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História Love Thing - Encontros e Desencontros


Escrita por: itsgretha

Notas do Autor


Olá pessoas bonitas! Peço desculpas pela demora, apesar de eu achar que nem demorei muito dessa vez. Espero que gostem de mais esse pedacinho, e em breve estarei de volta. Besitos.

Capítulo 42 - Encontros e Desencontros


Fanfic / Fanfiction Love Thing - Encontros e Desencontros

- Waverly Earp? – A mulher que a chamou procurou entre as inúmeras meninas que aguardavam na sala de espera e no instante em que a viu se aproximar, lhe encarou de cima abaixo, como se seus olhos possuíssem uma visão de raio X – Tu es le prochain. – Você é a próxima, a outra traduziu automaticamente em silêncio.

Waverly fez um gesto positivo com a cabeça e seguiu a mulher por um corredor, observando-a checar algo em sua prancheta, e ela supôs que ali estava a sua ficha de inscrição. Seu coração bateu acelerado outra vez ao ver que outras meninas, de porte físico igual ao dela e vestindo praticamente o mesmo moletom e tênis, passavam por aquele mesmo corredor na direção contrária, algumas felizes, outras nem tanto, e isso não ajudavam em nada na sua concentração. 

Ao chegarem em uma sala ampla e bem iluminada com a luz do dia de Montreal, Waverly correu os olhos pelo espaço, sua mente já verificando o que ela poderia fazer por ali. Espelhos e barras de apoio ao redor a faziam suspeitar que aquele era um estúdio de balé, quando não usado para testes de dança. Ela viu que em uma mesa baixa estava um computador e caixas de som conectadas a eles e ao lado do equipamento, três pessoas, duas mulheres e um homem, conversavam entre si e seguravam blocos de anotações, falando um francês tão rápido e nativo que Waverly pouco captou das palavras.

"Vou precisar estudar mais essa língua", ela disse para si, enquanto se aproximava.

As três cabeças viraram para ela ao perceber sua presença e sorriram amigavelmente, mas isso não significava que não estavam analisando cada movimento seu. Waverly odiava isso, mas não podia fazer muito sobre. Era o que ela havia escolhido.

- Parlez-vouz français? – Uma das mulheres perguntou se a jovem candidata falava francês.

- Um peu – Um pouco, Waverly respondeu com um sorriso tímido, e os outros manearam a cabeça.

- Em inglês, então – o homem falou com sotaque carregado – Nunca gastei tanto o meu inglês como hoje.

- Você se esquece que o inglês também é uma língua oficial canadense – a outra mulher da audição disse ao colega.

- É por isso que não me mudo de Montreal – o homem retrucou, mas possuía um tom de brincadeira na voz. Seu olhar se voltou para Waverly – Très bien, mademoiselle Earp, sua idade?

- Vinte e sete – respondeu Waverly, mesmo sabendo que eles já sabiam.

- Vejo que estudou em Laines, Bristol – a primeira mulher comentou.

- Estudei – a jovem confirmou, procurando não demostrar que estava nervosa – Foram ótimos anos.

- E o que a fez retornar ao Canadá? – O homem questionou, e Waves se perguntou se ele estava realmente anotando algo ou se estava rabiscando coisas aleatórias em sua folha.

- Depois que algumas produções do qual participei foram encerradas e não tendo em vista novos trabalhos na Inglaterra, eu retornei. – Waverly respondeu no automático. Sempre dava certo.

- E faz muito tempo isso?

- Um pouco mais de seis meses – respondeu.

Ela ficou a observar os três em silêncio e olhando mais uma vez para sua ficha de inscrição. O que será que pensavam quando olhavam para aquele resumo? O homem carrancudo provavelmente dizia para si: "Hum, figuração em uma série adolescente, um musical cancelado depois de seis meses com prejuízo de alguns milhões de libras, um filme de terror que quase ninguém conhece e uma ponta em um filme de ação. E quem diabos é Jenny? "

- Muito bem, Waverly – uma das mulheres levantou os olhos – Mostre para nós o que tem a oferecer.

"Deus, o que eu tenho a oferecer? "

Waverly fez um gesto positivo com a cabeça e seguiu até a mesa com a pequena aparelhagem de som. Deixou sua bolsa ao lado e pegou rapidamente seu pen drive, conectando ao computador e rapidamente selecionando a música que queria. Em outras audições, haveria um ajudante para auxiliar com o som, mas como ali ela estava sozinha, ela só possuiu os sete segundos iniciais da música Edge of Seventeen, da cantora Stevie Nicks para soltar seu cabelo, respirar fundo e começar sua apresentação.

Sua dança foi simples, no qual mesclou elementos graciosos com outros mais agitados, todos seguindo o ritmo vocal de Stevie, bem como as batidas da música. Waverly rodopiou, pulou, deslizou pelo chão amadeirado e por alguns segundos, sempre no instante em que chegava ao auge de sua concentração enquanto dançava, ela sentia como se pudesse voar.

