Preferências
- Dormindo? – Lili pergunta. A voz recheada de rouquidão desperta Germano.
- Não... Sem sono – Bocejou, ajeitando o corpo sobre o colchão. Envolvendo-se nos lençóis.
- Quer conversar? – O questionou, aproximando-se dele, levando os dedos as suas mechas grisalhas, depositando um afago em sua cabeça.
- E sobre o que conversaremos? – Germano virou o rosto, fitando os olhos de Lili, onde somente o brilho de suas córneas era vistos.
Lili sorriu, depositando a cabeça sobre o peito do esposo. Os cabelos macios escorreram ao longo do peitoral largo do mesmo.
- Bastille... – Sugeriu, enquanto as unhas faziam desenhos sobre os pelos enegrecidos do tórax de seu marido.
- Bastille? – Franziu o cenho, unificando as sobrancelhas.
- Sim, ultimamente me sinto deslocada em relação a empresa, você raramente me informa – Disse com certa melancolia.
- Bom, se quer saber da divertida parte onde assino papéis e discuto com as demais pessoas, posso te contar – Sorriu pela sentença espontânea da esposa.
- Não exagera. Você é o maior cargo da Bastille, não deve ser chato – Arranhou o peito de Germano, que soltou um leve grunhido.
- Tirando a parte que minhas mãos ficam doloridas e minhas costas queimam. Ter pessoas que façam o que você pede é bem monótono – Confessou, acariciando a pele suave das espáduas de Lili.
- Então, quer dizer que você não gosta de mandar? – Ergueu o rosto, alimentando as extremidades da boca, que moldaram um sorriso malicioso.
- Nesse sentindo que está pensando, sim! – Compreendeu o sorriso perverso de Lili – Mas quando se refere a funcionários é mais complicado do que pensa.
- Se não gosta de mandar, quem sabe um dia eu comande... – Os círculos que fazia contra a pele de Germano tornaram-se mais precisos.
- Se está pensando em depilar meu peito, seria mais ideal que usasse cera e não as unhas – Sorriu, fazendo a noiva revirar os olhos.
- Não quero que depile, gosto dos seus pelos – Sentenciou, deslizando a ponta dos dedos ao longo do torso de seu esposo – Gosto de como eles roçam em mim, quando estamos abraçados, por exemplo.
- Hum... Não posso dizer o mesmo, por que você não tem pelos! – Enclausurou uma risada na garganta.
- Então, você prefere as coisas lisas? – Lili perguntou sorrindo, fitando os carvalhos do homem – Germano, nós nunca conversamos sobre isso! – A mulher mostrou-se surpresa, o assunto nunca fora verbalizado entre os dois.
- Realmente, nunca conversamos sobre pelos – Germano não conteve a gargalhada – Primeiramente, não é um assunto comum e segundamente nunca reclamamos.
- Então, como você me prefere? – Lili disse seriamente, contrapondo a expressão extrovertida do marido.
- Sobre os pelos?
- Não, sem pelos – Desfez a expressão séria - Quero saber como você me prefere como mulher, como você acha que eu me prefiro? Essa é uma ótima pergunta, se acertar ganha um beijo.
Germano ponderou e fitou Lili por alguns segundos, que se encontrava sobre os cotovelos no colchão.
- Você gosta de ser a primeira informada das coisas. Em relação a mim, você prefere que eu comande as situações... – Germano pretendia completar a frase, mas fora cortado por Lili.
- Errado. Eu gosto de comandar as coisas, faço isso melhor que você! – Disse, arqueando uma das sobrancelhas, mordendo o lábio.
- Hum... Quer dizer que a senhora não se submete? - O mais velho acompanhou o arquear provocativo da sobrancelha de Lili.
- Depende. Se valer a pena ser submissa há algo... – A conversa casual estava se desvirtuando e Lili sentira isso quando uma corrente lhe percorreu a espinha. As mãos de Germano alisavam sua lombar, mas os dedos se aventuravam pela carne estruturada de sua noiva.
- Quem diria. De Bastille a submissão – Sorriu beijando a bochecha da mais nova.
- Ainda não merece o beijo, vamos amor, confesse que não conhece perfeitamente minhas preferências.
- Todas não, mas sei de uma que te deixa insana... – Os dedos grossos de Germano adentraram os cabelos de sua noiva. Pelas têmporas iniciou movimentos circulares, seguindo pela lateral da cabeça de Lili.
