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História Love Keep Me Safe - Capítulo 13


Escrita por: ArielleHataki

Capítulo 13 - Capítulo 13


Fanfic / Fanfiction Love Keep Me Safe - Capítulo 13

    Junto meus lábios aos seus lentamente. Ninguém havia me beijado antes, logo, eu estava meio perdida ali, até que os lábios dele começaram a se mover abraçando os meus. Sigo com ele me guiando, a velocidade, os movimentos… Nosso beijo durou até alguém fazer barulho no corredor. Me distancio do caçador e o encaro, ele está me encarando tentando manter sua expressão imparcial, porém, consigo sentir ainda a surpresa em seus olhos.

    -Não vou pedir desculpas… Porque não me arrependo de ter feito isso… - digo quase que com um sussurro, me virando para me levantar logo em seguida, mas sinto a mão do caçador no meu braço.

    -Ei… - ele fala, mas para por um instante - Eu não fiquei bravo, tá bom?

    Apenas continuo o encarando meio tonta da bebida enquanto Daryl se senta na cama e consigo sentir sua respiração já que está bem próximo a mim.

    -Eu poderia levar isso pra frente… Mas não do jeito que você está… E não desse jeito - olha ao redor. -Acho melhor você ir dormir… - diz pigarreando logo.

Levanto-me da cama e sinto os olhos do caçador sobre mim. Caminho até o interruptor e apago o mesmo. Abaixo o MP3 até ser apenas um som de fundo e agora tocava uma música mais calma.

-Boa noite, Dixon… - murmuro sentindo as pálpebras pesarem.

-Boa noite, Grimes… - a voz do caçador ecoa no meu ouvido enquanto adormeço.

 

    

…………

 

    Acordo pensando que essa foi a primeira noite que sonhei com Daryl Dixon. E que sonho! Minha cabeça ainda gira e dói um pouquinho. Sento-me na cama e passo a mão pelo meu rosto. Olho para a cama vazia do outro lado do quarto e consigo desfazer o sorriso bobo que está em meu rosto. Corro para o banheiro para a higiene matinal, fico feliz de poder usar normalmente uma escova de dentes. 

    Visto apenas uma calça jeans preta e meus coturnos. Uma bela combinação com a Blusa escrita Metallica. Coloco a minha faca no cós da calça e cubro com a camisa, carrego meu MP3 no bolso e saio para o corredor.

    Chego na cozinha e vejo quase todos na mesa, Daryl e Shane ainda não haviam chegado.

T-Dog prepara algo que cheira muito bem.

-Você tá de ressaca? - Carl olha pra mim com semblante divertido. - A mamãe disse que estaria…

-A mamãe está certa! - sorrio olhando para minha mãe.

-A mamãe tem o hábito de estar serta. - diz servindo suco de laranja em um copo enquanto sento ao seu lado, entre ela e papai.

Noto Glen ao canto sendo amparado por Jacque já que parece que morreu e esqueceu de cair. A única coisa que sai da sua boca quando mamãe o entrega um analgésico é um gemido arrastado. Não posso evitar de sorrir ao ver isso.

T nos serve ovos (em pó) mexidos que estão uma delícia e todos o elogiam por ser bom na cozinha.

Alguns segundos sinto um incômodo e Shane aparece na cozinha sem olhar para ninguém. Me remexo desconfortável na cadeira e mamãe me olha preocupada, evito o contato visual com ela.

-Se sente tão mal quanto eu? - papai diz brincalhão.

-Pior... - Shane responde.

-O que aconteceu com o seu rosto? - T pergunta curioso olhando para o machucado cuja a autora tinha sido eu na noite passada.

-O que? Ah, deve ter sido enquanto eu dormia. - diz sentando-se na mesa e sinto seus olhos sobre mim que aperto minhas mãos na minha coxa com força tentando controlar aquele nervosismo que me havia invadido.

Agora sóbria, entendo a gravidade do que aconteceu.

Papai troca mais algumas palavras com Shane e vejo o Dr. chegando com seu jeito de sempre parecer estar escondendo alguma coisa, o mesmo começa a se servir e então vejo Daryl chegando. O mesmo me lança um curto olhar que nunca consigo desvendar. Muita coisa se passa pela minha cabeça, entre ele ter gostado do que aconteceu, ou odiado, ou até mesmo se arrependido amargamente do que aconteceu.

