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História Love is Forever - Conversa definitiva


Escrita por: LisaGilbert

Notas do Autor


Oiiiiiêêê genteee!!!
Tudo bom?
Acho que o capítulo de hoje ficou pequeno e me desculpem caso ele tenha ficado mas ele está muito bom.
E sobre os comentários do capítulo anterior... Nossa gente, ninguém ficou com peninha do Thomas? kkkk
Como vocês são más. 😂😂

Boa Leitura *-*

Capítulo 6 - Conversa definitiva


Pov Sophie

- Thomas!

Me ajoelho ao seu lado para ver se ele estava respirando. Deito minha cabeça em seu peito e suspiro aliviada ao ver ouvir seu coração batendo, por mais que bem lentamente.

- Thomas? Fala comigo, por favor!

Lágrimas caíam pelo meu rosto se misturando com a chuva. Estava desesperada. Não tinha ideia do que fazer e vê-lo quase morto daquele jeito acabava comigo. Naquele momento não importava o que ele tinha dito pra mim, eu só queria o ver bem de novo.

Meu celular! 

Felizmente ele estava no bolso do meu vestido e eu tinha o número de um hospital para chamar a ambulância. Meus pais me fizeram anotar para o caso de qualquer emergência.

- Eu preciso de uma ambulância!

Dou todas as coordenadas do lugar onde estávamos e fico esperando pela ambulância daquele mesmo jeito, chorando ao lado de Thomas o vendo desmaiado no chão.

Quem poderia ter feito isso com ele? Ele só era um garoto e nem tinha dinheiro...

- Thomas... Não me deixa.

Não sei quanto tempo demorou para a ambulância chegar, só sei que para mim pareceu uma eternidade e eu queria que chegássemos logo ao hospital para Thomas ser atendido.

Os enfermeiros me deram um cobertor ao ver meu estado: encharcada, com o cabelo pingando tinta rosa. - Que havia saído quase tudo com a chuva.

Depois de incontáveis minutos, chegamos ao hospital onde levaram Thomas as pressas em uma maca para uma sala onde eu não pude ir junto e tive que ficar na sala de espera sozinha, totalmente aflita.

Eu sabia que ficar sozinha morrendo de preocupação com Thomas só iria me fazer mal, e nisso, lembro que tinha saído de casa no meio da chuva sem avisar ninguém. Deviam estar preocupados.

Decido ligar para o meu pai, tentando engolir o choro.

- Pai?

- Sophie, onde você está? Quando voltei pra sala cinco minutos depois, você e aquele garoto não estavam mais lá. - sua voz transmitia preocupação e solto um soluço, sem conseguir segurar - Querida, o que houve?

- E-Eu estou no hospital, Thomas sofreu um acidente. Pai, vem aqui por favor. Não quero ficar sozinha esperando por notícias dele.

- Acidente? Em que hospital você está? - dou o nome para ele - Fique calma, meu amor. Eu já estou indo.

E assim desligamos o celular.

Fecho meus olhos com força, apoiando a cabeça na parede.

Droga. Eu tinha que ligar para os pais dele contando o que tinha acontecido. Eles ficariam preocupados com essa demora do Thomas. Se é que não foi um dos dois que mandou aquela mensagem que o fez sair correndo da minha casa.

Thomas saiu correndo lá de casa e minutos depois eu o encontro caído e todo machucado em um beco... O que havia acontecido?

- Filha? 

Aquela voz familiar que eu tanto amava me faz abrir os olhos.

- Pai! 

Eu o abraço com força enquanto derramava lágrimas em seu ombro.

- So, me diz o que aconteceu. - ele pede

- Eu não sei. O Thomas saiu correndo lá de casa depois de receber uma mensagem no celular e derrubou um aviso de despejo no chão. Quando eu vi aquilo, fui correndo atrás dele e depois o encontrei todo machucado em um beco. Pai, eu tenho medo que ele não consiga sobreviver. A respiração dele estava muito fraca e...

- Shhh... Vai ficar tudo bem.

Ele fazia carinho em minha cabeça enquanto eu chorava e ia dizendo palavras de consolo para mim até que eu me acalmasse.

- E a mamãe? Ela não quis vir junto? - estranho

Mamãe era muito preocupada com qualquer coisa que acontecesse com eu e os meus irmãos e é estranho que ela não tenha vindo junto.

