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História Love Shot - Proposta


Escrita por: seungminworld

Notas do Autor


eu queria agradecer pelos +700 favoritos e +600 comentários. vocês se empolgaram novamente no capítulo passado me presenteando com mais de 60 comentários e eu fiquei muito feliz em responder todos!

Isso sempre me deixa feliz e mais determinada a não abandonar o spirit. Mil vezes obrigadaaaaa! Eu amo vocês!

boa leitura! 💕🐰

Capítulo 29 - Proposta


Fanfic / Fanfiction Love Shot - Proposta

Proposta

substantivo feminino

ato ou efeito de propor; proposição, propositura. aquilo que se propõe; sugestão.


O tempo passava como luz para alguns, mas não pra você. Faziam em torno de quatro dias desde todo o transtorno que passou no dia da visita de sua mãe, que por ordem do destino foi o mesmo dia em que descobriu estar grávida de um mês e duas semanas. Era uma coisa louca, impossível. Seu corpo sofreu muitas agressões e o bebê quase não resistiu. Para um bebê crescer saudável, o corpo da mãe precisava estar intacto, e o seu não estava.

Afastada das antigas colegas de cela, você passou a ficar na última cela, a menos bonita. Aquela sala não era usada há anos, mas para uma mulher grávida na prisão, servia. Recebia visitas de Felix, mas muitas das vezes eram apenas ligações.

Ele era um médico ocupado acima de tudo. Wang era outra que vinha lhe ver, não sabia sobre o bebê, aliás, ninguém sabia sobre o bebê a não ser a prisão. 

Você se sentia agoniada ali dentro. Seu coração gritava por paz. Você nunca havia feito mal a ninguém, porque estava sendo tão castigada assim? Por que ser sincera e humilde trouxe tantos problemas? Eram perguntas sem respostas. Você só queria sair daquele lugar imundo e viver feliz com seu noivo e filho, era tudo o que mais desejava. Ter paz. Seu choro e angústia estavam trancados a sete chaves. Escondidos e bem guardados de qualquer pessoa. Você se sentia frágil, mas lá no fundo havia poder. O poder que você desejava expor desde o começo. Talvez, se você tivesse tido esse poder no dia do Jantar, estaria junto de Hyunjin e Jun estaria em seu lugar. 

Mas a vida é injusta, e foi com você. 

— Liz, vamos. Seu amiguinho chegou. — Kwon, a policial do turno da manhã te chamou. Era Felix, e você estava contente. Saíram dali em direção ao salão de visita. 

Você se surpreendeu ao ver que não era Felix. Jamais pensaria que ele estaria logo ali, a vendo naquela situação. Você caminhou até o Kim com pressa. A policial a soltou e foi fazer a escolta.

— O que está fazendo aqui, Seungmin? — Você perguntou, sentando-se em frente ao Kim. Seungmin sorriu e tirou seu cartão do bolso do terno caro.

— Você pediu para Felix lhe arrumar um bom advogado, e cá estou eu — Ele diz, guardando a identificação após lhe mostrar. 

— Nunca pensei que o advogado babaca seria você. — Você sorriu, se recordando das palavras de Felix ao descrever o advogado. — Obrigada por vir, te devo a minha vida.

— Não é preciso tudo isto. Eu gosto de você e te conheço bem pra saber que você não seria capaz de fazer tal ato banal. Eu estou aqui e irei ouvir tudo o que você tiver para falar, desde o que comeu hoje até o que sonhou enquanto dormia. Eu sou todo ouvidos, apenas sorria como antes, é o que lhe peço. — Seungmin tocou suas mãos. Você sorriu, com sinceridade.

— Obrigada. Eu… Não sei como agradecer. Há tantas coisas passando por minha mente que estou confusa, eu queria que tudo fosse um sonho, um coma de quando eu bati o carro, mas… Não é. É bem real. — Você soltou um suspiro voltando a falar seguidamente: — Felix deve ter lhe explicado tudo, então, sabe que estou em desvantagens. É um caso perdido. Irei morrer aqui sem que Hyunjin saiba a verdade.

— Irei dar um jeito. O tomo de advogado se passa por gerações, jamais iria falhar com a minha família, principalmente com você. — Seungmin se ajeitou na cadeira. — Tenho coisas em mente. Desde as imagens da câmera de segurança do Hospital até às da casa de Hyunjin. Eu tenho permissão pra fazer tudo o que eu quiser a partir de agora. E acredite, irei lhe tirar daqui. — Seungmin disse convicto, e com um sorriso de canto. —  Aliás, meus parabéns!

