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História Love At First Touch - Capítulo 39


Escrita por: NaihDrew

Notas do Autor


MARRRR ÓIA, VOCÊS FORAM TÃO RÁPIDAS EM COMENTAR QUE CÁ ESTOU EU, POSTANDO UM CAPÍTULO À ESSA HORA! Ushuaushua

LIENDAS, TÃO VENDO? QUANTO MAIS RÁPIDAS VOCÊS FOREM, MAIS RÁPIDA EU APAREÇO, SÉRIO, ISSO ME INCENTIVA MUITO A REPOSTAR, FICO MUUUUITO FELIZ <3

Boa leitura.

Capítulo 39 - Capítulo 39


Fanfic / Fanfiction Love At First Touch - Capítulo 39

 

Minha cabeça latejava e meus olhos ardiam.

Olhei em volta vendo as paredes cor pastel, engoli em seco percebendo que estava no quarto do hospital. Na poltrona do meu lado esquerdo se encontrava meu pai que quase roncava, e Melyn, que estava encostada no peito de papai enquanto estava quase babando no mesmo. Desviei meu olhar deles, assim que percebi um senhor de jaleco branco adentrar silenciosamente no quarto.

- Está melhor? - o médico, suponho eu, perguntou, quando chegou perto de mim.

- Não sei, acho que estou! - respondi, confusa, sentindo minha garganta pedir por água - Quanto tempo estou dormindo?

- Quase quatro horas, menina! - ele respondeu, fazendo com que eu arregalasse os olhos. - Tanto que seu namorado ainda está na sala de cirurgia. 

Inspirei, prendendo o ar. 

Ai eu me toquei, me lembrei de exatamente tudo o que aconteceu! Rapidamente os flashs do ocorrido me vieram à cabeça.

Depoimento sobre o incêndio. Suspeita sobre Mendy. Justin a defendendo. Eu com ciúme. Ele indo atrás de mim. Eu e ele nos reconciliado. Ele sendo baleado. Eu entrando em desespero. Muitos policiais. Eu tentando partir pra cima do segurança do hospital. Ryan me tirando de lá. Sala de espera. Todos chegando. A briga. Gritaria. Mãe de Justin. Alvoroço. E ai, tudo apagou.

O choro estava preso em minha garganta, então soltei o ar que estava preso em meus pulmões o mais devagar possível.

- Ele vai ficar b-bem, não vai? - Perguntei, como num sussurro, sentindo minha voz falhar. 

- Estão retirando as balas ainda. Todo cuidado é pouco, uma das balas passou bem perto da outra, quase ficou presa entre um osso e outro. - explicou - Mas bem, você está sentindo algo?

- Só um pouco de dor de cabeça. - desse, com dificuldade quando minha garganta ameaçou fechar.

- Bom, sua pressão baixou, você ficou muito fraca. Creio que ficou em choque por conta da ocorrido repentino e a briga não fez bem a você, fez você ficar sem fluxo.

- Entendo... - Murmurei, fungando em seguida.

- Já falei com seu pai e com seus amigos, você não pode passar nervoso, nem nada assim, por ser muito nova isso pode trazer riscos ao bebê! 

- Mas o...- travei - Como assim, pode trazer riscos ao bebê? Que bebê? - perguntei, embolada e totalmente assustada.

- Oras, como assim que bebê? - Ele repetiu minha pergunta, rindo baixo para não acordar meu pai e Melyn, de um jeito debochado.

Fiquei séria, fazendo o médico parar de rir. 

- Tomamos a liberdade, com o conceito de seu pai, é claro, de fazer alguns exames em você, já que quando desmaiou sua temperatura subiu. Achamos isso estranho, não fazia parte da queda-de-pressão - ainda estava estática -, acabamos vendo que sua queda de pressão poderia ter sido causada pelo pequeno ser de quase três meses que carregaste ai dentro! - apontou para minha barriga.

Vagarosamente abaixei minha cabeça, olhando para onde seu dedo afinado apontava. Encarei ali por breves segundos, logo levantando minha cabeça.

Abri minha boca em um perfeito '0'. Meus olhos marejaram, senti uma lágrima quente escorrer pelo lado direito da minha bochecha segundos depois, era uma lágrima de felicidade, eu acho

Eu vou ter um filho, Justin vai ter um filho, NÓS vamos ter um filho. Isso era o maior sonho da minha vida... Bom, eu não queria ter descoberto assim, desse jeito, com meu namorado numa sala de cirurgia, depois de ter acabado de acordar de um desmaio, com meu pai e uma das minhas melhores amigas rocando numa poltrona de hospital. Não foi nem um pouco assim que eu imaginei, mas não importa, o que importa é que agora eu carrego um pequeno serzinho dentro de mim.

