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História Love Shot - Informante


Escrita por: imakinox

Notas do Autor


oioioi gente!
como estão? espero que bem!
mais um capítulo cheio coisinhas para pegarem no ar, entao atençaoooooo hehehehe
nos vemos nas notas finais como sempre
— a música do capítulo é 'hell in heaven' https://open.spotify.com/playlist/70KPyisJD7Bn61fp2zojKW | https://youtube.com/playlist?list=PLv8GR2J2FVhrYQNEvCUJIdqMkR163Exv3
boa leituraaaaaaa

Capítulo 4 - Informante


[ ainda continuo te querendo, só com um olhar, só por te tocar
me leve ao seu paraíso. céu ou inferno? qual eu deveria escolher? ]

 

 

— Você está mexendo com gente grande, Rivaille... — A mulher de cabelos negros falava enquanto dirigia um carro luxuoso, com Levi no banco de passageiro.

— Estou pouco me fodendo para isso, se o dinheiro estiver na minha conta eu mexo até com o presidente. — Ele dizia enquanto acendia um cigarro.

Adaga de Prata deu um riso, balançando a cabeça negativamente.

— Faz quase um mês que você está nessa operação, nenhuma pista?

— Por que está tão interessada assim? — Ele arqueou as sobrancelhas enquanto soltava a fumaça pela boca e colocava os pés no painel do carro caro, recebendo um olhar mortal, mas pouco se importou. — Está com medo do seu grande império ficar em segundo lugar com essa encomenda misteriosa que eles estão exportando? Irá para fora, países vizinhos de acordo com as guias que você está fazendo... É coisa grande.

— Meu império ainda está intacto, só não quero meu nome envolvido em coisas nojentas. — Ela sorriu minimamente e Levi gargalhou.

— Puta hipócrita você. Desde quando você tem valores e princípios? Seus negócios hoje valem milhões e matou quantos para passar por cima disso? Preciso dizer quem você matou quando nos conhecemos? — Ele virou-se para ela com um sorriso venenoso.

— Rivaille, Rivaille... — Ela riu, venenosa igual, estacionando o carro. — Diferente de você, eu tenho algumas coisas que prefiro não me envolver por sororidade e... Empatia? Não sei se essa palavra existe no meu vocabulário. — Ela deu de ombros, pegando o cigarro dos dedos de Levi e dando um trago, assoprando no rosto dele. — Diferente de você, eu ainda poupo inocentes... Nossas mãos estão sujas de sangue, mas é o nosso lema, não é? Os fins justificam os meios.

Levi ficou quieto por um momento enquanto pegava o cigarro de volta e tragava. Novamente se viu de volta em uma noite nada muito agradável de uma das suas últimas operações. Os olhos piedosos, o choro e gritos saindo descontroladamente, quatro tiros fatais e sangue nas mãos. Aquela foi uma missão complicada e descobriu da pior forma que as emoções quando o acometiam faziam o peito doer de uma forma terrível. Nunca foi de sentir muitas coisas, se envolver emocionalmente ou deixar-se sentir sentimentos bons e novos; ele não era assim. Desde que entrou para aquele mundo – praticamente obrigado por não ter outra alternativa – depois da morte do tio, não conseguia sentir muitas coisas; exceto aquela noite.

Aquela noite sentiu mais do que deveria. O peito doía, a angústia o sufocando e um grito de dor que nunca escapou de sua garganta.

Não tinha por quem ou pelo que lutar. Era tudo por ele e para ele. Já havia tido tantas identidades, feito tantos teatros, se infiltrado em tantos locais que se perguntava como ainda conseguia lembrar seu nome verdadeiro e quem era, de fato.

— Sem arrependimentos, não é? — Ele falou enquanto jogava o cigarro pela janela, dando de ombros.

— Me surpreendo sempre com o quanto você não esboça nada. Você é uma máquina pronta para matar quem quer que seja. — Adaga falou ao ver que não conseguiu atingí-lo da forma que queria.

— Só agora você se surpreende? — Ele virou-se, sorriso cínico nos lábios. — Somos farinha do mesmo saco. Eu passo em cima de quem quer que seja para conseguir o que eu quero, prova disso está nisso aqui nessa conversa.

Ela sorriu, inclinando o corpo de forma sensual para próximo dele, agarrando a camisa preta que Levi vestia.

