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História Love Thing - Popular


Escrita por: itsgretha

Notas do Autor


Oie!
Queria agradecer a todos os comentários positivos de vocês que estão acompanhando o crescimento desse neném. Não sabem como é importante.
Espero que gostem de mais esse pedacinho.

Capítulo 7 - Popular


Fanfic / Fanfiction Love Thing - Popular

Nicole acordou na manhã seguinte se sentindo um pouco zonza e soube que se tratava do analgésico que havia tomado na noite anterior. Apesar do medicamente tê-la feito dormir um sono pesado e não muito agradável, pode sentir seu joelho melhor, mas seria necessário o uso da joelheira durante todo o dia.

A garota tomou um banho e escolheu uma roupa para usar, fazendo uso de sua própria joelheira agora, deixando a que Travis lhe emprestou para ser lavada e depois devolvida. Ao descer para o café da manhã, encontrou sua mãe, que estava finalizando o próprio desjejum.

- Bom dia mãe – a garota disse.

- Bom dia minha filha. Melhor? – a mais velha a olhou.

- Melhor sim. E o pai?

- Acabou de sair. Venha o café ainda está quente.

A menina se sentou e enquanto se servia, viu Teddy se aproximar e sentar ao lado de sua cadeira.

- Teddy, você já comeu – a mãe de Nicole falou.

- Desculpe rapaz – Nic olhou para Teddy, que mexia as orelhas – Esses aqui você não pode comer.

Teddy ficou olhando sua dona com olhos pidões e deitou, provavelmente para aguardar algum pedaço de pão cair no chão. Nicole sorriu e bebeu um pouco do seu café, chamando a mãe em seguida.

- Mãe...

- Sim?

- Sobre ontem... Me desculpe. Eu não queria ter me exaltado com vocês daquele jeito.

- Tudo bem, minha filha. Eu posso somente imaginar como deve ser difícil para você. Mas eu e seu pai nos preocupamos, por isso agimos igual chatos às vezes.

- Vocês não são chatos – a jovem sorriu de lado.

- Se não fossemos chatos, não seriamos seus pais. – a mãe também bebeu um pouco de seu café.

- Tem uma outra coisa também – Nic mordeu um pedaço de sua torrada.

- Diga.

- Sobre o Baile do Colégio... – Nicole não entendeu o motivo das suas bochechas corarem.

- O que tem? – ela pode ver a mãe dar um sorriso.

- Um amigo meu me convidou.

- Um amigo? – a Sra. Haught a olhou com interesse.

- Sim mãe, um amigo mesmo. Só amigo. – Nic revirou os olhos.

- Tudo bem, só um amigo. Mas qual o problema?

- Eu acho que... Hum... – a garota gaguejou, procurando as melhores palavras – Eu acho que vou precisar de um vestido.

A Sra. Haught arregalou os olhos. A surpresa era nítida em todas as suas expressões faciais.

- Uau. – ela disse – Pensei que não ia viver para escutar essas palavras saindo da sua boca, filha!

- Ai mãe, que exagero! – a menina balançou a cabeça e a mais velha riu.

- Já tem ideia do tipo de vestido?

- Mãe, ai você já está fazendo perguntas muito difíceis – ela riu – Mas é um vestido para o baile. De alguém que vai com um amigo.

- Se eu te conheço, você prefere algo simples. – a mãe comentou.

- Simples é bom. Preto seria bom.

- É o seu Baile de Formatura, Nicole. Não um velório.

- Preto não tem erro! – a garota devolveu.

- Você deveria arriscar outras cores – a mãe sugeriu – Um azul, ou rosa...

- Rosa não!

A mãe gargalhou.

- Vou me lembrar disso. Você quer verificar algo no final de semana?

- Seria bom – Nicole sorriu. – Você ainda tem aquela conhecida naquela loja de vestidos?  Esqueci o nome.

- Tenho sim – a outra confirmou – Irei mandar uma mensagem para ela e já sondar algo para você.

- Obrigada, mãe.

- Ainda não acredito que vou ver você com um vestido e indo para o baile. – a mais velha tinha os olhos brilhando – Quem é o amigo que vai te levar?

- É o Victor. Mas não se empolgue. Não temos nada, mãe.

