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História Love Shot - Vingança


Escrita por: imakinox

Notas do Autor


oioioi meus amores!
como estão? espero que todos bem!
trouxe mais um capitulo, demorei mas cheguei! enfim, com algumas coisas sutis e sei que vcs tao pegando tudinho!
— e também trouxe uma playlist MARAVILHOSA PRA ESSA FIC UHU! os links para spotify e youtube estão aqui: https://open.spotify.com/playlist/70KPyisJD7Bn61fp2zojKW | https://youtube.com/playlist?list=PLv8GR2J2FVhrYQNEvCUJIdqMkR163Exv3 a música do capítulo é 'poker face" e quis passar uma vibe bem badass mesmo sabe? depois me digam o que acharam!
boa leituraaaaa

Capítulo 8 - Vingança


[ eu quero sair com ele, seremos um casal durão
um joguinho de azar é divertido quando você está comigo 
se o amor não for violento, não é divertido ]

 

 

— Levi? ‘Tá me ouvindo?

Levi abria os olhos lentamente, cabeça ainda rodando um pouco e a luz impedindo que enxergasse perfeitamente. Sentou-se na cama aos poucos, levando a mão nos fios negros, jogando-os para trás no processo.

Quando conseguiu focar a visão, se deparou com três pares de olhos o encarando com afinco. Quando visualizou melhor, viu Isabel, Hange e Farlan em pé ao seu lado na cama.

— Por que estão aqui? — Ele pendeu a cabeça para o lado, encarando-os.

O trio se encarou, trocando olhares e uma conversa silenciosa e suspiraram fundo logo após. Levi muito que provavelmente não se lembrava que havia desmaiado.

— Bem... Você desmaiou e ficamos preocupados... — Hange quem disse, se sentando na cama e colocando a mão na testa de Levi. — Você estava ardendo em febre, cogitei seriamente em te levar ao hospital quando vi que não estava passando. Você está se sobrecarregando demais, tem que parar por um tempo, é humano também.

Levi abriu a boca para falar, mas os outros dois emendaram o assunto.

— Hange tem razão. Você tem dormido bem? — Farlan questionou, cruzando os braços. — Quando nos encontramos há dois dias atrás você disse que estava em operação além de estar envolvido com uma investigação, dava para ver claramente que você estava abatido demais, isso sem contar as crises que teve e...

— Cala a porra dessa boca, inferno. — Levi falou, ameaçando se levantar. — Dois dias atrás? Isso significa que...

— Fica deitado na merda dessa cama antes que eu te apague por mais dois dias! — Isabel gritou, segurando nos ombros do amigo, o interrompendo. — Você ficou dormindo aí por dois dias, Levi. Você tem ideia do que é isso? Você deu um baita susto em nós e ainda quer dar uma de ingrato? Vai tomar no seu cu, porra! Somos seus amigos e as únicas pessoas que você tem, queira você ou não.

Levi ficou quieto e suspirou fundo, fechando os olhos em seguida. Isabel estava certa e diferente dos outros dois que estavam ali – que também se preocupavam e eram seus amigos – não tinha papas na língua e o xingava e falava o que precisava ser dito. Os três eram seus únicos amigos e os melhores que a vida poderia dar, pois desde que se lembrava era um poço de ignorância e egocentrismo e mesmo sendo daquele jeito os três o aceitaram daquele jeito.

Os três se encararam e Hange voltou a colocar a mão na testa de Levi, checando uma última vez a temperatura antes de esticar o braço até a mesinha de cabeceira e pegar um termômetro.

— Parece que sua febre abaixou, mas vou conferir com isso aqui para ter certeza. — Ela apontou para o termômetro e logo depois colocou debaixo o mesmo debaixo do braço do Ackerman. — Como se sente?

— Confuso? — Ele sussurrou. — Eu estive apagado por dois dias?

— Na verdade você acordava, abria os olhos, sussurrava coisas desconexas como “não quero matar vocês, me desculpa”, “mãe, por que você me deixou” e... — Hange mordeu o próprio lábio antes de prosseguir.

— E?

— “Não posso me envolver mais profundamente com Eren”. — Farlan quem falou. — Quem é Eren, Levi?

O Ackerman suspirou fundo, levando a mão até o rosto.

“Mas que porra?” Foi o que ele pensou enquanto tentava raciocinar uma desculpa esfarrapada.

— Levi... — Hange chamou preocupada. — Não me diga que esse Eren é na verdade...

— Sim, é o filho de Grisha. — Ele foi direto, sem rodeios, surpreendendo os três.

— Mas que porra você pensa que está fazendo? — Isabel gritou.

— Isabel, sem gritar. — Farlan falou.

— Não, isso está fora de cogitação! Você está dormindo com um dos alvos? — A ruiva falou.

— Não que você não fizesse o mesmo, hipócrita. — Levi revidou. — Todos aqui já fizemos isso. — Hange raspou a garganta e o Ackerman revirou os olhos. — Menos a quatro-olhos.