— Nossa ambição é grande, eu gosto de como os seus olhos transmitem isso tão bem... — Ela encarou os olhos felinos azuis, tão predatórios que amolecia qualquer um que encarasse aqueles orbes cinzentos. — Já disse que tenho inveja de quem já provou cada pedaço desse corpo?

— Até eu tenho. — Ele passou o polegar nos lábios da mulher a sua frente, soando narcisista e egocêntrico o suficiente para que a boca dela se curvasse em um sorriso e abrisse um pouco, o bastante para chupar de forma indecente o dedo que estava ali. — E há quem ainda queira se deitar comigo até hoje. — Ele sorriu com o quanto aquela mulher ainda o tentava seduzir de alguma forma, sussurrando rouco no ouvido, após levar a mão a nuca e pegá-la com força, enquanto a outra mão ia na coxa que estava vestida por uma calça preta de couro e apertar ali, fazendo-a suspirar. — Se eu gostasse de buceta você já estaria de quatro implorando para que eu te comesse com mais força e pedindo para que eu falasse como você age igual uma putinha no cio.

Falando isso, se afastou, vendo os olhos da mulher a sua frente se abrirem mais que o normal junto com uma mordida no lábio. Tateou o bolso, pegando um pendrive e o colocou na vista da mulher.

— Aqui está o que me pediu.

Ela pegou o pendrive e o guardou, com um sorriso nos lábios.

— Estou averiguando ainda o que me pediu. — Ela falou.

— Certo.

— Fiquei sabendo que Eren está de olho em você.

Levi sorriu malicioso, encarando-a nos olhos.

— Você vê mais do que ninguém o quanto ele me provoca. Posso tê-lo a hora que eu quiser, num estalar de dedos. Que culpa eu tenho, não é?

— Rivaille, Rivaille... — Ela riu igual ele, balançando a cabeça negativamente. — Eren é um predador como você. Desde a primeira vez que vi vocês dois ‘juntos’ e toda a tensão sexual que se formou, sabia que não acabaria bem... Só uma faísca para tudo explodir e vai delicioso ver você desmanchar naqueles braços.

Levi gargalhou jogando os cabelos para trás.

— Não estou lá para isso, embora eu possa tirar uma vantagem grande me envolvendo com ele... — Ele deu de ombros. — Mas é perigoso e incerto.

— E desde quando você tem medo do perigo? Ele é sempre tão atraente para você. — Ela arqueou as sobrancelhas. — Ele chegou a me falar que queria ao menos um beijo, se conseguir. Sabe... Você foi a primeira pessoa a ser tão difícil assim em relação a ele. É quase como um desafio.

— Me sinto honrado... — Levi gargalhou mais uma vez, daquele jeito egocêntrico que somente ele conseguia fazer. — Os desafios mais difíceis são os mais gostosos, não é?

— Se tratando de você, eu não tenho dúvidas disso.

— Ele sabe quem você é?

Ela riu.

— Rivaille, o único que teve o prazer de me ver em cena foi você e vejo que fiz bem em não matá-lo aquele dia. Vou adorar acompanhar a queda de Grisha de perto.

Levi balançou a cabeça negativamente, saindo do carro. Acenou com a mão e deu as costas, ouvindo uma buzina como resposta. Adaga de Prata era ambiciosa, gananciosa e prepotente, envolver-se com ela era como participar de uma roleta russa; no entanto, nenhum dos dois sabiam quem tomaria o tiro primeiro. Não cultivavam bem uma amizade, era mais como parceiros de negócios e se aquilo o favorecia, não via problemas em manter seja lá o que tinha com ela.

Olhou para o logo neon do “Vanilla Club” e suspirou fundo. Havia perdido as contas de quantas vezes pisou ali, subiu naquele mezanino para tentar descobrir algo; porém, em vão.

Aos poucos se aproximou de Eren e de seus amigos, mas Zeke ainda parecia algo inalcançável. Sempre distante e andando pelo clube, parecia que não tinha interesse no pequeno ‘grupo’ do mezanino. Levi por várias vezes via o loiro cantando meninas extremamente bonitas ou então assediando alguma funcionária muito atraente com aqueles uniformes curtos e apertados – Levi sempre pensou que deveria ser extremamente desconfortável trabalhar daquela forma e ter que suportar os olhares devoradores de gente escrota –, além de destratar Eren na frente de todos.