- Eu sei que não tem. – ela falou – Mas vai ser bom mandar uma foto sua com um garoto para suas tias. Pelo menos elas vão parar de me perguntar o porquê você ainda não arrumou um namorado.

- Talvez porque eu não queira um namorado? – a menina riu internamente.

- Você conhece suas tias, Nic.

- Se conheço... – a garota olhou o relógio da parede da cozinha e disse – Preciso ir, ou vou me atrasar.

- Está bem. Tenha cuidado hoje. E nada de artes.

- Eu fazendo artes? – Nicole colocou a mão no peito, se fingindo de indignada. Se levantou e deu um beijo de despedida em sua mãe – Ate mais tarde.

- Até mais tarde, filha.

- Tchau Teddy! – ela afagou as orelhas do cão, que se animou pensando que ia receber algum petisco de comida – Você já comeu.

Teddy baixou as orelhas, mas seguiu sua dona até a porta da frente, que começou a caminhar para mais um dia de aula.

***

"Ela não tirou os olhos você"

As palavras de Sarah não saiam da cabeça de Waverly e esse eco acompanhou a garota ate ela pegar no sono e durante todo o tempo que gastou se aprontando para a aula na manhã seguinte, sendo distraída apenas pela sua mãe, que falava animadamente a respeito de como fora sua reunião e jantar de negócios.

E agora que estava caminhando até o seu armário do Colégio para apanhar seus livros, a voz de Sarah também retornou a sua mente.

"O que a Sarah quis dizer com aquilo?", Waves pensava, procurando se lembrar se tinha percebido algum olhar diferente de Nicole para ela na tarde anterior. "Ela estava com dor, mas ela me olhava porque eu estava lhe ajudando. Nada demais".

Mas no fundo ela não tinha tanta certeza disso.

Sabia que Sarah não falaria aquilo a toa, não depois da garota ter dito que sabia que ela havia passado por situações delicadas, mesmo não sabendo exatamente qual. Waverly fez uma nota mental para chamar Sarah para conversar e tentar entender melhor essa história da garota nerd a olhando.

"Todo mundo nesse lugar me olha!", novamente refletiu, fechando seu armário e caminhando até a primeira aula do dia, que para sua infelicidade, se tratava de matemática. "Estou sendo observada agora, por exemplo, por todos nesse corredor, sejam garotos ou garotas... Por que estou me sentindo tão incomodada?"

Tais pensamentos a perseguiram até sua sala e durante toda a aula de exatas, o que não foi nada bom, uma vez que ela não conseguiu prestar atenção em nada que o professor dissera. O sinal tocou depois de uma hora e ao se levantar, sentiu seu corpo ser abraçado.

- Hey baby! – a voz de Travis chegou aos seus ouvidos e sentiu os lábios do garoto lhe darem um beijo no rosto – Estava no mundo da lua?

- Porque diz isso? – ela se virou e olhou o rapaz.

- Tentei falar com você na aula, mas você nem percebeu.

- Desculpe. Estava pensando numas coisas – ela disse recolhendo seus pertences.

- Eu faço parte desses pensamentos? – ele sorriu.

- Talvez... – Waves não sabia dizer se estava ou não mentindo.

- Espero que sejam coisas boas. – ele respondeu e pegou o livro e caderno de Waves – Vamos, a Sra. Garner é a próxima.

Ambos saíram juntos da sala de aula e caminharam de mãos dadas até a sala da Professora Garner, com Travis acenando para colegas do time e Waverly fazendo o mesmo com algumas pessoas conhecidas. Por vezes, a líder de torcida olhou para o garoto alto ao seu lado e não tinha como não se sentir bem ao lado dele, pois apesar dele ser um pouco irresponsável, sabia ser gentil.

"Qual garoto não é irresponsável? Temos somente dezessete anos", ela falou para si, antes de tomarem seus lugares para a próxima aula.

Poucos minutos depois, no espaço de tempo que antecedia a chegada da mestra, no qual os alunos falavam entre si sobre qualquer coisa que seja, Waverly viu um borrão avermelhado em sua visão lateral. Ela virou o rosto e se deparou com Nicole.

A garota ruiva tinha sua mochila nos ombros e Waves pode notar que ela vestia uma camiseta azul escura. Sentiu um impulso de descer seus olhos, mas pensou que seria muito indiscreto fazê-lo na cara dura, por isso concentrou seu foco no rosto da menina, que pelo que percebeu, estava uma mistura de acanhamento e ansiedade.