Just like the white winged dove/ Assim como a pomba de asas brancas

Sings a song/ Canta uma canção

Sounds like she's singing/ Soa como se ela estivesse cantando

Whoo... whoo... whoo...

Waverly não sabia explicar o motivo, mas o simples refrão dessa música lhe causava uma sensação de paz. Talvez porque pombas fossem o símbolo de tal estado de espirito? Vai saber. Sua mente vagava as vezes, durante um passo e outro, quando estava segura do que estava fazendo. Aos poucos a música foi diminuindo, assim como sua movimentação, e após parar completamente, ficou alguns segundos imóvel recuperando o fôlego, para em seguida encarar seus julgadores.

Não que esperava uma nota, afinal, aquele era somente um dos inúmeros testes que fez nas últimas semanas, mas os olhares daqueles que a avaliavam por vezes davam algumas pistas. Mas ali, ela não estava conseguindo captar muita coisa.

- A maioria das pessoas utilizam a versão remix dessa música – o avaliador comentou.

- Eu prefiro a original, mesmo que tenha sido mais complicado montar a coreografia. – Waverly respondeu com leveza, buscando soar o mais simpática possível. Não era hora de respostas ríspidas.

- Ficou interessante – uma das mulheres falou e olhou para os colegas, e notando que eles não tinham mais nada a acrescentar, continuou – Bem, Waverly, pelo seu currículo, acredito que você saiba como funciona...

- Sim – Waverly sorriu.

- Então qualquer novidade, nós entramos em contato, tudo bem?

- Claro! Eu agradeço a oportunidade. – A dançarina respondeu, e assim caminhou até onde havia deixado seus pertences e os apanhou – Uma boa tarde para vocês – desejou educada antes de se retirar.

A garota voltou pelo mesmo corredor de antes, agora ela topando com outras dançarinas, que ali eram as suas concorrentes. O que ela não daria para ver o estilo de dança dessas meninas... Waverly não se considerava excelente, mas examinar a concorrência era comum quando possível.

Ao invés de caminhar até a saída, entrou no banheiro feminino que encontrou próximo a passagem para a sala de espera, e colocando a bolsa em cima da pia, ela lavou mãos, rostos e nuca, tentando tirar um pouco do suor de sua pele. Trocou também sua camiseta, para sair um pouco mais apresentável na rua, e quando estava prestes a se retirar, deu de cara com um rosto que ela não via há anos.

- Waverly?

- Eu? Alana?

- Eu mesma! Oi!

- Oi!

Foi um oi surpreso e ao mesmo tempo sem graça. Típico de acontecer quando você não vê uma colega de turma há dez anos. Waverly ficou até contente por ter reconhecido a menina, pois caso tivesse se esquecido completamente dela, a situação ficaria ainda mais estranha do que já estava.

- O que está fazendo aqui? – As duas falaram ao mesmo tempo e riram disso – Eu vim para o teste. Acabei de sair – Waverly respondeu.

- Jura? Eu também! Mas estava em outra sala... – e então as duas suspiraram desanimadas – Testes simultâneos.

- Sim. – Waverly crispou os lábios, o desanimo lhe atingindo. Isso significava que havia o dobro, talvez o triplo, de candidatas. – Mas e você, como está? Quanto tempo!

- Eu vou bem e você? – Alana ajeitou a bolsa nos ombros, parecendo desconfortável.

- Caminhando.

- Sei como é...

- Mas que legal você ter seguido carreira na dança! – Waverly sorriu verdadeiramente para a outra. Apesar de concorrência, Alana era uma concorrência conhecida e durante a escola, nunca fizeram mal uma a outra.

- Não sei se meu tempo de dança pode ser considerada carreira – Alana disse timidamente – Ao contrário de você, que fez filme em Hollywood e tudo.

- Ah, uma ponta em um filme de ação não alavanca carreira de ninguém. Muito menos na dança. 

- Mas que dá uma boa impressão no currículo, isso dá – Alana contrapôs – Você está na minha frente.

- Claro que não, Alana! – Waves fez um gesto displicente com a mão – Isso não quer dizer nada. Você dançava muito bem, pelo que eu me lembro.

- Uma coisa são movimentos de líder de torcida, Waverly, outra coisa é você ser avaliada desde que coloca o pé numa daquelas salas – a voz da garota era séria – E você era a melhor dançarina. Aposto que ainda é.

Waverly sentiu o rosto corar com o elogio e não soube o que responder. Um silêncio desconfortável se instalou e ali ela soube que era a hora de ir embora.

- Bem, eu preciso ir – Waverly disse dando um sorriso de lado. – Tenho algumas coisas para fazer ainda hoje. – Mentiu.

- Oh, sem problemas. Logo eu vou também.

As duas deram passos para o lado, desviando uma da outra, e antes de sair, Waverly acenou um tchau para a colega, se é que poderia chamar ela assim depois de tanto tempo, e segundos depois, a dançarina estava do lado de fora do prédio onde fora marcada a audição.

