História Love or Sin? - Cinema

CLARY

Fiquei um tempo esperando Jace, eu estava na minha cama, deitada, olhando para o teto e pensando no tempo que passei com o Jace, foi tão bom, uma pena que tivemos que voltar para a casa. Interrompi meus pensamentos quando Jace havia voltado para o meu quarto, seus olhos estavam um pouco vermelhos, mas ele não estava chorando, talvez segurando o choro.

—O que aconteceu? —perguntei, levantando da cama e indo até ele.

—Clary, eu sinto muito por ter que te dizer isso mas, nós vamos ter que voltar para Idris —Jace falou de modo cabisbaixo, triste.

—Mas... Mas por que isso agora? —perguntei. Voltar para Idris é realmente a última coisa que eu quero, principalmente agora que o Jace está se recuperando pelo o que ele passou lá.

—É o julgamento do nosso pai. Olha princesa, eu sei que você não quer voltar, eu também não quero, mas não podemos fazer nada sobre isso, teremos que voltar, e olha pelo lado bom, talvez seja apenas um dia, talvez ele seja julgado como culpado e nós podemos voltar para cá, no mesmo dia! —Jace falou, tentando me animar.

—Eu não quero. Não quero! —falei, como uma criança de cinco anos fazendo escândalo no supermercado.

—Eu sei meu amor, mas não temos opção —Jace me abraçou e me deu um beijo na minha testa, eu fechei meu olhos.

—Quando vamos ir para Idris? —perguntei.

—Na quarta.

—A gente pelo menos pode convidar alguém para ir junto? Um amigo? Alguém?,. —perguntei.

—Não sei, mas eu posso falar com a nossa mãe. Certo?

—Certo! —falei, me apertando mais ainda no seu abraço. Nos olhamos e Jace começou um beijo, intenso, ele me beijava como se fosse o nosso último beijo.

Nos separamos rapidamente quando escutamos um barulho nas escadas. Apesar de ser mais confiante agora, ainda tenho medo de ser pega com o Jace.

ISABELLE

Quase três da tarde, eu estava mega nervosa. Claro que eu iria me atrasar um pouco, isso é inevitável.

Estava me olhando no espelho, minhas mãos estavam apoiadas na pia enquanto eu ficava me encarando.

O que eu diria para o Simon? Será que depois de tanto tempo ele iria acreditar em mim?

Eu tô muito nervosa, caramba.

Depois de ficar pronta e devidamente arrumada, olhei no meu relógio, faltam dez minutos para às três. Desci as escadas e pedi para Magnus me levar até a praça.

—Levo sim, vamos? —Ele perguntou, estava mais ansioso que eu.

⚜⚜⚜

Magnus parou o carro e eu desci, nervosa.

—Boa sorte, docinho! Não saia daí até ele te desculpar! —Magnus falou. Não sei o que ele fez a seguir porque eu apenas sai andando até encontrar Simon, que estava sentado em um banco, mexendo em seu celular.

—Simon? —chamei, parando na frente dele.

—Isabelle. —ele soltou um suspiro pesado. —Pode falar.

—Eu quero contar o que aconteceu, o que realmente aconteceu. E queria te pedir desculpas, eu menti.

—Mentiu, sobre o que Isabelle? Ser uma vadia? —Simon começou a falar, me julgando.

—Não sou uma vadia! Simon, não me julgue. Não sabe o que aconteceu comigo, não realmente, eu só falei o que falei porque eu pensei que iria me julgar se eu contasse a verdade! Então, Simon, por favor, chega de julgamentos, será que você poderia me escutar? Pelo menos dessa vez? —falei, segurando algumas lágrimas.

—Olha Isabelle, eu sempre confiei em você, você sempre me disse que não iria fazer aquilo. Adivinha, você fez! Eu fiquei bem decepcionado! —Simon falou, ambos alteramos as nossas vozes, estávamos quase gritando, o que atraía muitos olhares.

—Não tinha esse direito! Simon, assim como você eu tenho a minha vida! Não tem o direito de ficar chateado comigo! —falei, aquelas lágrimas agora já escorriam pelo meu rosto.

—Sim, Isabelle. Eu tenho todo esse direito. Sabe por quê? Porque eu era seu amigo! Eu realmente me importava com você, porra, Isabelle eu me importava com você! Como acha que eu me senti? —Simon tinha levantando do banco, gritou um pouco. Algumas das pessoas que estavam ali já tinham saído.

—Eu tenho certeza que não se sentiu pior do que eu! Você não sabe o que aconteceu, não sabe como eu me senti. Não sabe como foi difícil mentir para você, não sabe! —chorei mais ainda.

—O que aconteceu, realmente? —Simon se acalmou e perguntou.

—Eu e o Meliorn.... Simon, eu não consenti. Ele me forçou —falei, ainda chorando.

—Izzy... Izzy, eu não fazia ideia! —Simon se aproximou, me abraçando e me fazendo sentar no banco ao lado dele.

—Foi horrível, eu não conseguia sair dos braços dele —chorei mais.

