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História Love Autopsy (Frerard) - Franklin?


Escrita por: jennysantarita

Notas do Autor


Quem quiser, acho que ouvir "In The Dark, BMTH" vai dar outro sentimento a esse capitulo. Boa leitura, beijinhos!

Capítulo 3 - Franklin?


- Franklin! Vem aqui, para de arrumar confusão!

Um garoto magro e alto, usando óculos, aparece de repente em meio a toda confusão, puxando e abraçando Frankie pelo pescoço, levando um Iero confuso pra dentro da escola em meio a aglomeração de curiosos querendo ver uma briga. Deixando Gerard parado e rindo sem entender muito bem o que havia acabado de acontecer.

As pessoas começam a se dissipar e logo o pátio se encontra vazio, ao que todos os alunos vão para suas respectivas salas de aula assistir a terceira e última aula do dia. Gerard mastiga um lápis, totalmente distraído encarando a janela no meio da aula de ciências ao que Ray cutuca seu ombro esquerdo, já que estavam sentados lado a lado.

- Presta atenção, Gee! Daqui a pouco o professor te faz a terceira pergunta sem resposta, onde você está?

- Não sei, Ray. Foi mal… Só estava pensando.

“Pensando em alguém que acabara de conhecer, e se sentindo estranho para caralho.” Gerard finaliza a frase em seus pensamentos, ao que o sinal toca, fazendo com que a turma de aproximadamente 40 alunos se levante e comece a sair, deixando um professor perdido e falando sozinho sobre uma lição de casa qualquer.

Gerard se despede de Ray e começa a caminhar entre as vielas vazias e sombreadas por muitas árvores, em direção a sua casa. Os olhos sempre viajando entre as ruas a sua frente enquanto as mãos permaneciam em seus bolsos. A maioria dos alunos tomava o ônibus, mas Gerard valorizava sua solidão, um pouco de paz era sempre bom, e eram somente vinte minutos de caminhada, não poderia fazer mal.

-

Frankie ainda estava surpreso com aquele garoto que não conhecia. Desde o momento em que havia sido puxado por ele para dentro da sala de aula, não haviam trocado uma palavra sequer, o garoto parecia mesmo um nerd, nem piscava enquanto copiava as palavras do quadro negro para o caderno. Ao soar do sinal Frankie se levanta e vai diretamente até ele, que curiosamente era o único que não havia levantado e continuava fazendo anotações.

- Meu nome não é Franklin, é Frank.

O sorriso do garoto sentado a sua frente se virou para Frankie, junto com seu olhar ao que ele ajeita seus óculos para observar melhor.

- Desculpa, Frank! Eu sou Mike, só vi que você estava em uma situação ruim e quis fazer alguma coisa… Fiz mal?

- Não, não! – Frank toca um dos ombros de Mike gentilmente, sorrindo pela primeira vez naquele dia terrível. – Muito obrigado! De verdade.

- Não por isso, cara! Um refri na saída e ta tudo certo.

- Refri?! Não pode ser uma cerveja?

Parecia que finalmente Iero havia feito um amigo, afinal. Ao que Mike terminara suas anotações, os dois saem caminhando lado a lado, conversando sobre as bandas que ambos gostavam, o que gostavam de ler, sobre as letras de Frankie e os desenhos de Mike. E quando percebem chegam a frente da praia.

- Bom, Iero, tenho que confessar uma coisa!

- Lá vem…

Os dois riem.

- É que vim caminhando com você porque a conversa estava boa, mas passei da minha casa fazem dez minutos e não posso passar muito mais.

- Porra, Way. Vai logo pra casa!

Um aperto de mão, seguido por um abraço apertado separa os dois mais novos amigos, que vão cada um para um lado. Sem demorar muito para que o celular de Frankie soasse um alarme, sinalizando uma mensagem de Mike.

“Fogueira hoje, na praia, 20h!”

Parece que Frankie ia finalmente conhecer pessoas legais… Ou não.

-

Ao que Gerard finalmente chega em casa, uma casa branca e até mesmo bonita, como as que aparecem em filmes, ele respira fundo antes de abrir a porta da frente. O que ele e seu irmão enfrentavam todos os dias não era fácil, uma mãe depressiva a mais de 5 anos devido a morte de ser pai. Já estava estressado, pois Bert, esse Bert mesmo, com quem Gerard havia ficado algumas vezes, havia cercado ele no meio do caminho para questionar sobre ele ter defendido Iero mais cedo. Claro que Gerard ficou puto, quem Bert pensava que era? Eles só haviam ficado algumas vezes, e não tinha nada demais em defender alguém que estava com problemas, apesar de não ser do feitio dele.

- Oi, mama.

Way se direciona a mulher loira, magra e coberta com um cobertor preto que estava deitada no sofá assistindo um programa de culinária qualquer.

- Ei, baby. Como foi o dia?

- Tudo bem, vou deitar um pouco!

Ele se despede dando um beijo na testa da mãe antes de subir as escadas para seu quarto, ouvindo sua voz longínqua.

- Tudo bem! Coma antes de ir trabalhar, ok?

Way fazia um trabalho de meio período em um posto de gasolina, era a única renda da família de três pessoas que dependia do filho mais velho. Gerard jamais permitiria que o irmão trabalhasse, ele precisava que pelo menos uma pessoa naquela casa fosse feliz, e queria muito ver o irmão chegando até o seu sonho de ser desenhista de algum HQ famoso.

Chegando em seu quarto, coberto por posteres de diversas bandas, ele se senta na cama, pegando o fone e plugando em seu violão elétrico. E então começa a tocar e cantar “In The Dark, do BMTH” sem entender muito bem o porque de não conseguir tirar um rosto da mente… Aquele rosto.

-

Chegando em casa, Iero se senta para almoçar com seu pai, que ainda estava uniformizado – provavelmente comeria e sairia para o trabalho novamente. Ambos não falavam muito, somente sobre o dia na escola de Frank, que mentiu dizendo ter sido perfeito. O pai não dizia nada sobre o trabalho e carregava sempre o mesmo semblante sério. Desde que sua mãe desaparecera misteriosamente, eram somente os dois, e o mesmo clima fúnebre.

Sem explicar muito, o Iero mais novo pede licença para se levantar e vai até seu quarto como sempre para escrever. As paredes brancas eram marcadas pelas estrelas azuis que a mãe de Frankie havia feito a mão quando ele era mais novo, e ele carregava em todos os novos quartos que ficava. E então Frankie liga o celular, dando play na última música que havia escutado, “In The Dark – BMTH”, escutando enquanto novamente viajava em suas letras, escrevendo algo novo e melhorando o que já havia escrito antes. Sem entender muito bem o porque de estar pensando tanto em alguém… Alguém que mal conhecia. 


Notas Finais


Como vocês perceberam eu gosto de ir devagar.. Porque quero que vocês sintam os personagens, ok?
Qualquer comentário para que eu melhore em algo será bem vindo, ok? Obrigada por lerem!


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