Terminamos o café e a pedido de Dale, o Dr. nos leva para o laboratório para entendermos melhor o que está acontecendo com o mundo. No caminho, sinto a presença de Daryl atrás de mim, até que o mesmo me ultrapassa encostando sua mão na minha brevemente, o que me faz tremer comigo mesma.

Enfim, chegamos ao grande salão onde as luzes se acenderam automaticamente. 

-Vi, passa o playback do IP19. - o Dr. ordena e Vi, a máquina obedece, mostrando a imagem do raio-X ou o que quer que aquilo seja de um crânio. Todos se posicionam em algum lugar da sala e eu vou para o lado de Daryl cruzando meus braços na frente do peito como ele mesmo estava fazendo. O homem riu pelo nariz e eu me mantive imparcial.

Era possível analisar cada detalhe do cérebro do indivíduo naquele telão. No início o cérebro estava completamente “vivo”, várias luzes, cujas as mesmas o Dr. explicou ser as memórias, sentimentos, experiências… Mas logo tudo se apagou. A pessoa tinha morrido.

Avançamos para algum tempo depois e algo estava acontecendo, uma pequena luz, um impulso mínimo de energia, não tão mais forte e nem potente quanto as luzes iniciais, se estendia apenas pela base do cérebro, ao contrário de antes que preenchiam o cérebro inteiro.

-Básicamente, isso os faz levantar e se movimentar. - o Dr. ensina.

-Mas eles não estão vivos... - papai toma a frente.

-Me diga você... - o cientista aponta para a tela e papai nega com a cabeça.

Impossível aquelas pequenas faíscas serem comparadas com aquele show de luzes. Aquelas coisas lá fora não estavam vivas, isso me fez relaxar mais.

Um segundo depois, pudemos observar algo atravessando o cérebro, que como confirmado, foi uma bala.

Questiono o que poderia ter sido o começo disso e o homem apenas lista intermináveis opções, desde vírus e fungos até macacos radioativos. Jacque até brinca sobre ser a ira de Deus, o que faz Daryl rir ao meu lado.

-Alguém deve saber de alguma coisa em algum lugar. - proponho.

-Existem outros não é? - é a vez de Carol falar. - Outras instalações.

-Podem haver outras como eu. - o cientista diz cabisbaixo, mas noto ceticismo em sua voz. - Eu não sei.

-Não sabe? Como pode você não saber? - papai se sobressalta.

-Tudo foi desligado... Comunicações, diretrizes... Eu estou sem notícias há quase um mês.

-Então não é só aqui. Não existe nada em nenhum lugar, não é? É o que você está dizendo? - a voz de Andrea sai mostrando o seu nervosismo que até agora estava controlado.

O Dr. Jenner não responde e um clima pesado se instaura na sala. Um misto de desespero com falta de esperança ao descobrirmos que poderíamos ser apenas nós. Vivendo ali, isolados, debaixo de não sei quantas toneladas de terra, no subsolo apertado e…

-Caramba, eu preciso encher a cara de novo... - digo sentindo a falta de ar se instaurar em mim.

-Dr. Jenner, eu sei que está sendo difícil pra você e eu odeio fazer mais uma pergunta, mas aquele relógio com contagem regressiva... O que acontece no zero? - Dale educadamente pergunta.

O cientista hesita um momento e então responde.

-Os geradores do porão irão ficar sem combustível.

-E depois? - pergunto com as batidas do coração querendo falhar, mas o homem não responde.

Papai toma a frente e pergunta:

-Vi, o que acontece quando a energia acabar?

-Quando a energia acabar, acontecerá a descontaminação geral da instalação. - a voz robótica soa pela sala fazendo meu coração disparar.

    Papai e os outros pareceram ainda não ter percebido o que estava acontecendo, mas o jeito como o Dr. Jennes falou, eu já pressentia que aquilo não acabaria nada bem.

    Ando para o meu quarto lentamente e Daryl me segue, entro e fecho a porta.

    Me ajoelho no chão começando a enfiar minhas roupas e o que eu julgo importante dentro da bolsa.

