História Love? What is it? - He Said Her Name

P.O.V Shikamaru

Ah, mais um dia em Konoha. Eram quase sete horas da manhã e eu ainda não conseguia me levantar. Ultimamente eu me sentia mais cansado do que o normal.

—SHIKAMARU! —escuto um grito vindo do lao de fora

Fecho os olhos, ignorando.

—SHIKAMARU, SE VOCÊ NÃO APARECER AQUI EM DOIS MINUTOS EU VOU TE ARRASTAR! —tudo bem, agora eu conseguia identificar de quem era a voz.

Temari, de Suna. Me levanto, lentamente me encaminho em direção ao guarda-roupa e pego minhas roupas. Fico encarando-as por uns segundos. Eu estava quase desmaiando de sono.

Tiro lentamente meu pijama, e quando eu finalmente estava só de cueca, a porta do meu quarto abre e Temari aparece.

—AAAAAAAAAAAAH MEU DEUSSSSSSSSSSS! —ela grita e cobre os olhos com as duas mãos.

—Sua problemática, não sabe bater na porta não? —pergunto

—Normalmente não é necessário quando o quarto é de um preguiçoso. Pensei que você tava dormindo. —ela responde

—Haha. —dou uma risada falsa.

Visto minha roupa.

—Pode olhar agora.

Ela abre os olhos e faz uma careta.

—Eu queria poder desver aquilo. —ela diz

—OH, Temari! Você está aqui. —Minha mãe entra no quarto, sorrindo.

—Senhora Nara, é um prazer! —ela responde

—Ah por favor, só Yoshino!

—Mãe, não era pra você estar trabalhando?

—Digo o mesmo pra você, mocinho. Seu pai vai cobrir o meu turno hoje. —ela diz, e faz uma cara triste.

Minha mãe não é de faltar o trabalho.

—O que aconteceu? —pergunto

—Eu só estou me sentindo mal hoje, algumas dores no corpo, mas é só isso, relaxa. —ela sorri

Pude ver um pouco de dor por trás de seu sorriso. Eu não costumava a perceber as coisas, mas eu conheço minha mãe melhor do que me conheço.

—Por quê vocês dois não tomam café da manhã comigo? —ela pergunta

—Por mim tudo bem. —Temari diz—Só não podemos nos atrasar muito, não é Shikamaru?

—Hã? É. —digo, tentando fugir das reclamações dela.

A cozinha da minha casa não era tão grande, mas como meu pai não estava lá, tinha uma cadeira sobrando pra Temari. O pior é que era do meu lado. Ela se senta e me encara. Minha mãe se senta na nossa frente e põe as xicaras. No momento em que faço o movimento com a mão para pegar a minha  xícara, Temari faz a mesma coisa e nossas mãoes acabam se esbarrando. Ela retira sua mão rapidamente e eu rio.

—Perdão. —digo—Pode pegar.

Ela pega e tentar fingir que não estava vermelha. Por que ela estava, e muito.

—Vocês deviam sair um dia. —Minha mãe interrompe

—O quê? Eu nunca sairia com uma mulher problemática. —bufo

E então o vermelho nas bochechas de Temari se desfaz. Ela começa a rir.

—Sair com ele? Acho que se fossemos sair, ele iria esquecer de tão preguiçoso que ele é.

—Hahaha, isso nunca vai acontecer. —retruco

Temari parecia querer dizer mais alguma coisa, mas ela não diz.

—Eu realmente achei que você era mais parecido com o seu pai Shikamaru. Mas emocionalmente vocês são bem diferentes. —minha mãe diz, com a cabeça baixa.

—Hã? O que quer dizer com isso?

—Você não sabe como tratar uma dama. —ela se levanta e sai da cozinha.

Eu realmente não entendia as mulheres, talvez esse seja o meu problema.

—Ela tem razão. —Temari diz—Bom, eu não me importo. Vamos, já estamos atrasados.

—Certo.

Saímos de casa e fomos a pé até a floresta do exame chunin. Eu e Temari estavamos trabalhando juntos a um tempo, mais ou menos uns dois meses, e esse ano fomos escolhidos para monitorar o exame chunin, e quase nunca conversávamos, eu era quieto e tudo que eu falava ela reclamava, então acabei me cansando disso. Acho que ela percebeu.

Chegamos no local e o instrutor estava em pé, como se estivesse nos esperando.

—Vocês estão atrasados.