Uma coisa que Levi havia notado era como todos ali destratavam Eren, como se estivessem perto do moreno por puro interesse. Por várias vezes havia pegado o grupinho falando mal do moreno pelas costas e quando ele chegava, todos o tratavam bem. Sempre se perguntou se ele sabia daquilo.

Hange o acompanhava de vez em quando, agora estava envolvida demais com o caso do cracker que, misteriosamente, batia de frente com as habilidades da morena e não deixava rastro algum e estavam tentando achar alguma ligação com as pessoas que sofreram com seus ataques; porém, sem sucesso algum até o momento.

Entrou no clube, subiu o mezanino e deu de cara com Mikasa.

— Me surpreende você ainda querer se envolver com gente nojenta desse tipo. — Foi o que a morena falou, de repente, sentada no sofá de pernas cruzadas enquanto lixava uma das unhas, aparente artificiais quando parou para reparar bem. — Ainda espero meu irmão abrir os olhos para esses ‘amigos’ que ele tem. Historia é a única que se salva desse bando de ridículos mal amados.

— Me surpreende você puxar assunto comigo. — Levi respondeu.

Os dois não se bicavam, isso era óbvio. Quase se odiavam, na verdade. Levi não fazia questão e Mikasa muito menos, principalmente por ir raramente até lá. O primeiro encontro de ambos não foi nada agradável com um Levi ganhando de Eren no poker pela terceira vez seguida e os flertes descarados do irmão para aquele baixinho arrogante e metido eram tão quentes que faziam seu estômago revirar.

Como podia não ir com a cara de alguém logo no começo?

— Não que eu goste disso, mas não tem ninguém aqui, não é? — Ela deu de ombros. — Meu irmão está querendo foder você, você sabe, não é? — A voz carregada de malícia foi presente e Levi arqueou a sobrancelha com aquele assunto de repente.

— Fiquei sabendo... — Foi o que respondeu, pegando um cigarro e acendendo.

— Você se acha muito, não é? Por isso não suporto olhar para essa cara sua. — Ela falou, olhar carregado de nojo o encarando avivadamente.

— Então é recíproco, cunhadinha. — Ele deu um riso egocêntrico, enfatizando a última palavra propositalmente.

Levi viu Mikasa se levantar, bufando e revirando os olhos.

— Já vai? — Levi ainda insistiu em provocar. — Nem começamos a falar sobre a parte legal que envolve seu irmão e eu em uma cama, enquanto... — Foi interrompido.

— Se conselho fosse bom, não se dava, vendia. — Ela virou-se para Levi com um olhar que ele nunca havia visto antes em alguém. Carregava tanta amargura e angústia que se viu perguntando se era aquela garota arrogante de segundos atrás. — Não se envolva com essa família. Não é pelo império ou pelo dinheiro, não. Tem coisas tão graves que nos envolve que me fazem ter nojo e ódio desse maldito sobrenome. — Dizendo isso, ela desceu as escadas deixando para trás um Levi confuso com aquilo de repente.

O quanto Mikasa sabia para dizer aquilo?

Como assim, coisas graves?

Não teve tempo de continuar o raciocínio, pois Levi viu Eren subir o mezanino e o moreno estava simplesmente de tirar o fôlego. Uma calça social preta com listras cinza e camisa preta e cabelos no coque habitual de sempre, além do sorriso no rosto quando correu os olhos verdes pelo mezanino e o viu ali, sentado no sofá.

Logo estavam sentados lado a lado e Levi sentiu o perfume fodido de maravilhoso invadir suas narinas rapidamente. Porra, tinha como aquele homem ser mais atraente para si? Resistir estava se tornando uma tarefa difícil e se viu pensando que agora os dois estavam sentados um ao lado do outro.

Sozinhos.

Levi apagou o cigarro e cruzou as pernas em sua pose marrenta de sempre enquanto sentia o olhar do outro ao seu lado queimá-lo, quase como uma afronta por estar daquele jeito despreocupado e relaxado, sem sequer cumprimentá-lo.

Deu um riso convencido. Adorava ver as facetas divertidas que Eren fazia quando simplesmente o ignorava ou flertava descaradamente e o dispensava logo após. Era um passatempo divertido, no fim.

