História Love Shot - Minha

Minha

pronominal possessivo

determina um substantivo (coisa ou pessoa) do gên. fem. que pertence à, é parte de, está relacionado com a primeira pessoa do singular (eu).

Você se virou irritada e prestes a sair dali, mas Hyunjin se pronunciou.

— Eu disse uma semana atrás. Você só terá que se casar comigo, e não me amar! Você terá tudo, será de boa família, será rica, quer vida melhor que essa? Assiste um filme!

— E como ficam meus sentimentos? Eu tenho sonhos e um deles inclui me apaixonar e ser mãe! — Ele riu.

— Eu também tinha sonhos, mas eu acordei e estou vivendo a realidade! Você tinha escolhas, e escolheu aceitar minhas decisões, portanto, me desculpe. 

— Tem que ter outro jeito! Por favor, eu não quero ficar presa em uma mentira, Hwang.

— Arrume um amante! — Hyunjin ameaça se levantar da mesa, mas você o impede. — Já está decidido, volte para casa e a partir de amanhã vamos agir como um casal verdadeiro. — Ele disse, retirando-se.

[ . . . ]

Naquela manhã de Domingo, você acordou cedo novamente. Uma semana desde que aquela intriga ocorreu, e o relacionamento amigável de vocês, nem existia mais. Hyunjin não parava em casa, e você muito menos o esperava. 

Mary havia percebido o comportamento estranho de ambos, mas decidiu não questionar, afinal, eles eram um casal e também brigavam às vezes.

Foi dada a notícia um dia antes para você que Yeji iria ir às compras, e queria que você a acompanhasse. Você aceitou, não saia de casa há bastante tempo e precisava se distrair com algo e se esquecer do Hwang.

Você ouviu passos na escada e direcionou seu olhar para ela. Hyunjin descia as escadas lentamente enquanto arrumava sua gravata e ao notar você ali, ele a encarou.

— Precisamos conversar. — Sua voz saiu clara e séria. Você decidiu ficar e escutá-lo. — Eu vou viajar, serão três semanas até eu resolver algumas coisas no Japão, quando eu voltar iremos começar os preparativos para o casamento, quero que você adiante tudo, escolha tudo que lhe agradar e anote, peça ajuda a minha irmã, mas acho que não vai ser preciso, porque ela já disse que iria fazer isso. Minha mãe também irá querer ajudar, então seja amigável. Nos casamos em um mês, não se esqueça, temos um acordo, é bom você não pisar na bola. Eu posso fazer da sua vida um inferno se você me deixar na mão no último momento. — Ele se virou para ir para a sala de jantar, mas você o seguiu.

— Você acabou de me ameaçar, mas mesmo assim eu quero pedir desculpas. Eu pensei apenas em mim, é que… Eu apenas tenho sonhos e me esqueci que tínhamos um acordo. Eu não irei arrumar nenhum amante, irei te respeitar e aprender a te aguentar pelo tempo que for preciso, quem sabe um dia você não ame uma mulher e se case com ela por amor, né?

— Certo, vamos nos esforçar para isso dar certo! — Ele disse começando a tomar seu café da manhã. — Ah, já ia me esquecendo. Coloque uma de suas roupas formais, vamos à empresa.

[ . . . ]

— Hyunjin, o que é isso? — Hyunjin levou os olhos até você, que segurava um porta retratos de cima da mesa do Hwang. Tinha Hyunjin, Yeji, Yenson e mais um homem. 

— Um porta retrato, não é óbvio? — O Hwang voltou a olhar para seus papéis.

— Ignorante! — Você soltou o objeto e voltou a encarar o Hwang. 

Hyunjin não se sentia desconfortável e nem intimidado, ele estava tão concentrado em seus papéis que acabou se esquecendo que você estava ali. 

— Hyunjin? — Ele a olhou novamente, essa era a quarta vez que você o chamava. — Qual o nome do seu perfume? — Hyunjin revirou os olhos e não respondeu. 

Foram cinco minutos de silêncio, até você falar novamente. 

— Hyunjin? — Ele a encarou. — Agora que eu percebi que você tem uma pintinha embaixo do olho!

— Porque você não vai andar pela empresa? Ela é enorme, que tal? — Hyunjin levantou-se da cadeira e puxou você pela mão a levando para fora. Você havia o deixado tão envergonhado que não queria que isso se repetisse.

— Grosso! — Você reclama quando a porta bate em seu rosto.

