História Love or Sin? - Garota ciumenta

CLARY

Durante o caminho para a escola, Jace apertava minhas coxas e me dava beijos no pescoço, o que me deixava completamente arrepiada e desconfortável. Se eu gosta a daquilo? Eu amava, mas aquele não era o momento. Estávamos em um carro, e a Rory estava no banco da frente, mas era parecia nem perceber o que estava acontecendo e, se ela percebeu ela nem ligou.

—Chegamos! —Rory disse, estacionando o carro no estacionamento para os alunos de Chilton. Eu e Jace nos separamos imediatamente.

Assim que descemos do carro, eu andei direto para a direção de Izzy e Alec. Magnus novamente não estava lá e Alec parecia muito irritado com isso, já Isabelle não parava de digitar em seu telefone.

—Oi pessoal! Bom dia! —falei, sorrindo, Isabelle me olhou, com um sorriso largo, já Alec me olhou com um olhar fulminante, talvez ele quisesse matar alguém. Só espero que essa pessoa não seja eu.

—Posso saber o que tem de bom, ruiva? —Alec falou, amargo.

—Nada. É... Tá tudo normal! —falei. —O que aconteceu? —perguntei.

—É o Magnus. Vem! —Alec pegou minha mão, me puxando para um canto.

—Aonde vão? —Izzy perguntou. Mas logo voltou a digitar em seu telefone.

Assim que eu e Alec parou de andar e me puxar, eu olhei para ele.

—Pode me dizer o que aconteceu ou pretende continuar me puxando pela escola? —pergunto.

—Clary... —Alec pareceu pensar no que poderia dizer, mas acabou não falando nada.

—Alec, você sabe que pode falar, vai, confia em mim e me conta! —falei.

—Eu acho que o Magnus... Eu acho que ele tá me traindo! —Alec falou.

—Não! Alec, Magnus é incapaz de fazer isso. Você tem que se acalmar. Por que você acha que ele tá te traindo? —perguntei. Nunca tinha visto Alec tão triste assim.

—Ele tem se afastado ultimamente. Eu não queria, mas tô ficando preocupado, será que ele não me quer mais?

—Claro que quer. Você não tem com o que se preocupar. Apenas, converse com ele, você vai ver que tudo foi um mal entendido! —falei para ele.

—Você está certa. Eu vou falar com ele!

ALEC

Depois de ter conversado com Clary por algum tempo decidi seguir seu conselho e ir falar com Magnus. Encontro ele falando com o Raphael, aquele imbecil. Chego mais perto, até que o imbecil me nota e sai de perto do Magnus, com um abraço e um aperto no braço dele.

—O que foi aquilo? —pergunto. Irritado e com ciúmes.

—O quê? Um abraço? —Magnus perguntou como se estivesse debochando de mim.

—Essa ceninha com o Raphael! Foi totalmente desnecessária, Magnus! —elevei um pouco a voz.

—Não grite, amor. Não estava acontecendo nada, eu só estava falando com o Raphael. E de que "ceninha" você está falando? —Magnus perguntou. Também parecia estar irritado.

—Você sabe que "ceninha" eu estou falando. Não sei porque eu pensei que você não fosse tentar se defender e colocar a culpa em mim! —falei, com a voz mais alta ainda.

—Mas... Que culpa? Do que você está falando, Alec? —Magnus parecia confuso. Não entendi porquê.

—Magnus... —me acalmei e baixei o tom de voz. —Você já me traiu? —perguntei.

Magnus me olhou. Parecia estar muito surpreso.

—Mas é claro que não! Por que você está me perguntando isso? —ele falou, ofendido.

—Se você nunca me traiu, por que anda tão distante? Está se arrependendo de ter começado a namorar comigo? —perguntei. Sentido meus olhos se encherem de lágrimas, mas eu não podia chorar ali, não na frente da escola, não na frente do Magnus.

—Alec, para com isso, você sabe que eu nunca me arrependi de ser seu namorado. E, se eu estou afastado, estou tentando resolver um problema. —ele falou.

—Que tipo de problema?

—Não é nada importante! —Magnus falou.

—Se não é importante, por que se afastou? Você está com problemas e, seja lá qual eles forem, eu quero que você tenha confiança e me fale quais são eles, para que eu possa te ajudar com eles. —falei. Algumas lágrimas escorreram pelo meu rosto.

—Não é nada, Alec! Sério. Você não precisa se preocupar. Além disso, são coisas minhas. —Magnus falou.

—Não confia em mim? —perguntei.

—Claro que sim, mas, eu gostaria que você me deixasse resolver isso sozinho, é o melhor a se fazer agora! —ele falou, vindo me abraçar.

Me desviei do seu abraço e olhei bem para ele.

—Ficar sozinho? Isso é o melhor a se fazer? Magnus, qual é o seu problema? —e novamente eu elevei minha voz.

—Akec, eu só te pedi uma coisa, será que você não pode fazer o que eu pedi? Por favor, Alec! —ele gritou. Fazendo as pessoas que estavam ali olharem para nós. —Só me deixa sozinho, por favor. —me afasto do Magnus, nunca o tinha visto assim. Apenas fecho meus olhos, quando os abro, lágrimas escorrem pelos meus olhos e eu vou andando até Izzy, Clary e Jace. Foi quando eu vi aquele imbecil e isso foi o que me deu mais raiva. Andei mais rápido, até chegar lá.