— Parabéns? Meu aniversário foi há meses, Seungmin.

— Como eu disse, como advogado eu tenho acesso a tudo. Sei que você e Hyunjin terão um filho. — A risada se dissipou. Você engoliu em seco, desviando o olhar. 

— Não conte nada a ele, eu imploro! Hyunjin não pode saber que estou grávida, Jun disse coisas horríveis de mim e na primeira oportunidade Hyunjin iria pensar que o bebê não é dele, e eu jamais seria capaz de trair alguém que amo. Eu não sou assim, por favor.

— Eu não irei contar. Pode ficar tranquila, é um segredo nosso. — Ambos sorriram. — Psé, tenho uma coisa a falar sobre.

— E o que seria? — Perguntou curiosa. 

— Sou amigo de Hyunjin desde o colégio e os Hwang's odeiam processos de tribunal. Uma coisa que essa família odeia é ter que falar com o advogado deles e acredite… Hyunjin é famoso na mídia coreana, como sua irmã, Jun e como você iria ser caso tivesse revelado o relacionamento antes de tudo isso. É algo irrelevante, ao mesmo tempo que não é. Muitas fofocas iriam cair sobre ele e iriam descobrir sobre o bebê. Hyunjin provavelmente irá querer um acordo antes de levarmos ao júri. 

— Qual… Qual tipo de acordo? — Você perguntou tremendo. 

— Não tenho nada em mente, mas Hyunjin irá querer com toda certeza tirar a denúncia em troca de algo. Desde o favor doméstico até o dinheiro, mas ele é podre de rico, então, não teria o porquê lhe fazer sofrer e trabalhar duro para pagar uma multa. Hyunjin tem um coração bom no final de tudo… e mesmo ele a machucando dessa forma cruel sei que irá o perdoar. 

Seungmin disse as últimas palavras tão baixas que você mal pôde ouvir.

— Quanto tempo até fazer uma proposta com ele? — Perguntou eufórica. Iria aceitar tudo pra sair dali antes que o bebê nasça, até mesmo ser empregada dos Hwang's. Não iria se importar. Trabalhou a vida toda assim, não faria diferença. 

— Talvez um mês, eu não sei. Tudo irá depender da boa vontade dos Hwang's, até porque quem fez a denúncia contra você foi Yeji e ela é muito mais fria que todos ali. Não sei o que iremos esperar, mas pode ter certeza de que te tirarei daqui. Confie em mim. — Ele sorriu.


[ . . . ]


A noite estava quente. Hyunjin estava escrevendo algumas coisas em seu computador para a empresa quando ouviu a porta abrir, ele não fez questão de olhar para ver quem era, porque já sabia.

Os saltos caros ecoaram no chão e foram se aproximando da cadeira de Hyunjin por trás. Hyunjin sentiu um par de mãos apertarem seus ombros fazendo-lhe uma massagem que recebia todos os dias após um dia estressante de trabalho.

— É quase meia noite, você não vai embora? — Nine perguntou. Hyunjin ainda digitando negou em silêncio. — Faz quase uma semana que você está trancado aqui digitando e digitando neste computador. Você tem vida, sabia?

— Não, Nine — Hyunjin disse alto, e se manteve firme ao tocar cada tecla, concentrado. — Eu não tenho uma vida fora daqui. Isso aqui é a minha vida, então, se deixar eu continuar meu trabalho, eu tenho seu salário para pagar no final do mês! — Hyunjin sentiu as mãos de Nine afrouxar em si e suspirou. Sabia que havia machucado a mulher e parou com tudo o que fazia para se desculpar. — Olha Nine, me desculpa.

— Agora eu sei porque nenhuma mulher fica ao seu lado por mais de um mês. Porque você é um babaca que não se importa com o sentimento de ninguém. Eu sempre gostei de você em todos os sentidos, você era um deus pra mim e agora não passa de chefe. Você é um antipático e a Liz fez bem te iludir, isso é tudo o que você mais precisava, quebrar a cara. Agora se me der sua licença, irei sair para que possa trabalhar e pagar o meu salário, que sendo pago ou não, continuo sendo milionária. Boa noite, Hwang. 

