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História Love is not over - Novos ares...


Escrita por: Mika_Meekah

Notas do Autor


Nesta história, cada personagem possui função e atividades diferentes. A banda BTS em si não aparece como grupo musical, apenas os integrantes são retratados vivendo uma vida comum.

Capítulo 1 - Novos ares...


Ano de 2017.

Universitária do curso de história na cidade de Belém do Pará, Ana está prestes a se formar. Apaixonada por seus estudos e pela cultura asiática, decidiu com muita dificuldade que queria dedicar um ano inteiro de sua vida estudando a cultura de um dos seus países favoritos, a Coréia do Sul.

A vida de Ana sempre foi monótona, sua rotina sempre baseada no trajeto casa – estágio – faculdade – casa não a liberava para o descanso. Com a correria para a entrega do TCC do seu curso, os últimos meses de sua vida universitária se transformaram em um verdadeiro inferno.

Alguns meses se passaram e o inferno se transformou em um alívio quando tudo deu certo para que Ana pudesse se formar, e então o tão sonhado e esperado dia de vestir a beca chegou. Diante de seus pais, o mais recente orgulho da família estava entrando para a sociedade em busca de um objetivo na vida. Após toda a cerimônia da colação de grau e felicitações por sua graduação, Ana decidiu comunicar à família o quão havia aprendido em todo o período no qual esteve na universidade e que precisava de mais, que a jornada não terminava naquele instante. Como uma pessoa admiradora da cultura no mundo, queria aprender mais para que seus pais se orgulhassem por terem uma filha completamente feliz por seguir o caminho que sempre quis, então anunciou sua partida para o outro lado do mundo, onde moraria durante os próximos 365 dias. Chocados com a notícia que acabaram de receber da filha, não souberam como reagir e a única frase que Ana ouviu sair da boca de seu pai foi “O quê?".

A jovem enfrentou alguns dias de martírio e discussões com sua família sobre a decisão radical que tomara. Ana juntou todos os seu documentos e cartas vindas da Universidade Nacional de Seul e explicou tudo aos seus pais, que após muita conversa, decidiram dar a chance que sua filha tanto quis, não queriam vê-la triste por não ter ao menos tentado.

Com a documentação em dia e todos os detalhes resolvidos, faltando apenas uma semana para o grande dia, Ana fez suas malas e marcou uma despedida com seus amigos. A cada dia que passava, o friozinho na barriga aumentava e quando enfim o tão esperado dia do vôo chegou, o coração apertou e as lágrimas correram pelo rosto de Ana ao abraçar seus pais, afinal um longo ano distante da família a aguardava na outra extremidade do planeta.

Finalmente, bagagem despachada, fones de ouvido em mãos, Ana Paula acenou e mandou um beijo em direção aos seus pais e entrou em seguida na sala de embarque enxugando as ultimas lágrimas que escapavam de seus olhos. Apesar da tristeza e do aperto no peito, Ana sabia que tudo aquilo soprava em favor do seu crescimento como pessoa, então aos poucos o choro foi dando espaço a um sorriso em seus lábios.

Como esperado, uma hora após o check in devido a atrasos, Ana embarcou no avião. Foram longas horas de vôo e uma escala nos Estados Unidos ao som de Kpop em seus fones de ouvidos até o seu desembarque em terras coreanas.

Seu corpo exausto da cansativa viagem suplicava por um conforto sobre uma cama bem aconchegante. Após desembarcar e apanhar suas malas na esteira, Ana seguiu para o ponto de taxi onde embarcou em um dos carros disponíveis e destinou-se ao alojamento para estudantes estrangeiros. Admirando a paisagem da sua nova casa, Ana sentia o vento que soprava pela janela do carro em seu rosto, fazendo com que a sensação de boas vibrações tomassem conta de seus pensamentos.