Ela ajeitou a bolsa em um dos ombros e caminhou sossegadamente pela calçada, recordando a respeito de seu teste e procurando verificar mentalmente se havia errado algum movimento, ou qualquer outra coisa que a desclassificasse. No fundo sabia que não deveria pensar desse modo, que pensamentos positivos sempre eram o melhor a se fazer e aguardar a resposta confiante, mas as vezes tais coisas não funcionavam. E aquele momento era um desses.

Waverly suspeitava que sua insegurança repentina surgiu das profundezas ao ver a antiga colega de colégio, o que era bobeira, pois Alana não era nenhuma vilã. A dançarina riu sem emoção, uma vez que naquela época, quem visse o grupo de animadoras nos corredores, poderia pensar que elas eram as meninas malvadas da vez.

"O que era ridículo! "

Todavia, a ex animadora continuou pensativa enquanto caminhava a esmo, e as vezes pensar demais não é boa coisa, mas quem consegue evitar?

- Pelo amor de Deus, Waverly! – Ela se repreendeu com a voz baixa, mas isso não evitou que algumas pessoas na rua olhassem para ela com a cara esquisita – Não precisa ficar assim, você nem viu a menina dançar! Não tem como saber se ela foi melhor ou pior! Vá tomar um chá que você ganha mais!

E foi isso que ela fez.

Uma das coisas que Waverly mais gostava de fazer quando chegava em uma nova cidade, era descobrir o que ela tinha a lhe oferecer. Ela fez isso quando se mudou para Bristol na adolescência, assim como explorou algumas cidades em suas viagens de férias. Com Montreal não foi diferente.

A garota poderia entrar em qualquer cafeteria da cidade, parecia que tinha uma a cada poucos metros, por assim dizer, mas ela sempre frequentava as que mais lhe agradavam. E a que estava mais perto era uma chamada Arts Café, que dispunha de um ambiente rustico e aconchegante, com mesas de vários tamanhos, uma pequena área externa, além de uma estante de livros com títulos interessantes.

Após pegar uma das maiores xícaras de chá que o lugar oferecia, Waves sentou-se em uma mesa perto da janela, pois observar os passantes poderia ser um passatempo atraente para ela, contudo, achou melhor aproveitar a mesa em que estava para tentar organizar sua vida. Sendo assim, ela pegou em sua bolsa o Ipad que ganhara do seu pai no último Natal e sua agenda em papel.

Acessou seus e-mails e verificou se obtivera respostas de audições anteriores a do dia de hoje, e a falta de respostas lhe desanimou. Ela respirou fundo e bebeu seu chá, logo voltando a tela do aparelho. Entrou no aplicativo da sua conta no banco e verificou suas finanças, fazendo contas mentais de quanto tempo conseguiria sobreviver com a quantia que dispunha antes de precisar encontrar um emprego totalmente fora da sua área de atuação.

"E talvez isso ocorra o mais rápido que imaginei e..." – Seu pensamento foi interrompido quando ela ouviu seu nome ser dito em tom interrogativo pela terceira vez em menos de duas horas.

- Waverly?

Waves levantou os olhos, que se arregalaram ao constatar quem a chamava.

- Victor?

- Caramba! – Victor disse com um sorriso. Ele estava com um café para viagem nas mãos – De todas as pessoas...

- Eu era a última da lista? – Waverly sorriu para ele e se levantou da cadeira para cumprimentá-lo. Os dois trocaram um abraço breve, mas o coração da dançarina sentiu um aconchego perto de Victor.

- Com certeza você era a última – o garoto brincou e Waverly maneou a cabeça – Brincadeira, mas definitivamente é uma surpresa.

- Posso dizer o mesmo.

Ambos se olharam por alguns milésimos de segundo e Waverly reparou em Victor. Os trejeitos nerds continuavam ali, evidenciados pela camiseta de Star Wars com o rosto da personagem Rey que ele vestia, mas ao contrário de antigamente, o rapaz parecia mais alto e confiante, bem diferente do menino tímido que tinha uma quedinha pela sua melhor amiga.

- Está com pressa? – Waverly perguntou.

- Hoje não, na verdade – ele respondeu – Mas os atendentes daqui já me conhecem, então eles fazem tudo para a viagem para mim.

- Eu tenho um lugar vazio – ela apontou para a cadeira de frente a sua – Se quiser...

- Eu não recuso cadeiras de moças bonitas. Ainda mais quando elas estudaram comigo.

A resposta dele fez Waverly dizer um uau mental. Onde que Victor de anos atrás diria algo assim? E outra, ele tinha lhe cantado? Deus, as coisas mudam mesmo, a dançarina pensava. Ambos se sentaram e Waves tomou mais um gole de seu chá. O rapaz, por sua vez, analisava os itens da mesa.

- Eu não quero atrapalhar seu trabalho – ele comentou.

- Não se preocupe, não é trabalho. É apenas eu tentando sobreviver sem um, se é que isso é possível. – Waves fechou sua agenda ao dizer.