O ápice foi quando em um dos shows que tiveram na semana anterior, ele e Historia ficaram bêbados o bastante para dançarem juntos, rebolando, pernas se esfregando e mãos bobas percorrendo os corpos. Sabia do poder que tinha e sabia como usar seu corpo ao seu favor e teve a certeza que não teve uma pessoa daquele ‘clubinho’ nojento que não o desejou aquela noite.

Ele gostava disso e como gostava. Ser o centro das atenções, ter olhares direcionados para si, ser desejado. Agora ali, ao seu lado, um dos filhos do dono de um dos maiores impérios do país estava louco para tomá-lo para si e Levi detestava admitir: mas também queria aquilo. 

Se sentia poderoso de alguma forma quando se pegou pensando nisso, sorrindo logo após. A sensação era ótima e como era.

— Mikasa falou algo para você? — Eren puxou o assunto de uma forma inesperada.

— Hum? Não, nada. Nem conversamos. — Mentiu, dando de ombros.

— Pensei que poderia ter falado algo com ela, já que a vi sair daqui de cima com uma cara péssima...

— Eu tenho cara de quem magoa garotinhas mimadas e riquinhas? — Levi virou-se para Eren com um sorriso sarcástico nos lábios.

— Preciso dizer mesmo? — O sorriso malicioso estava estampado no rosto do moreno e a pergunta fez Levi assentir com a cabeça. — Não, não acho que seja o seu feitio fazer isso... Você parece gostar que as coisas estejam no seu controle sempre... — A frase foi sussurrada no pé do ouvido, fazendo com que Levi tivesse arrepios.

— Eu gosto de mandar... — O duplo sentido estava ali novamente, junto com um sorriso malicioso.

— É? — Eren continuou sussurrando, levando uma mão até a coxa de Levi, apertando ali com força. — Estive pensando, você não cobrou até hoje a recompensa da aposta que fez comigo...

— Irei usá-la no momento certo.

— E que tal eu propor outra coisa para você, hum?

— Tipo o que?

Levi encarou Eren nos olhos e viu o mesmo apontar para uma mesa de sinuca que havia ali, com um sorriso malicioso estampado nos lábios ainda.

— Sabe jogar?

Levi deu um riso. Claro que sabia jogar, de onde veio era mestre nisso; porém, ficou curioso e tentado para ver onde isso pararia.        

— Não. Que tal me ensinar? — A voz carregada de malicia novamente se fez presente, junto com olhos verdes brilhantes em expectativa.

Eren se levantou, fazendo um sinal com a cabeça para que Levi o acompanhasse e assim ele o fez. Parando de frente para a mesa e vendo Eren pegar o bastão, Levi apoiou os cotovelos sobre a mesa verde e empinou a bunda, vendo as bolas serem colocadas sob a mesa na posição triangular de sempre.

Eren rodeou a mesa sendo seguido pelos olhos felinos de Levi que se ajeitou melhor ao ver o moreno parar atrás de si com um taco de madeira nas mãos. Com a cabeça apoiada no ombro pequeno e o corpo colado com o de Levi, Eren inclinou os dois corpos, roçando os quadris no processo já que a posição era extremamente favorável para si.

Era aquilo que ele queria: que Levi ficasse totalmente a mercê dele.

Colocou o taco na posição correta, fazendo Levi pegá-lo com as mãos com as suas sob as dele enquanto mirava com a cabeça apoiada em seu ombro.

— Você pega no taco com força e com jeito ao mesmo tempo para conseguir enfiar as bolas no buraco, consegue me entender? Vou dar um exemplo para você ver

Oh, sim. Levi entendia bem o que aquele duplo sentido queria dizer e sorriu com isso, principalmente ao sentir duas investidas contra seu corpo debruçado sob a mesa.

Sorriu malicioso quando entendeu as intenções de Eren ao propor um jogo de sinuca. Era um método bom, no fim. Carregado de segundas intenções, claro, mas não deixava de ser bom e eficiente.

Virou-se, ficando de frente para ele. Rostos praticamente colados, respirações tocando a face um do outro. Levi apoiou as mãos na mesa atrás de si e Eren fez o mesmo, encurralando-o lá.

— Você ensina bem, Eren. — Levi começou, sussurrando próximo ao ouvido do moreno. — Poderia me ensinar mais vezes como você acertar o buraco, não é?

Eren riu e as mãos saíram da mesa indo até a cintura de Levi, colando os corpos. Era quente, intenso e incrivelmente sensual. Como poderia aquele baixinho ser tão poderoso assim?