- Ela queria vir mas não tinha ninguém pra ficar com o Arthur.

- Ah. - e me lembro de algo - Pai? E aquela mulher, a Briana?

- Bianca. Sua mãe diz o nome dela errado mas acho que faz isso só pra provocar. - ele dá um pequeno riso

- Ela vai mesmo ficar morando com a gente?

- Por pouco tempo. Só até encontrar outro lugar para ficar.

- E eu espero que isso seja logo. Eu odeio ver você e a mamãe brigando. E se essa mulher mal chegou e já causou uma briga entre vocês...

- Pois é. A sua mãe não quer olhar na minha cara ainda mais depois de algumas coisas que eu falei sem pensar pra ela.

- E ela está com razão. Relembrar o passado com amigos até vai. Mas de sexo? E ainda com a esposa ali ao lado?

- Ei, onde aprendeu isso?

- Pai, eu tenho quase dezesseis anos. Não sou nenhuma criancinha.

- Mas é claro que é. Não quero que a minha menininha deixe de ser pura.

Pura? O que será que ele pode fazer se descobrir que eu não sou mais virgem? Ou pior, que eu perdi a minha virgindade com o Thomas?

Acho que eu nunca saberemos.

- Parentes de Thomas Jones?

- Aqui!

Me levanto na mesma hora que escuto a voz do médico.

- Ele passa bem no momento. Está com alguns hematomas no rosto e no abdômen e também deslocou o braço mas nada que devam se preocupar. Está fora de perigo.

- Eu posso vê-lo? - pergunto tentando não parecer muito desesperada

- Claro, mas só por alguns minutos. Ele precisa de descanso para melhorar.

- Sim! Eu só quero vê-lo nem que seja por poucos minutos.

- Então me siga.

Antes de ir, entrego meu celular a papai.

- Liga para os pais do Thomas para contar o que aconteceu? - peço

- Claro. Eu ligo.

Agradeço e sigo o médico.

Meu coração estava acelerado e eu não parava de pensar em como iria encontrar Thomas no quarto.

- É aqui.

O médico abre a porta para mim e eu entro.

Thomas dormia na maca. Seus olhos estavam inchados, tinha um ferimento nos lábios e eu agradeço pelo resto de seu corpo estar coberto porque acho que não aguentaria vê-lo todo machucado.

- Espero que fique bem logo.

Começo a fazer carinho em seu rosto delicadamente para não machuca-lo, me sentando ao seu lado, mas nisso, Thomas se move abrindo um pouco os olhos e sorrindo.

- So... Estou sonhando de novo?

Me coração acelera ao ouvi-lo falar meu apelido, que só ele e papai falavam, com tanto carinho que eu não via a muito tempo.

- Não. Eu estou aqui com você mesmo. - sorrio, acariciando seus cabelos

E então, os olhos de Thomas se arregalam e ele se move agitado na cama.

- Não! O que você faz aqui Sophie? Eles estão por aí!

- Calma Thomas. Não tem ninguém aqui. Estamos num hospital. Você está bem.

Ele vai parando de se mexer aos poucos ao ver que realmente estávamos no hospital. 

Respiro aliviada.

- O que foi que aconteceu com você? Alguns bandidos tentaram te assaltar?

- Ãn? Ah, foi sim. Mas quando viram que eu não tinha nada decidiram partir pra violência.  

Murmura sem me olhar.

- Esse mundo está terrível, não é mesmo? Qualquer coisa é motivo para agredir alguém.

- É...

- Mas e por que você saiu correndo da minha casa daquele jeito depois de receber uma mensagem?

- Ah, é que... Apareceu um lembrete de que eu precisava ir pra casa porque não avisei os meus pais que iria demorar para voltar.

- E você não podia ter ligado avisando que estava fazendo um trabalho na minha casa? - franzo as sobrancelhas

- Estava sem crédito. - ele nem me dá tempo de dizer outra coisa e continua - Como foi que eu cheguei aqui?

- Ah! Você saiu tão apressado com a mochila aberta que derrubou um papel no chão que me fez ir até você e te encontrar desacordado no chão. Eu então chamei uma ambulância e aqui estamos nós agora.

