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História Lovely angel - Efeitos colaterias


Escrita por: chihariu

Notas do Autor


hey gnt XD
desculpa a demora para postar o capitulo :s
boa leitura!

Capítulo 8 - Efeitos colaterias


Fanfic / Fanfiction Lovely angel - Efeitos colaterias

O mundo todo estava virado de cabeça para baixo. Meu corpo pendia das costas de Ariel, que me levava para fora da boate. Eu batia forte com os punhos em suas costas em protesto. Ariel nem se movia com o impacto de meus socos.

- Ariel, me deixe descer! Eu não quero ir embora caramba! – eu dizia me sentindo muito tonta.

- Vou deixar você descer, quando chegarmos na sua casa. – seu tom de voz continha uma leve irritação.

- Meu vestido está mostrando minha calcinha Ariel. Me ponha no chão. Eu posso andar sozinha!

- Não se preocupe, estamos chegando no carro.

Do lado oposto da rua, podia-se ver o carro preto de Ariel estacionado. Emburrei. Ariel era um pé no saco quando queria.

Fui colocada no banco do carro. Ariel me tratava como um bebe, passando o cinto de segurança em minha volta, arrumando meu vestido. Eu me senti muito tonta, e meu estomago revirava. Segurei para não vomitar em seu carro. Meus olhos não se concentravam em um ponto fixo, e meu corpo estava febril. Havia certa excitação em min, provavelmente efeitos do Êxtase.

- Ariel... – eu balbuciava me sentindo mal – dá pra ser rápido?

- Pra quem não queria ir embora... É pra já.

E num instante, eu estava na porta de minha casa. Como havia acontecido? Eu podia jurar que acabara de entrar no carro, e de repente estava estacionada em frente a minha casa. Pisquei os olhos algumas vezes. Talvez eu tivesse exagerado até demais na quantidade de drinks bebidos naquela noite.

Ariel dava a volta no carro. Abriu a porta e tirou o cinto. E quando me trouxe para fora, segurando uma de minhas mãos, meu estomago apertou. A boca se enchendo de saliva, eu sabia o que ia acontecer.

Vomitei em seus tênis cor de casca de arvore.

- Nossa Northsaw, realmente, você me dá muito trabalho.

Foram as únicas palavras de Ariel, que me pegou no colo, e me levou escada a cima, até a porta. Pegou as chaves, que eu não sabia onde tinha conseguido, já que minha bolsa ficara no carro de Carmen, e girou na fechadura da porta, destrancando-a.

O silencio da casa e a escuridão, foram de certa forma reconfortante, eu só queria ir para cama. Mas algo ainda me incomodava, eu me sentia doente. Ariel me pôs no sofá, e uma de suas mãos encontraram minha testa. Seu toque era calmo, sua pele quente e macia. A única luz que entrava na casa era da porta, que estava aberta, que Ariel passara e não fechara, já que eu me encontrava em seus braços. Pude ver seus olhos dourados brilharem.

- Você está com febre. – a voz de Ariel irrompendo o silencio e a escuridão.

Eu já presumia isso, sentia um calor no meu corpo a muito tempo. A principio pensei que era as ondas de desejo, quando Drew me tocara. Mas agora estava claro que eu estava realmente, no sentido literal da palavra, febril.

- Onde fica o banheiro? – Ariel me perguntou mais calmo. A irritação deixando sua voz.

Não estava entendendo direito o que Ariel queria, mas apontei a direção do banheiro.

- tem um no meu quarto também. – disse um pouco incompreensível.

Ariel fechou a porta da frente, e passou a chave. Pude ouvir o pequeno estalo da porta ao se fechar. Pegou-me novamente no colo, e me levou até a parte de cima da casa.

- onde fica? – ele perguntou se referindo ao quarto.

- é a segunda vez que passo por isso... – balbuciei me lembrando da noite em que Drew me levara para casa.

- O que? – Ariel perguntou erguendo as sobrancelhas.

- terceira porta á direita.

Ele continuou e entrou em meu quarto, ascendendo a luz, caminhou para a porta do banheiro, me pôs no chão e olhou para min

- Consegue entrar no chuveiro sozinha? – perguntou um pouco preocupado com meu estado.

- Pra que entrar no chuveiro agora? Olha Ariel, eu agradeço, mas eu quero minha cama agora, então, se me der licença – disse me desviando de seu corpo e indo em direção a minha cama.

