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História Love is a Sin (Taekook) - Help


Escrita por: Peper_KTZ

Notas do Autor


Tradução do título: Ajuda

Boa leitura e perdoem qualquer erro 😊

Capítulo 3 - Help


Fanfic / Fanfiction Love is a Sin (Taekook) - Help

Taehyung P.O.V

1:50 

 Wednesday, 18, March


Ouvi o barulho da maldita porta se abrindo novamente, mas não fiz questão de me certificar de quem era. 

Desde que caí no mundo humano, estou fraco demais e não consegui fazer muita coisa para impedir de me pegarem. 

Como se não bastasse eu estar machucado da recente batalha com meu pai e com as asas presas, aqueles sedativos não ajudaram em nada, me tirando todas as chances que eu tinha de manter minha dignidade e lutar, mostrando do que eu realmente sou capaz. 

Quando atingi o chão quando cheguei, o impacto me fez apagar, e acordei com um humano estúpido mechendo nas minhas asas. Aquilo me deu um pouco de força para levantar e enfrentar, mas estava fraco e cambaleei para o lado uma vez. Na segunda tentativa não tive tempo e me seguraram. 

A única coisa que consegui fazer foi me debater, mas nem isso durou, porque enfiaram uma agulha em mim e colocaram sedativo no meu sangue. Não foi o suficiente para me apagar, mas bastou para me deixar ainda mais mole.

Então eu comecei a escutar alguém gritar.

- Parem, por favor! -

De começo achei que era minha mente me pregando peça por causa do sedativo, mas ouvi de novo e foi ficando cada vez mais alto. Não vi quem era, mas estava perto e era uma voz masculina.

- Parem! Vão machucá-lo ainda mais! - começaram a me arrastar e tentei procurar quem estava gritando e que parecia ser a única pessoa sensata ali. 

E o achei. 

Era um garoto. 

Devia ser pouca coisa mais baixo do que eu. Os cabelos negros e ondulados chegavam até pouco abaixo de suas orelhas, cheias de brincos e pircings por sinal. Apesar das roupas descoladas e largas demais para seu corpo, não escondiam que ele era forte. Pele leitosa que me fizeram querer tocá-la para sentir se era macia, lábios pequenos e acerejados, mandíbula delineada e maçãs do rosto bonitas.

Mas o que me chamou mais atenção foram os olhos. 

Grandes, se comparados com os da maioria. As íris tão escuras que não dava para distingui-las das pupilas. 

E eram gentis.

Ele estava irritado, assustado, mas isso não escondeu o brilho em seu olhar. Um brilho tão grande que seria capaz de iluminar até o mais escuro dos lugares. Bom, gentil.

Eram olhos que me fizeram querer chegar mais perto. Observá-los por quanto tempo fosse, só para saber se eram reais, se eu não estava imaginando coisas. Olhos que me fizeram querer ficar cego daquele brilho.

Eram lindos... Ele era lindo...

Quem era ele?

O garoto percebeu que eu o vi e parou um pouco de se debater, e retribuiu meu olhar. Então as portas se fecharam, me fizeram querer matar quem teve a ousadia de cometer o pecado de quebrar esse olhar. 

E eu não vi mais nada. 

Agora cá estou eu, o Príncipe do Inferno, preso e quase desmaiando de dor novamente.

Não tenho ideia do que fizeram comigo antes, mas quando acordei já estava nesta sala e preso, com a dor nas costas e tronco muito pior do que me lembro. 

Tenho certeza de que tentaram fazer algo com as minhas asas, e eu juro, vou eu mesmo levar essas pessoas para a pior parte do Inferno. 

Minha cabeça está latejando e estou um pouco zonzo, e prefiro ignorar quem quer que seja a pessoa que está aqui. 

Isso até ouvir em alto e bom som aquela voz. 

- Olá...

Levanto a cabeça para olhá-lo, e aqueles olhos estavam na minha frente, tão brilhantes quanto antes.

A princípio fico surpreso em vê-lo. Não esperava que ele viesse até aqui.

"O que ele quer?"

O garoto dá mais alguns passos na minha direção e começa a falar sem parar, dizendo que iria me tirar daqui.

"O quê? Por que ele faria isso?" . 

