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História ILY - Imagine Jeon Jungkook - Epilogue


Escrita por: Koorea e Taerii

Notas do Autor


♥ Não está revisado!
♥ Boa leitura

Capítulo 18 - Epilogue


 Quarto dia

(Parte dois – final)

 

- O que quer, exatamente? – o velho de capuz preto sentado de frente para o rapaz o perguntou.

- Eu quero ter uma vida boa, o senhor entende? Eu quero ter dinheiro. Muito dinheiro – acrescentou- O bastante para ter tudo o que eu quiser.

- Mas seu pai deu-lhe um caminho para o sucesso...

- Aquilo?! Eu nunca alcançarei nada se continuar fazendo isso. Eu não quero passar minha vida trabalhando feito um condenado, eu nunca terei nada vendendo aqueles trapos! – disse, emburrando-se e cruzando os braços.

O velho olhou por um tempo para o rapaz e apenas depois pronunciou-se:

- Temos uma proposta para você – o homem retirou do bolso uma pequena faca.

- Eu aceito qualquer coisa – o garoto respondeu.

- Nós daremos tudo o que quiser e em troca, nos entregará sua alma e de sua família.

- como é?- falou um tanto pasmo- Por que é preciso envolver minha família? Apenas a minha alma não é necessária?

- Às vezes, para obter aquilo que mais quer, é preciso sacrificar aquilo que mais ama.

- Minha família não tem nada a ver com o que eu quero, não têm nada a ver com isso.

- Essa é a proposta – colocou a faca na frente do rapaz, e organizou as velas na mesa, que ficaram no formato de uma estrela - Esse é o único preço. Cá entre nós, não é tão alto para alguém que terá tudo – o garoto parecia querer desistir- Lembre-se de todas as vezes que você foi humilhado e jogado fora; julgado por tudo aquilo que não tinha, até pela própria família, esta que você tanto guarda. Com isso você poderá mostrar que todos eles estavam errados...

Ele parecia pensar bastante enquanto olhava para todo aquele lugar escuro e para aquela mesa.

- Você terá tudo – repetiu de forma lenta, com a intenção de convencer.

O rapaz suspirou, pegou a faca entre as mãos e a observou.

- Eu aceito - disse para o velho estranho à sua frente.

- Sabe o que deve ser feito.

- O rapaz pegou a faca e a posicionou no meio de sua mão direita, as velas acenderam-se sozinhas, o mesmo apertou com força a faca, cortando-o profundamente; ato que fez o rapaz gritar de dor. O velho segurou sua mão e posicionou-a em cima da vela, para que o sangue corrente caísse e apagasse sua chama, enquanto recitava algumas palavras.

...

- Eu preciso de mais tempo!

- Não! O seu prazo acabou! Você pediu quatro dias, já te demos isso e nada!

- Não, vocês desonraram o trato! Vieram busca-la de manhã, eu disse que a...

- Qual o direito que tem?! não pode nos cobrar nada! Você nos deve muito!

- Devo o que?! Me enganaram e retiraram tudo o que eu possuía!

- Não retiramos nada, você nos ofereceu!

- Tiraram a minha vida!

- E ainda não foi o suficiente, você nos deve mais!

- Mais uma?! Enquanto permaneci em espírito aqui, ao longo de todo esse tempo, matei várias pessoas, entreguei várias vidas a vocês, como não foi o suficiente?!

- Não importa quantas vidas vai ter que tirar, pode matar milhares, mas enquanto não nos estregar a garota, sempre estará nos devendo!

- Por que ela?! Podem ter qualquer outra pessoa, mas por que insistem nela?!

- O mesmo pacto feito com você foi feito com ela.

- Ela era uma criança, não sabia de nada!

- E mesmo assim a usou! Se quiser ficar livre de tudo o que nos deve, você tem até a meia noite de hoje para nos entrega-la! – Ordenou a voz.

- Eu não vou entrega-la! - ousou confrontá-los de forma debochada.

- Se não entregar, nós viremos busca-la e vamos garantir que ela tenha a pior de todas as mortes. E será em sua frente.

Ele calou-se por um momento, não queria que ela morresse assim, muito menos por causa dele. De novo ele sentiu o mesmo arrependimento de quando estava vivo e em seu real corpo.

- Tudo bem... eu só... preciso de mais tempo, não posso mata-la assim. 

- Não importa quando ou como pode mata-la, teve dezenove anos, não vai ter mais tempo! Se não mata-la hoje, garantiremos que você e a garota queimem no inferno por toda a eternidade.