—Eu já estou acordada desde as cinco horas, reclame com ele. —Temari diz

—Shikamaru, você já é quase um adulto, será que tem como começar a ser responsável?

—Me desculpe, não vai acontecer de novo. —digo

—Eu já escutei isso.

—Com certeza não foi de mim. —ironizo

O instrutor sai e me deixa sozinho com Temari. Pulo até a pedra gigante que tinha no alto para podermos observar os participantes, e Temari me acompanha.

Olho para o céu. As nuvens de moviam junto com a minha mente. Não parecia real, mas ao mesmo tempo me fazia me sentir vivo. Ser uma nuvem, deve ser realmente muito legal. Quando eu era criança eu costumava a imaginar formas nas nuvens, mas agora que cresci não tem mais graça.

—No que você está pensando? —Temari se senta ao meu lado

—Sei lá.

—Você está estranho. O que aconteceu? Não que eu me importe. —ela diz

Até nas perguntas ela era grossa.

—Você já sentiu como se sua vida não fosse algo importante?

Ela ri.

—Pra falar a verdade já. Mas isso não significa que você não tenha motivos para viver. Talvez alguém que você goste muito, te faça volta pra realidade e você descubra o sentido das coisas.

—Eu acho que não tenho ninguém pra me fazer pensar assim. —respondo

—Hum..já sei, você precisa de amigos.

O quê? Amigos?

—Mas eu já tenho.

—Não, não os antigos. Você precisa de uma amizade nova, e eu posso te ajudar com isso.

—Como? Vai me fazer puxar assunto com pessoas desconhecidas? —ironizo

—Não. Vou fazer você puxar assunto comigo. —ela diz

Me viro e encaro-a. Eu nunca percebi o como os olhos dela brilhavam no sol. Realmente era lindo. Ela era...Não. Eu não podia pensar nisso.

Viro a cabeça e afasto os meus pensamentos rapidamente.

—Você?

—Sim. A gente convive juntos a muito tempo, e você nem sequer olha pra minha cara, como se não me conhecesse. Então, eu estivesse pensando, por que não tentamos ser amigos?

—Eu não sou bom em fazer amigos.

Eu realmente era péssimo nisso.

—Você pode começar me dizendo o porque você me odeia.

—Eu não te odeio. —respondo, e encaro-a novamente.

Ela faz um expressão confusa. Me encara por alguns segundos, e depois sorri.

—Bom, isso já é um começo.

E então, sem pensar, sorrio também. Ela percebe o meu sorriso e desvia o olhar. Faço o mesmo.

Talvez Temari não seja tão problemática assim. Talvez nós pudéssemos realmente ser amigos, ou o mais próximo disso possível.

—Agora, conte-me sobre...Bom, sobre o que você queira me contar. —ela diz

—Vou tentar. —digo

Começo a falar sobre a minha vida, e ela acaba comparando um pouco com a dela. Nunca pensei que fossemos parecidos, mas do jeito que ela parecia me entender, me fazia pensar o contrário.

P.O.V Sakura

Meu nome é Haruno Sakura, eu tenho 16 anos e...Ah, esquece, vou pular essa parte de apresentação, isso é horrível. Vamos começar.

Konoha é a aldeia oculta da folha, onde existem shinobis , os ninjas, e bom, eu sou também e é meio que um emprego. Nosso ‘’prefeito’’ se chama Hokage e ele tem a função de não só administrar a aldeia, mas protegê-la também, com ajuda dos ninjas jounins que são uns ninjas mais experientes.

Existem várias aldeias ocultas, e também tem os países que não tem shinobis e não são governados por Kages e...Por que eu estou contando isso tudo? Vocês já devem saber isso e o resto.

—Sakura, você vai levantar dessa cama ai quando? —Minha mãe pergunta, entrando no meu quarto

—Quando meu tédio se transformar em uma vontade imensa de treinar. —respondo—Enquanto isso, vou ficar aqui.

—Desde quando você se tornou tão preguiçosa? Eu hein...

—Desde que eu enjoei de ser assistente da Hokage e nunca ser chamada pra missões.

—Não foi por causa daquele garoto Uchiha não né?

—O QUÊ? Como você sabe sobre o Sasuke-kun?