Começo a desconfiar das suas intenções, sabendo o quanto humanos podem ser imprevisíveis, e ele começa a me analisar. Em seguida se afasta e passa a procurar algo que não tenho ideia do que seja. 

Percebo que ele achou o que procurava e se volta para mim, se aproximando demais para a minha própria segurança. 

Alerta com a aproximação rápida, lhe lanço um olhar de aviso e ameaça. 

Não estou no meu melhor estado. Se tentassem fazer algo comigo, eu não teria como impedir. Estou fraco demais.

Vejo que o garoto engole em seco e me explica o que faria antes de voltar a se mexer. 

Ele solta primeiro meus tornozelos e joelhos e sinto meu joelho esquerdo falhar, mas tento disfarçar e me recomponho. Depois solta meus braços e tronco. Percebo que ele demora um pouco mais atrás, mas solta minhas asas e eu sinto muito alívio com o aperto sumindo, tanto que é impossível segurar um suspiro. 

E por último, o vejo subir na plataforma que me mantinha em pé e se aproximar ainda mais, tão perto que sinto seu cheiro, e se não fosse pela situação, ficaria admirando o cheiro gostoso que chega até mim.

Solta meus pulsos e eu quase perco o equilíbrio depois de horas sem colocar meu peso nas pernas. No entanto, por puro instinto de sobrevivência, o empurro na parede, ignorando a dor em meu corpo. O vejo ficar desnorteado por uns segundos, mas assim que me vê aproximando fica ainda mais assustado. Eu imagino como minha aparência deve estar.

Agarro seu pescoço sem muita força e olho em seus olhos.  

- Quem é você? - rosno para o garoto, mas ele não responde. 

Chego mais perto de seu rosto, aumentando a força do aperto, e pergunto de novo, ainda mais baixo.

- Quem é você e o que quer? - 

- J-jungkook, Je-jeon Jungkook - me responde baixo, arquejando. Arqueio uma sobrancelha, e ele continua. - Eu só quero te ajudar, eu prometo. - responde ainda baixo, a voz falhando um pouco por conta do aperto em seu pescoço. 

Seu olhar era sincero o suficiente para me fazer lhe soltar.

Assisto o garoto se apoiar nos joelhos, tossindo, e tentar normalizar sua respiração descompassada. Se endireita, massageando o pescoço agora avermelhado, e me olha. 

"Corajoso" 

- Eu preciso te tirar daqui, e rápido. Se meu irmão voltar, vai te prender de novo e vai te machucar mais ainda, só para te estudar. - ofega apressado. - Eu não posso te obrigar a vir comigo, mas sei que está com dor, e assim que perceberem que você sumiu, vão mandar tropas atrás de você, e não vai ser legal se te acharem de novo, pelo menos não enquanto você estiver nesse estado. - 

Eu tenho que reconhecer que ele está certo. Se me achassem de novo, eu não iria conseguir me defender, não enquanto não estiver recuperado. 

- Eu só quero te ajudar. - diz, olhando nos meus olhos.

Já notei que ele é sincero no que fala, então decido dar um voto de confiança. Tem algo em seu olhar que passa a sensação de segurança, mas não consigo adivinhar o que seja. Ele tem uma energia cuidadosa... talvez aconchegante? 

Suspiro e concordo com a cabeça.

Reconheço que preciso de ajuda agora, e até o momento esse garoto é o único voluntário. Ou vou com ele, ou nada. Ou confio nele, ou passo mais só Hades sabe quanto tempo aqui.

Não tenho muita escolha.

- Tudo bem, eu vou contigo. - seus ombros relaxam com o alívio, mas eu continuo. - Mas se tentar qualquer coisa contra mim, corto sua garganta tão rápido que não vai nem perceber e levo sua alma para o Inferno. - ameaço, semicerrando os olhos em sua direção, e vejo ele engolir em seco e concordar freneticamente com a cabeça. 

- Tá, ok - ele olha em volta e começa a falar rápido. - Então vamos, não sei quanto tempo ainda temos. - vejo ele seguir em direção à porta e tento segui-lo, mas no meu segundo passo, cambaleio, zonzo por causa da dor, e tenho que me apoiar na parede para não cair. 