—Eu sinto muito pelo o que fiz! —Simon me abraçou mais forte e depositou um beijo no topo da minha cabeça. —Izzy, me perdoa! —Simon apertou mais forte, eu me sentia acolhida e protegida.

SIMON

Eu me sentia mal, muito mal, não fazia ideia de que a Izzy tinha passado por isso, à dois anos atrás ela tinha me dito que foi consensual. Eu sempre soube que o Meliorn era um imbecil e que não merecia a Izzy, mas ela sempre amou ele, um dia antes de uma grande festa que ia ter, Izzy falou que não ia fazer nada, no outro dia ela me disse que tinha, finalmente, perdido sua virgindade. Claro que eu fiquei chateado, eu acabei ignorando ela, faz muito tempo que paramos de nos falar. Agora Isabelle chega e me diz que foi violentada, é difícil, bem difícil para mim, em todo esse tempo eu tenho sido um babaca com ela, eu estou muito arrependido.

Passou um tempo desde que ela estava chorando no meu abraço, os ânimos finalmente se acalmaram, Izzy se acalmou.

—Agora é sério, Izzy, você me desculpa, eu tenho sido tão babaca, me perdoa. —falei.

—Não foi culpa sua —Izzy soluçou um pouco.

—Como você pensou que eu não iria compreender? Izzy você foi es... —fui interrompido pela Izzy.

—Para. Eu não quero falar sobre isso! —ela disse, então eu apenas calei minha boca e fiquei olhando reto.

—Izzy, quer que eu te leve para sua casa? —perguntei.

—É... É que eu queria ficar mais tempo com você, mas se você não quiser, tudo bem! —Izzy falou, parecia desconfortável.

—Certo. Eu também quero passar mais um tempo com você, podemos sair, ir ao cinema, fazer compras, se nada mudou, esse é o seu programa favorito. —falei e sorri ao lembrar de mim e Izzy indo para lojas de roupas, Izzy amava fazer compras e sempre me arrastava com ela.

—Cinema está bom para mim —ela falou. Continuamos abraçados e depois de um tempo nos levantamos, fomos até o meu carro e eu dirigi até o shopping.

JACE

A tarde passou bem rápido, eu e Clary ficamos na cama, não descemos nem para comer. Nós estávamos bem abraçados. Minha mãe ficou a tarde toda no quarto dela também.

—Jace, vamos descer e fazer alguma coisa pra mim comer? Tô morrendo de fome. —Clary falou manhosa.

—Vamos. —falei e me levantei.

Quando fomos descer eu pedi para Clary ir na frente, passei no quarto da nossa mãe para perguntar se ela queria algo, mas ela já estava dormindo, então preferi não acordar ela.

Quando eu desci as escadas, Clary estava na cozinha preparando algo para ela comer.

—Clary, não precisa fazer nada para mim, eu estou sem fome. Vou lá para cima tomar um banho e vou dormir, certo? —falei, Clary assentiu e continuou o que estava fazendo.

CLARY

Preparei algo para mim comer e fiquei assistindo televisão, já era noite então na maioria dos canais estava passando algum telejornal, antes que qualquer coisa relacionada ao meu pai apareça, eu preferi desligar a televisão e subir. Quando subi, passei pelo banheiro, que estava quieto, fui até meu quarto e depois tomei um banho.

Logo, voltei para minha cama e fui tentar dormir, cada vez que eu fechava meus olhos eu imaginava meu pai, esfaqueando aquele homem, como diziam que ele esfaqueou, segundo à todos os jornais e telejornais de Idris foram 32 facadas, todas em partes dispersas do corpo, ele também foi encontrado sem uma das mãos, eu não conseguia parar de imaginar isso. Não acreditava que o meu pai tinha feito aquilo, mas mesmo assim não consegui dormir. Levantei da minha e fui até o quarto do Jace, sua porta estava fechada então eu dei duas batidas. Jace abriu a porta, ele estava sem camiseta, apenas com uma calça de moletom, atencioso, ele me perguntou o que havia acontecido, não consegui responder, apenas chorei e disse:

—Posso dormir com você hoje?

—Claro que pode, vem! —ele falou, me puxando e me fazendo deitar na cama. Ele se deitou atrás de mim e me abraçou.

ISABELLE

Depois de explicar tudo e me resolver com Simon eu fiquei o dia inteiro com ele, fomos no cinema e depois passeamos no shopping. Agora eu estou no carro novo dele e ele está me levando para a casa. Eu desci do carro e ele veio atrás de mim.

—Izzy, me desculpa —ele falou e me abraçou.

—Para, eu já disse que não é culpa sua. —nos separamos e ficamos nos olhando, seus olhos eram fixos nos meus, fomos nos aproximando e..

—Isabelle! Que bom que você chegou, mamãe estava preocupada! —Alec disse e saiu de casa. —Simon! Oi.

—Oi Alec —Simon falou sem graça ao perceber que Alec não parecia feliz em vê-lo. Ignorei ele completamente.

—Obrigada, por tudo, Simon —falei, sorrindo para ele.

—De nada! —ele falou e piscou um dos olhos, em seguida, entrando no carro.

Virei para frente e sorri, até chegar na porta de casa e dar de cara com Alec, super mal-humorado.