—Ta escrito na sua testa. —ela ri

Uchiha Sasuke era o garoto que eu havia me apaixonado há anos atrás...Mas ele nunca me deu bola e sempre me ignorou. Nós faziamos parte do time 7. Eu, o Kakashi sensei, o Uzumaki Naruto, e o Sasuke. Mas faz uns 3 anos desde que o Sasuke saiu da aldeia em busca de poder pra se vingar de alguém, e eu realmente não entendia o porquê de tanta raiva.

—Anda, levanta, A Hokage-Sama deve estar te esperando. —minha mãe insiste

Bufo, mas com um grande esforço me levanto. Visto minhas roupas, e saio de casa.

Konoha era realmente uma aldeia muito bonita. Tirando os ladroes e algumas tretas com as outras aldeias, era bem legal de morar aqui.

—SAKURA-CHAN! —escuto uma voz atrás de mim. Ah, ótimo, justamente quem eu queria ver.

Me viro lentamente, e ponho as mãos na cintura.

—Naruto, o que foi? —pergunto

Naruto, o menino orfão, loiro e hiperativo que vivia me enchendo. Eu adorava socar a cara dele. Não pensem que sou uma pessoa horrível, só as vezes hehe.

—O que você está fazendo logo essa hora? —ele pergunta

—O que acha que estou fazendo idiota? Estou indo pro escritório da Senhora Tsunade. —digo

—Engraçado, eu acabei de encontrar ela, ela falou que precisava falar urgentemente com você, é melhor se apressar.

—O Quê? Por quê não me disse isso antes em vez de ficar me enrolando? —faço uma expressão sério.

—Des..culpe. —ele

—Arrrg.

Ignorando-o corro em direção ao escritório da Hokage, ela não gostava de esperar muito pelas pessoas, era melhor eu me apressar.

A porta estava aberta, e havia vários Jounins lá. Estranho. Abro a porta e Shizune me encara.

—Você vai gostar da tarefa que temos pra você—ela sorri

Engulo em seco e vou em direção a mesa da Hokage.

—Tsunade-Sama, queria me ver? —pergunto

—Você está atrasada. —ela diz

Olho para o relógio. Droga, eu estava quase 20 minutos atrasada.

—Perdão. —respondo

—Emfim, mais cedo recebemos um comunicado da aldeia da areia, eles disseram que um menino que usava o sharingan, e muito machucado, estava vindo em direção à nossa aldeia, e havia dito que precisa falar com alguém. E ele disse o nome da pessoa. —ela diz

—E qual é?

—O seu.

Congelo. Um menino usando o sharingan precisava falar comigo...

—Senhora Tsunade...Por acaso esse menino é...

—Uchiha Sasuke. Alguns ninjas da equipe anbu encontraram-o desmaiado na floresta, com muitos ferimentos. Ele está no hospital agora, e ele só sabe gritar o seu nome. Quero que vá lá e descubra todas as informações que você tiver sobre Orochimaru.

Sasuke...Ele estava mesmo repetindo o meu nome? Ele se lembrava de mim? Eu não conseguia processar muito bem.

Orochimaru era o homem que quando nossa equipe estava nos exames chunin, se infiltrou e mordeu o pescoço do Sasuke, criando uma marca da maldição que o tornava mais forte e cada vez mais em busca de poder. O Sasuke nunca havia me contado os detalhes, mas talvez seja a hora de descobrir.

—Pode deixar comigo. —sorrio

Saio correndo do escritório em direção ao Hospital da folha. Eu não conseguia raciocinar direito de tão confusa que eu estava. Como um garoto daqueles exigia falar só comigo? Talvez ele precisasse de algo ou...Não sei.

Abro as portas e corro em direção à recepção.

—Onde fica o quarto dele? —pergunto, quase sem fôlego.

—Ah, Sakura, a senhora Hokage falou que você viria. A última porta do corredor, na direita.

Sem responder corro o mais rápido possível. Abro a porta. Com certeza era ele...Mas ele estava tão diferente.

Ele usava uma camisa branca que deixava seu peito à mostra, sua cintura estava envolvida com uma espécia de corda, e suas calças eram roxas. Seu cabelo havia crescido e...Ele estava muito bonito, apesar das marcas que ele tinha no corpo.

Seus olhos estavam fechados, então, bem devagar, vou em direção à ele e seguro sua mão direita. Ele não parece se incomodar. E então, ele sorri.

—Sasuke-Kun... —minha voz quase não saia.

Tento conter minhas lágrimas.

—É bom escutar sua voz, Sakura. —é a única coisa que ele diz.