— Posso ensinar isso e outras coisas, se quiser. — Sussurrou no ouvido de Levi, mordendo o lóbulo da orelha.

Levi teve que suspirar fundo para não gemer. Quando aquela posição havia ficado desfavorável para si? Eren conseguia fazê-lo derreter naqueles braços fortes e musculosos e por um instante se viu tentado e erguer aquela camisa e beijar cada pedacinho do que imaginou ser um abdômen definido. O perfume forte invadia suas narinas como uma droga viciante e os toques fortes só reforçavam mais a teoria que aquela pegada deveria ser intensa, deixando a beira da loucura qualquer um que se visse no meio daquelas mãos.

Era assim que Eren transparecia para si.

— Essas outras coisas envolveriam eu em cima dessa mesa? — Levi questionou com um sorriso malicioso e uma mordida no próprio lábio ao encarar para os olhos desejosos verdes. O duplo sentido já não havia ali, pois claramente ambos falavam da mesma coisa.

Sexo.

— Em cima dessa mesa ou naquele sofá ou na frente de todo mundo se você quiser... — Eren tinha o mesmo sorriso nos lábios, com a voz rouca entorpecida de luxúria ao pensar em como seria delicioso corromper aquele rosto marrento e cheio de si.

Levi soltou um riso vendo que estava praticamente encurralado ali. Eren era astuto, silencioso e fatal. Sabia como seduzir, isso era um fato. O prendeu como um animal pronto para o abate e mesmo que odiasse admitir Levi queria ser abatido, ter sua carne amaciada e ser provado das mais diversas formas possíveis.

Olhou para Eren vendo o maldito sorriso bonito para um caralho estampado naquele rosto maravilhoso na sua visão. Acompanhou com o olhar quando o moreno umedeceu os próprios lábios com a língua, mordendo o inferior em seguida em uma clara provocação e quando se viu caindo nessa sedução barata se repreendeu por pensamento.

A culpa não era sua se aquele homem poderia ser atraente daquela forma, era?

Os olhos verdes estavam desejosos e Levi leu claramente a intenção por trás deles. Tinha luxúria e malícia e se pudesse, acrescentaria indecência e depravação.

— Eu não vou te beijar se é isso que quer, Eren. — Ele tentou tirar os braços de sua cintura, em vão. Ambos sorrindo iguais, quase como se dissessem que queriam a mesma coisa. De fato, queriam.

Levi já não estava sendo mais tão difícil quanto pensou que seria, no fim. Estava totalmente a mercê entre aqueles braços e aquele perfume terrivelmente cheiroso.

— Não precisa me beijar, bebê. — Eren se aproximou, levando uma das mãos da cintura até a nuca de Levi, pegando ali com força. — Quem vai fazer isso vai ser eu.

Sem mais e nem menos, Eren o beijou. Não era bem um beijo necessitado, mas era um beijo com urgência. Um beijo sem vergonha e sem pudor algum.

Diferente de tudo que pensou naquele momento e agindo por instinto, Levi levou uma mão até os fios castanhos, afundando seus dedos ali enquanto a outra foi rumo à cintura, apertando com gosto, trazendo o corpo para mais perto – se isso fosse possível.

Nem foi possível dizer quem pediu passagem com a língua primeiro, pois as duas se encontraram praticamente no mesmo momento em uma briga silenciosa dentro das bocas. As mãos de Eren desceram, pegando nas coxas de Levi e erguendo-o para que se sentasse em cima da mesa com ele entre as pernas fartas.

Das coxas, as mãos foram até a bunda que Eren tanto ansiou em apertar e céus, era realmente durinha e farta, seus dedos apertaram com gosto a região, quase separando as bandas – o que não foi possível, já que Levi estava com aquela calça terrivelmente apertada que somente valorizava aquele traseiro empinado e aquelas coxas grossas – e vez ou outro chegava a erguê-lo da mesa com a força que pegava.

Levi arfou no meio do beijo, passando as pernas em volta no quadril de Eren, unindo ainda mais os corpos. Deu uma mordida no lábio inferior para finalizar o beijo, mas sentiu uma mão nos fios negros puxando-o para mais um beijo. Não resistiu e puxou a camisa social preta que Eren usava, adentrando-a com sua mão e confirmando que realmente havia um tanquinho maravilhoso ali e somente pensou em como seria sublime marcar cada gominho com sua boca.

