrimas, que pareciam de dor, cair - POR QUE NÃO O PROTEGERAM? EM? - agora ela ja gritava. Quando me dei conta a garota já dava socos em meu peito, eu não sentia, era como se não estivesse batendo - QUEM É VOCÊ? QUEM É VOCÊ DE VERDADE, CARA? - em nenhum momento deixou de me bater, mas eu sabia exatamente o que fazer, era o que ela precisava; passei meus braços ao seu redor, mesmo ela ainda me batendo, a apertei contra meu corpo, aos poucos ela foi parando - Por quê? - sussurrou, deixei que ela molhasse meu colete com suas lágrimas.

- Bom, eu sou o Justin... - ri fraco - Me desculpe, mas seria pior se deixasse-mos transparecer nossos disfarces, seu pai poderia estar morto agora... E ele não está! Protegemos você a um tempo, várias pessoas te protegendo a tempos, aonde e quaisquer lugar que você estivesse, por exemplo, na sua escola temos agentes disfarçados, lhe protegendo, inclusive, uma você conhece muito bem! - sorri de lado - Eu sei sobre o banheiro da escola, a carta anônima no seu quarto... Sei das coisas estranhas que andam acontecendo. 

Melissa respirou fundo e fechou os olhos.

- Me desculpe! - ela disse baixo - Eu joguei a culpa toda em você, desculpe, e obrigada por estarem me protegendo todo este tempo... Não queria descontar minha raiva em você, também estou um tanto quanto confusa, a alguns dias atrás você era meu ginecologista - ela separou o abraço, seu rosto corou -, e agora você simplesmente é um... Carinha da F.B.I? - ri da sua maneira de falar.

- Desculpe te deixar confusa, mas eu estava em missão, e bem, para ser mais específico, eu sou o chefe da F.B.I. E não precisa agradecer, esse é meu dever, proteger as pessoas e prender bandidos perigosos.

Ela não disse mais nada. Seguimos até a porta, toquei a campainha da casa de Jazzy. Não tardou e  logo a mesma atendeu, a loira sorriu para mim e me abraçou de prontidão.

- Ei, maninho, veio trazer a garota? - assenti, fazendo um leve movimento com a cabeça para o lado, para mostrar a garota.

Assim que as duas se olharam, arregalaram os olhos.

- Você? - as duas disseram juntas.

Ri baixo, achando a situação no mínimo estranha.

- É... Então... Aquele beijo na... Namorada... Foi. Meu Deus! - Jazzy murmurou, confusa e apontou para mim e para Melissa, eu arqueei as sobrancelhas.

POV Melissa Beson

- É... Então... Aquele beijo na... Namorada... Foi. Meu Deus! - ela murmurou, confusa, apontando para mim e para Justin.

Céus! Não posso acreditar que ela é irmã do Justin, como não reparei as semelhanças antes? Fiz movimentos com a mão que sim e depois para que ela ficasse quieta, a mesma pareceu entender rapidamente.

- Ah. Esquece! - ela sorriu.

- Vejo que já se conhecem... -  Justin constatou, desconfiado e confuso - Pois bem, você só irá passar essa noite aqui, amanhã você já vai embora, hoje Jazzy te empresta uma roupa, amanhã suas roupas e, tudo o que precisar, estarão onde você vai ficar. - assenti - Mande um beijo para os pequenos. - pediu a Jazzy, que assentiu, ele deu um beijo na testa dela e, por um momento me assustei quando ele fez o mesmo comigo, acho que até ele mesmo se assustou com sua atitude - Bom, tchau. Se precisar, acho que moro no final do condomínio! - Justin riu, sendo acompanhado por Jazzy, eu sorri fraco, me sentido envergonhada.

...

- Eu nem gostava tanto dela assim! - Jazzy deu de ombros, depois de eu ter explicado melhor, desde o começo -sobre o homem que eu beijei no dia da festa ser seu irmão -, segundo ela, a namorada de Justin era o cão em forma de gente - Além do mais, ela não gosta dos meus filh...

Mamãe? - ouvi uma vozinha aguda, vinda da escada, Jazzy parou de falar, olhamos para lá e instantaneamente ela sorriu, a acompanhei ao ver a pequena menina na escada, ela me lembrava Zooe, que a propósito, eu estava morrendo de saudades. Jazzy levantou rápido e subiu a escada de dois em dois.

- Você já é mãe? - perguntei, boquiaberta e sorri ao vê-la trazendo a pequena garotinha com o rosto amassadinho e cara de sono, deveria ter acabado de acordar. 

- Tenho dois, bobinha! - ela riu, eu sorri meiga para a criança tímida em seus braços.

- Oi, princesinha! - falei gentil - Como é seu nome? - ela estava toda lindinha, tímida, mas não respondeu. 

- Daqui a pouco ela se solta. - Jazzy revirou os olhos de uma maneira descontraída - O nome dessa danadinha aqui é Jane - a garota loirinha se escondeu entre os cabelos de sua mãe. - Ela tem quatro aninhos.

- Mamãe, quem é a moxa? - ela perguntou, no ouvido dela mas eu pude ouvir - Essa moxinha é bonita! - elogiou.

- Essa moça chama-se Melissa, e ela é muito bonita mesmo. E se fala MOÇA, filha, não moxa! Você já é uma menininha, tem que falar direitinho. - corrigiu-a, a colocando no chão - Agora vá lá e peça a Maria que faça algo para você comer.