As sombras sumiram novamente, e Jeon soube que não tinha acordo nenhum;

Só tinha uma coisa a fazer para se livrar daquilo;

E ele iria fazer.

 

 

O celular de Park Jimin nunca tocava às dez e meia da manhã, mas naquele sábado estava se tornando irritante.

- O que foi agora?! – disse ele, num tom de voz um pouco estressado.

- Jimin, sou eu, S/n...

- Ah, Sn. Me desculpe, achei que fosse outra pessoa.

- tudo bem... estou ligando porque preciso de sua ajuda.

- Umas coisas estranhas vêm acontecendo comigo ultimamente e eu não tenho como lidar sozinha. Não mais.

- Hm, coisas estranhas – repetiu- tipo as coisas que aconteceram aquele dia?

- Sim, como o que aconteceu. Você... você pode me ajudar?

- Depende... vai me contar a verdade? – ele falou num tom um tanto provocativo. Desde a última vez que viu s/n, Park sabia que ela sabia de algo, mas não sabia o porquê dela nunca contar.

A garota suspirou pesadamente do outro lado da linha.

- Vou. Eu prometo.

- Mas realmente vai ser a verdade ou você vai continuar dizendo que não sabe, mesmo sabendo que eu te conheço bem e já sei que sabe de algo?

- Eu vou te contar tudo... só... me encontra logo.

- Certo. Pode ser em um parque? Aquele, próximo a uma loja de porcelanatos, na rua Collins?

- O quê?! Jimin, aquele parque é esquisito, rodeado por mata e não tem um pé de pessoa lá...

– Se vai me contar sobre aquelas coisas, não acha melhor que não haja ninguém escutando? – ela ficou em silêncio – O que foi? Está com medo? – ele perguntou, cortando o silêncio um tanto chato da amiga.

- Eu não tenho medo de mais nada. Será apenas nós dois, certo?

- Apenas nós dois – repetiu, afirmando.

- Que seja. Eu vou.

- Quer que eu vá te buscar?

- Não precisa, de onde eu estou consigo chegar lá em dez minutos.

- Certo, acho que chego em quinze... ou talvez em menos.

- Tudo bem, até. – ela desligou.

Após ter a chamada desligada, Jimin discou outro contato e ligou, sendo rapidamente atendido pela outra pessoa.

- Você tinha razão, ela me ligou, vamos nos encontrar em alguns minutos – respondia- que retorno você iria me dar?! ... E então?! ... Olha, eu realmente não tenho nada a ver com isso e nem quero me envolver com essas coisas... não, eu não vou te ajudar, eu só vou lá, vou conversar com ela e...

Jimin respirou fundo

- Ah é? Me diz como... será mesmo que sei?... Entendi, então como eu posso “ajudar”? ...  o quê?! Onde fica isso?... dá umas duas horas  de viagem, tá maluco? ... tá, tá, tá! Eu vou!

 

 

- Deve ser aqui...  – a garota observou o local esquisito à sua frente.

Era amedrontador todo aquele silêncio e quietude embora estivesse em plena luz do dia.

Ela sentou-se na grama e ali pôs-se a pensar em como falaria as coisas para Jimin.

 

-S/n? – era a voz dele.

- Jimin? O-oi... – ele sentou-se ao lado dela- por que você escolheu esse lugar estranho?

- Por que eu queria ficar a sós com você.

- Hm...

- Por que não me contou, s/n?

- Contei o quê?

- Que sabia quem tinha matado a minha mãe...

- Como?

- você sabia e me escondeu. Sabe o que isso me faz pensar?

- Jimin, eu fiquei tão surpresa quanto...

- Que a culpa é sua. – ele finalmente a olhou nos olhos, seu olhar era escuro e frio.

- Não, não! A culpa não é minha, ele, ele tentou me matar também, e eu não sabia, quando eu o invoquei, ou sei lá o quê, eu não sabia o quão ruim ele...

- Ah, então... ele tentou matar você, mesmo você tendo o invocado?

- Sim, eu não sabia que...

- Então a culpa é bem mais sua! – ele agarrou o pescoço dela com uma rapidez absurda e começou a enforca-la. Ela tentava fazer com que ele parasse, mas ele era bem mais forte que ela.

- Você vai sofrer tudo o que eu sofri esses anos inteiros! – ele mantinha um sorriso sádico nos lábios, algo que ela nunca tinha visto antes.

- j-jim-in

...

- Ei!