— Dormir e transar é uma coisa, Levi. Falar o nome de outra pessoa enquanto dorme e dizer que “não quer se envolver mais profundamente” é outra. O quão longe você chegou com ele? — Farlan questionou calmo.

— Ele quem fez aqueles chupões no seu pescoço? — Hange parecia preocupada, mas agitada de alguma forma.

— Pronto, deixou o drácula chupar teu pescoço! — Isabel revirou os olhos.

— Faz o favor e vai cuidar da tua vida, que inferno. — Ele ouviu apito baixo do termômetro e tirou, vendo que não havia mais resquício algum de febre ali. — ‘Tô bem e curado, viram? Não precisam se preocupar.

— Vocês transaram? — Hange perguntou.

— Não, não transamos. — Ele revirou os olhos, se levantando da cama. — Satisfeitos em saber da minha vida sexual? Pois bem, posso ser gostoso e posso pegar quem eu quiser, mas não saio abrindo as pernas para qualquer um.

— Só às vezes. — Hange pontuou.

— Calada. — Levi falou enquanto tirava suas roupas no caminho do banheiro, sendo observado pelos três. — Que foi? Não é como se nunca tivessem me visto sem roupas.

— Bela bunda. — Os três falaram, vendo-o revirar os olhos e sorrir convencido.

— Zoe, me atualize esses dias que estive fora e Farlan, quero te fazer uma pergunta.

Dizendo isso, ele entrou no banheiro que havia ali no quarto, deixando a porta aberta para ouvir o “relatório” que viria a seguir. A pele se arrepiou quando sentiu a água quente cair sobre o corpo e começou a ensaboar os cabelos logo após.

— Bem, estamos procurando a próxima vítima através do enigma do informante. — Hange disse. — Ele disse que seria possível encontrá-la em constelações, então estamos verificando... Isso, claro, contando com aquelas fichas que você mandou.

— Não acharam nada? — Levi disse do banheiro.

— Ainda não, estamos tentando de tudo... — Hange falou. — Bem, creio que com a sua volta conseguiremos algo em breve. Ah! Tivemos outro ataque do “Robin Hood”. Outra pessoa da polícia, conta bancária zerada e dessa vez algo diferente aconteceu.

— O quê? — Levi ouvia tudo atento enquanto ensaboava o próprio corpo.

— Ele enviou uma espécie de data, na verdade pensamos que é um ano, no meio da “assinatura” dele.

— Que seria?

— 2025. — Hange falou. — Dois anos atrás.

— Pode ter acontecido algo nesse ano que envolvesse gente grande, pararam para pensar nisso?

— Sim, pensamos e Mike já está movendo os pauzinhos para achar crimes que possam ter ligação...

— Perfeito. — Os três ouviram o chuveiro ser desligado e logo depois Levi saiu com a toalha enrolada na cintura. — Farlan, como sabia do envolvimento da Anka com Grisha e que isso tinha alguma ligação?

— Bom, ela quem me disse. — O loiro deu de ombros. — Anka era sempre um amor de pessoa e conversávamos sempre, até o dia em que as fotos de Rico e Hannes apareceram estampadas na televisão da academia em um dos jornais que passava. Eu estava conversando com ela e a vi ficar sem cor, então ela simplesmente vomitou tudo. Um pena ter acabado do jeito que acabou, mas ela parecia saber algo muito grave.

— Ela não deu nenhuma pista? — Levi perguntou enquanto abria o guarda-roupa, escolhendo uma roupa para vestir. Os três encararam as tatuagens que decoravam o corpo pálido e definido: o braço direito era fechado com tatuagens florais de fora a fora; enquanto as costas tinham o desenho que pareciam mais asas, uma pintada e a outra não. Tatuagens que apenas os três sabiam da existência, primeiro por serem únicas e segundo por Levi ser um agente.

A verdade é que usava as camisas de manga comprida e não ficava nu cem por cento na frente de alguém devido aquelas belezuras estampadas em seu corpo.

Não poderia deixar ninguém vê-las.

— Nada. Eu te disse, ela falou sobre ser um mau-agouro, mas que uma hora isso viria à tona. Não faço idéia do que seja, mas creio que tudo ocorra em uma das enormes fazendas dele.

— Falando em fazendas, precisamos saber qual dessas fazendas tem pistas de pouso... — Levi suspirou enquanto a toalha caía no chão e ele vestia uma cueca. — Zeke comentou algo sobre enviar as encomendas em vias aéreas, será que tem alguma ligação?

— Os assassinatos com as encomendas? — Hange arqueou as sobrancelhas, vendo Levi vestir a calça preta apertadíssima. — Uau, imagino a sensação de pegar nesse traseiro redondo e grande.