Alguns minutos depois, o taxi estacionou em frente ao edifício onde Ana passaria a morar a partir daquele dia. Era um prédio bem simples, sem sofisticações, e o melhor de tudo, o apartamento ficava no primeiro andar. Com suas malas em mãos, a jovem subiu o único lance de degraus até a porta de sua nova moradia, e ao entrar, pôde reparar o quão o apartamento era pequeno, mas apesar do espaço “apertado”, o lugar era realmente confortável e aconchegante. Logo que adentrou o apartamento, Ana largou e começou a vasculhar cada cantinho do seu novo lar, e após sair do quarto, seguiu para a sala, onde deparou-se com uma pequena varanda. Sem esperar um segundo a mais, abriu a porta de vidro e respirou fundo pensando consigo mesma “A primavera está só começando!”.

O tempo voava e ela não queria perder nenhum segundo de sua estadia, então começou a limpar e organizar todos os seus pertences. Algumas horas depois, já de banho tomado, Ana finalmente conseguiu cair em sua cama. Sua vontade de sair para conhecer um pouco o bairro onde morará pelos próximos doze meses era grande, mas a vontade de cair em sono profundo pelas próximas doze horas era maior ainda, então assim o fez, afinal de contas Jet lag não faz bem à ninguém.

Ao amanhecer, Ana custou a levantar, o alarme do celular despertou, mas o conforto de sua cama a tragava cada vez mais para debaixo das cobertas, e assim foi dado o início da saga para despertar, que perpetuou por mais duas horas de sono. Finalmente, quando o Sol já brilhava iluminando seu rosto, Ana resolveu acordar. Estranhando a ausência do aroma do café que sua mãe preparava todas as manhãs, ela se deu conta de que a partir deste dia teria de lidar com a adaptação à sua nova vida morando sozinha sem ajuda de ninguém. Ainda sentada em sua cama, bocejou e coçou a cabeça bagunçando os cabelos, mas sentindo-se descansada, respirou fundo e saltou da cama. Calmamente, ela escolheu um vestido florido azul soltinho de alças finas, calçou um par de sandálias de alças finas brancas, apanhou sua bolsa e saiu para um passeio pelo bairro, afinal precisava conhecer melhor o local.

Percorrendo a rua que ficava de frente para o edifício do seu apartamento havia um parque, com o clima favorecendo a uma caminhada, Ana atravessou a rua e começou seu passeio, Era uma rua típica de bairro, que de certa forma lembrava um pouco sua terra natal, com pequenas lojas, o local era bem acolhedor e tinha de tudo por perto. Aproveitando que ainda não havia tomado café da manhã, a jovem resolveu parar para ter seu primeiro desjejum. Entre degustar pães, petiscos e até alguns doces, algo raro dela comer, Ana se satisfez e seguiu o caminho em direção ao parque. Em poucos minutos chegou à entrada, já deslumbrada com a beleza do pouco que viu do parque. Um lago não muito grande, mas que rendia uma ótima tarde de descanso; a sua volta uma vegetação variada entre árvores e arbustos floridos, o ambiente realmente transmitia tranquilidade. Algumas pessoas praticavam suas corridas, outras permaneciam apenas sentadas nos bancos observando a paisagem, outros lendo jornal, mas ao olhar ao redor, a garota percebeu ao longe uma pessoa à beira do lago movimentando-se e decidiu aproximar-se.

Em movimentos suaves e bem definidos, tratava-se de um jovem com cabelo liso e aparentemente descoloridos que estava a dançar de forma extrovertida e ousada. Sentindo-se atraída pelos movimentos, Ana sentou-se em um banco e começou a assistir. Um rosto jovial totalmente concentrado em cada centímetro dos movimentos que fazia, parecia viajar ao som em seus fones de ouvido. A leveza de seus passos e giros chamavam a atenção dos visitantes que passavam por ele, algumas crianças também se aproximaram e começaram a imitá-lo. Encantada, a jovem perdeu a noção do tempo e acabou assistindo toda a performance do garoto, que logo se envergonhou ao perceber que estava sendo assistido por tantas pessoas, que o aplaudiram. Sentindo-se sem jeito, ele levou a mão para trás da cabeça e desabou no gramado exausto.

Com sua gentileza, Ana não hesitou e logo correu para a primeira máquina de bebidas à alguns metros do local onde estava e comprou uma garrafa de água.