- Está complicado, né?

- Nem fala... – a menina bufou de leve.

- Mas eu juro que pensava que você estaria bem agora – Victor disse simples, bebendo de seu café.

- Como assim?

- Ah, você sabe, com vários trabalhos e tudo o mais – e lá estava o Victor de antes – Poxa, você participou dos Vingadores!

Isso fez Waverly rir.

- Foi uma participação piscou perdeu, Victor.

- Quem me dera ter uma participação piscou perdeu num filme dos Vingadores! – O lado fã de Victor aflorou.

- Você está louco para me perguntar como foi nas gravações, né!

- Estou tentando ser adulto o suficiente para não – ele disse sério, mas riu logo em seguida.

- Foi algo tão incrível, que as vezes eu nem consigo explicar – Waverly sorriu com as lembranças dos dias em que ficou no set de filmagens, rodeada por uma equipe gigantesca, impressionada como eles conseguiram construir tudo aquilo para em questão de segundos destruir tudo – É tudo... Gigante. É, acho que essa é a palavra certa. E ver que todos ali sabiam exatamente o que fazer e como fazer, como numa dança, foi algo lindo de se ver. Mesmo para um filme de ação.

- Eu posso imaginar – os olhos de Victor brilharam – Eu adoro ver cenas de backstage e tudo o mais. Deve ser mais impressionante ainda ver tudo de perto.

- E é. Quando eu for famosa, nível Scarlett Johansson, eu levo você para uma visita.

- Bem, eu te considero uma pessoa conhecida. – Victor cruzou os braços sobre a mesa.

- Muita gente pode ser conhecida hoje em dia.

- Está falando das redes sociais?

- Também. – Ela concordou – E tipo aqueles participantes de reality shows, sabe? Podem ser conhecidos, mas isso não quer dizer que são famosos. Me chamaram para participar de um, inclusive.

- É sério? – Victor riu.

- Sério. Eu estava em uma festa em Londres, uns dois anos atrás, e um cara se aproximou de mim e perguntou se eu queria participar do Dancing With The Stars.

- E você recusou.

- Claro que sim! O cara estava bêbado demais quando falou comigo. Poderia ser qualquer um... – Waverly revirou os olhos – Eu conheci cada maluco, Victor, que você não iria acreditar.

- Eu não duvido. – Um riso leve escapou de seus lábios – Mas me diz, faz muito tempo que está aqui em Montreal?

- Eu retornei tem seis meses – respondeu após beber seu chá, que agora estava mais morno.

- Retornou? Você voltou de vez? – O rosto dele era de agradável espanto.

- Sim, eu voltei de vez. A não ser que eu receba uma proposta irrecusável de trabalho, aí eu arrumo minhas trouxas de novo.

- Até eu faria isso – Vic concordou. – Mas seis meses, como é que eu nunca te vi antes? Se bem que tem dias que eu nem consigo respirar de tanta coisa para fazer – foi a vez de ele bufar.

- Eu estava me instalando, sabe? – O outro concordou – E fazendo audições, tanto para dança, quanto para atuação. O que aparecia, eu ia fazer. E em algumas eu tinha que me preparar, então eu tinha os meus momentos de isolamento.

- Aí, vocês artistas – o menino brincou. – Mas por que voltou? Digo, o que realmente te trouxe de volta?

E lá estava a pergunta. De novo.

- Depois que algumas produções do qual participei foram encerradas e não tendo em vista novos trabalhos na Inglaterra, eu retornei. – A dançarina repetiu automaticamente e bebeu mais um pouco do chá.

- Saquei. Pelo menos você teve a opção de voltar né. Muitas pessoas não conseguem.

- Isso é verdade. Tive sorte nesse ponto. Mas e você, o que tem feito? – Ela mudou o foco da conversa. "Chega de falar de mim. "

- Não sei se lembra, mas eu fiz Universidade aqui em Montreal – Waverly fez um gesto positivo com a cabeça, mostrando que se recordava sim – Jornalismo.

- Olha só se não temos um Clark Kent por aqui.

- Só me falta os poderes.

- Detalhes, caro amigo. – Os dois sorriram – O importante mesmo é ter encontrado sua Lois Lane.

- Eu encontrei por um tempo – ele contou.

- O que aconteceu?

- Quase o mesmo que aconteceu com vocês no passado – ele soltou distraído.

- Vocês? – Waverly ficou confusa por alguns instantes, até que sua ficha caiu – Oh. Está falando sobre mim e Nicole?

- É... Digo, quando aconteceu comigo eu lembrei de vocês. Acho que eu não deveria ter comentado – ele fez uma expressão de quem pede desculpas e Waves maneou a cabeça.

- Não se preocupe. Mas o que rolou com a sua Lois?

- Ela foi fazer um intercâmbio na Austrália. E mesmo tendo uma data de retorno, resolvemos que seria melhor terminar.