Levi sentiu seu lábio inferior ser chupado com força, enquanto movimentos de investidas eram feitos entre suas pernas, jogou a cabeça para trás em um impulso e sentiu a boca de Eren descer para seu queixo e depois para seu pescoço alvo, atacando ali sem pudor algum

Mordidas, beijos, lambidas, chupadas. Seu pescoço estava sendo abusado de um jeito maravilhosamente bom e tinha certeza que algumas marcas ficariam ali, tanto pela intensidade das carícias quanto pela cor de sua pele, mas não ligava.

Estava mergulhado em um mar de luxúria de repente e só pensava em como a química que tinham era quente. Terrivelmente quente, prazerosa, louca e intensa.

— Você é uma delícia. — Eren falou, puxando os fios negros e encarando os olhos azuis cinzentos já nublados em pura lascívia e sorriu com aquilo. — O que está pensando agora, hein? Quer que eu te debruce e te foda agora, hum? Quer sentir o meu pau abrindo todo o seu buraquinho guloso e atingindo o seu ponto enquanto você revira esses olhos e geme igual uma vagabunda?

Levi sorriu malicioso, mordendo os próprios lábios ao ouvir aquela putaria obscena e degradante ser sussurrada no pé do seu ouvido. Como amava aquilo e ouvir Eren dizer aquelas coisas o fez ir longe, pensando em como transar com ele seria prazeroso enquanto ouvia aquilo e era empalado com força.

— Só se você me der uns tapas no processo e quem sabe coloque uma de suas mãos aqui. — Pegou a mão de Eren que estava em seu cabelo, levando-a até seu pescoço e viu o sorriso malicioso surgir no rosto do outro.

A mão subiu um pouco, o suficiente para o polegar tocar os lábios inchadinhos, vermelhos e úmidos e Levi o chupou de forma indecente, sem romper o contato visual.

— Não brinque com fogo se... — Eren foi interrompido.

De repente, o celular de Levi começou a tocar. Não era um toque qualquer, ele sabia. Era o toque de uma emergência, mais especificamente emergência na delegacia.

Rapidamente puxou o celular de um dos bolsos e viu uma mensagem de Hange na tela.

[Hange 20h01]: Levi, acharam mais um corpo.

— Sinto muito em acabar com essa diversão, mas preciso ir. — Levi deu um riso sarcástico, desvencilhando daquelas mãos e descendo da mesa.

— Você vai me deixar assim? — Eren questionou claramente incomodado com a ereção que estava no meio de suas pernas.

Levi pegou na camisa preta de Eren, prensando-o na mesa de sinuca e colou seu rosto com o dele.

— Quem come quieto, almoça e janta. Se você for um bom entendedor, essas palavras bastam. — Dizendo isso, desceu do mezanino e agradeceu aos céus por não ter ninguém ai em cima ainda para ver o pequeno show que deram.

Se fosse para entrar no jogo de sedução ele entraria, sem problema algum. Mas entraria para ganhar.

___

Na delegacia, Levi entrou despreocupadamente com os cabelos penteados novamente, mas as roupas amarrotadas e os chupões no pescoço evidenciavam os amassos que havia dado.

Entrou na sala onde Mike e Nanaba haviam montado o painel, encontrando a dupla lá além de Hange também.

— Boa noite. — Ele disse, chamando a atenção do trio.

— Boa noite. — Os três disseram juntos, sem dar muita atenção para a presença do baixinho ali.

— Quando acharam o corpo?

— Tem uma hora. A pericia está no local e ao que tudo indica, é o mesmo assassino. — Nanaba quem disse. — Mesmas características. Garganta degolada, olhos cortados, os mesmos números e o desenho do corvo.

— Já identificaram o corpo?

— Não, ainda não. Creio que somente amanhã quando estiver passando pela autopsia... — Mike falou. — Dessa vez é uma mulher.

— E se o corvo for algum sinal? — Levi disse olhando para o desenho no painel, mais como uma retórica para si mesmo do que para os três ali presentes.

— Sinal? Como assim, sinal? — Mike e Nanaba falaram juntos.

— Como se ele fosse a chave para entendermos tudo isso. Uma charada, por exemplo.