Uma certa culpa me invadiu também, era nova demais para trazer um ser tão inocente a esse mundo. Ainda mas nessas circunstâncias.

- Óh, você não sabia, não é mesmo? - o doutor perguntou, meio surpreso, balancei a cabeça negativamente. 

- Você contou para algum dos meus amigos? Ou meu pai? - Perguntei baixo, receosa.

- Não,  imaginei que já soubessem então só pedi para que não lhe deixassem passar nervoso. 

Suspirei aliviada.

- Mas se quiser eu posso contar, quer que eu conte? Sei que às vezes é difícil contar a família. - sorriu amigável.

- Óh, não, não! Obrigada, mas é que prefiro manter segredo por enquanto... - sorri sem mostrar os dentes, sentei na cama.

- Tudo bem então, isso fica  a seu critério.

- Doutor. É... Mas como? - Perguntei confusa, e ele franziu a testa mostrando uma feição interrogativa - Como, hum... Eu posso estar grávida de quase três meses? É que eu não senti nenhum tipo de enjôo, e minha barriga não tem nem ao menos um sinal! As tonturas que eu sentia, pensava serem normais, aquelas de quando se levanta rápido e sente uma pequena tontura...

- Bom, é que ainda está no começo, você pode ser aquelas grávidas que raramente sentem enjôos. - explicou - A aparição da barriga, acho que ela vai ser pequena, algumas gestantes são assim mesmo, pode ser que com os seus três meses e meio já pareça uma "buchudinha", esteja com uma barriguinha apresentável e mais saliente, mas se você reparar depois, pode ver que sua barriga está redondinha, não está mas definida, como eu prevejo que era antes. - riu baixo - Mas não se preocupe, isso é normal, acho que já deve ter percebido flacidez em algumas partes do corpo - Ele me analiso, senti instantaneamente que corei. - Peitos inchados, partes do corpo crescendo, se é que me entende! Já devem ter acontecido muitas mudanças em todos sentindos em você, é só reparar bem.

- Ah sim... Obrigada. - agradeci sem graça, sorrindo cínica por alguns segundos. Ele riu, fazendo um cumprimento com a cabeça e se afastou saindo do quarto.

Olhei para a poltrona um pouco distante e ri olhando os dois dormindo, levantei o fino lençol que estava em cima de mim, estava com a mesma roupa, e claro, estava rasgada e com sangue.

Respirei fundo sendo um pouco receosa, não sei porque, mas fiquei com medo, mesmo com receio levei a mão até minha barriga, acariciei a mesma devagar me sentindo um pouco estranha, não é aquela mesma sensação; agora eu coloco a mão na barriga e sei que tem alguém crescendo aqui, tem um futurinho aqui.

Sorri olhando para aquele grão de feijão invisível ao meus olhos, que estava crescendo. É incrível como uma notícia repentina e de alguns segundos, pode mudar tudo

- Hey! - Ouvi a voz doce de Jazzy e olhei para ela, que entrará no quarto de mansinho. - Acabei de encontrar com o médico, ele dia que eu poderia lhe ver... Esta melhor?

- Sim. - respondi, tirando a mão da barriga e me sentei.

- Olha, queira me desculpar pelo que minha mãe fez!

- Ah, tudo bem! - suspirei - Ela estava certa Jazzy, foi tudo culpa minha - disse baixo.

- Hey... Não diga mais isso, ok? - reprendeu-me brava.

- Você sabe que foi minha culpa...

- Não, eu não sei porque não foi sua culpa. Pare com isso!

Me repreendeu outra vez.

 - Não foi culpa tua. Isso foi tudo conversa dela! Descobriram que quem fez isso com ele era ligado a Brian. A arma era uma arma potente e de qualidade, a arma que atiraram em Justin não era um simples revólver, era uma arma que apenas policiais de elite tem licença para ter porte.

- Isso quer dizer que foi algum dos agentes dele? - arqueei as sobrancelhas.

- Não exatamente... Pode ter sido policial de qualquer área, F.B.I, C.I.A, Forte, etc. Era uma Karmafishery potente, a bala dela é impressionante, tanto que Justin foi atingido de longe e ainda estava de colete. Digamos que a bala conseguiu atingi-lo a mais de quatrocentos e trinta e quatro metros de distância! 