Ela abriu os olhos e viu Jimin de pé, parecendo impaciente e com as duas mãos na cintura. A luz que começava  a invadir sua vista estava sendo desconfortante.

- Aleluia! – ele disse- pensei que não iria levantar mais.

- Mas o quê? Eu... você... – ela olhava ao redor.

- Você tá bem? – abaixou-se ao lado dela tocando um pouco seu rosto.

- Eu acho que estou...

- Faz exatamente uma hora que estou aqui tentando te acordar. Está tão cansada a ponto de dormir na grama?

- Eu, é estou um pouco cansada.

- Você realmente não parece bem... você  comeu alguma coisa antes de sair de casa, ao menos?  - Ela balançou a cabeça negativamente. – Vamos, eu vou te levar pra comer algo.

- Não, eu não quero.

- S/n, está quase na hora do almoço de qualquer forma. Venha – ele segurou o braço dela, impulsionando-a para se levantar.

- Não. Eu não quero nada! Só... só senta aí, preciso de ajuda.

- Aish.

- Por favor, Jimin. Só me deixa falar... você não quer saber?!

O loiro sentou ao lado dela na grama.

- Sim, eu quero – ele disse.

- É muito estranho, por favor, não pense que eu sou louca.

- Eu não sei se algo pode ser pior que aquilo, s/n.

Ela parou um pouco, por um momento pensou no sonho que tivera antes de Jimin chegar e notou que realmente deveria medir as palavras, embora ele merecesse saber.

- Há oito anos eu encontrei uma coisa na floresta... Não era boa, sabe? Me deixei levar pela ingenuidade e imaginei que pudesse fazer um amigo, só que com o temo, ele foi se mostrando estranho... maldoso, falava coisas que eu não entendia e só soube o quão sujas eram quando cresci... Era um espírito... Um espírito ruim que por algum motivo não saía do meu lado...

- Mas você se mudou...

- Quando eu fui embora, eu deixei no meu quarto um pequeno aviso dizendo exatamente para onde ia, e achei eu ele fosse atrás de mim. Mas ele não foi... Não imediatamente... pelo menos eu achava... há alguns anos atrás nos encontramos e nos perdemos de novo. Mas recentemente ele me encontrou, nós nos aproximamos como amigos de faculdade eu não o reconhecia, sinceramente. O que eu falei sobre troca de corpos na floresta, foi relacionado às mudanças de aparência dele durante esses anos... pessoas sem nexo nenhum, nada parecia, entende?

- Então está me dizendo que o garoto do carro esportivo é apenas um “receptor”? Ele recebe as coisas no corpo dele?

- É...

- E como isso é de verdade?

- Eu não faço ideia... O “garoto do carro esportivo” se chama Jungkook... Ele disse que... O espírito disse que roubou o corpo dele porque me chamaria mais atenção.

- E ele estava certo? – ela o olhou.

- Nós ficamos juntos desde a noite do meu aniversário.  Eu gosto dele...

- Dele quem?

- Do espírito, ou do Jungkook, sei lá... 

- E em quê exatamente quer a minha ajuda?

- Na verdade nem eu sei... Ele tentou me matar hoje de manhã... falou algo sobre o tempo ter acabado e tentou...

- Então realmente...

- O que disse?

- Ele já te machucou outras vezes, né?

- Eu não tenho certeza...

- Não minta.

- Eu não tenho certeza se foi real... mas sim. Ele já me machucou – Jimin pareceu pensar – o que foi?

- Eu acho que sei como resolver...

- Sabe? Oi?

- S/n, eu já sabia disso, tá? Eu só queria ouvir de você... Já sabia disso... isso é uma lenda... sobre pessoas amaldiçoadas.

- Oi? Como você sabe?!

- Eu procurei saber, tá? Você acha que eu ia ver tudo aquilo e iria ficar de braços cruzados esperando sua boa vontade de explicar?! Você tá sendo vítima de um tipo de “jogo”, a alma do garoto que está no corpo do Jungkook está amaldiçoada porque tem uma dívida. Para se livrar disso, ele tem que entregar a alma de outra pessoa, alguém que tenha pureza de coração.

- Então você tá dizendo que... tudo o que eu tive com ele...

- Eu não tô dizendo que você realmente pode morrer... A gente tem que parar isso...

- Parar?! Matando ele?! Jimin, não...

- Ei, calma... Você confia em mim? – ela não respondeu- eu perguntei se confia em mim!? – segurou a face dela, fazendo que que a mesma o olhasse profundamente e visse que ele estava sendo sincero.