— Dizem que é ótima. — Levi riu convencido, enquanto vestia uma camisa na cor preta também. — Enfim, estou com uma pulga atrás da orelha quando se trata disso. Digo, qual a probabilidade de Grisha estar com a cara atolada na lama assim? O império Jaeger sempre foi limpo e honesto. É como se a cada nova descoberta mostrasse mais um pouco do enorme iceberg...

— Exatamente. — Hange falou, dando uma palma seca. — Não tem motivo para ele se envolver com algo assim! A fortuna dele é gigantesca com as jóias e clubes.

— Bom, agora sabemos que a fortuna não vem somente das joalherias e clubes. — Levi falava enquanto pegava um pente e penteava os fios negros após secá-los bem com a toalha e passar um produto para deixá-los mais cheirosos e brilhantes. — Será que a receita federal sabe disso?

— Eu duvido. — Hange disse.

— Fez o que te pedi? Conseguiu a planta do Vanilla?

— Ah, sim. O que você não pede sorrindo que eu faço chorando? — Ela de um riso. — ‘Tá lá no seu escritório. Aliás, que trabalho bom você fez lá, hein?

— Não brinco em serviço. — Ele deu um riso, borrifando o perfume algumas vezes por todo o corpo.

— Na verdade...

— Só um pouco. — Ele deu de ombros, pegando um paletó. — Me mostre essa planta e explique detalhe por detalhe.

A morena assentiu feliz e saltou da cama que estava sentada, saindo do quarto. Levi a acompanhou, mas antes parou na porta do quarto e olhou para o casal de amigos que o observava em silêncio.

— Farlan, Isabel... — Ele sussurrou. — Obrigado.

Os dois sorriram para o baixinho a sua frente, vendo-o sair pela porta e o seguiram logo após.

Já no escritório, Hange apontava para alguns papéis colados no painel onde Levi fazia todo o acompanhamento do caso e tentava explicar cada cômodo do local.

— Tem o elevador que dá acesso a mais dois andares. Um, ao que tudo indica, é uma espécie de apartamento e escritório. Tem três quartos grandes com banheiros, três escritórios, uma sala de reuniões e uma espécie de sala de espera. Creio que seja usado para visitas de sócios e coisas do tipo. — Ela falava enquanto apontava para cada local. — Agora tem uma coisa... Interessante. — Ela coçou o queixo, pensativa, enquanto ajeitava melhor os óculos no rosto.

— Que seria?

— Um quarto em específico tem uma escada, que leva para o andar superior. Bom, o elevador também leva para esse andar, mas o que me intriga é que parece que é um andar “oco”.

— Como assim andar “oco”? Não tem nada lá em cima?

— Na verdade, tem sim. Temos um pequeno corredor e duas portas, uma após a outra. — Ela apontou. — Mas não faço idéia do que possa estar atrás dessa porta, não consegui puxar de jeito nenhum. Às vezes pode ser o depósito de bebidas ou alguma espécie de cofre, por isso é em cima de tudo.

— Faz sentido, eu nunca vi alguém subir lá em cima, somente Zeke e Reiner que foi há dois dias... Esse elevador é guardado por seguranças, ou seja...

— Só sobe quem estiver na companhia de um dos donos. — Hange falou.

— Bingo. — Levi deu de ombros. — Agora entendem o motivo de eu ter que me relacionar com o riquinho metido do Eren? — Ele deu de ombros, pegando uma caixa de cigarro em cima da mesa do escritório, destacando um e acendendo logo após. — Ele é a chave para o sucesso da operação. Se eu estiver com ele, vou para cima e para baixo. — Ele falou indiferente, tragando e soltando a fumaça logo após.

— Além de ser um puta de um gostoso, vamos e convenhamos. — Hange apontou para uma foto de Eren grudada no painel de investigação de Levi.

— Porra, realmente. — Isabel falou, se aproximando e vendo melhor o rosto de Eren. — Ele tem cara de quem tem um tanquinho maravilhoso, pelo amor de Deus. Olha a cara desse safado.

— Não tem cara, ele tem. — Ele deu mais um trago, ouvindo assovios das duas amigas que pareciam alvoroçadas com a pequena revelação.

— Você já viu, né? É uma putinha safada mesmo. — Hange falou rindo maliciosa.

— Puta só na cama, mas ainda não vi, infelizmente. Só senti com as mãos. — Ele suspirou, se lembrando dos amassos que deu com Eren e se lembrando como eram quentes e pensando em como seria bom ouvi-lo gemer rouco no seu ouvido, invadindo-o com tudo o que tinha.

— Você ‘tá com aquela cara! ‘Tá imaginando, né? — Hange deu um risinho.

— Que cara? — Levi bateu no cigarro com o dedo, deixando a cinza cair no cinzeiro.

— Cara de quem está fisgando sua presa, só falta o bote certeiro. — Dessa vez Farlan quem disse, surpreendo o amigo.

— Essa cara mesmo! — As duas falaram juntas.