- Uau... - disse surpresa - Mas de qualquer modo, sua mãe tem razão, Jazzy, foi tudo culpa minha, se eu não tivesse o feito subir ele não estaria aqui agora..m - Disse já com os olhos lacrimejando. Ela bufou.

- Olha aqui - Jazzy disse séria - Em hipótese alguma acredite na minha mãe, ela é uma cobra. Esse não é o primeiro namoro de Justin que ela tenta destruir. -  revelou ela, fazendo-me arregalar levemente os olhos - Quando minha mãe encuca com alguma garota, bom...

Ela se sentou ao meu lado, assim que eu dei espaço e liberdade para tal ato ser realizado.

 - Sempre foi assim, eu não sei qual é essa fissura que minha mãe tem por Mendy, nós nos conhecemos desde de pequenas. Sempre me perguntei se era por conta da vida que ela levava... O pai dela já foi eleito o presidente dos Estados Unidos a oito anos atrás e sua mãe era agente da C.I.A, por isso Mendy seguiu os passos de sua mãe, mas no F.B.I, é claro. Minha mãe era a melhor amiga da mãe dela. Justin quando era pequeno, era simplesmente apaixonado por ela e ela por ele, nossos pais achavam que eles iam casar quando crescessem, que iam ser o mais lindo casal do mundo. 
 

Ouvia tudo atentamente.

- Apoiavam totalmente, planejavam coisas e mais coisas paras os dois, eles cresceram e então começaram a namorar, uma vez ela pediu um tempo para Justin, ele disse que daria todo o tempo para ela contanto que ela voltasse para ele, e pra fazer ciúmes a ela, Justin começou a namorar com outra garota, sem ninguém além de mim saber que era tudo para enciuma-la, claro. Minha mãe foi totalmente contra, fez da vida dela um inferno, até hoje eu não vi mas essa garota... E não foi só com essa não, bem antes dele namorar Mendy, minha mãe já fazia jus das outras garotas, Justin ficava irado com isso, parecia que ele achava que as garotas que não gostavam de mamãe. Mas na verdade, ela que odiava as garotas. - pareceu lembrar de algo - Mas eu não vou deixar ela fazer isso com você. Não mesmo!

- Nossa... - murmurei boquiaberta - Jazzy... Você gosta da sua mãe? 

- Claro que gosto... Mas não concordo com nada do que ela faz, em outros termos ela é ótima, como mãe e avó para os meus filhos. Mas ela não pode ser uma megera com as pessoas. - deu de ombros.

- Sinto muito...

- Pelo que? - Jazzy franziu a testa.

- Sei lá... Pela sua mãe ser assim com as pessoas!

- Há, tudo bem... Tenho certeza que um dia ela vai mudar... - Jazzy falou, mas pareceu que ela estava tentando convencer a si mesma.

Então ficamos em silêncio depois daquilo... Até ouvirmos um ronco, olhamos para a poltrona. Rimos ao ver a cena.

Peguei uma garrafa de plástico que havia ali perto, algum deles que deveria estar bebendo nela... Mas enfim.

Olhei para Jazzy que sorriu travessa. Fiz sinal com o dedo

1... 2... 3! 

Joguei a garrafa neles.

- TIRO TIRO TIRO! - Jazzy gritou assim que eu joguei a garrafa, eles deram um pulo da poltrona, o que fez Melyn agarrar papai imediatamente.

- TIRO? ONDE? - meu pai gritou assustado. - ABAIXEM! 

- AI NOSSA SENHORA DE GUADALUPE! TIRO SENHOR! - Melyn berrou. 

Encaramos eles e começamos a gargalhar ao observar toda aquela cena, eles nos olharam assustados e logo depois fecharam a cara.

- Idiotas! - Melyn murmurou se soltando de papai.

- Vocês querem me matar do coração? - meu pai indagou. 

Gargalhei mais.

- Desculpem, mas é que eu tinha que ter feito essa.

- Desculpa, gente. - Jazzy balançou a cabeça, controlando o riso.

- Aaah, pelo amor, Melyn! - Meu pai disse passando a mão na blusa - Você me babou todo! - fez careta, rindo depois.

- Sinta-se honrado. - ela disse superior e eu gargalhei.

- Se sente melhor filha? - Meu pai perguntou, ignorando Melyn. 

- Sim!

Sorri ao lembrar de uma das melhores notícias de minha vida. "Não vai contar sobre o bebê?" E não,  não irei contar nada, eu quero que Justin seja o primeiro a saber, ele é o pai, ele tem mas direito do que qualquer um, eu quero que ele saiba primeiro, depois contamos isso ao pessoal.