- Sim, eu confio!

- Então vem comigo.

- Onde?!

- Vem comigo, você vai ver.

- Não, só se você me disser onde.

- Você vai ver, inferno, vem! – a puxou pelo braço, caminhando até o carro.

Ela estava apreensiva, mas mesmo assim foi. Não sabia bem o que estava fazendo.

 

 

Estava quase escurecendo, o lugar para onde estavam indo era longe e deserto, S/n lembrou-se de sentir medo várias vezes apenas por olhar a janela do carro.  Ela literalmente não sabia para onde estava indo e o que estava indo fazer, só estava apenas confiando.

 

- Vai ficar tudo bem.

- Pra onde estamos indo?

- Acho que podemos nos resolver com o tal espírito.

Ele já chegava perto do galpão, e estava estacionando o carro.

- Por que aqui? Como vamos...

- relaxa. – O carro finalmente parou e ambos desceram – é aqui...

Ela observava o lugar.

- A gente tem que entrar, vem...

Ela caminhava lentamente pelo local, observando cada canto e tentando imaginar o que se passava na cabeça do amigo.

- Jimin... – ela parou um pouco antes à entrada. Ele virou-se. – essas flores... são iguais a...

- Eu sei...

As flores que continham na frente eram idênticas à flor que Jungkook dera a ela quando pequena.

- O que está acontecendo?!  Ei! – Correu para frente do amigo, querendo explicações.

Ambos já se encontravam abrigados no galpão quase nada iluminado.

- Trouxe você aqui para se encontrar com ele... Precisam resolver... Ele machucou você e outras pessoas, S/n... Não vai parar porque o que ele faz é necessário. Eu tinha que te trazer aqui...

- Tá... eu entendo sua preocupação... mas por que aqui?! Ele estava na minha casa... poderíamos... sei lá, resolver lá...

- Tem que ser aqui! – falou um pouco mais alto.

- Tudo bem... tudo bem... – encolheu-se- Mas a gente vai ter que atrair ele até aqui...

- É? – Jimin tinha cara de tédio.

- Você precisa ter a intenção de me machucar.

Jimin ficou com um grande ??? na testa.

- Se eu apenas o chamar, ele não vai aparecer porque está com medo de me machucar... mas se você fizer algo comigo... ele... ele vai aparecer.

- Eu não tenho intenção nenhuma de machucar você, s/n... Acredita em mim, ele vai aparecer. Foi por isso que eu segui essa ideia maluca.

- Ideia maluca? Não foi sua a ideia de estar aqui?!

- Não, não foi. Eu não descobri esse lugar no nada, me pediram para te trazer aqui e eu só fiz porque agora eu sei que é verdade.

- Jimin... quem pediu pra me trazer aqui?- o loiro a olhou e depois olhou para trás dela.

- Ele – apontou para algo atrás dela.

A garota se virou e deu de cara com aquele o qual ela havia passado a noite: Jungkook.

Agora era ela que estava confusa.

Como assim Jimin e Jungkook?

Não era Jungkook que não confiava em Jimin?! Não era Jimin que não sabia do que estava acontecendo?!  

- Não fique assim – Jungkook falou- Ele me procurou e eu o contei tudo.

Ela virou-se para o loiro.

- Me disse que tinha procurado saber!

- e eu procurei! – respondeu- Na noite em que eu te deixei em casa depois de toda aquela loucura, eu sabia que ele iria atrás de você... Eu só esperei e quando ele saiu... eu questionei.

Ela olhou de volta para Jungkook, como se o perguntasse se era mesmo verdade.

O moreno respirou fundo e abaixou a cabeça.

- Então já sabia de tudo? -  perguntou à Jimin e o loiro concordou- Então... por que chegou me questionando e...

- Queria saber se tudo o que Jungkook falou era mesmo verdade. 

- Eu pedi a ajuda dele, e o pedi que a trouxesse aqui, precisava conversar com você... preciso te contar o que eu sou e porquê me aproximei de você – Jungkook se pronunciou.

- então... é verdade? Se aproximou de mim apenas para me matar e se livrar de uma dívida?

- Jimin... – falou baixo com o loiro...

- Tô saindo...

- Não esqueça... – Jungkook ditou.

- Claro que não... – puxou a bolsa da garota.

- Ei! – ela virou-se para tentar pegar, ato falho.

- Deixe com ele.

- Mas aí dentro está a...