— Vão se foder, que tal? — Ele revirou os olhos.

— Erwin não pode nem imaginar umas coisas dessas, se não você estará fodido! — Hange cantarolou. — Ele que ‘tá doidinho para te foder naquela mesa da sala dele, se sonhar que você ‘tá dando para um alvo ele enlouquece!

— É por isso que essa conversa não sairá daqui. — Levi falou enquanto apagava o cigarro no cinzeiro. — Já tenho problemas demais para me preocupar com um loiro que obviamente não sabe receber um ‘não’.

— Ele ainda dá em cima de você? — Isabel perguntou.

— Incansavelmente, sempre que me vê. — Levi deu de ombros. — Não o culpo, não é sempre que tem alguém lindo e gostoso como eu naquela delegacia.

— Até o comandante Erwin, quem diria, hein? — Isabel falou maliciosa. — Você tem quem você quiser na palma da sua mão.

— Eu gosto de como isso soa. — Ele riu malicioso. — Vamos na delegacia? Eu preciso ver como Nanaba e Mike estão na investigação.

— Sim, senhor. — Hange se levantou animada.

— Antes preciso de um café e comer alguma coisa.

— Vamos passar em um fastfood! — Os três gritaram juntos e Levi revirou os olhos.

O baixinho jamais admitiria que estava morrendo de vontade de comer algo gorduroso, mas parecia inevitável após dois dias em repouso.

_____

Já na delegacia devidamente alimentados e depois de terem se despedido de Farlan e Isabel, Levi e Hange estavam na sala de Nanaba e Mike.

— Está recuperado? — Nanaba sorriu simpática, vendo Levi sentar-se em uma das cadeiras.

— Novo em folha. — Ele disse após colocar os pés sobre a mesa.

— Ótimo, porque temos novidades! — Mike virou a tela do computador para os três. — Encontramos a próxima vítima do assassino Coruja.

— Mentira! — Hange deu um grito. — Dot Pyxis?

— Sim. Através do enigma e após pesquisarmos muito, descobrimos que tem uma constelação chamada Pyxis. Bem, ao que tudo indica, aí está a próxima vítima. — Nanaba quem disse. — Quarenta e oito anos, trabalhou como jardineiro na mesma fazenda onde Rico e Anka trabalharam.

— Já sabem o endereço dele? — Levi se levantou no mesmo instante.

— Sim, sabemos. Aqui está. — Mike levantou um papel e Levi o pegou no mesmo instante.

— Nanaba, venha comigo. Não podemos deixar esse assassino matar mais um. — Levi falou enquanto saía da sala. — Hange, Mike, fiquem aqui e nos avisem se caso qualquer coisa surgir.

Os dois apenas concordaram e viram o baixinho e a loira deixarem a sala.

________

— Mikasa, desde quando as crises voltaram? — Eren falava com a irmã em um dos corredores da enorme casa da família Jaeger, olhando para o punho machucado da mesma. — Por que não me falou?

— Você estava ocupado demais, eu não queria incomodar... — Mikasa mordeu o próprio lábio, puxando os braços, cruzando-os logo após.

— Foi a conversa que tivemos na mesa com aquele projeto de mulher? Isso abalou você? — Eren colocou as mãos no rosto pálido, recebendo como resposta uma desviada de olhar.

— Acho que isso potencializou mais as coisas... — Ela suspirou. — Estou sobrecarregada! Preciso ser uma boa aluna na faculdade, preciso ser uma boa filha aqui, preciso esconder o que tenho com Sasha... Eu não estou aguentando mais, não consegui e acabei... Fazendo isso...

— Se cortar não é a solução, você sabe, Mika! — Ele suspirou fundo enquanto a abraçava. — Pode falar comigo sempre que quiser. Apesar de não termos nenhuma ligação de sangue, você sempre será a minha irmãzinha caçula. — Ele deu um riso abafado, sentindo os braços da mais nova circularem seu corpo.

— Obrigada, Eren. — Ela sussurrou, com um soluço interrompendo sua fala logo após. — Eu realmente não sei mais o que fazer, eu me sinto sufocada, eu... — Outro soluço.

Eren soltou o abraço e encarou o rosto de Mikasa, vendo-o encharcado de lágrimas. Passou as costas das mãos ali com delicadeza, limpando e secando as gotas salgadas com cuidado.

— Quer ir para o seu quarto? — Ele questionou e a mesma assentiu com a cabeça, guiando-o até lá.

Eren sentou-se na cama enorme que Mikasa tinha seguido dela, sentindo a mesma deitar a cabeça no seu colo.

— Seja sincera comigo... — Ele começou enquanto fazia um carinho nos fios negros compridos. — Quanto tempo você não toma os seus remédios?

— Eu... Eu não sei... — Ela sussurrou. — Acho que mais de três meses.

— E por que você parou de tomá-los? — Ele se surpreendeu com a pequena revelação. — Se o pai descobrir ele vai falar muito, você sabe.