- Obrigado.

- Não precisa agradecer. Nunca te deixaria lá pra morrer. Mesmo magoada... Não suportaria te ver morto. - sou sincera

Eu e ele ficamos nos olhando intensamente. Só queria poder ler seus pensamentos para saber o que se passava na sua cabeça.

- Er... - ele coça a garganta, quebrando nosso olhar - Mas e você foi atrás de mim para me entregar um simples papel?

- Bom... Acontece que ele não era um simples papel. - respiro fundo antes de falar - Por que não me disse que estava sendo despejado da sua casa?

Thomas arregala os olhos surpreso. Aos poucos, ela vai passando e ele abaixa a cabeça.

- Não estamos mais nos falando, esqueceu?

- É claro que não mas antes de terminarmos você podia ter me falado que estava passando por problemas. Eu podia ajudar...

- Não queria te encher com meus problemas... - murmura

- E não tem nada que possa fazer para mudar isso?

- Não. Meus pais foram demitidos do trabalho por estarem "velhos demais", na concepção dos donos, e aí não conseguiram arranjar um trabalho que pagasse muito o que resultou em dívidas crescendo, a casa sendo hipotecada e agora o banco vai pegar ela da gente.

- Por isso você começou a trabalhar na lanchonete? - agora fazia sentido

- Sim. Estou tentando ajudar meus pais com o dinheiro para acharmos um lugar para viver antes que fiquemos sem teto.

Ficamos em silêncio por um tempo. Eu pensava em um modo de ajudar ele.

- Eu... Eu posso dar uma casa para vocês morarem e...

- Sophie eu não quero o seu dinheiro. Muito menos agora que não estamos mais juntos e estamos brigados. Se esqueceu de tudo o que eu disse pra você?

- Nunca esquecerei.

Murmuro.

- E isso é ótimo! Eu não quero você perto de mim então vê se me esquece e sai da minha vida porque eu não quero você nela.

Meus olhos se enchem de lágrimas e faço uma enorme força para não derrama-las mais uma vez por causa dele.

- Como você pode dizer essas coisas pra mim? Eu nunca signifiquei nada pra você? - minha voz saía falha

- Significou. - ele me olha intensamente - Mas agora eu só quero que você fiquei longe de mim. Será melhor e mais seguro para você.

- Tudo bem. Se é assim que você quer... - me levanto de sua cama - Não se preocupa que eu não vou mais incomodar você e nem me meter na sua vida. Ficarei o mais longe possível de você e se por acaso nos encontrarmos na escola ou em qualquer outro lugar, eu finjo que não nos conhecemos.

- Será melhor assim.

- Com certeza.

Eu dizia tudo aquilo com uma grande dor no coração. Aquilo era definitivo.

Me preparo para sair de quarto quando escuto seu chamado.

- Sophie!

- O que? - um pingo de esperança surge quando me viro para ele de novo

Thomas abre a boca como se fosse dizer algo importante, mas invés disso, diz:

- Adeus.

- Adeus.

Saio as pressas de seu quarto indo até onde meu pai estava.

- Sophie, o que aconteceu? O Thomas está bem?

Ele me abraça preocupado ao ver meu estado.

- Thomas está ótimo. Vamos embora pai.

Eu só queria ir embora...

- Mas o que aconteceu? - ele estava preocupado

- Nada. Nós dois só decidimos que não nos falaremos mais. Pai, por favor. Eu não quero falar sobre isso agora. Só quero ir pra casa.

Eu imploro. Vendo o meu estado, ele só me abraça enquanto íamos para a saída.

 

                                       ****

Pov Mônica

Eram dez horas da manhã e eu ainda estava enrolando na cama.

Odiava acordar cedo mas não tinha conseguido dormir direito sem o Cebola do meu lado. Fiquei morrendo de preocupação quando ele disse que Soph estava no hospital com Thomas. Pelo menos, o menino estava fora de perigo agora. Como alguém tem coragem de fazer algo assim com com um garoto como ele?

Desisto de tentar dormir e me levanto da cama com o máximo de cuidado para não acordar Arthur. Abro a porta do quarto mas tenho uma surpresa com o que encontro.

Cebola dormia em um colchão bem em frente a porta e abraçava o travesseiro como costumava me abraçar, gesto que me fez sorrir involuntariamente.