 

— Toma, você parece exausto! - Ana aproximou-se estendendo a mão entregando a garrafa ao garoto.

— Ahn? - O jovem dançarino abriu os olhos ao ouvir a voz da garota e sua sombra cobrindo seu rosto - Quem é você? - Ele se sentou pegando a garrafa da mão dela.

— Desculpe a minha ousadia, sou nova aqui e estava a passeio para conhecer o bairro até que o vi dançando. Me chamo Ana Paula, e você? - Ela sentou-se ao lado dele no gramado.

— Prazer, meu nome é Hoseok, mas todo mundo me chama de J-Hope, então pode me chamar assim também. - Ele sorriu e bebeu um gole da garrafa em seguida.

— Você dança bem! É profissional?

— Obrigado, mas não sou profissional, quem sabe um dia… Eu curso dança, então às vezes venho aqui praticar um pouco, gosto deste lugar ao ar livre, dançar me revigora. E você então está aqui somente a passeio? De onde veio?

— Sou do Brasil, cheguei ontem e estava tentando conhecer melhor a região, mas não vim a passeio, vou estudar aqui durante um ano. Aliás, peço para que seja paciente com o meu coreano, estudei um pouco o idioma antes de vir para cá, mas somente o suficiente para sobreviver aos meus estudos… - Ana sorriu sentindo-se sem graça.

— Brazillll!!! Que bacana! Não se preocupe! Você fala muito bem para quem chegou há apenas dois dias. Vamos fazer o seguinte, você tem celular? Me passe ele… - JHope estendeu a mão pedindo o aparelho.

Ana hesitou a princípio, afinal de contas tratava-se de um estranho.

— O que foi? Está achando que vou roubar seu celular? - Ele riu - Olha essa minha carinha de anjo! Tenho cara de quem apronta? - colocou as palmas das mãos no rosto e piscou os olhos rápida e repetidas vezes -  Vamos me entregue logo! - ele continuou rindo.

Rindo, mas desconfiada, Ana pegou o celular na bolsa e entregou a ele, que pegou e salvou seus dados na agenda dela e o devolveu à dona.

— Aqui, vê se não deleta! É só uma retribuição pela água! - O garoto acenou com a garrafa - Agora preciso , já estou atrasado pra aula! A gente se vê por aí!!- Ele levantou-se e caminhou apressadamente se distanciando.

Ana nem ao menos teve tempo para se manifestar, apenas acenou enquanto ele seguia em direção a saída do parque, então levantou-se e em seguida batendo em sua roupa para tirar qualquer vestígio de grama continuou sua caminhada. Mal deu os primeiros passos e ouviu o aviso de mensagem em seu celular, quando o olhou notou uma mensagem no nome de JHope que dizia:

 

“Olá! Gostei de te conhecer!

Me desculpe ter ido embora repentinamente.

Espero que goste bastante do meu país!

Se precisar de algo é só me chamar!”

 

— Que folgadooooo! Pegou meu contato sem nem perguntar! - Ana guardou o celular na bolsa e riu logo em seguida quando lembrou do rosto fofo que ele fez mais cedo.

 

Feliz com a descoberta do lugar e com a súbita amizade, Ana saiu do parque, passou no mercado mais próximo e retornou ao seu apartamento. Ao chegar em casa, organizou as compras e aproveitou para arrumar todos os seus documentos para levar à universidade onde iniciará suas aulas no dia seguinte.

Indignada com o tempo que voou, a jovem tomou um banho relaxante e se jogou na cama debaixo das cobertas, pegou o celular e acionou o Skype para conversar um pouco com sua família. A felicidade tomou conta da jovem quando seus pais atenderam a chamada e ela ouviu o primeiro “Bom dia” em plenas nove da noite, já que o fuso horário deixava a mente de seus pais confusas. Para uma primeira conversa, a ligação foi longa, várias coisas para contar, tudo era novidade para Ana, e após três horas matando um pouco da saudade que sentia de seus pais, a ligação foi encerrada e então caiu no sono.


Notas Finais


Muito obrigada aos leitores por dedicarem parte do seu tempo lendo a minha fic! Espero que estejam gostando! Até a próxima!


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