— Sei, sim... Por isso conto com você para não dizer nada a ele. — Mikasa deu um risinho falho. — Obrigada por se preocupar... Você é o único que presta aqui ainda...

— Vou fazer o que estiver no meu alcance para te ver bem, recuperada e feliz. — Ele tocou o nariz arrebitado, rindo em seguida. — Conta comigo, ‘tá bem?

— Pode deixar. — Ela se levantou do colo do irmão, vendo-o se levantar logo após. — Aonde vai?

— Bem, aparentemente nosso pai decidiu fazer uma visita no clube e vai estar lá hoje, durante a noite. — Eren falou suspirando fundo.

— Nas vésperas de um feriado? — Ela arqueou as sobrancelhas.

— Incrivelmente sim. Ele nunca faz isso, enfim. — Ele deu de ombros.

— E você e o baixinho?

— O que tem?

— Você está mesmo com ele?

— Hum, estou. Sério ainda. — Ele pontuou, fazendo Mikasa soltar um riso, desacreditada.

— Impossível! Logo você? — Ela gargalhou. — Faça-me o favor, tudo isso apenas para comer um cu?

— Não é um cu normal, é um rabão. — Eren lembrou-se. — Você viu o tamanho daquela bunda?

— Logo ele nem tem mais, de tanto que você seca ele. — Mikasa fez uma careta e Eren gargalhou. — Eu não gosto dele. Não sinto verdade, ele esconde alguma coisa... Não sei dizer, aqueles olhos... São tão famintos...

— Você está só implicando porque tem ciúmes... — Ele foi rumo à porta, dando de cara com Petra, uma funcionária carismática e simpática que trabalhava na enorme casa onde morava. — Oi, Petra.

— Oi, senhor Eren. Como está?

— Me chame apenas de Eren, já falamos sobre isso. Precisa de alguma coisa?

— Vim ver se a senhorita Mikasa precisa de alguma coisa... — Ela sussurrou, sorrindo.

— Estou bem, Petra. Obrigada. — A caçula falou, saindo logo após o irmão. — Vou no jardim buscar um pouco de ar e depois volto para estudar mais farmacologia.

— Certo. — A ruiva falou, vendo os dois sumirem pelos corredores.

Petra olhou para a porta do quarto de Mikasa e levou a mão para girar a maçaneta, mas foi interrompida no processo.

— Petra, preciso de sua ajuda. — Era Dina e a ruiva virou-se no mesmo momento. — Me siga, por favor.

— Certo, senhora Jaeger. — Ela se afastou, mordendo o lábio inferior.

________

Mike e Hange estavam conversando sobre o caso na sala de investigações, até que o telefone tocou. O loiro atendeu, sem muita animação; no entanto, seu coração quase parou ao ouvir a voz distorcida tanto conhecida. O dedo apertou no viva-voz e a ligação ecoou por toda sala.

“Olá, investigadores. Estou vindo com péssimas notícias dessa vez. Vocês demoraram muito e a vítima já não está mais entre nós. Eu queria muito poder ajudar, mas vocês precisam ser mais rápidos. Eu sei o que a coruja quer e é vingança. Talvez eu também queira, no fim...”

A ligação caiu, com Hange e Mike se encarando assustados.

— Não era a porra de uma semana? — Mike falou enquanto Hange pegava o celular e procurava o número de Levi na lista.

Novamente, outra ligação.

Mike alcançou o telefone mais uma vez, atendendo-o.

— Departamento de homicídios, Mike. — Ele atendeu, já colocando no viva-voz novamente. — Nanaba? O que foi?

“Mike, a próxima vítima...”

— O que tem, Nanaba?

“Mike, está me ouvindo?” Era a voz de Levi e Hange arregalou os olhos no mesmo instante. “Enviem uma perícia aqui imediatamente. O corpo da vítima foi encontrado sem vida.”

— O quê?! — Hange exclamou. — Mesma situação?

“Não. Agora é diferente.”

— Qual a novidade?

“Suicídio.”

Mike olhou para Hange e ambos engoliram seco.

— Estou enviando a equipe imediatamente. Mais alguma coisa?

“Sim, dessa vez tem uma carta... Estarei esperando a equipe chegar e iremos aí imediatamente.”

A ligação mais uma vez foi desligada e a dupla suspirou fundo.

Por que pareciam que estavam sempre um passo atrás do assassino?

_____

Com a equipe chegando no local, Levi e Nanaba retornaram para a delegacia com uma foto da carta em mãos.

— A porra da ligação feita por esse informante não disse que era uma semana? Faz dois dias que ele ligou! — Levi parecia impaciente.

— Eu acho que isso nos mostra uma coisa... — Hange começou. — Pyxis sabia que seria o próximo e tratou de tirar a própria vida. Só me surpreende a carta deixada...

— Leia de novo, por favor. — Mike falou e Nanaba assentiu.

