EMILY'S P.O.V.
Fim de tarde, o sol se alinhava ao horizonte pintando o céu com um laranja incróvel. Cheguei na marinha de Miami e esperei até as luzes se apagarem pra desder da lancha. Cobri o rosto com um pano preto qualquer e saí andando pela orla da cidade de veraneio dos bons americanos. Avistei o restaurante Red Lobster e pensei: "Por que não fazer uma graninha?".
Entrei como uma cliente qualquer, comi tudo que tinha direito e pedi para embalarem aquilo que nao cabia. Assim que as caixas de "quentinha" chegaram, anunciei o assalto bem sucedido que terminou com alguns mortos - que ameaçaram ligar para a polícia -, algumas senhoras ricas e frescas desmaiadas e outros deitados no chão morrendo de medo dos miólos estourarem com uma das minhas balas. Roubei uns três iPhones 7, U$500.000 dólares, relógios femininos de marca e duas pequenas bolsas de couro. Guardei tudo na minha mochila de costas e saí como quem não fez nada. Tratei de invadir uma pequena casa que aparentava estar vazia e tomei um banho rápido, vesti um short de couro preto e um cropped da mesma cor; calçei uma bota com salto baixo para caso precisasse correr e voltei para a minha rota até Atlanta.
Depois de andar alguns quarteirões sentindo o que é realmente estar livre, avistei uma buate que parecia começar a encher. Escondi minhas coisas numa lata de lixo que se encontrava num beco ao lado e fui até o segurança, a quem tive que pagar uma boa grana pra que me deixasse entrar sem que este soubesse o meu nome.
O som alto invadiu por completo os meus ouvidos me fazendo sentir o meu corpo tremer de uma forma extraordinária. Mulheres dançavam em alguns pole dances e recebiam granas pretas de uns caras nojentos. Fui no bar e pedi uma bebita fraca: é melhor que eu esteja sã a todo o momento. Flagrei algumas pessoas me olhando com espanto, outras ficando pálidas e outras fofocando sobre a minha "volta".
- Relaxa, gato! Eu não ressucitei - sussurrei pra um cara que me olhava pálido, o mesmo engoliu a seco quando ouviu a minha voz.
Parece que virei uma lenda.
Decidi ganhar uma graninha e subi num pole dance vazio, arriscando alguns movimentos ainda que com a perna machucada. Meus olhos se chocaram com um par de olhos verdes que logo se aproximou de mim junto com a sua... namorada?! Assistiram o meu show e atraíram olhares curiosos e mais grana. A música parou de tocar e resolvi ir para a pista de dança.
Meu corpo estava suado, meu cabelo grudava em minhas costas, a dança estava realmente muito boa até que eu vejo os mesmos olhos verdes na minha direção, caminhei em sua direção e ele sorriu de canto.
- Posso? - pergunto para sua suposta namorada e ela ergue a mão me dando liberdade. Ele olha nos meus olhos e me puxa pelo cós do short, o que me faz arrancar-lhe um beijo sincronizado e necessitado. Ouvi a risada safada da mulher que o acompanhava e ela logo se juntou a nós.
Quando dei por mim, estávamos os três num quarto tendo a nossa diversão noturna, mas, queridos olhos verdes, eu só quero o seu carro! Tiro a sua calça enquanto o estimulo, pego a chave da Ferrari sem que ele perceba e continuo fazendo o meu "trabalho" ainda vestida. A namoradinha toma partido da situação e essa é a minha deixa; ainda tenho uma curiosidade sobre esse lugar.
CAITLIN'S P.O.V.
Eram 23:49, eu estava viajando na beira da piscina, sinto uma presença e dou uma conferida vendo Justin vir na minha direção. Ele se senta ao meu lado e sorri.
- Tudo bem? - ele pergunta
- Não - digo - estou com medo pela Emily, mas não quero ir lá amanhã. Vamos ter certeza de tudo, por favor Justin! - digo desesperada
- Cait, eu não posso deixar ela lá!
- E se ela não estiver lá?
- Quem era aquela pessoa que vocês estavam ajudando? - meu corpo gelou com essa pergunta
- Eu não sei - digo baixo
- O que? - ele pergunta
- Eu não sei... ainda. -digo dando ênfase na última palavra - é isso que eu quero saber, Jus!
- Como ela iria embora da ilha?
- Eu não sei... - abaixo a cabeça - me dê três dias, por favor! - imploro e ele respira fundo assentindo. O abraço forte como agradecimento e saio da piscina indo em direção ao quarto de Chaz. Dou três batidas na porta e ele logo me manda entrar
- Fala, gatinha!
- É o que, Chaz? - pergunto rindo - conseguiu alguma coisa?
- Estou tentando quebrar mais um dos códigos dele, mas não consigo. Já foram cinco etapas, talvez eu tenha mais doze para entrar definitivamente. - diz e eu assinto
- Você tem três dias - digo simples e ele arregala os olhos
- Como você conseguiu isso?
- Conversei com o Justin e deu tudo certo. Se em três dias a gente não descobrir nada, ele ataca. - Chaz assente e ficamos lá tentando decifrar alguns códigos.
EMILY'S P.O.V.
Saí do quarto os trancando lá dentro e corri até um dos garçons e o puxei
- Senhora, eu... - ele tenta negar e eu rio
- Relaxa - digo - só quero uma informação
- Não sei se posso te ajudar
- Você vai me ajudar se não quiser morrer - digo simples pondo a mão na cintura e ele assente - quem é o dono daqui?
- Justin Bieber - ele diz e eu rio
- Ele está aqui? - pergunto e ele nega - tem pelo menos algum superior aqui?
- Não sei, Senhora - ele diz com medo
- Me leve para o andar onde o seu chefe fica - peço e ele engole a seco e me guia até o último andar. - Preciso de tinta
- Molho de tomate serve? - ele pergunta e eu assinto, ele sai e logo volta com a minha diversão.
Começo a escrever na enorme parede que fica na frente da porta da sala do Justin.
"Estou bem e viva. Se eu não chegar até você, me prometa que nunca vai esquecer que eu sempre te amei, Bieber. Eu posso te ver, Criminal!" - E.
Sorrio satisfeita, era uma menságem grande, com letras grandes, numa parede grande.
-Você é... - o cara se pronuncia - Emily Walker? - Ele parece começar a ficar pálido e sorrio o olhando
- Avisa ao seu chefe que eu dei uma passadinha por aqui. - pisco pra ele e corro em direção à saída de emergência, pego minhas coisas no lixo e pego a maravilhosa Ferrari que agora era toda minha.
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