- Oi... – Nicole falou, tentando esboçar um sorriso.

- E ai, Haught! – Travis a saudou e sua voz estava animada – E o joelho?

- Melhor – ela respondeu, agora um pouco mais confiante com sua voz – Vim agradecer a joelheira. Depois que eu lavar eu devolvo.

- Relaxa – o garoto respondeu.

- Certo... – ela fez um sinal afirmativo com a cabeça e virou em direção a Waverly – E obrigada pela ajuda no vestiário, Waverly.

- Não precisa agradecer, Haught... – a líder de torcida falou, se perguntado o motivo de ter chamado a garota pelo sobrenome.

- Sarah está por aqui? Quero agradeça-la também... – Nicole olhou pela sala, a procura da garota loira.

- Creio que logo ela chega – Waverly respondeu e cruzou os braços, mais uma vez a voz da sua amiga chegando a galope a sua mente.

- Tudo bem...

Nicole voltou a olhar para Waverly, que sentiu o rosto esquentar e foi salva pela chegada da Professora Garner.

- Que feira do peixe é essa? – a mestra falou e imediatamente todos começaram a tomar seus lugares.

A garota ruiva deu um riso de lado e seguiu seu caminho até sua carteira, localizada no fundo da sala. Waverly se sentou em seu lugar usual e disfarçadamente virou o rosto em direção a Nicole, que organizava o material que iria usar. Sem esperar, a menina ruiva olhou em direção a líder de torcida, que rapidamente virou o rosto em direção a professora.

"Merda.", Waverly baixou os olhos.

- Muito bem – A Professora Garner iniciou a fala – Eu sei que nenhum de vocês começou a preparar a carta para o Projeto Tardis, caso contrário, poderíamos dar alguma continuidade na aula de hoje. Sendo assim, voltemos a Austen! Alguém continuou a leitura? Alguém pode me dizer mais sobre os sentimentos que envolviam nossos protagonistas de Orgulho e Preconceito? Um de cada vez, por favor. – ela ironizou.

A sala permaneceu silenciosa e a Sra. Garner soube que seriam longos cinquenta minutos.

***

As horas se passaram e chegou o momento sagrado do dia: o almoço. Nicole dividia a mesa do refeitório com Bridget, que ficou aliviada em saber que a ruiva estava melhor.

- Ainda acho que você deveria ter ido ao médico. – ela falava.

- Prometo a você que se voltar a doer, eu vou – Nicole dizia – Se ontem eu tivesse visto que a coisa estava séria, eu teria ido.

- Eu sei que sim, mas às vezes você é teimosa né.

- Eu? Nunquinha! – ela deu risadas junto com a amiga.

- E você reparou que tem algumas pessoas olhando para a gente?

Nicole olhou sua amiga e disfarçadamente começou a correr os olhos pelo refeitório. Bri estava certa. Alguns olhares estavam focados em ambas e sempre que algumas pessoas passavam por elas, as encaravam com interesse.

- Apesar de estarem olhando para nós, o foco é você – Bridget piscou para a ruiva, que ficou sem entender.

- Como é?

- A noticia do seu confronto com o Travis ontem já correu a escola toda – a menina informou – Inclusive sua visita ao vestiário feminino enquanto as Animadoras o usavam e seu breve papo com Travis hoje cedo.

- As pessoas não têm o que fazer não? – Nicole riu.

- Não. Mas eu sei que você gostou de saber disso, Haught.

Nicole esboçou um sorriso. Realmente ela gostou de saber daquilo. Por alguns minutos, era como se ela estivesse de volta ao seu antigo colégio, onde ela não precisava fazer esforço algum para ser notada.

- E eu também sei que você está adorando ser minha amiga agora – foi a vez de Nicole piscar para Bridget.

- Mas é claro! Não é todo dia que somos notadas! – ela melhorou a postura na cadeira – Tenho que aproveitar meus cinco minutos de fama.

- Que exagero, Bri! – Nicole falou – As pessoas notam você. Existem garotos que preferem cérebro a peitos.

- Espécimes raros... – a outra completou – Às vezes eu penso em parar de olhar para eles e focar somente nelas.