- Deixa eu adivinhar: ela não voltou.

- Não. – Ele riu de um jeito nervoso.

- Mas você está bem, não é? – Waverly o indagou.

- Ah sim, estou bem. Fiquei bem.

- Eu sei como é.

Os dois deram um sorriso cumplice e beberam de suas respectivas bebidas ao mesmo tempo, e aqui foi possível notar que ambos lutavam internamente para ver quem iria tocar no próximo assunto, que seria praticamente inevitável não falar. A não ser que fossem embora do café naquele instante.

- Você tem contato com o pessoal? – Waverly deu o primeiro passo.

- Essa pergunta é um pouco difícil de responder – Victor coçou a cabeça – Minha popularidade não era das melhores.

- Quem vê você falando assim, poderia pensar que você era o encrenqueiro.

- Pelo menos eu seria conhecido – o rapaz deu de ombros – Mas sinceramente, faz muito tempo que eu não falo com ninguém. A última pessoa que eu vi pessoalmente foi a Bridget, eu acho, e isso faz o que, uns três anos? Encontrei com ela em um supermercado, em Toronto.

- Você ficou aqui na cidade depois da faculdade?

- Sim. O local que eu fiz estágio na época me contratou. Eu só vou para Toronto agora nos feriados e férias, quando possível – ele respondeu. – E você?

- Pode parecer engraçado, mas eu encontrei a Alana hoje.

- Alana? – Victor torceu a boca – Ela me detestava.

- O que? Sério? Por que?

- E eu sei?! – Victor riu. – Vai ver era amor oprimido. Mas se ela quisesse uns beijos, eu não ia recursar.

- Eu pensei que você gostasse da Sarah! – Waves alfinetou.

- Wave, eu tinha dezessete e era o menino nerd e esquisito da turma toda. O que viesse seria lucro, entenda.

A dançarina riu e o jornalista a acompanhou.

- Você e Sarah ainda se falam, acredito eu – não foi uma pergunta.

- Nos falamos sim – respondeu Waves – Ela foi me visitar umas duas vezes quando eu estava na Inglaterra. E quando eu vinha para cá, ver minha mãe, sempre marcávamos de nos ver, mesmo que fosse coisa rápida. E da última vez eu acabei encontrando com ela e o Nathan.

- Aqueles dois vão casar, marque minhas palavras.

- Eu digo isso pra Sarah sempre que falamos. Ela me xinga toda a vez.

- Normal. Acho admirável quem consegue manter uma amizade de tempos da escola por tanto tempo – a voz do rapaz era de admiração – Acho que poucas pessoas conseguem de fato isso.

- Hoje em dia as tecnologias ajudam na comunicação...

- Ajudam. Mas não quer dizer muita coisa. Você por exemplo – ele apontou para Waves – Faz seis meses que está aqui e eu não tenho recordações de postagens suas falando que estava de volta. E olha que eu uso muito a internet, por causa do trabalho.

- Culpada – Waverly ergueu as mãos em rendição – Eu reduzi muito o uso das redes. Estava me fazendo um pouco mal...

- Errada você não está. Mas se eu soubesse, com certeza teria te chamado para um café.

Waverly sentiu as bochechas corarem.

- Confesso que eu precisava de um tempo para organizar as ideias, quando cheguei aqui. – Disse – Eu estava com muita coisa na cabeça. Ainda estou, mas está melhor que antes.

- Que atire a primeira pedra aquele que está com sua saúde mental em dia – Victor ergueu seu copo em um brinde e Waverly o acompanhou.

- Posso te perguntar uma coisa? – Waves o olhou timidamente.

- Pode. Mas já suspeito da pergunta.

Waverly sorriu de lado.

- Você ainda mantém contato com ela? – A garota sabia que o rapaz iria saber de quem ela se referia.

- Trocamos algumas mensagens as vezes, e da última vez que chequei, ela estava bem. Vocês não se falaram mais?

- Não lembro quando foi a última vez que falamos – a dançarina admitiu – O contato foi se perdendo gradualmente, sabe?

Victor fez que sim com a cabeça.

- Quando ela posta alguma coisa referente ao trabalho dela, e eu consigo ver a postagem, eu dou aquela curtida básica – ela continuou ao mesmo tempo em que Victor fazia uma cara de quem entendia muito bem – Mas não passa disso.

- A curtida básica foi ótimo. Eu dou várias, se for assim.

- Ela está em Vancouver ainda?

- Está. E pelo visto não volta. – Victor comentou.

- Se ela está bem lá, para que voltar, né?

- Exatamente. – A rapaz então colocou a mão no bolso e puxou o celular, verificando algo que havia chegado para ele nas mensagens. Em seguida olhou para Waverly e falou – Eu preciso ir agora.

- Tem uma cabine telefônica logo ali na esquina, para você mudar a roupa. – Brincou.

- Não é uma donzela em perigo. Infelizmente. Posso pegar seu telefone?

- Deve.