- Ta bom! - ela saiu correndo na grande/gigante sala em direção a cozinha. Ri sendo seguida por Jazzy.

- Você não é muito nova para ter dois filhos? - perguntei, ela sorriu.

- Eu, nova? Você está de brincadeira... eu tenho vinte e oito anos, meu anjo. - confessou, e eu me surpreendi, ficando boquiaberta novamente - Ou é vinte e nove? - questionou a si mesma, pensativa - Não me lembro! - gargalhei.

- Nossa, eu podia jurar que você tinha pelo menos minha idade - admiti, ainda surpresa -, onde está sua outra filha? - perguntei, e tive certeza de que seus olhos brilharam.

- É um menino! - sorriu - Tinha que ser alguma coisa que o pai queria, né! Quer vê-lo? - assenti, animada. 

Subimos as grandes escadas, dando curva na mesma, andamos o enorme corredor até paramos em frente uma porta azul, dentre todas as brancas, onde havia escrito James na mesma. Ela abriu a porta, dando-nos espaço para adentrar no quarto, chegamos perto do berço... Eu pensei ser maior a criança, mas era apenas um bebezinho, tinha mais cabelos do que deveria para uma criança de sua idade, suponho!

- Ele tem quantos meses? - perguntei, o admirando.

- Quatro. - ela parecia admirada também, seus cabelos eram quase pretos, sua pele branquinha como a da irmã, ele era tão pequeno. 

O bebê começou a abrir os olhinhos, olhando para todos os lados, pude ver que seus olhos eram azuis, tão azuis quanto o mar, logo ouvi seu chorinho ecoar pelo quarto, ela o pegou nos braços com delicadeza - ela em si já é delicada -, balançava, balançava, e nada dele parar de chorar, ela tentou dar de mamar, nada também, ela fez até massagem na barriguinha, só não pois de ponta cabeça, mas o resto!

- Posso tentar? - perguntei, receosa, ela sorriu maneando  a cabeça de modo positivo.

Eu cheguei mais perto, pegando o pequeno James que estava vermelho de tanto chorar, assim que o peguei no colo o coloquei numa posição confortável, deitado-o, o ninei numa lentidão extrema, passando minha mão delicadamente por seu rostinho e seus cabelos macios, aos poucos ele foi parando de chorar e abriu melhor suas grandes órbitas azuis, ele parecia me olhar com curiosidade, prendeu meu dedo indicador em sua mãozinha, enquanto mastigava o vento, aos poucos os seus olhinhos foram fechando. 

Assim que ele dormiu, definitivamente, coloquei-o com jeitinho no berço.

- Ei, como você conseguiu isso? - Jazzy perguntou, baixinho, se referindo ao James.

- Eu não sei! - respondi, no mesmo tom, nós saímos do quarto.

- Garota, você sabe o quanto eu luto todas as noites para esse garotão dormir? - ela perguntou, indigna e eu ri - Ele nem de longe é que nem Jane quando nasceu... Jane sequer dava trabalho, será que pode me contar esse segredo? - riu.

- Não existe segredo. - dei de ombros.

- Não pode ser, tem que ter! - sorri fraco.

- Acho que só levo jeito com crianças mesmo.

- Um ótimo jeito, pelo visto! 

Sorri.

- Será que pode mostrar o quarto que vou ficar esta noite? Estou um pouco exausta, se é que me entende... -suspirei, me referindo aos ocorridos de hoje.

- Ah, claro, antes vamos dar uma passadinha no meu quarto para mim te emprestar algo para dormir. - assenti. 

Fomos em direção ao seu quarto, entrei meio tímida no mesmo, enquanto ela pegava as roupas em seu closet, eu observava o quarto bem decorado. Meus olhos pararam em uma foto, onde estava ela e um homem muito bonito, cara de garoto. Ele tinha cabelos escuros e pele branquinha.

- Meu marido... - ela comentou, assim que viu que eu observava o retrato, sorri sem graça.

- James é muito parecido com você, mas eu pensei que os olhos azuis eram do pai...

- Ah, minha mãe tem os olhos azuis. - sorriu - Aqui as roupas. - me entregou o pijama junto com uma toalha e roupas íntimas.

- Essas roupas íntimas são novas, não cheguei a usá-las, não se preocupe! -avisou.

- Ah, sim. Tudo bem!

Ela me levou até um quarto e eu a agradeci, me despedindo em seguida.

Tirei minhas roupas rapidamente e me dirigi até o banheiro q adentrando no box, liguei o registro. 

Tudo aquilo veio átona... Se eu já havia esquecido do que aconteceu hoje? Obviamente não, mas ficar um pouco com Jazmyn me fez afastar dos pensamentos ruins naquele momento. Eu sinto falta do papai - e olha que fazem apenas algumas horas -, é claro que sinto, é meu pai, poxa! 

Minhas lágrimas iam junto com a água, enquanto eu me encolhia ali, com apenas um pensamento:

Como minha vida pode mudar assim? Da água para o vinho? Dá noite para o dia?

Isso é tão estranho, naquela mesma manhã ele havia me dado um abraço bem apertado, tão bom e, eu naquele momento só queria poder abraçá-lo novamente e sentir-me segura. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...