— Quem diria que ele teria coragem de tomar medidas tão drásticas, mas essa coragem ele não teve quando viu e ouviu tudo e ficou sem fazer nada.

— O informante trabalha com a coruja? Ele é alguém de fora? Algo não bate. — Hange questionou.

— Quase isso. Ele pode trabalhar para ela ou saber os planos, mas não o suficiente a ponto de intervir diretamente... Bom, eu acho. — Levi deu de ombros. — A autopsia sairá quando?

— Ainda não sabemos, mas não há o que ver... Digo... Ele se matou. — Nanaba falou, suspirando fundo. — Não conseguimos nunca ir atrás de alguém envolvido, isso está me matando.

— Bom, nosso palpite sobre vingança estava correto. O assassino está indo atrás de cada um, caçando a cabeça de todos que se envolveram com seja lá o que for... — Ele levantou-se, pegando o paletó. — Precisamos de um mandado para darmos uma olhada em uma dessas fazendas em que esse povo trabalhou. Acha que consegue um, Mike?

— Posso trabalhar nisso, vou pedir ajuda do comandante Erwin.

— Acha que em quanto tempo isso ficará pronto?

— Não tenho a certeza... Em uma, duas semanas... — O loiro pensou.

— Ótimo, me ligue ou peça para Hange enviar alguma mensagem assim que descobrir. — Levi colocou o paletó e foi rumo à saída.

— Aonde você vai? — Hange questionou.

— Na fonte do problema e ver se descubro alguma coisa a mais. Vamos torcer para que não apareça nenhum morto nesse meio tempo.

Dizendo isso, Levi saiu da sala.

______

Já no Vanilla Club, Levi dessa vez estava sentado em um dos lounges na parte debaixo, decidindo não subir até o mezanino a fim de observar o movimento ali àquela noite. O bar não estava muito movimentado como pensou que estivesse, talvez fosse o horário, ainda era cedo.

Logo avistou Jean e Armin chegarem despreocupados e assim que ambos o viram, foram se sentar no mesmo lounge.

— Boa noite. — Os dois disseram juntos.

— Boa noite. — Levi respondeu.

— Está esperando o Eren? — Armin perguntou venenoso.

— Hum, na verdade, sim. — Levi falou indiferente.

— Acho que vai tomar um chá de cadeira um pouco, pois o pai dele está aí. — Jean falou.

— Como? — Levi os encarou pela primeira vez, um tanto que surpreso.

— Bom, vimos ele enquanto estávamos entrando e... — Armin começou. — Ah, olha eles aí. — E apontou.

Levi olhou para onde o loiro apontava, vendo Grisha, Zeke e Eren andando lado a lado. Não demorou muito e os viram ir até onde ficava o elevador e quando bateu os olhos lá, viu que Reiner já estava lá.

Após conversarem um pouco, Levi viu Eren dar de ombros e dar uma olhada no salão, apenas para dar meia volta e ir até o bar ali perto.

— Olha, ele não subiu... — Jean falou.

— Eu já disse, até a família o despreza... — Armin falava venenoso. — Ele é um miserável.

— Me surpreende como você consegue ser falso desse jeito com ele. — Levi quem disse, bebendo de uma vez a bebida que estava em seu copo e se levantou.

— Aonde você vai? — Jean perguntou.

— E eu lá te devo satisfação? — Levi arqueou as sobrancelhas.

— Eu quero te chamar para jogar mais uma vez. — Jean falou de repente, surpreendendo os dois que estavam ali.

— ‘Tá e eu ganho o que? Já que você ainda não me pagou os cinco milhões. — Levi sussurrou cruzando as pernas.

— Vamos apostar. Se eu ganhar, você perdoa a minha dívida. Se eu perder, eu te transfiro agora os cinco milhões.

Os olhos de Levi se abriram mais que o comum. A ganância o corroendo por dentro, junto com um sorriso que estampava o seu rosto e não se conteve.

— Cadê as cartas? — Ele perguntou e somente o brilho que os olhos azuis cinzentos emitiram foi o suficiente para fazer Jean arrepender-se do que havia proposto.

Ele estava fodido.

_________

 — Agora eu ganho de você. — Jean falou, após perder três seguidas e propor mais algumas, com Levi o encarando entediado enquanto se abanava com as cartas despreocupadamente com uma expressão tediosa.

— Igual as últimas três vezes, sei. — Levi deu de ombros, olhando para um Armin desesperado ao lado do namorado. — Não tenho o dia todo aqui, fala logo as merdas de carta que você tem que eu... — Foi interrompido.

— Eu tenho um Flush. — Jean colocou as cartas na mesa com um sorriso vitorioso e Levi o encarou com desdém.

— Vai ganhar de quem com essa merda? ‘Tá me zoando, porra? — Ele arqueou as sobrancelhas. — Eu não jogo com amadores, me dá logo os meus cinco milhões, seu riquinho de merda.