A garota ruiva riu.

- Mesmo você falando que ficaria com uma mulher no futuro, eu sei que isso não vai acontecer. Você vai encontrar um cara bem legal, Bri.

- Se você não tivesse me largado, poderíamos ser um bom casal – provocou Bridget.

- A gente nunca teve química! – ambas riram – A única química que dava certo entre nós era durante as aulas da própria matéria.

- Melhores parceiras de laboratório! – Bridget levantou a mão para Nicole e as duas meninas fizeram um High Five.

- Falando em química – Bridget voltou a falar – Você nem me deu muitos detalhes de como foi com ela...

- Ela quem?

- Não se faça de sonsa comigo, Nicole Rayleigh Haught!

A menção de seu nome completo fez a ruiva rir, mas o olhar penetrante de Bridget a fez engolir em seco. "Será que ela sabia?" 

- Eu realmente não sei do que você está falando, Bri... – a menina ainda tentou disfarçar, mas sem sucesso.

- Eu sei que você gosta da Líder de Torcida, Nic – a amiga falou.

Nicole forçou uma risada.

- De onde você tirou essa ideia? – falou sentindo um leve tremor pelo corpo.

- Para bons observadores, coisa que eu sou, a propósito, é fácil saber – ela sorriu de lado – Você sempre olha para ela durante as aulas, principalmente quando ela fala algo para a turma toda ouvir. Sempre que ela passa pelos corredores, você a segue com o olhar até ela sumir de vista. Quando vamos aos jogos, você fica hipnotizada ao vê-la dançar...

- Bri, você acabou de descrever atitudes que metade dessa escola faz quando o assunto é Waverly Earp. – Nicole encostou seu corpo na cadeira, e encarou a amiga.

- Sim. Mas meu amor, você tem aquele brilho no olhar.

- Brilho?

- Sim. Brilho.

- Tem purpurina no meu olho para brilhar? – ela disse com sarcasmo.

- Os outros a olham com cobiça. Você a olha com admiração. Tem muita diferença. – Bridget disse de modo sábio.

- Eu que to achando que você ta olhando pra geral demais... – a ruiva estava ligeiramente incomodada, pois até aquele instante, achava que seus sentimentos estavam bem guardados e discretos.

- Eu disse que Psicologia estava nas minhas opções futuras. Preciso começar desde já – ela brincou.

- Então trate de analisar melhor, pois você está errada... E mesmo que eu tivesse algum sentimento por Waverly, ela nunca olharia para mim – Nicole deu de ombros.

- Primeiro: você gosta dela e nem adiante me negar. Segundo: se ela nunca iria te olhar, porque ela ta fazendo isso agora?

- QUE?

Nicole se assustou com as palavras de Bridget e olhou para os lados, encontrado a figura de Waverly próxima a entrada do refeitório, junto com suas outras colegas de equipe. Pelo movimento que a líder da torcida fazia, era nítido que ela estava virando o rosto para o outro lado.

- É sério? – Nicole olhou para Bridget – Ela estava mesmo me olhando?

- Estava. Mas você é super discreta sabe, ai quando você virou com tudo, ela desviou o olhar.

- Por que será que ela estava me olhando? – Nic disse baixinho, mais para si.

- Talvez ela não seja tão hétero assim... – Bridget arriscou.

- Não... Digo, sim... Pera, você me confundiu – a outra garota riu – Ela está com o Travis desde que eu me lembre...

- Você sabe muito bem que isso não significa nada, Nic. De qualquer forma, você tem o que, nove dias até a Formatura para fazer alguma coisa a respeito disso.

- Bridget, é impossível acontecer alguma coisa significativa nesses nove dias. Impossível, eu diria. – a menina coçou sua cabeça, bagunçando um pouco os seus fios.

- Você não sabe Nic – a outra sugeriu. – Vai saber como funciona a cabeça de uma líder de torcida?!

- O máximo que pode acontecer é ela assinar meu Livro do Ano. – Nicole falou – Não estou em posição de criar expectativa alguma. – ela crispou os lábios – Você sabe o que aconteceu da ultima vez...

Bridget fez um gesto afirmativo com a cabeça.

- Você sabe que estou aqui, né? – a menina colocou sua mão junto da de Nicole e deu um leve aperto.

- E eu agradeço demais.