Assim, os dois trocaram rapidamente seus contatos pessoais, e com um abraço de despedida, Victor a deixou no café. A dançarina pediu mais uma rodada de chá, mas dessa vez resolveu consumir algo comestível também, uma vez que seu estomago fez uma reclamação audível. E enquanto aguardava seu pedido, Waverly sorriu sozinha, feliz por ter encontrado alguém conhecido de verdade naquela cidade grande e se perguntando se Victor iria mesmo telefonar para ela um dia, ou se foi somente educado.

***

Anoitecia quando Waverly retornou para sua casa. Se é que ela poderia chamar de sua. Ela acreditava que sim, afinal, a casa de sua mãe sempre estaria de portas abertas para ela sempre que precisasse. Contudo, a dançarina nunca imaginou regressar para a morada da mulher que durante anos a vestiu e a alimentou, e que de certo modo, nunca parou de fazê-lo.

Não que ambas não se dessem bem, muito pelo contrário. Waverly adorava a companhia da mãe, todavia, havia se acostumado com a liberdade que adquiriu em seus anos em Londres, depois de também sair da casa de seu pai. Estar sob o mesmo teto que a mais velha, depois de tanto tempo, era como voltar algumas casas no jogo da vida, se é que a analogia se encaixa nesse contexto.

Waverly poderia ter alugado um lugar para ficar quando estava planejando seu retorno apressado para o Canadá? Poderia sim, porém sua mãe foi bem insistente e tocou em um ponto no qual a menina não pode contra argumentar do modo que gostaria.

E é claro que esse ponto se referia a trabalho e dinheiro.

"Quando é que o mundo começou a girar apenas em torno dessas suas palavras tão pequenas, mas ao mesmo tempo tão poderosas? "

O questionamento invadia Waverly constantemente e isso a deixava extremamente desanimada. É claro que ela se sentia grata por poder contar com seus familiares, e tinha plena consciência de que muitas pessoas mundo afora não dispunham do mesmo privilégio, por assim dizer, mas mesmo buscando todo pensamento positivo possível, existiam momentos em que ela se sentia na estaca menor que zero.

E isso era horrível.

- Oi, minha filha. Pensei que ia demorar mais.

Michelle estava na cozinha. Usava um avental florido e tinha uma faca afiada em mãos, evidenciando que estava cortando algo para o jantar.

- Oi mãe. – A menina esboçou um sorriso para a mais velha e lhe deu um beijo na bochecha – Era para eu ter chegado antes, mas encontrei um amigo na rua.

- Muito bom ouvir isso! – A mais velha sorriu – Eu estava mesmo achando que você estava ficando muito tempo dentro de casa.

- Algumas mães preferem os filhos dentro de casa...

- Você nunca foi alguém para ficar muito tempo dentro de casa, Waves.

A matriarca falou algo acertado e Waverly não soube como rebater. E antes que um silêncio constrangedor roubasse a cena, a filha perguntou:

- Como foi no trabalho?

- Problemático – a Sra. Gibson respondeu. – Pegamos três casos de assédio hoje, você acredita?

- Acredito sim. – A menina falou ao se aproximar da mesa da cozinha, olhando as pastas que a mãe trouxera para analisar em casa.

- É péssimo dizer isso, mas parece que está ficando comum? – A mãe continuou – Dá a impressão de que quanto mais o mundo envelhece, mais cheio de problemas ele fica.

- Concordo – Waves pegou uma das pastas e começou a folhear – Mas se mais casos como estes estão vindo à tona, significa também que as mais mulheres estão se sentindo seguras o suficiente para denunciar seus assediadores. É algo que definitivamente não deveria existir, mas é um avanço.

- Um dos clientes é um homem – Michelle comentou e Waverly maneou a cabeça em surpresa – E isso, mocinha, é confidencial – ela apontou para a pasta que a filha segurava com a faca.

- Eu sei, mas eu não li nada – a dançarina assegurou. – E pelo visto você vai trabalhar hoje à noite.

- Nada de novo sob o sol. Preciso montar esses casos até o final da semana – ela bufou – Se eu soubesse o tanto de dor de cabeça que viria junto com essa promoção...

- Você ia aceitar do mesmo jeito – as duas riram.

Waverly se recordou vagamente quando, no final do seu ensino médio, sua mãe comentou sobre a possibilidade de se mudarem para Montreal. Na época a menina não gostou muito da ideia, uma vez que não sabia se iria ou não conseguir alguma vaga em universidades, e dois anos após sua mudança para Bristol, Michelle foi promovida e agora era a gerente da filial em Montreal da empresa de advogados em que já trabalhava.

- Não é à toa minhas dores de cabeça. Você vai se banhar? – Indagou para a filha – Logo eu termino o jantar.

- Sim. Eu volto logo.

Após o banho e a sensação de frescor ao vestir roupas limpas, Waverly se juntou a sua mãe, e após jantarem tranquilamente, com ela contando como fora sua audição, a garota tomou para si a tarefa de limpar a cozinha, deixando a mais velha livre para poder trabalhar.