— Olha a forma que...

— Olha o quê? Você se paga de riquinho mimado, mas não vê que não é ninguém. Esse loiro azedo e sem sal ‘tá com você só por interesse, você é péssimo jogando qualquer jogo, além de ser um péssimo pagador. Ah, claro. — Ele riu tenebroso, jogando suas cartas na mesa e mostrando sua jogada, vendo o olhar aterrorizado de Jean. — Com certeza deve ter um pau minúsculo aí debaixo. Eu quero a transferência na minha conta agora. Você sabe o que é isso, não é? Você fez essa jogada comigo um dia, pena que eu tinha a maior mão aquela vez... Mas sou bonzinho e vou ganhar de você apenas com um Full House, ok? — Ele riu, tirando os pés de cima da mesa. — Vai querer me... — Foi interrompido.

Na verdade, Levi se interrompeu ao correr os olhos para o salão, vendo Grisha voltar, dessa vez sem Zeke ou Reiner consigo e ir até o balcão pegar uma bebida e logo Eren – que estava em uma espécie de ronda pelo local, vendo se tudo estava em seu perfeito lugar, mas antes havia ido ali e conversado um pouco, dizendo que logo voltaria – chegou perto do pai.

A cena aconteceu muito rápida, mas chamou a atenção de Levi e de mais algumas pessoas próximas. Grisha estava debruçado no balcão e o Ackerman viu perfeitamente o momento em que ele passou a mão na bunda da bartender que estava de costas.

— Gostosa, que tal ir ali para cima?

Aquilo fez o estômago de Levi revirar várias vezes. Grisha assediava as próprias funcionárias?

— Para com essa porra agora. — Levi ouviu a voz de Eren ecoar, dando um tapa no braço do próprio pai. — Ficou louco?

— Que merda você pensa que está fazendo, seu inútil? — Grisha falou mais alto e Levi teve a certeza que ele estava bêbado.

— E vamos de humilhação. — Jean falou rindo.

— Se eu soubesse que Grisha faria o show dele, teria trazido a pipoca. — Armin riu malicioso. — Observe, Rivaille. Nosso querido Eren ser humilhado é uma coisa que nos satisfaz, já que ele é cheio de si todo o tempo.

Levi continuou observando a cena, ignorando o comentário do casal.

— Por isso não para ninguém aqui! Ou é você ou é Zeke que ficam cantando essas mulheres. Sou dono disso aqui tanto quanto você, então respeite as minhas funcionárias. — Eren falou de uma vez, surpreendendo Levi com o discurso repentino.

— Você se acha demais, se enxerga. Isso aqui é seu porque eu te adotei, te tirei dos braços daquela miserável e... — O barulho de um tapa foi ouvido.

Oh, sim. Eren havia dado um tapa no rosto de Grisha, chamando mais a atenção ainda para a pequena discussão.

— Você nunca mais abra essa tua boca imunda para falar da minha mãe. — Eren falou com raiva nos olhos. — O único erro dela foi ter acreditado em um projeto de homem como você.

 — Você é um bastardo! Eu odeio olhar para seu rosto e ver o quanto você tem a cara de pobre que ela tem. Eu tenho nojo de você. — Falando isso, Grisha cuspiu no rosto do próprio filho, dando um tapa logo após, saindo dali e indo rumo ao elevador novamente.

Levi mordeu o próprio lábio, olhando em volta. Todos haviam visto a discussão e o que foi dito, logo os murmúrios foram ouvidos por todo o lugar.

— Eu me delicio. — Armin disse rindo. — Agora ele fica um tempo quietinho na dele sem se achar.

— Tem um ponto importante. — Jean falou. — Ainda bem que somos namorados, se eu tivesse um melhor amigo como você eu estava fodido. — Ele se referiu ao status de amizade que Eren considerava o loirinho.

Levi balançou a cabeça negativamente ouvindo aquela conversa nojenta do casal sentado na mesma mesa que a sua e levantou-se, não raciocinando direito o que estava fazendo.

A verdade é que ver aquela cena mexeu um pouco – mesmo que minimamente – com seu interior. De repente sentiu o coração apertar ao ver alguém ser humilhado por simplesmente fazer o mínimo. Era somente isso, correto?

— Ainda não me esqueci de você. Vai ter que me pagar os cinco milhões. — Ele disse para Jean antes de caminhar até onde Eren estava, deixando um casal apreensivo e surpreso para trás.

Chegando mais perto, viu Eren limpar o cuspe com as costas da mão e virar-se para a funcionária que estava envergonhada e encolhida ali.

— Você está bem? — Ele perguntou, vendo-a assentir minimamente.

— Obrigada, mas não precisava... — Ela respondeu meio temerosa.

— Claro que precisava. Não se preocupe, você não perderá o seu serviço. Se isso voltar a acontecer, seja com ele ou com qualquer outra pessoa, quero que me conte, ok?