O garoto vem em minha direção apressado e preocupado, e pergunta se pode me ajudar. Digo que sim e ele passa meu braço por seu ombro e segura na minha cintura. Chegamos perto da porta e ele murmura: 

- Então vamos lá -

Quando chegamos perto da porta, Jungkook solta meu braço, pega um cartão e saímos. Ele confere se não tem ninguém e seguimos até o final do corredor.

Está escuro, mas eu consigo enxergar, e o corredor está vazio, fazendo com que nossos passos ecoem, as correntes em minhas asas só piorando tudo.

Caminhamos por um tempo até chegarmos em uma escada, que foi mais difícil de subir, tanto pela dor que eu sinto quanto pelo barulho que não podíamos fazer. 

Depois chegamos em um lugar aberto, que eu imagino ser a central do laboratório, e o garoto olha para os lados, conferindo se o caminho está livre de outras pessoas.

Até que eu percebo ele encarar um ponto no teto por um momento e sua feição se torna preocupada. Sigo seu olhar e encontro uma pequena máquina apontada para nós. 

"Como é o nome disso mesmo? Vigiador?", tento lembrar o nome do aparelho. "Câmera. Câmera de segurança."

Lembro para que isso serve. Vai denunciar nossa posição e provavelmente vai entregar quem está me ajudando, o que pode dificultar as coisas. Então eu faço com que todas parem de funcionar e apago o registro das últimas doze horas. 

"Deve bastar"

Jungkook não percebe que eu fiz algo e continua andando, sem nunca me soltar. Graças a Hades não encontramos ninguém no caminho. 

Paramos em uma porta e ele pega aquele cartão de novo, a abre e saímos. 

Noto que estamos na parte de fora do laboratório, em um estacionamento. Está um breu aqui fora, e muito frio, pelo menos para mim que não sou acostumado com temperaturas baixas.

Jungkook não parece se incomodar com a temperatura. Continua andando e nos guia até um carro.

- Você consegue entrar? - o garoto pergunta para mim, abrindo a porta do passageiro. 

Não tenho certeza se consigo, isso vai doer, mas vou ter que tentar. 

- Sim - respondo sem muita confiança, e ele não parece muito convencido, mas me ajuda a entrar. 

Coloco só metade do corpo antes de uma pontada forte se espalhando pela espinha me fazer grunhir de dor. Minhas costas doem, muito mais do que consigo esconder.

"O que infernos tem nas minhas costas?"

- Tudo bem? - Jungkook pergunta, alerta. 

- Sim - arfo.

- Não parece. O que houve? - ele insiste e eu suspiro. 

- Estou com dor, mas não é nada que possa ser resolvido agora. Vamos de uma vez. - ele concorda ainda relutante, e eu entro totalmente no carro, me ajeitando no meio. Tento fechar as asas para não ficar tão apertado, mas isso só envia ondas de dor pelo meu corpo e tenho que segurar um outro grunhido.

Ele fecha a porta e o assisto ir para o banco do motorista. Liga o carro e vamos para a estrada.

...

Se passaram alguns minutos que estávamos no carro. Eu não sabia para onde ele estava nos levando. 

- Para onde vamos? - pergunto, olhando para Jungkook. Ele me olha pelo retrovisor brevemente e demora um pouco para me responder, pensativo.

- Não sei bem. Já devem ter dado sua falta, então não é uma boa ideia ficar na cidade, pelo menos por enquanto. - ele murmura. - Jongin vai desconfiar que eu tenho a ver com seu sumiço, então vai procurar pelos lugares que ele sabe que eu frequento. - fica em silêncio por um tempo. 

- Acho que vou nos levar para a minha cabana. Fica nos arredores de Busan, e ninguém sabe dela além de mim. Podemos ficar lá até as coisas se acalmarem um pouco. - ele termina e eu concordo com a cabeça.

- Quem é Jongin? - pergunto.

- Meu irmão mais velho adotivo. Foi ele quem te pegou. - me explica.

- Adotivo? -

- Perdi meus pais com três anos em um acidente de carro em Busan, e quando eu fiz quatro a família Kim me adotou. Tem os meus pais, só que eles estão na Europa, o Kim Jongin e Kim Seokjin; ele é o mais velho de nós três. Jongin é cientista. - 

- Não parece gostar muito do seu irmão - murmuro e ele me olha brevemente pelo retrovisor.