Com o fone de ouvido a postos, Waverly nem percebeu a hora passar enquanto trabalhava. Tarefas domésticas, por mais chatas que possam ser, as vezes ajudam quando se precisa de alguma distração.

Ao finalizar, a jovem deu um beijo de boa noite em sua mãe, dizendo que estaria em seu quarto lendo, caso precisasse dela.

"Seu" não era bem o pronome correto a ser utilizado, mas naquele contexto, aquele cômodo era o novo espaço dela, no qual procurou deixar a sua cara da melhor forma possível nos últimos meses. Muitos dos seus pertences estavam no porão da casa, encaixotados, sem contar aqueles que a dançarina precisou se desfazer em Londres, pois seria inviável leva-los para o outro continente.

Sempre que tais recordações apareciam, um suspiro tristonho escapava de Waverly, mas não havia nada que ela pudesse fazer. Apesar de tudo, esse retorno foi a coisa mais acertada a se fazer.

Seus olhos correram para o livro de cabeceira, mas a vontade de ler se esvaiu. Sendo assim, ela fez o que mais da metade da população mundial estava fazendo naquele momento, não importava qual fuso horário estavam: pegou seu celular e começou a olhar suas redes sociais.

A tela lhe mostrava conhecidos e desconhecidos utilizando suas páginas para o que bem entendiam, e o contraste de informações até que uteis com as asneiras era impressionante. Algumas faziam Waverly rir, ela não iria negar, e depois que viu um vídeo de gatinhos extremamente fofos, se deparou com uma foto de um cachorro cinza, que foi postada no perfil do Instagram de Nicole.

Waverly curtiu a foto. A curtida básica e sem comentários. Quem não curte fotos de animais de estimação?

A foto seguinte que lhe apareceu foi de Sarah, e ela não pode deixar de sorrir, uma vez que sua melhor amiga estava sendo carregada igual um saco de batatas por Nathan.

- Quem diria, heim, dona Sarah. E logo o Nathan! Quais eram as chances?!

Waverly reparou que a foto fora postada poucos minutos atrás e sem ensaiar muito, a dançarina acessou sua agenda de contatos e clicou no nome da amiga, a chamando para uma ligação por vídeo, sendo respondida segundos depois.

- Como você ousa me ligar sem avisar? – A voz de Sarah saiu dos pequenos altos falantes, mas a tela estava toda preta.

- Tira esse dedo da câmera, Sarah! – Waverly deu risadas.

- Está maluca?! Eu estou horrível, Waverly Grace!

- No dia que você estiver horrível, Sarah Lucy, pode ter certeza que se trata de outra realidade, pois nessa aqui, isso é algo impossível de acontecer.

- Waverly Grace, você está cantando a minha namorada?!

Uma voz masculina apareceu, e logo o rosto de Nathan surgiu na tela.

- Eu sempre canto a sua namorada, Nathan. – Waverly respondeu atrevida. – Quem chegou tarde foi você.

- Isso é verdade – Sarah concordou – Aprenda a me cantar como uma garota.

- Eu te cantei como uma garota – Nathan retrucou – E não foi somente por isso que você caiu nos meus encantos – a voz dele era maliciosa e convencida.

- QUE NOJO NATHAN SAI DAQUI! – Sarah exclamou, fazendo Waverly gargalhar do outro lado.

- Nojo do que você gosta? Tá tudo bem, Sarah? – Waverly provocou.

- É, nojo do que se você gosta? – Nathan repetiu – Me explica isso ai!

- Calados vocês! – Sarah ralhou e logo seu rosto apareceu na tela. – Oi Gracinha. Está tudo bem sim e você?

Waverly sorriu ao ver o sorriso de Sarah. A loira estava com as mechas presas em um coque e seus olhos azuis estavam mais brilhantes que o normal. A dançarina sabia que Nathan era o motivo, a amiga estava completamente apaixonada por ele. E isso deixava Waves contente, pois ela sempre desejou que Sarah encontrasse alguém especial.

- Eu estou bem também. E você, Nathan? – Waves indagou.

- Tudo tranquilo. – Ele sorriu e se virou para Sarah – Vou correr um pouco, está bem?

- Está bem, mas cuidado, está tarde. – Sarah respondeu, recebendo um leve beijo do rapaz.

- Pode deixar. Até depois, Waverly. – Ele disse para a dançarina.

- Até, Nathan.

Uma vez sozinhas, Waverly observou Sarah se sentar em um sofá, ao mesmo tempo que que dizia:

- Não esperava sua ligação hoje.

- Eu vi a foto que você postou e decidi ligar – Waves respondeu – E fazia tempo que nós não nos ligávamos, né.

- Atualmente ligação é prova de amor – a loira riu – Estava com saudades.

- Eu também. Como vai a vida?

- Tudo nos conformes.

- Os meninos dos Raptors não estão se metendo mais em confusão? – Brincou.