Ele me pegou pela cintura, e me levou para dentro do banheiro.

- Acho que não vai ter mesmo jeito.

E ligando a ducha, me pôs debaixo dela, de tênis vestido e tudo, deixando a água fria cair em todo meu corpo.

-Ariel! – eu debatia em baixo do chuveiro.

- confie em min, você esta com febre. Se não tomar um banho gelado, só vai piorar.

Eu estava furiosa com ele.  Mas não queria brigar.

- Podia ao menos ter tirado meu tênis. – eu disse me aquietando e fazendo beicinho, em demonstração de raiva.

Ariel sorriu. Ao menos alguém estava se divertindo com isso.

Quando a torneira se fechou, eu me senti um pouco melhor. O corpo estava quente, mas a temperatura parecia baixar. Ariel me envolveu em uma toalha, e me deu meus pijamas, que estava pendurado na porta do banheiro, para que eu me vestisse. Saiu do banheiro e fechou a porta atrás de si. Sentei-me na tampa do vaso, que estava abaixada, e comecei a me despir das roupas encharcadas, para me vestir com as roupas secas entregues por ele, vagarosamente. Me sentia tonta, e a cabeça começava a doer, mas a febre estava cedendo. A Excitação causada pelo êxtase havia cedido, quase que por completo, e eu me sentia feliz, por Ariel ter sido tão gentil, da maneira dele.

Quando saí do quarto, ele estava me olhando, e logo desviou o olhar. Percebi que os shorts do meu pijama eram mais curtos que os que ele estava acostumado a ver na educação física e que minha blusa de alcinha mostrava mais de min do que normalmente qualquer um conseguia ver. Eu sorri. Pulei em minha cama e puxei meu edredom. Me senti totalmente confortável. Olhei para Ariel.

- Hmm, obrigada. Por me trazer em casa. – sorri para ele. Me sentia exausta.

Ariel se aproximou e sentou ao meu lado na cama. Ele me olhava profundamente. O olhar sereno.

- E pelo banho também. – eu disse sorrindo – apesar de meus all star estarem encharcados.

- Não tem que agradecer. – sua palavras eram tão calmas que meus olhos quase se fecharam. suas mãos brincavam com uns fios de cabelos meus.

- Bem, está tarde – eu bocejei – e seus pais devem estar preocupados com você... – o sono invadindo todos os meus pensamentos, e devagar, eu fui cedendo, fechando os meus olhos.

- Durma bem jess.

Senti o toque de suas mãos macias deslizarem pela pele de meu rosto, e de repente, dormi.

 

Acordei assustada. Havia sonhado o mesmo sonho daquela vez. Olhei para os lados assustada, na procura de algo que eu não sabia exatamente o que era. Olhei o relógio, eram duas da tarde! Me levantei e logo caí na cama de novo. Minha cabeça doía e o mundo inteiro girava, meu estomago se contorcia. Eu estava morrendo de fome. Tentei me levantar mais uma vez, quando ouvi um barulho lá em baixo. Meu coração parou. Havia alguém dentro de casa. Peguei uma vassoura que ficava no corredor, e lentamente, desci as escadas, o barulho vinha da cozinha. Percebi que o cheiro também era agradável. Bacon e ovos. Alguém estava cozinhando.

Por um motivo estranho, eu me enchi de alegria, os olhos começaram a lacrimejar, como se tudo tivesse sido apenas um sonho, e agora, eu voltava para a realidade. Se tudo que eu passara fora apenas um sonho ruim, eu não me importava. Eu sentia que tudo iria melhor, que dessa vez seria diferente, e que eu tinha ganhado uma nova chance. Meu coração quase explodia dentro do peito.

 Larguei a vassoura no chão e corri em direção a cozinha, e quando me dei conta de quem era, parei, e olhei com certa tristeza me invadindo. Como se um choque atravessasse meu coração, e tive vontade de cair no chão. Me sentar e apenas chorar.

- Desculpe jess. Acordei você? – Ariel estava com uma espátula na mão retirando o bacon da frigideira e pondo em um prato, onde se encontravam ovos mexidos.

- Não. Tudo bem, eu só... Pensei que fosse outra pessoa. – sorri para Ariel em um sorriso forçado que qualquer um podia ver.