    -Mas que merda é essa agora? - Daryl fala andando de um lado para o outro se referindo ao que o cientista falara no laboratório.

    -Eu não sei… - digo com a voz falhando tentando respirar e sentindo minha garganta entalar falhando miseravelmente - mas coisa boa é que não é… - consigo terminar.

    -Ei, para… Olha pra mim… Respira, tá bom? - o caçador segura nas laterais do meu rosto e eu foco em seus olhos azuis sempre imparciais, sem demonstrar nenhum medo.

    Nesse momento, mamãe escancara a porta parando por um segundo. Daryl se afasta de mim mordendo os lábios como faz quando está nervoso.

    -Lori, a menina está tendo uma crise de pânico. - finalmente Daryl consegue cortar o clima que ficou ali.

    Mamãe toma a posição em que o caçador estava começa a me dar instruções de respiração. Quando eu era pequena, era muito ansiosa. Depois que comecei a fazer atividades para ocupar meu tempo, fui melhorando aos poucos, mas agora com tudo o que está acontecendo… Eu acredito que estou começando a perder o controle novamente. Ainda mais ali embaixo onde eu estava desesperadamente querendo ver alguma janela ou pelo menos sentir a luz do sol.

    Para piorar a situação, o ar-condicionado para. Mamãe coloca a mão na saída de ar balançando a cabeça negativamente.

    Daryl toma a frente ao ver o Dr. passar pelo corredor.

     -O que que tá pegando? Por que desligaram tudo? - diz com raiva.

    -O uso da energia foi priorizado… - o cientista responde brevemente.

    -O ar não é prioridade? E as luzes? -  escuto Dale que devia estar no corredor também perguntando.

    -Isso não cabe a mim, a zona cinco está se desligando.

    Após essas palavras, o caos se instaurou pelos corredores. Mamãe me puxa e encontramos Carl no corredor. Todos seguem o doutor até o laboratório. Recebemos a simples notícia de que iremos explodir em menos de vinte minutos.

    Nesse momento eu estou agindo no piloto automático. Todas as vozes, luzes e pessoas à minha volta estão borradas. A única coisa que me tirou daquele transe foi Carl me abraçando e escondendo seu rosto na minha barriga.

    Pude então perceber que papai implorava ao Dr. que abrisse as portas. Algumas pessoas choravam, outras andavam de um lado para o outro e Daryl como sempre partiu para a ignorância tentando quebrar a porta blindada com um machado. Em um segundo, a porta se abre e meus olhos se encontram com os dele que espera que eu me mova, colocando minha mochila nas costas e pegando Carl no colo e o segurando com força, corro em direção à saída.

    Subimos as escadas de emergência e eu não sei de onde tirei força para carregar Carl por cinco lances de escada, mas consegui. O pequeno chorava e gritava por mamãe e papai que estavam logo atrás de nós com o restante.

    Chegamos no saguão, porém as portas não abriam. Os homens começaram a tentar quebrar os vidros sem sucesso. Carol, que até então estava esperando abrirem a porta com Sophia ao lado se pronunciou:

    -Rick, tenho algo que pode te ajudar. - tira uma granada de sua mochila.

    “A granada do tanque de guerra!”, penso surpresa e um pingo de esperança surge em mim que abaixo protegendo Carl enquanto papai aciona a granada e vem correndo em nossa direção. No último instante, sinto um corpo sobre mim e pelo cheiro particular, reconheço ser Daryl. 

    A explosão é quase ensurdecedora, mas no momento só me foco em pegar Carl pela mão e correr para fora empunhando minha faca. Alguns zumbis se aproximavam então com um breve olhar, mamãe pega Carl e o leva para trás de nós, armados para se protegerem.

    Rapidamente conseguimos chegar nos nossos veículos e estamos prontos para ir embora, mas escuto papai dentro de um dos carros falando que vinha mais alguém. Sem perceber, Dale e Andrea haviam ficado para trás e no último instante conseguiram se proteger da enorme explosão que se seguiu em diante. Em um segundo, Daryl me puxou de cima de sua moto e me jogou no chão de barriga para baixo, deitando por cima de mim e me protegendo.

    O CCD se explodiu e seus pedaços voaram para todos os lados, estava destruído…

 



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