- Essa massagem... – Disse murmurando - Adoro quando faz isso – O fio de voz desprendeu-se num gemido, lento e caloroso – Vou dormir se continuar fazendo.
- Se quiser deitar, continuarei fazendo – Com a outra mão segurou o queixo de Lili – Mas antes, meu beijo.
- Claro! – Aproximou o rosto ao de Germano, iniciando um beijo lento e caloroso.
Os lábios se roçaram, deixando que a saliva fizesse os mesmos escorregarem uns nos outros. A língua se mostrava tímida e guardada, mas ao oscilarem os movimentos puxando a carne com os dentes, o mais velho investiu contra a boca de Lili que recebeu de prontidão, devolvendo a sua.
As mãos que antes jaziam em uma massagem lenta, foram apressadas em aprofundar o beijo. Impulsiva, Lili ergueu uma das coxas, passando a mesma por cima dos quadris de Germano, e logo em seguida sentando sobre o mesmo.
- Outra preferência... – O homem entrecortou o beijo – Você adora ficar por cima.
- Resposta certa, merece outro beijo – Assim fez, inclinou o corpo sobre o tórax de seu marido, debruçando-se sobre ele.
Com os lábios unificados, as mãos se voltaram ao corpo, iniciando caricias lentas, que se assemelhavam mais a um afago do que malícia.
- Eu te amo, sabia? – Fora vez de Lili entrecortar o beijo.
- Me conta uma novidade... – Germano sorriu, fazendo a esposa revirar os olhos.
- Hum... Mal comecei e já está eriçando as plumas – Disse acidamente.
Germano ignorou o comentário da esposa e a afastou, deixando a mesma sentada sobre seus quadris. As mãos prenderam-se firmemente em sua cintura.
- Segundo Liliane de Bocaiúva Monteiro, eu, Germano Monteiro, não sou condizente com a função de “mandar”. Então vamos, mande! – Depositou um sorriso malicioso em seu lábios.
Lili compreendeu aonde o esposo gostaria de chegar. Assim iniciou um movimento lento com os quadris, deslizando a pelve para frente para trás.
- Como eu disse: “Mando melhor que você” – A acidez se juntou a sua voz novamente. Isso a deixava de certa forma provocante. O corpo elevado e a voz possesiva, lhe davam ar de dominação.
- Sei que detesta palavrões, mas se eu soltar um a qualquer momento, não fique chateada. Sinal que está fazendo um bom trabalho – Lili sorriu com as palavras do marido. O movimento que se desprendia fácil de sua cintura, deformava a sanidade de qualquer um.
- Palavrões? Se forem bem ditos... – Liliane soou provocativa novamente – Quais palavrões você diria para mim?
Germano estremeceu. Primeiramente pelos movimentos de Lili. A box que utilizava se contrapunha com o órgão enrijecido preso por ela. Segundamente sua esposa estava lhe pedindo que dissesse um palavrão!
- Não vou dizer... Eles ficam mais sexys quando saem da sua boca – Confessou.
- Hum... – Lili estava concentrada nos movimentos de vai e vem que exercia sobre os quadris de Germano. O órgão do marido enjaulado dentro da Kalvin Clein começara a exercer pressão contra sua cavidade – ... Shit! - A palavra suja soou inaudível, ou quase.
- Lili, eu escutei. Palavrões em inglês são ainda mais sexys – Germano sorriu, arrancando um sorriso de sua mulher – Outra preferência: Você adora se contradizer.
- Verdade, merece outro beijo – Lili inclinou o corpo para beijar o marido, mas os lábios de Germano se desviaram e se dirigiram ao pescoço de sua esposa.
- Pensei que não gostasse de palavrões – Sussurrou sobre a cartilagem de uma das orelhas de Lili.
- Quando ditos no momento certo, são bem vindos – Esclareceu.
- Adoro quando você se desvirtua da pessoa certinha que é – Germano depositou um beijo na maçã do rosto de Lili e afastou o corpo da mesma novamente.
Em segundos prazerosos, o mais velho guiou a cintura de Lili. A flor entre suas pernas encontrava-se emergida o bastante, a ponto de transferir a umidade à cueca de Germano. Não demorou muito até Lili se livrar da peça, invertendo os movimentos, que antes eram de vai e vem e agora se encontram em sobe e desce.
- Outra preferência... – Fora a vez de Lili confessar – Eu adoro ficar sem sono.
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