Passei a noite toda pensando onde ele iria dormir. Se dormiria em um dos quartos de hospedes, no sofá ou... Com ela.

Fui passar por ele bem desligada, mas nisso, acabo pisando no pé de Cebola, que solta um grito, acordando.

- Ai! Que droga Mônica! - ele geme de dor sem abrir os olhos - Isso é lá jeito de acordar alguém?

Iria me desculpar mas mudo de ideia no mesmo momento ao lembrar das coisas que ele me disse ontem a noite.

- Levanta e vai trabalhar seu preguiçoso. - falo antes de sair andando em direção a cozinha

Seu preguiçoso? Sério Mônica? Não tinha um xingamento melhor pra fazer não?

Reviro os olhos por estar falando comigo mesma e vou para a cozinha tomar um iogurte sendo logo seguida por um Cebola muito emburrado. 

- O meu pé ainda pé ainda tá doendo. - resmunga

- E eu com isso?

Bebo um gole do meu iogurte de garrafinha fazendo o possível para não jogar tudo ao ver Bianca entrando na cozinha com uma micro camisola azul rendada.

Essa mulher está pedindo pra morrer andando pela minha casa assim.

- Bom dia família! - ela dá um sorriso animado - O que nós vamos comer?

- Primeiramente, vamos repassar umas regras aqui da casa. - começo colocando a garrafinha na bancada - Primeira regra, nada de andar de micro camisola pela minha casa.

Fazia questão de frisar o minha.

- Ai, me desculpa. Eu nem notei que saí do quarto com essa camisola. Estava meio dormindo ainda quando saí.

Ela solta uma risada como se fosse uma coisa engraçada.

Saiu sem querer do quarto com essa camisola? Conta outra.

Ficaríamos em um silêncio irritante naquela cozinha se não fosse pelo toque do meu celular.

Era um número desconhecido.

- Alô?

- Oi Mônica. Aqui é o Alex. - diz - A Carmem me deu o seu número para te convidar para vir almoçar aqui no meu restaurante com o seu marido. Ela disse que não aceita um não como resposta.

Ele ri no final.

Almoçar no restaurante do Alex que era do Toni? 

Não sei se era uma boa ideia mas como era a louca da Carmem me pedindo eu não poderia recusar.

- Tudo bem. Que horas eu passo aí?

- Pode vir meio dia. Vou reservar seus lugares.

- Obrigada. Até logo. 

- Até.

Era estranho estar falando com alguém que tinha a voz e a cara do Toni. Será que ele iria infernizar para sempre a minha vida? Mesmo estando morto?

- Quem era? - Cebola me desperta de meus pensamentos

- Alex. - respondo - Ele nos convidou para ir almoçar lá no restaurante dele.

- Que ótimo! Eu estou indo me arrumar.

Bianca vai correndo para fora da cozinha. Por que a vadia estava se incluindo?

Sim, eu sei que o nome dela é Bianca e não Briana. Falo Briana só para irritar mesmo e também porque ela não merece que eu diga o nome dela certo.

- Não sabia que tinha o número do Alex.

Cebola tenta esconder mas eu noto no fundo um ciúme.

Ciúme é? Sou obrigada a rir.

- Não te devo satisfações da minha vida... Tosco.

E dizendo isso eu saio de lá para me arrumar.

Tinha ficado satisfeita com o ciúme causado nele mas ao mesmo tempo com um pouquinho de raiva. Ele acha mesmo que eu teria alguma coisa com algum homem sem ser ele? E ainda mais com um idêntico ao Toni?

Tosco!


Notas Finais


E então? Gostaram?
O que acharam do Thomas dizendo pra Soph ficar longe dele? :/
Ficaram com mais raiva do menino? kkkk
E do Cebola dormindo na porta do quarto da Mônica? ❤
O que acham que vai rolar nesse almoço no restaurante do Alex?
Sinto um cheirinho de confusão... kkkk

"Pura? O que será que ele pode fazer se descobrir que eu não sou mais virgem? Ou pior, que eu perdi a minha virgindade com o Thomas?
Acho que eu nunca saberei já que ele nunca irá saber." - Lembrem-se dessa frase. 😂😂

Comentem e até logo!

Beijinhos ;)


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