- Parece até mais contente... - Mêh comentou.

- E cansada também. - meu pai sorriu torto.

- Apenas acordei melhor... - dei de ombro.

- Mel, o que acha de voltarmos pra casa?- Jazzy sugeriu e eu neguei.

- Não Jazzy. Quero ficar aqui com o Justin.

- Vamos sim, sabe que horas são? - Neguei - Quatro e meia da madrugada, daqui a pouco está amanhecendo. 

- Já disse que quero ficar aqui com ele! - Neguei mas uma vez.

- Ah mas você vai sim - meu pai disse autoritário e eu bufei - Você precisa comer e tomar um banho!

- Mas pai... - tentei argumentar, mas fui interrompida.

- Nada de mas, vá logo! - Mêh ordenou fazendo bico, e eu arqueei a sobrancelha - Ah, qual é? Só queria entrar na brincadeira também... - Rimos.

- Tudo bem, só se me prometerem que voltaremos logo depois que eu comer e tomar banho... - Falei cruzando os braços.

- Não! - Jazzy respondeu 

- Vamos voltar e pronto. - disse decidida.

- Aliás, você já pode ter alta? - Mêh perguntou.

- Já... Eu acho! O médico disse que foi só uma queda de pressão. - Menti, dando de ombros. 

Na verdade, menti em partes.

- Hum, ainda bem! - murmurou, então após eu me recompor saímos do quarto, abracei meus próprios braços com frio.

Passando pelo corredor vi que todos ainda estavam lá, de preferência, dormindo sentados. Com exceção de Pattie, ela não estava lá - nem o detetive -.

Mas parece que quando uma cobra vai embora, chega outra pra substituir;

- O que essa vadia faz aqui? - Mêh questionou baixo.

Gostaria muito de saber.

Acho que ela leu meus pensamentos, ainda penso exatamente a mesma coisa. 

- Gostaria de saber também. - Jazzy falou, calma estou começando a ficar assustada...  Essas garotas tem algum tipo de conexão comigo.

- Não posso acreditar. Argh! - Bufei.

- Vamos logo, antes que Deus me dê o poder de raio laser - Mêh revirou os olhos e eu ri, passei por ela - Mendy - sem ao menos olhar para sua cara, agora que eu não posso demorar mesmo, deixar essa vapiranha, e aqui não é uma boa idéia.

 

...

 

Me olhei no espelho vestida apenas de roupas íntimas, virei de lado vagarosamente, sorri ao ver que minha barriga, podia não ser tão visível aos olhos de quem ainda não sabia, mas eu enxergava a pequena formação redonda.

Sorri, colocando  a mão em minha barriga. 

Então comecei a reparar em algumas coisas, meus seios. Não estavam grande coisa, mas pude reparar que realmente haviam crescido um pouco.

Balance a cabeça negativamente, tenho que terminar de me trocar.

Vesti uma Legging preta grossa, porque estava frio, e um moletom vermelho de Justin, o que eu tomei de conta desde que ele me emprestou quando Mendy me pois para fora do quarto, estava com o cheiro dele. 

E o que eu mais queria neste momento era ter sua presença ao meu lado de alguma forma, além do mas, o moletom é quente e confortável, ficava bem grande, mas não importa. 

Por último calcei meu All Star.

Me sentei/deitei na cama, só esperando que Jazzy viesse me chamar para voltarmos para o hospital.

 

 

...

 

 

- Mel? - a voz doce de Jazzy adentrou pelos meus ouvidos me despertando, abri os olhos de uma vez e minha visão ficou escura por alguns segundos, logo voltando.

- Jazzy. Por que não me acordou? - perguntei dando um pulo da cama.

- Ué. Estou te acordando! - disse ela risonha, eu fiz cara de brava.

- Não agora! - revirei os olhos - Que horas são? - Perguntei  aflita.

- Dez e meia da manhã... - ela deu de ombros e eu arregalei os olhos. - Eu vim te acordar para dizer que os meninos ligaram a pouco e disseram que a cirurgia de Justin correu bem. Seu estado está estável.

- Vamos para lá Jazzy. Vamos! - disse contente ao ouvir a notícia.

- Não. Pode voltar a descansar agora mesmo! Ainda está cedo, você quase não dormiu. E Justin nem acordou ainda, ele não vai sair de lá, pode ter certeza. - ela disse autoritária. Suspirei pesado - Mais tarde vamos estar lá, tudo bem? - assenti fraco, ela me deu um beijo na testa e saiu do quarto, sorri, Jazzy parece até que é minha mãe com esse jeito autoritário.