- Tudo bem que você poderia ter contado para sua melhor amiga sobre seu amor pela Waverly, mas tudo bem, você pode ser muito fechada quando quer, e eu não quero invadir seu espaço, mas você bem que poderia ter me dito, afinal, a gente poderia ter feito alguma coisa a respeito disso e...

- Bri! – Nicole riu com a metralhadora de palavras da amiga.

- Sim?

- Quieta.

Elas deram risadas e Nicole pegou a sua bolsa.

- Preciso pegar a máquina fotográfica com o Sr. Ruby.

- Verdade! Você vai ser tipo a Clark Kent de hoje. – ela sorriu.

- Aceito o poder de voar. – Nicole analisou – E a visão de raio x não seria nada mal... – ela mordeu o lábio.

- Safada. – Bridget riu.

- Olha quem fala... Até mais tarde, Bri.

Bridget acenou em despedida e Nicole rumou para fora do refeitório. Sentiu um impulso de olhar para a mesa onde Waverly estava sentada, mas não o fez e durante o caminho até a sala do Professor, a garota encontrou Victor, que sorriu quando a viu.

- Pelo visto o joelho está bom. – ele disse.

- Está. E todo mundo já sabe o que rolou, pelo visto. – ela comentou.

- Não é todo dia que o nerd enfrenta o jogador. Se bem que você já esteve do lado de lá.

- Porque todos dizem do lado de lá, quando se referem ao time de basquete, ou as meninas da torcida? – ela indagou Victor, ao virarem um corredor.

- Não faço ideia. É algo meio cultural, né? Às vezes é difícil desapegar desses estereótipos, e a gente acaba por reproduzir, mesmo que não tenhamos a intenção.

- Pode ser... Mas jogadores podem ser legais.

- Você é legal.

- Obrigada – ela sorriu para o garoto.

- Vou falar com o Professor Ruby sobre a sua ideia de ontem, em relação às musicas. Temos essa tarde para colocar em prática – o rapaz disse a ela.

- Verdade! Por um momento eu tinha me esquecido! – Nic colocou uma mão na cabeça.

- Não se preocupe. Como você foi escalada para as fotos, eu e os outros garotos damos conta.

- Desculpe não poder ajudá-los. – ela olhou para o menino, sentindo uma pequena culpa por não estar com eles.

- Não se preocupe – Victor a tranquilizou.

Chegaram ao escritório do Professor Ruby, que rapidamente entregou para a garota a bolsa com o equipamento fotográfico e uma pequena pasta.

- As fotos serão tiradas na sala 102. Eu já posicione o pano de fundo e montei o tripé. Mas talvez você tenha que posicioná-lo para a sua altura.

- Pode deixar, professor – Nicole disse, pegando os objetos que ele lhe entregava.

- E na pasta tem a relação de nomes dos alunos que irão te procurar hoje. Peça para eles assinarem a presença.

- Sem problemas. Melhor eu ir – ela anunciou – Vejo vocês mais tarde.

A garota saiu da sala, deixando o Professor e Victor conversarem sobre assuntos da Comissão de Formatura e seguiu para a sala 102. Como dito pelo professor, o lugar já estava organizado para receber os alunos, com as carteiras posicionadas nas laterais, dando um bom espaço no meio da sala para que as fotos fossem tiradas.

O painel do pano de fundo estava armado e um banco alto estava posicionado ao centro. Cerca de dois metros de distância, estava o tripé dito pelo professor, assim como uma mesa de apoio. Nicole se aproximou e começou a se organizar para o trabalho daquela tarde.

Não poderia deixar de sentir alegria por aquele momento. Sempre gostou de fotografias e aprendeu a realmente ter apreço por elas conforme começou a estudar e praticar essa arte, o que automaticamente a levou a conseguir uma cadeira cativa no Clube de Audiovisual do Colégio e estar ali, exercendo uma atividade sozinha, sem a monitoria de um professor, era um desejo antigo da ruiva.

Aos poucos, os alunos que faltavam para serem fotografados chegavam. Ela procurava seus respectivos nomes da lista, os pedia para assinar a presença e depois os posicionava corretamente no local da foto.

Como já havia configurado o equipamento, não eram necessários muitos ajustes entre uma pose e outra, e para garantir, Nicole tirou entre duas e três fotos de cada aluno, para poder escolher as melhores.