Nine saiu da sala de Hyunjin batendo a porta, sem se importar, se ela fosse mandada embora, Hyunjin teria que trabalhar para achar uma funcionária tão boa quanto ela. 

Hyunjin afrouxou a gravata e suspirou se levantando. Ele desligou tudo ali em sua sala e foi embora sem olhar para trás. No caminho para casa, já em seu novo carro, ele tentava manter sua mente em qualquer coisa que não fosse você. Ele não se perguntava do tipo; como ela está ou o que está fazendo, mas sim, o porquê fez aquilo.

Não o fez. 

Hyunjin chegou em sua casa em vinte minutos, desceu do carro após o guardar e entrou na mansão escura, os funcionários já haviam ido dormir e o único cômodo acesso ali era a cozinha, o destino de Hyunjin. Quando entrou pôde ver Mary, ela estava perto do fogão tirando de lá um bolo. 

— Boa noite, senhor Hwang. — Ela cumprimentou-o, sem o olhar. Havia uma certa raiva em si, mas especificamente por Hyunjin. Ela sabia a história verdadeira e passou a desgostar do menino que ela carregava nos braços.

— Já disse para não me chamar de senhor e nem de Hwang há anos, porque voltou a fazer isso? — Ele riu, coisa que a mulher em sua frente não o fez.

— Preparei seu café esta noite, amanhã irei pedir para que uma das meninas apenas o coloquem na mesa. Sairei de manhã e voltarei logo. — Ela foi cortando fatias do bolo e o guardando em um pote. Hyunjin se aproximou e pegou um o comendo.

— Está delicioso. Aonde irá amanhã? 

— Visitar uma amiga. — Hyunjin engoliu o pedaço de bolo e bufou se distanciando. 

— Essa amiga não tem nada a ver comigo, não é? — Ele esperou pela resposta, que não veio. — Mary…?

— Senhor Hwang. Vocês Hwang's conservam muito seus funcionários, mas a minha saída irá ser singela pelo fato de pertencer a minha vida pessoal. O senhor gostando ou não gostando dos meus amigos, irei vê-los e apoiá-los. — A governanta guardou tudo e se curvou em respeito. — Boa noite, senhor. 

E assim Hyunjin ficou mais uma vez sozinho, nada iluminava sua vida, nem mesmo a luz acesa ali no cômodo. Hyunjin sentiu o peso da culpa e escorou-se no balcão deixando tudo vir à tona. Depois de dias ele finalmente chorou. Havia notado mudança em todos. Felix, Seungmin, Nine e agora Mary.

Hyunjin sacou o celular, e discou o número sendo atendido em seguida.


Yeji, precisamos conversar.


[ . . . ]


Kim Seungmin te encarou e suspirou. Dentro de ti havia um por cento de esperança de que Hyunjin mudasse de idéia e resolvesse conversar para poder se explicar do porquê ser tão rude assim.

Talvez, naquele dia ele tenha passado por alguma coisa ruim na empresa e estava nervoso, não importa.

— Fala de uma vez, Seungmin! — Você já estava impaciente. Seungmin respirou fundo e a olhou nos olhos.

— Como eu disse, eles lhe propuseram um acordo e se aceitar, irão tirar a denúncia e você estará livre daqui hoje mesmo.

— E o que é? Me fala, eu preciso saber. O que os Hwang's querem de mim? 

— Sua queda.

Seungmin tirou o papel de dentro do bolso e o estendeu. Você arregalou os olhos e só não chorou, porque não queria que Seungmin visse.

— Yeji e Hyunjin chegaram a um acordo. Pra você sair daqui terá que se mudar de país só com a roupa do corpo e os documentos. Tudo o que você comprou aqui foi com o dinheiro dado por Hyunjin.

— Espera. — Você riu, secando as poucas lágrimas que desciam. — Quer dizer que eles tiraram tudo o que eu conquistei enquanto trabalhava pra ele, mandando eu sair do país apenas com um vestido e um salto, grávida, machucada... Sem dinheiro para avião ou qualquer coisa do tipo? — Seungmin confirmou.

— E também… nunca procure saber nada sobre eles. Este é o acordo. Fingir que vocês nunca se conheceram. 


Notas Finais


e a hora se aproxima...

sigam xuxus @sterena 👉👈

~ ✩


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