Me joguei na cama deixando os pés para fora da mesma, para que meu tênis não sujasse os lençóis.

 

 

[...]

 

 

- Posso entrar na sala primeiro? - perguntei olhando para o médico. 

Pattie ia protestar, mas foi interrompida pelo marido: 

- Fique calada, Pattie. - Jeremy sussurrou num tom alto e nervoso, ela o fuzilou - Pode ir, querida! - ele sorriu para mim e eu retribui, agradecendo com um maneio de cabeça.

Levei as mãos até os bolsos do moletom enquanto andava em direção ao quarto que Justin estava. Abri a porta devagar e fechei a mesma atrás de mim ao entrar. Andei até a cama e sorri ao olhar para Justin, meu anjo. 

Estava com dois caninhos que passavam por seu nariz e com alguns fios colados em seu peito desnudo, meus olhos lacrimejaram ao lembrar que isso tudo foi por minha culpa, toquei seu rosto delicadamente.

Puxei uma cadeira que havia por ali pondo a mesma ao lado de sua cama, depositei um beijo carinhoso em sua testa. Peguei sua mão - que estava um pouco fria - com delicadeza. 

O médico nos disse que ele pode acordar daqui a algumas horas ou daqui a um dia, depende muito do efeito da anestesia e dos sedativos.

- Oi, Justin! - Disse baixinho  - Bom, eu to aqui porque... Porque você também está! - ri fraco - Eu to parecendo uma louca conversando com você enquanto dorme ao invés de esperar você acordar, mas eu não ligo! Olha, eu tenho uma coisa pra te contar, mas eu não sei, agora eu estou insegura e com medo, medo de você não querer... Medo de não me querer mas também... Mas é uma coisa boa, boa ao meu ver! 

Respirei fundo.

- Olha eu vou te dizer, mas tem que prometer não contar a ninguém, em? - cochichdi perto de seu ouvido, enquanto esquentava a sua mão que estava entre as minhas - Eu estou grávida! - sussurrei, sorrindo radiante. - O que acha meu amor? E sabe do que mas? Você é o primeiro a saber disso! Ninguém sabe ainda. 

Ok. Estou parecendo uma louca falando sozinha. Quer dizer, não totalmente sozinha, com ele. Me chamem de louca, mas eu precisava contar  isso a alguém, digam que é egoísmo, mas mesmo que ele esteja desacordado prefiro contar a ele.

- E ah, eu briguei com a sua mãe. De novo. Ela me culpou do que aconteceu com você, e sabe? Eu não discordo, eu fui uma idiota mesmo. Eu não deveria ter feito isso. E-eu fui tão birrenta, eu não sou mimada assim, nunca fui. Mas foi ciúmes, entende? Desculpe se eu entrei na sua vida assim do nada. Estragando ela! Mas foi sem querer, não pedi por nada disso. - Deixei as lágrimas escaparem - Eu te amo, ta? - beijei sua bochecha carinhosamente - Te amo muitão! - ri limpando minhas lágrimas. - E quando você acordar vou ter que te contar tudo de novo. - revirei os olhos - Mas não completamente tudo, é que a parte da gravidez eu precisava desabafar com alguém mas eu queria que você fosse o primeiro a saber. Só não queria que soubesse dormindo, mas agora você sabe... Quer dizer, mais ou menos - Disse confusa - Arrrgh! - Bufei desfazendo o sorriso - Você poderia já ter acordado e poderia me calar, daquele seu jeito, como sempre faz quando eu falo demais. - Murmurei triste, minha bipolaridade está começando a fluir. Fiquei em silêncio alguns segundos - Agora eu vou lá pra fora, porque os outros também querem te ver, eu sei que isso é egoísmo... Mas não queria te dividir não...- disse tediosa. 

Levantei, dei um beijo demorado em sua bochecha, soltei minha mão da sua e todo o conforto que eu sentia se foi quando eu sai de dentro daquele quarto.

 

 

Duas semana depois

 

Justin acordou no dia seguinte depois daquele dia. Se eu já contei a ele? Não. Bem, é que o médico pediu pra que eu esperasse ele se recuperar um pouco para falar qualquer coisa "forte".

Ele se recuperou bem essas duas semanas, sendo que para ele era o fim do mundo passar tanto tempo aqui. 

Dormi no hospital com ele quase as duas semanas inteiras, vê-lo sorrindo quando acordou foi a melhor coisa que eu pederia ver. 