- A flor – o moreno completou - Ele vai ficar com ela... sei que não conseguirá... então vou poupá-la de fazer isso – Jogou um pequeno isqueiro para o loiro, junto com o livro, aquele que continha todas as respostas.

- Você tá pensando em... Jungkook... não! – os olhos da garota encheram-se de lágrimas.

- Calma... vamos conversar antes – jimin afastou-se um pouco dos dois, mas não saiu do galpão.

- Jungkook, eu... eu não posso ficar sem você – ela tentou abraça-lo mas ele impediu.

- S/n... Esse tempo todo eu usei você... você e outras pessoas , apenas para que pagassem por algo que eu fiz... Eu estou cansado disso, cansado de matar pessoas que não são responsáveis pelo meu erro e... cansado de usar alguém que amo.

- Eu não me sinto usada por você... Pelo contrário... Por pior que fosse comigo, eu me sentia protegida... me sentia amada.

- Não era real... Não era... Eu te enganei a vida inteira.

- Mas você gosta de mim...

- Sim, eu amo você... Meu amor, eu amo você... e me perdoe por descobrir tarde demais – aproximou seus rostos; Também estava sendo difícil para ele- Mas por minha causa você pode morrer... e eu não posso deixar isso acontecer!

- Deve ter outro jeito...  A gente tem o livro... deve ter uma forma de livrar você...

- Não, não, não! – gritou- Ou eu vou e pago pelos meus erros sozinho ou eu mando alguém que não tem nada a ver e me livro... não pode ser assim! E do quê vai adiantar ficar livre mas não te ter? 

- Eu... Eu vou com você! Não tem problema... me leve Junto! – O abraçou.

- Ei...- a soltou- A gente nunca vai ficar junto lá!

- Se for, eu... eu farei de tudo pra trazer você de volta!

- Nunca pense nisso... Quando eu for, você nunca mais vai me encontrar novamente. Então nunca tente abrir isso novamente, você me entende?!

- Eu amo você...

- Não... você ama o Jungkook...

- Não, eu amo você!

- Não diga isso, não pode amar alguém que só mentiu...

- Para de dizer isso! Caramba, eu... eu sei que eu amo você!

- Você ama esse cara –apontou para si mesmo- é ele quem você ama, é ele quem beijou e tocou você... Não eu... eu só tô no corpo dele... mas não sou eu quem você ama...

- Como pode me dizer algo assim?! – ela chorava muito; Se fosse perguntada, ela não se lembraria da última vez que chorou assim por alguém.

- Não se preocupe, eu vou sozinho... vou deixar ele com você, eu prometo que você vai ser muito feliz meu amor...

- Eu quero você, Jungkook.

- Você vai me ter... Agora de verdade... Não precisa me esquecer – ele finalmente retribuiu o abraço dela e encostou sua face na dela- eu também amo muito você, mas tenho que ir.

- Mais cedo, o que foi aquilo?

- Eu havia pedido um prazo às sombras... eu queria fazer você acabar com tudo por si só... Mas não consegui... Eles vieram te buscar porque hoje é o último dia, eu os convenci a esperar... mas eles podem vir antes se souberem o que estou fazendo. Por isso preciso fazer isso logo.

Então, num gesto rápido, S/n o beijou, quente e apressado. Um beijo desejado, mostrando o quanto o queria e ele retribuiu no mesmo nível.

Eles realmente se amavam.

Quando separaram-se, ela notou que ele também chorava.

Com certeza não há coisa pior do que deixar alguém que você ama.

Porém, é mais fácil deixar aquele que você ama ir embora, do que vê-lo sofrer.

- Você também não vai me esquecer, vai?

- Nunca – alisou a face dela – Mas como eu disse, vou deixa-lo com você, para que nunca fique sozinha.

- Ela não ia ficar sozinha – Jimin aproximou-se novamente – ela sabe que pode contar comigo. 

- Claro que sabe – Jeon respondeu, sorriu minimamente – Tudo bem se for agora?

Ela correu e o abraçou mais uma vez.

Ele se afastou, Jimin colocou o livro e a flor em cima deste, no chão.

Jungkook espalhou velas no mesmo formato que fizeram com ele para que entrasse naquela droga de ritual.

Jimin acendeu o isqueiro, acendeu vela por vela e for fim, jogou- o por cima das flores e do livro.

A chama pegou rapidamente e subiu de forma intensa.

Um barulho ensurdecedor pôde ser ouvido.

De repente, era como se diversas pessoas estivessem sendo queimadas.