— Tudo bem... Obrigada... Muito obrigada. — Ela sussurrou, mordendo o próprio lábio e Levi teve a certeza de que ela estava prestes a chorar.

— Eren... — Levi chamou a atenção do moreno, que o encarou no mesmo instante. — Você...

— Ah, então você viu? — Ele soltou um riso abafado olhando em volta e vendo as pessoas disfarçarem, mas no fundo sabia que estavam falando do que aconteceu.

Os olhos verdes pairaram na mesa em que Levi estava anteriormente, vendo Armin e Jean sorrirem maliciosos e gargalharem entre si.

— Meio impossível não ter visto... — Levi sussurrou. — Você ‘tá bem?

— Você se preocupando? Que milagre. — Foi irônico.

— Quer saber? Vai tomar no seu cu, praga. — Levi revirou os olhos. — ‘Tô pouco me fodendo pra você.

— Então por que veio aqui?

— Eu sei como é a porra de problemas familiares, ok? — Ele deu de ombros, indiferente. — Mas como você está bem e felizinho, não vou falar mais nada.

— É, realmente não é fácil. — Ele pareceu distante por um momento e Levi conseguiu ler perfeitamente a expressão no rosto moreno: vergonha e impotência. — É isso que significa ter o sobrenome Jaeger.

Levi o encarou, mordendo os lábios logo após. Primeiro Mikasa havia dito aquilo, depois Eren. O quão ruim aquela família era? Ali, por um segundo, parecia que aquele moreno musculoso e gostoso estava prestes a desabar a qualquer momento.

Olhou em sua volta, ainda vendo os olhos curiosos e vez ou outras dedos apontavam e suspirou fundo.

— Já esteve em uma aventura? — Levi falou, de repente, surpreendendo até a si próprio.

— Como assim? Claro que já... Mas por que...

— Não estou a fim de sair com uma pessoa que está com cara de cachorro que caiu da mudança. — Ele deu de ombros, colocando as mãos no bolso. — Que tal sairmos juntos e nos conhecermos melhor? Acho que nunca estivemos em um lugar para conversarmos sem que nossas línguas não estivessem dentro da boca um do outro.

Aquele era o momento perfeito. Se aproveitaria da fragilidade de Eren para aproximar-se mais ainda do moreno, talvez assim ele contasse mais sobre sua família e convivência com o pai e o irmão.

Talvez fosse um pouco cruel, mas não se importou. Os fins justificam os meios e era assim que ele trabalhava – mesmo que aquele sentimento estranho de vê-lo naquela situação ainda estivesse ali em algum lugar, apertando seu coração e formando um pequeno nó na sua garganta –, não havia arrependimento em nada.

— É um encontro, é? — Eren sorriu malicioso.

Seria o momento perfeito para cercá-lo e fazer toda aquela marra e poder cair sobre seus pés, iria aproveitar cada pedaço daquele corpo e faria implorá-lo por mais.

Por mais que seu interior estivesse chateado – e envergonhado – com tudo o que aconteceu momentos atrás, uma sensação nova invadiu seu corpo de repente ao ouvir o convite repentino.

A hora não poderia ser mais propícia.

— Eu não gosto de coisas melosas desse tipo, garoto. — Levi virou-se e começou a caminhar.

Eren deu uma bela secada na bunda volumosa e marcada pela calça extremamente apertada do baixinho e mordeu o lábio, pensando em como seria bom mordê-la, chupá-la e enchê-la de tapas.

— Se me olhar mais um pouco eu vou pensar que você é a porra de um virgem que nunca viu um rabo bonito antes. — Levi olhou por cima do ombro e voltou a caminhar.

Eren o alcançou, caminhando ao seu lado, atraindo mais olhares ainda ao verem o “novo casal” andarem pelo Vanilla Club.

— Aonde vai me levar? — Ele perguntou curioso, observando Levi de canto de olho.

— Já conheceu o subúrbio? — Levi perguntou, vendo uma negativa de Eren e sorriu vitorioso. — Então se prepare, será a melhor aventura da sua vida medíocre.


Notas Finais


E LAIA, TO SENTINDO O CHEIRO DE PAU TORANDO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
OS DOIS PENSANDO QUE NAO VAO SE APAIXONAR, PERDIDOS NOS PROPRIOS PLANOS. EU VENDO: ata vai nessa vai
tem muitas coisinhas no ar ai gente. se eu jogar mais fica poluido KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK o levi percebendo muita coisa............ o que sera que aconteceu nessa fazenda? e os numeros deixados pelo cracker?
analise e misterios hummmmmmmmm
me falem os palpites de vcs! TO AMANDO AS TEORIAS, TEM GENTE QUE TA PASSANDO PERTO RASPANDOOOOOO
enfim falei demais como sempre KKKKKKKKKKKKKKK
me deem o feedback da playlist dps ♥
amo vcs e até o proximo!


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