Eu estava ansiosa para dar a notícia a ele. O frio na minha barriga crescia quando eu pensava nas possibilidades de suas atitudes serem negativas.

- Vamos? - Justin murmurou me tirando dos devaneios, assenti sorrindo. 

Ele foi na frente com Ryan enquanto eu andava um pouco atrás. Eles conversavam sobre o trabalho, e eu não estava nem um pouco interessada no assunto. Então apenas me preparava mentalmente para saber o que dizer na hora em que chegarmos, não sei qual vai ser sua reação. Mas estou certa de que preciso dizer. Talvez eu não devesse pensar tanto, apenas devesse falar na hora, se eu pensar muito... Desisto de contar, na hora H eu travo.

Depois de quinze minutos paramos em frente a casa de Jazzy.

Onde paramos param quatro carros ou mas ao nosso lado, e pra onde andamos eu vejo uma rebelião nos seguindo, eu sei que é pra nossa segurança, mas precisa ser tão colado assim? Não acho que precise. 

Agradecemos ao Ryan que logo foi embora, adentramos na casa que parecia estar vazia, certamente Jazzy saiu com as crianças e papai está em algum lugar da casa.

- Justin! - Falei alto, teimoso, muito teimoso, só quer fazer o que não deve, está cheio de pontos, por mas que esteja bem, seus ferimentos ainda não cicatrizaram. Foram tiros, não simples cortes, e não, mesmo tendo se passado duas semanas ele ainda não havia os tirado - Não corre não, cara! - o repreendi, o fazendo parar e rir.

- Não vou ficar parado, não vou ficar numa cama como se fosse debilitado. Eu já passei duas semanas naquela cama - protestou me olhando. - , estou melhor já!

- Não é questão de estar debilitado - eu disse subindo as escadas e o alcançando. -, a questão é que seus ferimentos não se cicatrizaram ainda, se você ficar andando e pulando para lá e para cá, isso... - Apontei para seu abdômen - Vai acabar inflamado por ter aberto, vai ficar infeccionado e ai sim, você vai ter que ficar em cima de uma cama, e não só por duas semanas... - dei um pequeno sermão, e ele riu pelo nariz.

Adentramos no corredor.

- Mas isso não vai acontecer, sei me cuidar meu anjo! - Ele me abraçou de lado - Tenho milhares de coisas pra fazer e...

- Justin Drew Bieber! - o interrompi, fingindo-me de brava enquanto adentravamos no quarto. Ele riu baixo e eu prendi o riso, foi engraçado ter dito seu nome todo tão séria - Você só sairá pra fazer algo de tão importante quando estiver cem porcento. - Afirmei convicta.

- Hum... Quem te disse? - questionou risonho se sentando na cama.

- Quando eu estava naquele estado deplorável você também não me deixou fazer nada até que eu me curasse. - sentei ao seu lado - Entenda, só quero cuidar de você como cuidou de mim.

Ele sorriu de lado.

- Sei que sim, meu amor. - Justin me pegou de surpresa quando me puxou grudando nossos lábios.

Seus lábios quentes e macios que me fez ter um pequeno curto ao entrar em contato com meus lábios, sua língua adentrou na minha boca com pressa, Justin me puxou mas para si, espalmei as mãos em seu ombro para não machuca-lo.

Segurei sua nuca puxando os cabelos dali, Justin me deitou na cama ficando por cima sem encostar nossos corpos, ele começou a distribuir beijos molhados pelo meu pescoço enquanto minha mão ainda estava em sua nuca, suspirei puxando seus cabelos mais uma vez, ok. Eu já estou completamente molhada com isso. Hormônios

Podia sentir a ereção de Justin roçar em minha coxa propositalmente, gemi baixo o fazendo soltar suspiros longos, ele mordeu de leve o lugar que beijava.    

Eu aproveitava sua carícia, mas voltei na real quando vi o que estávamos fazendo realmente, hoje o objetivo aqui não é esse, e ele não pode.

- J-jus-ustin, espera! - disse com a voz entrecortada o empurrando delicadamente - Justin vo-você não pode. - falei tentando o afastar novamente.

- Posso, vai ficar tudo bem, esses curativos não ne impedem em... Nada. - ele disse enquanto descia os beijos para meu ombro abaixando a manga da blusa junto.

- Jus...tin. É sério. - tentei ser firme, ele bufou, mas pacientemente saiu de cima de mim - Justin você não pode! - Repeti após recuperar o fôlego.