- Afasta! – Jimin gritou, empurrando a garota, caindo no chão junto dela.

A chama começou a se alastrar, mesmo sem nada que pudesse fazê-la se espalhar. Subiu até o teto do galpão fechado, quase que formando um tipo de barreira.

- Vem! A gente tem que sair daqui! – Jimin levantou-se rapidamente, abismado com aquilo que via. A garota estava paralisada no chão, pensando em como minutos atrás estava, aparentemente, tudo tranquilo.  

- S/n, vem! – puxou-a.

- Espera... o Jungkook!

- Ele já saiu, vem!

- Não esse! O verdadeiro Jungkook! A gente tem que tirar ele daqui.

- Tá... vai saindo, eu vou tentar pegar ele!

- Não, vou ajudar você!

- Então, vem!

 O garoto estava do outro lado da chama, era possível vê-lo um pouco; Parecia fraco.

Jimin usou a jaqueta que usava para amenizar o fogaréu de uma parte, a garota conseguiu passar, e abaixou-se perto do rapaz.

Ele estava acordado, e tossia muito devido à fumaça, ou quem sabe,sabe devido à libertação. Ele tinha aquela aparência inocente, e agora, com seus olhos abertos, ele passava ainda mais aquela visão.

Aquela que a garota teve quando o viu desacordado no carro a primeira vez.

- Ele tá bem?

- Parece fraco...

- Jimin o levantou e passou um dos braços dele ao redor do garoto, para erguê-lo, s/n fez o mesmo e ambos saíram o mais rápido que podiam.

Quando chegaram próximos ao carro, ouviram sirenes. Jimin observou que o relógio de pulso do moreno estava quebrado, provavelmente teria acionado como um “possível acidente”. 

Os três abaixaram-se no gramado ali a frente, exaustos.

- O-obrigado...– O moreno disse ofegante.

- Nada...  – Jimin respondeu.

- Que lugar é esse? Quem são vocês? – ele perguntou, variando o olhar entre o loiro e a garota.

- Você não sabe quem somos nós? – s/n questionou.

- Eu me lembro de vocês... mas não sei quem são... – ele parou e olhou intensamente para ela,  provavelmente lembrava de algumas coisas, mas não sabia explicar como tinha essas memórias.

- Eu me chamo Park Jimin. Sou empresário, prazer.

- Eu me chamo S/n. Sou estudante.

- E você? – Jimin perguntou.

- Eu me chamo Jeon  Jungkook. Proprietário da J.Palace.

 O seu “coelhinho” havia mesmo ido embora, mas ele tinha razão, ela sentia coisas fortes pelo garoto, por mais que não fosse o seu “amor de infância”.

O real Jungkook era ainda mais belo e encantador.

- Então... como eu vim parar aqui com vocês? – perguntou, quebrando o silêncio.

 

 

Três meses depois

 

Eles haviam seguido seu caminho.

Ambos se separaram àquela noite.

No dia seguinte, Jimin precisou viajar urgentemente a trabalho.

Na noite no acontecimento, os pais de Jeon Jungkook apareceram no local levando-o embora, nem se preocuparam em agradecer quem havia ajudado o filho. Só queriam tirá-lo daquele lugar.

S/n seguiu sua vida, a tia voltou de viagem e elas puderam curtir juntas o aniversário e ela finalmente havia concluído a escola. A tia de s/n abrira um escritório e a garota estava estagiando lá, enquanto esperava uma vaga numa faculdade.

Eram três da tarde quando ela chegava em casa, depois de um longo tempo de trabalho, quando um carro preto parou em frente a sua casa.

Quando o motorista desceu, ela pôde saber quem era.

- Oi... Você é  S/n, não é?

- Sim, sou eu...

- Você lembra de mim?

- Jeon Jungkook.

Como poderia esquecer? - Ela queria ter dito.

- Faz um tempo que eu estou te procurando... você se escondeu bem... – riu

- Por que está me procurando?

- Eu não sei... Quer dizer... Eu tenho memórias com você, memórias muito intensas.  E eu... embora não te conheça e nem faça ideia de como nos encontramos nem quando tivemos esses momentos juntos... Eu sinto que gosto de você. De verdade.

Ela apenas paralisou.

- Se você sentir o mesmo por mim... Será que você poderia me dar uma chance?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Eu acho que postei literalmente no horário da bangbangcon KKKKKKKKKK
Estou insegura quanto ao último cap, então me digam o que acharam.
Amanhã eu falarei sobre a conversa que quero ter com vocês.
BJ♥


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