A empresa era realmente grande e por onde você passava, era cumprimentada. Parecia até que era a própria presidente.

— Liz? — Uma voz conhecida a chamou.

— Seungmin?

— O que está fazendo aqui? 

— Tive que vir a pedido de Hyunjin, e como estava um tédio lá dentro, eu decidi andar.

— Queria muito saber uma coisa. — Seungmin a olhou.

— E o que seria?

— Você e Hyunjin, realmente são um casal verdadeiro? Vocês são diferentes dos outros casais, eu não sinto como se fosse verdade. Você pode confiar em mim, somos amigos. 

— E-eh… — Você gaguejou.

— Liz! — Hyunjin aparece perto de ambos. 

— Hyunjin…

— Seungmin, eu já conversei com você, não vamos fazer bagunça.

— Eu só queria saber dela, Hyunjin. Ainda sim concordo com a Nine… isso vai dar errado.

— E eu vou te responder como eu respondi ela. Se der errado, eu e a Liz iremos enfrentar isso juntos! 

— Se você diz, então vou escutar. Mas cuidado, Hyunjin, não confie tanto.

O Kim deu meia volta e saiu. 

— Que droga. 

— Calma, Hyunjin. Ele só quer alertar. 

— Mesmo assim, todo mundo fica pensando negativo. Nada vai acontecer, e se acontecer, eu não vou colocar a culpa em você. Nada vai acontecer, Liz. Não se preocupe, tá bom? 

— Tá bom...

[ . . . ]

Yeji caminhava de um lado para o outro, estavam ambas com sacolas, mas Yeji estava com mais. Você havia comprado apenas um conjunto de moletom e dois pares de sapatos. E Yeji? Tinha perdido as contas.

Agora vocês estavam em um restaurante do shopping, sentadas, apenas esperando a comida chegar para irem embora. 

— Você já pensou na possibilidade de se apaixonar pelo meu irmão? Sabe, ele parece idiota sem coração, mas na verdade ele tem sim sentimentos. Hyunjin uma vez já amou, e muito, mas não foi nenhum pouco correspondido. Acredite Liz, Hyunjin só precisa descobrir seus sentimentos novamente, e eu sei que você pode fazer isso. 

— Seu irmão não irá se apaixonar por mim, Yeji, acredite, somos bem melhores como amigos!

— Você tem um bom coração, e eu sei que você faria Hyunjin se apaixonar, basta querer, e acredito que você queira. — Você riu. — Queria te alertar sobre Nine. Ela é uma vaca, não me leve a mal, mas eu a odeio. Hyunjin já foi muito trouxa por culpa dela no passado e eu quero ela bem longe da minha família.

— Eu não tenho nada contra, mas ela pareceu não gostar muito de mim.

— Ela não gosta de ninguém, quem dera da mulher que vai se casar com o homem que ela é apaixonada. Nine não vale nada, e eu sei muito bem disso! 

— Sim, eu não duvido… Cunhadinha.

Yeji sorriu e então pegou seu celular e colocou na câmera. 

— Vamos tirar uma foto para registrar o momento, o primeiro passeio das mulheres mais bonitas da família Hwang. — Ambas fizeram diversas poses para a foto, e quando a comida chegou, comeram e foram embora.

[ . . . ]

— Olá! — Você cumprimentou o Hwang, ele assentiu com a cabeça e voltou sua atenção para o prato. — E então, quando você vai?

— Amanhã cedo, irei dormir daqui a pouco para estar no aeroporto às 8:00. — Ele respondeu cortando um pedaço de carne e a colocando na boca.

— Você vai viajar com quem?

— Apenas eu, não se preocupe, Nine não vai estar lá. — Sorriu convencido.

— E por que eu ligaria?

— Quero te pedir mais uma coisa. Nine irá ficar aqui, e eu tenho certeza de que ela não vai ficar quieta enquanto souber que você está… Sozinha. Se caso ela dizer algo ou tentar algo, não hesite em dizer a mim. Certo? — Ele se mostrou preocupado.

— Está bem, senhor Hwang. — Sorriu.

— Também peço que não fique perto de Seungmin, você é noiva, não irá lhe cair bem andar com outros caras na minha ausência.

— Ciúme?

— Óbvio que não, Liz! É precaução, lembra da última vez? 

— Uhum, sei.

— Não provoca, vai jantar! 

— Sim, Senhor! — Você gargalhou e foi se servir.