- É porque não gosto. Jongin é só mais um babaca sem noção que acha que está acima de tudo e todos. Não é uma pessoa muito boa de se manter por perto. - ele suspira. 

- Tens quantos anos? - pergunto. 

- Vinte e três, faço vinte e quatro em primeiro de setembro. - diz. - E você? - devolve a pergunta meio receoso. 

- Quer mesmo saber? - pergunto com uma sobrancelha arqueada.

- Sim, eu acho - 

- 4526 anos. - respondo simples. 

- O quê?! - o garoto praticamente grita, por pouco não perdendo o controle do carro, de olhos arregalados e boca aberta. - Ok, 4526, óbvio, por que não, não é mesmo? - fala mais para si mesmo do que para mim, parecendo em pânico. - Você é... imortal? - me questiona, ainda de olhos arregalados.

- Nada nem ninguém é imortal. Eu só não envelheço, a menos que eu queria. - digo, olhando para a janela da direita. 

- Nossa - ele respira fundo. E continua dirigindo. Mais silêncio. 

- Eu... Eu ainda não sei o seu nome. - observa.

- Aqui me chamo Kim Taehyung. Parece que é mais fácil para vocês humanos me chamarem assim. -

- Kim Taehyung - ele repete sussurrando, mas eu escuto. 

- Vai demorar muito para chegarmos? - pergunto, sentindo uma dor absurda nas costas.

- Algumas horas. Cinco no máximo, três no mínimo. Vai depender do trânsito. - responde. - Você está com fome ou sede? - pergunta. 

- Com sede. - ele quase imediatamente começa a procurar algo em sua mochila. 

- Aqui - me entrega uma garrafinha de água.

- Obrigado - aceito e bebo até a metade. 

- Vamos demorar um pouco até o posto mais próximo, mas quando chegarmos compro alguma coisa para comer. - 

...

2:43


Canso de olhar a vista pela janela, então começo a analisar o carro. 

Pego o caderno que está do meu lado direito e começo a olhá-lo só por curiosidade. É um caderno de desenhos, muito bonitos por sinal. Há desenhos de paisagens e outros aleatórios, mas o mais recente me surpreende. 

Sou eu no lugar onde caí. Deve ser como o garoto me viu. 

Sou só eu. Ele não retratou as outras pessoas ou carros. Foi feito em preto e branco e está bem detalhado. Na minha humilde opinião, é o mais bonito.

- Esse caderno é seu? - pergunto só para ver sua reação. 

Jungkook me olha confuso e eu ergo o caderno para que veja do que estou falando. Quando ele vê, percebo que fica um pouco corado. 

- Ah... É... É sim. - responde sem jeito. 

"Adorável"

- São muito bonitos, desenha muito bem. - digo com sinceridade. 

- Obrigado - ele diz baixinho e ainda mais envergonhado. 

O garoto fica me olhando de segundo em segundo pelo retrovisor. Solto um riso soprado.

- Estás com medo de mim? - pergunto, contendo um sorriso e com uma sobrancelha arqueada. 

- Medo, não - 

- Seja sincero -  

- Não estou com medo de você. - ele insiste - Mas não vou negar que você me intimida. - confessa um pouco mais baixo.

Um sorriso de canto cresce em meus lábios. Seu olhar foge do retrovisor e volta para a estrada.

Um riso nasalado escapa de mim.

...

Eu estava distraído com a música que tocava, quando Jungkook para o carro e tira o cinto. Vejo que estamos no posto que ele citou.

- Eu vou colocar o carro para abastecer e vou naquela lanchonete ali na frente. - ele aponta - Você quer alguma coisa em específico? - pergunta.

- Não, o que você pegar está bom. - digo e ele concorda com a cabeça.

Ele sai do carro, pega uma mangueira e deixa o carro abastecendo. Depois de tudo, vai em direção à lanchonete e em alguns minutos volta com duas sacolas nas mãos. 

Entra no carro, coloca tudo no banco do carona, liga o carro novamente e volta para a estrada. Me entrega uma das sacolas e eu agradeço. 

- É hambúrguer e suco de laranja. - ele diz.