- Graças ao universo, e uma comida de rabo bem gostosa que eles receberam da diretoria o time e de alguns patrocinadores, eles estão mais comportados. – Sarah contou. – Às vezes me sinto babá de um bando de marmanjos correndo atrás de uma bola laranja! Eu não estudei para isso!

- Estudou sim. Direito, com especializações em Relações Públicas.

- Estar na equipe gestão de um time de Basquete não estava nos planos, você bem sabe. – Sarah bufou.

- Mas se não fosse assim, você não teria reencontrado o Nathan, amor – a voz de Waverly foi suave – O mesmo universo que comeu o toco dos jogadores, lhe trouxe o amor.

- Não queria ter que concordar, mas você tem razão.

- Eu sempre tenho razão.

- Meu ovo.

- Eu também te amo. – Waverly jogou um beijo para a amiga pela tela – Quando vocês vão casar, a propósito?

- Mas de novo esse papo!

- Vai ser inevitável. E eu amo te provocar. – A dançarina amava mesmo.

- Nota-se. Mas eu não tenho resposta para essa pergunta. Vamos deixar o universo agir de novo – Sarah foi firme – Como tem passado? Como vão as coisas na parte mais francesa do Canadá? Quando irei te ver dançar num palco outra vez? – A loira despejou as perguntas.

- Está tudo bem, Montreal é incrível e eu não faço ideia, Sarah – foi a vez de Waverly bufar – Fiz um teste hoje, mas não sei dizer como me sai. Os auditores estavam bem fechados.

- Aposto que você se saiu muito bem – Sarah encorajou – Você sempre se sai bem.

- Nem sempre. Encontrei a Alana hoje. Lembra dela?

- Lembro sim. – Um gesto afirmativo partiu de Sarah. – Que mundo pequeno.

- E encontrei o Victor também – emendou.

- Que mundo minúsculo! – As duas riram levemente – Nem sabia que ele tinha permanecido em Montreal.

- Pelo que ele me disse, o mesmo lugar que ele estagiou o contratou.

- Já li algumas matérias dele. – A loira falou – Ele escreve bem.

- Comentamos de você e Nathan.

- Que novidade – Sarah virou os olhos.

- Isso que dá namorar um jogador de Basquete. É o preço da fama.

- Pelo menos eu ganho coisas de graça – ponderou a outra – Talvez eu deva incluir Influenciadora Digital no meu currículo.

- Isso existe?

- Se você usasse mais as redes sociais, saberia, Waverly Grace. – Alfinetou.

- Vou me lembrar disso – Waverly não iria.

- Sei – Sarah conhecia sua amiga e depois partiu para outro assunto – Outra coisa, você vem pra Toronto né?!

- Eu vou?

- Céus. Você não recebeu o e-mail?

- Que e-mail?

- Do Nora Handerson! – A loira explicou – Falando sobre o Homecomming!

- Mentira que eles vão realmente fazer?! – No mesmo instante, Waverly acessou sua caixa de e-mail e não havia nada por ali. Ela então foi em sua caixa de spam e lá estava – Achei.

- É daqui quatro meses – Sarah dizia, enquanto Waverly lia o convite – Você vem né!

- Sério mesmo que você quer ir?!

- Você não?! – As duas voltaram a se olhar através da vídeo chamada – Vai ser divertido! E outra, vai ser uma boa oportunidade de encontrar as meninas da torcida. Se elas forem, claro.

- Não sei, Sarah... Eu não estou trabalhando, estou segurando um pouco de dinheiro e...

- Wave, eu sei que sua situação não é das melhores, e eu já disse que você pode contar comigo para o que precisar...

- Eu sei, mas não quero. Nem para minha mãe eu pediria dinheiro.

- Hospedagem você tem. Eu sei que Nathan não se importaria de você ficar aqui em casa. E isso inclui alimentação. Você só gastaria com a passagem. E se comprar antecipadamente, consegue bons descontos.

Waverly sabia que Sarah tinha razão. Não era algo totalmente impossível de se realizar. Seria mais difícil se ela ainda estivesse na Inglaterra.

- Vou me organizar então. – Waverly comentou, mas ainda não se sentia totalmente animada para tal – Eu tenho que confirmar presença nesse negócio?

- Sim. Vai ter comida e bebidas – Sarah informou.

- Obrigada, Sarah. – Waverly se sentiu compelida a agradecer.

- Pelo o que? É o mínimo que eu poderia fazer para a minha madrinha de casamento.

- Então vocês irão casar!

- Quando o universo permitir. – A loira sorriu – E tem mais uma coisa, Wave.

- Sim?

- O Toronto Raptors quer contratar a Haught para ser a fotografa do time. Caso ela aceite, talvez vocês se esbarrem em Toronto, mais especificamente aqui em casa, pois foi o Nathan que ajudou nos contatos...

"Oh céus. " 

 


Notas Finais


Stevie Nicks - Edge of Seventeen - https://www.youtube.com/watch?v=Dn8-4tjPxD8


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