- Ah não! Você não pode me deixar assim! - murmurou me olhando incrédulo, apontando para seu membro que marcava totalmente sua bermuda com o Grande volume.

- Justin... - suspirei. Levantei e sentei novamente por cima da minha perna esquerda. - Eu preciso te contar uma coisa! - Falei rastejando as palavras.

Ele olhou pra minha perna cruzada embaixo do meu bumbum e logo subiu seu olhar para meu rosto, passou a mão nos cabelos.

- Fala, meu anjo. - incentivou ainda paciente, olhando pra mim fixamente e se ajeitando na cama. 

Peguei sua mão a segurando firme, ele sorriu de lado, entrelacei nossos dedos sentindo minhas pernas fraquejarem por um momento. Segurei mais forte nossas mãos entrelaçadas.

- Ér... - olhei para nossas mãos, endireitei a coluna e respirei fundo, ele apenas observava cada movimento meu, desentrelacei nossos dedos, puis minha mão por cima da sua, levei sua mão vagarosamente até a minha barriga, pousei sua mão ali em cima segurando a mesma junto com a minha ainda, pressionei-a levemente. - O que você diria se eu lhe falasse que agora eu comerei por dois? - Ok. Isso foi a segunda coisa mais idiota que eu já disse em toda minha vida, eu realmente não sei lidar com o quesito "dar notícias". 

Olhei no fundo de seus olhos, o que me fez ficar hipnotizada pelo seu mar de mel por alguns segundos. Ouvi sua gargalhada.

- Diria que acredito, pois sua barriga está roncando. - Ele fez careta, fui obrigada a rir com tamanha idiotice.

Balancei a cabeça parando de rir, movi sua mão na minha barriga, ele olhou para mim sério.

- E se talvez eu te dissesse que agora batem dois corações dentro de mim? E que... 

Mordi meu lábio inferior, tomando coragem para continuar.

- Que é o que mudará totalmente nossos futuros daqui para frente, a partir deste exato momento? - indaguei devagar, ele apenas observava meus poucos movimentos e me ouvia atentamente. 

Ele ficou calado, em silêncio desviou seus olhos dos meus olhando para um ponto fixo atrás de mim, de imediato meus olhos lacrimejaram. Coisas minuciosas e ideias se passaram por minha cabeça; E se ele reagir mal? E se ele... Ele não quiser esse filho? 

Ele estava sem expressão, abaixei a cabeça e funguei, sabia que ia chorar, senti seu olhar sobre mim e levantei a cabeça devagar, olhei em seus olhos que estavam lacrimejando, senti se formar o nó em minha garganta. 

Sua mão ainda estava por cima de minha barriga, só que agora eu apertava a mesma com um pouco mais de força como se estivesse com medo que ele a soltasse a qualquer momento.

- E-eu...Vou ser pai? - ele perguntou num fio de voz, mas eu ouvi e bem nitidamente, senti minhas bochechas molhadas.

- Sim... - respondi com a voz fraca, sorrindo pequeno. Vi uma lágrima escorrer de seu olho direito. 

Olhamos um nos olhos do outro, limpei sua lágrima com o polegar, ainda mantendo o contato visual, um sorriso aos poucos fora se formando em seus lábios. Um sorriso lindo, radiante, cheio de vida. Eu vi naquele sorriso que, a notícia não fora ruim como eu pensava que seria para ele, e sim que foi a melhor notícia que ele ouvirá agora.

- Eu vou ser pai... - disse ele sorrindo - Eu vou ser pai! - repetiu agora alto, Justin deu um pulo da cama o que me assustou minimamente - EU VOU SER PAI CARALHO, EU VOU SER PAI! - gritou contente, e eu ri me levantando. Ele me puxou num movimento rápido, me abraçou forte girando meu corpo no ar, agarrei seu pescoço - EU VOU SER PAI, EU VOU SER PAI, PAI, PAI - gritava rápido - EU. VOU. SER. PAI . - gritou pausadamente, e começou a me encher de beijos.

- Justin... - Falei alto, enquanto gargalhava - Para, para, eu to ficando enjoada! - murmurei rindo, me senti um pouco tonta, ele parou de rodar mas não me largou. - Não grita. - Falei baixo - Ninguém pode saber...- ele fez cara de dor, pois uma mão em seu abdômen fazendo levarmos nosso olhar para o lugar, empurrei-o para a cama o fazendo se sentar/deitar .

- Eu vou ser pai! - Ele falou com os olhos brilhando e eu sorri - Não consigo nem acreditar!