ISABELLE

Assim que Clary chegou, ela e Alec começaram a conversar e logo me deixaram sozinha, eu perguntei onde eles iam, mas eles nem me responderam, apenas continuaram andando. Me senti ofendida, porém apenas ignorei e continuei digitando.

Noto que Jace se aproxima de mim, então guardo meu celular.

—Bom dia, Izzy! —Ele falou de um jeito animado, junto de um sorriso sacana.

—Alguém está animado hoje! —comento. —Quer me contar o porquê, ou você vai arrastar outra garota para um canto, pois não confia em mim?! —falei, tentando ser irônica e descontraída, mas na verdade só consegui ser uma garota ciumenta e chata.

—Que ciúme todo é esse Isabelle? —ele perguntou, de maneira brincalhona.

—Nada não. —falei. Senti meu celular vibrar no meu bolso e logo o pego. Vejo a nova mensagem e me apresso para responder.

—E então, Izzy, eu posso saber com quem, digo, para quem você digita com tanta rapidez? —Jace pergunta. Se inclinando para tentar ver algo no meu telefone.

—Simon. Eu digito rápido assim para o Simon. —falei, novamente bloqueando o celular.

—Então você e o nerd estão sérios? —ele perguntou, parecia um pouco interessado, atípico, sendo o Jace.

—Não. Ainda não, mas estamos no caminho e, antes que você pergunte, sim, eu estou muito animada com isso e não, você não vai conseguir me desanimar! —falei, quase sem respirar.

—Eu não ia tentar te desanimar e... —Jace para de falar quando Raphael chega e interrompe.

—Posso saber porquê você está animada, linda? —ele pergunta, com seu sotaque sensual em espanhol.

—Não pode. Certas coisas são particulares, Raphael —falei.

—Sabe que você não pode me esconder nada, nada, linda! —Raphael falou com um ar arrogante, não vou negar, isso só o deixava mais sexy e gostoso.

—Olha, querido, Raphael, é claro que eu posso te esconder tudo o que eu quiser. Até porque, você, assim como todos, não possui nenhum controle sobre mim! —falei. Jace soltou uma risada contida, o que tornou a situação ainda mais engraçada. Raphael parecia não acreditar no que tinha acontecido e por um momento eu pude jurar que a boca dele se abriu em um perfeito "O".

De longe, vi um furacão vermelho vir correndo até nós. Clary.

—Izzy, eu queria mesmo falar com você! —ela disse.

—Poderia fazer isso, mas você chegou e saiu correndo daqui com o Alec, vocês me deixaram sozinha. —tá legal, talvez eu esteja exagerando um pouco.

—Ele estava com problemas! Enfim, Jace falou sobre vocês irem dormir na nossa casa? —ela falou e foi para o lado de Jace. Os dedos deles se tocaram. Estranho.

—Eu aceito! —falou o espanhol gostosão.

—Foi mal, cara, mas o convite é restrito para aqueles que irão para Idris amanhã. —Jace falou e depois voltou a ignorar Raphael completamente.

—Sendo assim, eu aceito. Vai ter muita bebida, comida e diversão! —falei, animada.

—Não sei se a nossa mãe vai deixar a sua bebida, Isabelle. —Clary informou. Eu apenas revirei os olhos. Ninguém separa Isabelle de festas e bebidas.

Depois de algum tempo conversando e rindo —mesmo com o Raphael parado do nosso lado— vi Clary e Jace tocarem seus dedos e até darem as mãos, eu achei estranho, mas resolvi ignorar, sei lá, pode ser algo de irmãos. Falando em irmãos, eu fui a única a perceber que o Alec estava vindo ao nosso encontro, com o rosto um pouco vermelho. Cada vez que ele chegava mais perto seus passos se tornaram mais rápidos e longos.

—Olha aqui, seu imbecil, se você chegar perto dele eu juro que eu vou te bater, vou te dar vários socos, até que você perca todos os dentes da sua boca. —Alec falou, empurrando Raphael. O empurrão foi tão forte e brutal que Raphael foi para trás cambaleando, até finalmente cair no chão, atraindo o olhar de todos que estavam ali presente.

—Alec! —Clary gritou e todos nós nos aproximamos dele.

—Por que fez aquilo? —perguntei.

—Eu só tenho a agradecer! —Jace falou.

⚜⚜⚜

—Você teve sorte, ainda bem que ninguém viu você empurrando o Raphael —Clary falou para Alec.

—Eu me descontrolei. Estava andando até vocês três, mas quando eu vi aquele imbecil de novo... Vocês sabe o que aconteceu! —Alec disse.

Todos nós tínhamos terminado de guardar as coisas, iríamos para a casa de Clary e Jace.

Saímos da sala e fomos direto para o estacionamento esperar por Rory, até que, Magnus nos para.

—Alec... —recuperou o fôlego —Temos que conversar. —Magnus falou, pausadamente.

—Não temos não! Eu tenho que ir Magnus. —Alec falou e seguiu adiante com Clary e Jace.

—Mag —toquei seu ombro, chamando sua atenção. —Alec te ama, ele só precisa de um tempo. Você sabe que eu te amo, então, por favor, só de um tempo para ele. Amanhã vamos viajar, eu te digo que horas sairemos e você aparece lá. Certo? —falei, tentando ser mais calma e compreensiva que pude.

Não queria meus dois amores separados, e eles não vão ficar assim!