— Você acha que essas duas pessoas estão relacionadas com o corvo? — Hange quem perguntou, se aproximando do amigo. — E se o corvo for uma forma do assassino ser identificado?

— Pode ser também. Podemos chamá-lo de “o corvo”. — Levi deu de ombros. — Com outra pessoa morta por esse cara, podemos procurar melhor se houve alguma ligação entre os dois. Mike, tente achar isso por esses dias.

— Certo. — Mike sentou-se no computador.

— Quando o laudo da autopsia chegar me digam se tem algo novo. — Levi virou-se para três que assentiram.

— O capitão Levi ataca novamente. — Hange pareceu brincalhona, esfregando os olhos logo após em um cansaço evidente.

— Como está o caso do cracker? — Levi quem questionou ao ver o semblante da morena.

— Estou tentando ver uma ligação, mas a única coisa que consegui pegar foram que todos os atacados até o momento serviram a polícia da cidade em um mesmo período. Alguns atualmente estão aposentados, outros foram transferidos e outros... — Ela parou ao olhar o pescoço de Levi. — Puta que pariu, quem foi o drácula que fez isso com teu pescoço? — Ela observou, vendo as roupas do amigo amassadas também.

Nanaba e Mike olharam quase que imediatamente, curiosos e um tanto que impressionados. Não sabiam que Levi seria o tipo de pessoa indiscreta que apareceria com algo daquele tipo sem cobrir, mas estavam errados.

— Vai cuidar da porra da tua vida, inferno. — O olhar de repreensão era evidente, mas antes de continuar a atenção dos quatro foi chamada para um telefone que tocava sem parar.

— Departamento de Polícia, investigadora Nanaba falando, quem... — Ela parou no mesmo instante ao ouvir a voz do outro lado.

Os três a encararam, vendo um olhar surpreso, ao mesmo tempo que o dedo da loira foi até o botão de viva-voz, ligando-o e deixando com que ouvissem o que estava sendo dito.

A voz distorcida e o conteúdo era aterrorizante de alguma forma, fazendo com que um sentimento novo se passasse pelo interior dos quatro ali presentes.

“Os olhos viram o sofrimento do corvo e não fizeram nada para impedir. Agora ela caçará um por um e vingará a sua morte antes mesmo de Deus fazer o seu julgamento santo. A coruja está a solta.”

— O que é isso? — Mike questionou ao ver que a ligação havia se encerrado. — Hange, consegue rastrear? Deve ser algum trote ridículo.

— Preciso do meu computador. — A morena foi para a mesa que estava seu computador, se sentando ali.

— Isso está muito estranho, essa voz distorcida... Me deu arrepios. O que pode ser isso?

— Você não conseguirá rastrear, Hange. — Levi sentou-se em uma cadeira de escritório, olhando para o telefone preto em cima de uma das mesas, cérebro raciocinando freneticamente com aquele pequeno enigma.

— Como assim não irei?

— Isso foi proposital. Não é trote. Quem mais saberia dos números escritos que fazem jus a uma passagem bíblica que diz sobre julgamentos? — Levi jogou os cabelos para trás, pegando um cigarro e acendendo ali mesmo.

— Você acha que é alguém relacionado com o assassino? Pode ser o próprio assassino nos fazendo de idiota. — Mike quem falou, mexendo no computador.

— Não, não é o assassino. — Levi falou. — Mas sem dúvidas essa pessoa quer nos ver pensar fora da caixa. Dois assassinatos em menos de um mês. Falou sobre o sofrimento do corvo, seria uma pessoa?

— Sua teoria ficou mais forte. — Nanaba falou. — O que essa pessoa é, então, se não o assassino?

Levi deu de ombros, soltando a fumaça e colocando os pés sob a mesa próxima.

— Um informante. 


Notas Finais


eeeeeee laiaaaaaa la em casa esses dois ouoooo meu lençol dobrado
cabare abriu tudo bom? queima quengaral KKKKKKKKKKKKKKKKKK
e esse informante minha gente, quem achou que nao fosse ter enigma pensou errado KKKKKKKKKKKKK
a conversa do levi com a adaga de prata esclareceu algumas coisas e deixou outras em aberto, vcs pegaram né?
o que a mikasa falou tbm meu pai...........
MISTERIOS E MISTERIOS que vou deixar pra vcs teorizarem pq amo as teorias de vcs!
até o próximo pessoal ♥


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