Ele estava bobo. 

- Você não contou nem pra Jazzy? - neguei.

- Você foi o primeiro! - sorrimos - Eu descobri naquele dia em que você deu entrada no hospital. Eu desmaiei e quando eu acordei o médico veio falar comigo, ele falou que não podia passar nervoso por conta do bebê, eu não fazia idéia de como reagir, eu fiquei até um pouco assustada... - sorriu largo, mas logo fechou a cara fazendo um bico.

- Então eu não fui o primeiro, o primeiro foi o médico. - Ele revirou os olhos de um jeito nervoso e eu gargalhei - Eu já devia saber que você estava grávida...

- Ué, o médico não conta, bobo. - ri - Você não é adivinha... Você só é ginecologista.

- Por isso mesmo. Devia ter desconfiando antes, sou ginecologista. - revirei os olhos rindo, disse bem, querido. Você era, não é mas. - Mas... Agora eu sei porque toda essa bipolaridade - riu incrédulo.

- É, pensando bem, quem deveria ter desconfiado sou eu, afinal, quase três meses... - ele arregalou os olhos.

- Três meses? - sorriu.

- Quase! - lembrei, fazendo-o  revirar os olhos.

- Agora eu entendo todo essa sua mudança, essa sua bipolaridade repentina... - ele balançou a cabeça negativamente, levantei e fui até o banheiro trazendo comigo a caixa de primeiros socorros. - Não precisa! Eu vou tomar um banho - avisou ele, quando me sentei na cama.

- Tudo bem... - suspirei, ele levantou-se, me deu um selinho demorado e foi se arrastando para o banheiro.

Me joguei para trás de braços abertos e fechei os olhos, no que eu pensava? Nada! Minha mente estava vazia. Estranho, mas acho que é por estar alivianda de ter contado. Ele ficou feliz e isso me deixou mais feliz ainda.

Meia hora de mente vazia, a preguiça era tanto que eu não conseguia me mover. Senti os dois lados da cama se afundar, e o calor de um corpo quente bater contra o meu. Abri os olhos devagar, vendo Justin com os braços apoiados na cama um de cada lado, com a cabeça na altura de minha barriga. 

Estava com o cabelo molhado e sem camiseta.

- Pai... - ele falou sorrindo bobo e eu sorri - Eu vou ser pai!

Olhou pra minha barriga bobo, inclinei a cabeça um pouco para cima, apenas observando, ele levou sua mão até a barra de minha regata e levantou devagar, senti um friozinho na mesma, ele passou a mão no meu abdômen, depois encostou seus lábios beijando ali, o frio na barriga apenas aumentou, ri, faz cócegas.

Ele virou a cabeça pondo o ouvido e arqueei a sobrancelha, ele ficou um tempo assim. Levantou a cabeça e me olhou intrigado.

Gargalhei.

- Eu não ouço nada! - declarou bravo e eu gargalhei novamente.

- Não dá pra ouvir nada agora, ele ou ela, ainda é muito pequeno... - sorri e ele subiu até mim. - Acho que alguém não prestou atenção nas aulas, você obrigatoriamente deveria saber disso.

- Deveria? - se fez de desentendido.

- Com toda certeza sim, o ginecologista é você! - ele riu, balançando a cabeça negativamente. 

- Obrigada. - sussurrou ele, roçando seus lábios nos meus - Obrigada por me dar a melhor presente de nossas vidas.

- Eu que agradeço por ter aperecido na minha vida! - sussurrei também, ele sorriu mas ficou sério rapidamente, parecendo lembrar de algo.

- Amanhã vamos embora! - afirmou depois de alguns segundos e eu arqueei as sobrancelhas.

- O que? Por quê? - Perguntei confusa.

- Já planejava sair daqui... Mas agora com essa gravidez, quero sua segurança dobrada, não quero que corram perigo de vida. O perigo só aumenta, ainda mas agora, eu farei o que for preciso para que vocês fiquem longe de tudo isso.


Notas Finais


* AEEEE! PRA QUEM JÁ DESCONFIAVA ~ OU JÁ TINHA LIDO ~ SOBRE A GRAVIDEZ, PALMASSSSS. E PRA QUEM FOI LERDO E NÃO DESCONFIOU PALMAS TAMBÉM PORQUE TODO MUNDO É IGUAL NESSA PORRAN :/ <3 KKKKKKK '-'

* Seria um prazer ver todas comentarem novamente </3 AI EU POSTO UM MAIS TARDE NÉ? (Emoji da lua).

Xoxo Naih


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