- Entendo... Bem, sente-se. Deve estar com fome. - ele mostrou a mesa que exibia torradas e suco de laranja, e colocando o prato de ovos mexido e bacon em cima dela, o arrastou para min. Sentou na cadeira e pôs-se a me observar.

Apesar de já ser tarde, Ele havia feito uma mesa de café da manha, e não de almoço. Mas apreciei o gesto e me senti meio confusa pelo fato de Ariel estar na minha casa desde a noite anterior e ainda cozinhando pra min. Sentei-me também. E colocando um pouco de suco em meu copo olhei confusa para Ariel.

- Hmm, er... Você dormiu aqui? – perguntei para ele sem jeito. Não lembrava de muitas coisas da noite passada.

- Digamos que sim. Agora coma, seu estomago deve estar doendo. Creio que você não come nada desde ontem.

E ele tinha razão. Eu passara o dia beliscando, e não tinha feito nenhuma refeição descente antes de encher a cara no dia anterior. E agora havia me lembrado de que tinha vomitado nos sapatos de Ariel. Fiquei vermelha.

- Ariel.

-Sim? – ele olhava para min, sereno como sempre.

- Desculpe pelos seus sapatos.

- Estamos quites agora. Não se preocupe com isso. – o sorriso era largo em seus lábios.

Lembrei que Ariel havia me colocado no chuveiro e encharcado meus all stars. Fiquei ainda mais vermelha. E quando eu acabei de tomar o meu café, fui até a sala, seguida por Ariel. Sentei-me no sofá em frente á lareira e ele ao meu lado. Olhei para ele.

- Falando sério, por que dormiu aqui? – eu perguntava sinceramente para Ariel, que me olhava com atenção.

- Para o caso de acontecer alguma coisa com você.

- Seus pais não vão achar ruim? Tipo, eu não ligo, mas, não pode sair dormindo assim na casa das pessoas sem ao menos dizer onde você está, e sem o consentimento delas. – eu estava mesmo passando um sermão em Ariel? Eu a garota que havia enfiado a cara nas bebidas e até em drogas?

- Primeiro de tudo. – Ariel disse levantando um de seus dedos – Você bebeu até não poder mais, segundo, estava drogada, terceiro, mora em uma casa sozinha e não quer que eu me preocupe com você? Seja mais inteligente Northsaw, é perigoso uma garota sozinha andar tarde da noite por ae agarrada pelos cantos com um garoto que mal conhece e entrar em uma casa sozinha!

- hey, eu conheço Drew tá legal? – eu estava inquieta agora – e eu não sou burra. Quem eu mal conheço é você Ariel! Não sei de onde veio, quem são seus pais e para que você mudou para Willburg! E mesmo assim, você entrou em minha casa, e ainda dormiu aqui!

- Isso mostra o quanto você é imprudente! – Ariel olhava seriamente para min – Você sinceramente, me dá muito trabalho.

- Não pedi nenhuma ajuda a você. – eu olhava para ele com frieza – foi você quem me tirou a força de lá. Não te pedi para fazer nada por min! – levantei-me e segui para a porta da casa, abri e saí para o jardim lá fora. Eu me sentia irritada. – vá embora Ariel! Não preciso da sua pena. Acha que precisa cuidar de min só por que eu não tenho ninguém? Você também é só um adolescente! Não venha me corrigir como se fosse mais velho do que eu! – dos meus olhos escorriam lagrimas.

Ariel se encaminhava em minha direção.

- Não queria ser tão intrometido em sua vida Northsaw. Acredite em min. – seu tom de voz era baixo. Magoado. Suas mãos envolviam meu rosto.

- e mesmo assim você é! Vamos Ariel, me diga, quem é você?- eu disse tirando suas mãos do meu rosto - Como se acha no direito? – eu gritava. Meu coração parecia uma bomba prestes a explodir, de raiva, magoa e tristeza.

- Não posso te dizer quem eu sou.

Olhei para Ariel, sua expressão era muito séria. Senti um leve arrepio em minha espinha.

- O que está dizendo Ariel? – meu tom de voz era choroso, porém agora era calmo.

Ele me olhou apenas mais uma vez, se virou, me dando as costas e caminhou em direção ao carro, que continuava no mesmo lugar, estacionado. Entrou sem olhar para traz, arrancou e sumiu na rua, rapidamente.


Notas Finais


muito obrigada por lerem.
Chi-chan agradece ^^


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