Entre um clique e outro, conversou com as pessoas. Alguns eram seus colegas, outros ela nunca tinha ouvido falar até aquele momento, o que não deixava de ser engraçado, uma vez que ela chegou à conclusão de que existiam alunos ainda mais invisíveis que ela. Mas a invisibilidade tem suas vantagens, e Nicole soube aproveitar, a seu modo, o fato de estar fora do radar.

Entretanto, a garota de cabelos avermelhados voltou a ficar em evidência. E isso era nítido a cada pessoa que ela fotografava, pois sempre que olhava por aquela pequena janelinha do equipamento fotográfico, captava o reconhecimento nos olhos alheios e ela não podia negar que tal fato estava lhe fazendo muito bem para o ego.

Nicole finalizou o ultimo garoto da lista e este lhe deu um sorriso.

- Posso ver? – ele a indagou e a garota fez um aceno positivo com a cabeça.

O rapaz se aproximou e ficou ao lado dela, que já estava com o equipamento em mãos, acessando os arquivos. Mostrou a foto para ele, que fez um aceno com a cabeça.

- Se for possível escolher, eu quero a segunda foto.

- Pode deixar – ela sorriu.

- E também se for possível, eu queria saber se você já tem um par para o Baile de Formatura.

Nicole paralisou diante o convite daquele rapaz que ela havia visto pelos corredores do colégio pouquíssimas vezes durante o ano. Sem mencionar que ela nunca pensou que um dia fosse falar com ele. O garoto era moreno e tinha belos olhos verdes, ela sabia reconhecer, mas isso não mudava o fator surpresa em que se encontrava.

- Eu te assustei – ele falou, baixando os olhos. – Desculpe.

- Não, tudo bem... Eu não esperava – Ela falou após recuperar a fala – É que eu... Hum... Eu já tenho... Eu já irei com alguém.

- Oh! Tudo bem então... – ele sorriu – Pelo menos eu tentei.

- Pois é – ela passou a mão pela nuca, procurando disfarçar o seu nervosismo. – Mas eu imaginei que alguém como você poderia ter um par já...

- Alguém como eu? – ele pareceu interessado nas palavras dela.

- Sim... Digo... Você é bonito, Doug.

- Obrigada! – ele sorriu mais ainda – Mas eu não estava muito afim do baile, mas ai...

- Ai você ficou sabendo que eu enfrentei o Travis... – Nicole completou, colocando a máquina fotográfica de volta no tripé.

- E aí eu me dei conta que a garota que enfrentou o Travis era a menina do Audiovisual que eu achava bonita. – ele finalizou, encarando Nicole com seus olhos verdes.

- Oh... Obrigada – ela virou o rosto novamente para a máquina fotográfica, para disfarçar seu rosto vermelho.

- Mas você já tem um par. Cheguei tarde – ele brincou.

- Chegou – ela suspirou fundo e resolveu relaxar com o fato – Quem mandou não se apressar. Mas se você correr, ainda dá tempo de conseguir uma garota legal para ir.

- Sabe se sua amiga tem companhia?

- A Bridget?

- Sim.

- Posso verificar – ela respondeu ao rapaz, mas ela sabia que a amiga não ia gostar muito da ideia.

- Valeu! – Doug disse e se encaminhou para a saída.

- Mas eu não dou certeza – Nicole disse para o rapaz – Bri é muito exigente.

O rapaz moreno confirmou com a cabeça e se retirou da sala. Nicole virou-se para o livro de presença e não reparou que assim que o menino saiu, outra pessoa entrou.

- Ai, me desculpe! – a voz era feminina e falava apressada - Me lembrei quase agora que eu precisava tirar essa foto novamente. Estava me arrumando do ensaio e... Oh! Olá, Nicole. Não sabia que era você quem estava tirando as fotos hoje.

Nicole, que reconheceu a voz da garota assim que ela entrou se desculpando, procurou pelo nome dela na lista de alunos e quando virou o verso da folha, viu uma anotação do Professor Ruby, feita a mão, no qual dizia que a garota precisava ser fotografada novamente. Nicole riu internamente. Mas o riso era de nervoso. Ela se virou e encarou a líder de torcida.

- Olá , Waverly Grace.



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