- Obrigado. - 

- Disponha - ele fala com um sorrisinho fechado. Pega o seu lanche e começa a comer também, usando apenas uma mão.

- Eu... posso te fazer uma pergunta? Duas na verdade. - me pergunta, receoso.

- Faça, mas dependendo da pergunta, não vou responder. - aviso. 

- Certo - ele respira fundo. - Quem é você e de onde vem? - pergunta devagar. 

Sem pressa de respondê-lo, termino de comer o último pedaço do lanche, tomo um gole do suco e penso no que dizer, suspirando com o gosto da comida. Não tem muito disso lá no Inferno.

- Sobre a primeira pergunta, eu sou o Príncipe do Inferno. - ele arregala os olhos, mas continua quieto. - Sobre a segunda... Bom, tu já deves ter percebido que vim do Inferno. Existem muitas coisas sobre o universo que vocês, humanos, não sabem. E, sinceramente... vai levar tempo demais para te explicar tudo, para te explicar algo que talvez você não deva saber e talvez nem esteja preparado para saber. - suspiro, e Jungkook demora uns minutos para falar algo.

- E... - pigarreia - E como é... lá? - 

- Quente. E não é como vocês, humanos, idealizam. Tem sim fogo e demônios, mas apesar de tudo, até que é bem parecido com o seu mundo. Existem comércios, ruas, casas, mas é um pouco mais... assustador, digamos assim. - explico. 

- E essa coisa de pecado, tortura pela eternidade e tudo o mais? - pergunta intrigado, parecendo uma criança descobrindo algo novo. 

- Existem coisas que eu não posso te contar. Lá também há regras e leis, e acredite, as punições são muito piores do que as que tem aqui, mas sim, existem almas penosas. Não há gente "inocente" lá, é o Inferno. Também há tortura, só que não do jeito que acredito que você pensa. Mas também há as pessoas que já nascem no Inferno. -

- Tem crianças lá?! - se surpreende.

- Sim. Como eu disse, lá não é muito diferente daqui nessa questão. Há gestantes, bebês, crianças, adolescentes, adultos, e até alguns idosos. - respondo. 

- Uau - o garoto murmura. - E o Céu, Anjos e tal? Também existe? - pergunta de novo e eu acabo tendo que conter um riso de sua curiosidade.

- É, existe, mas eu nunca fui no Céu, então não me pergunte como é. - ele faz um beicinho decepcionado, que eu quase acabo não reparando. - Mas já conheci alguns Arcanjos. - solto e ele sorri animado para me ouvir falar. - São bonitos, pelo menos os que conheci eram, e iguais a vocês se não contar com as asas brancas. Mas parece que ninguém do Céu conhece diversão. São cheios de regras. Não pode isso, não pode aquilo... Acho que tudo é proibido. Não me admira ter tantos Anjos Caídos no Inferno por terem quebrado uma das regras. - comento, ele só prestando atenção. 

- Se você é o Príncipe do Inferno, então como chegou aqui? Ainda mais assim? - ele me pergunta devagar. 

- Problemas de família. E acredite, se eu estivesse em meu estado normal, ninguém teria tocado em mim quando me acharam sem perder a mão depois. - rosno. Jungkook entende que é assunto finalizado. 

Um barulho começa a tocar e vejo Jungkook pegar um celular. Ele olha a tela e faz algo para que o barulho pare. Deve ser alguém que ele conhece o ligando. 

- Por que estás me ajudando? - pergunto, olhando para ele.

- Porque, você sendo um estranho ou não, também sente dor, e eu não aguentei ficar parado sabendo que podiam te machucar ainda mais, sem ter a menor preocupação com o que aconteceria com você. - 

- Mesmo estando ciente de que eu poderia te machucar? - pergunto, impressionado com a resposta de Jungkook. 

- É, mesmo estando ciente. - responde, suspirando. 

- Tu és um humano um tanto estranho. - comento e ele solta um riso soprado.

- Isso é ruim? - pergunta.

- Não. - 

- Que bom, eu acho... - diz. - Mais algumas horas e já chegamos. - me fala passando a mão pelo cabelo. 

- Ok - 

Talvez, só talvez... passar um tempo no mundo humano não seja tão ruim.


Notas Finais


E aí? O que acharam?

Obrigado por ler ❤️💜
Até o próximo!


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