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História Lover - Ponny - Capítulo 11


Escrita por: AnnieV

Capítulo 11 - Capítulo 11


Fanfic / Fanfiction Lover - Ponny - Capítulo 11

Ponto de Vista de Alfonso

Depois daquele casal, vieram alguns mais. Estranhamente, começou a se formar uma fila para que eu pudesse tirar fotos de todos. Acabei me deixando levar e acho que fiquei uma meia hora lá, em pé, tirando fotos dos casais que chegavam. No momento que fiquei livre por uns dois minutos, tirei foto das pessoas que estavam dançando e pude notar o quanto o salão estava mais lotado agora do que antes. Procurei a May com o olhar e a encontrei ao lado do Christian e de um garoto, o qual devia ser o par dele. Eles estavam conversando perto da mesa das comidas.

— Poncho, que bom te ver. 

Desviei a minha atenção da May e a fitei. Meus lábios se separaram um pouco em admiração, mas logo tentei me recompor. Ele estava ao lado dela, com o braço em volta da sua fina cintura. Annie trajava um vestido rosa que ia até um pouco abaixo dos seus joelhos, possuindo a parte de trás um pouco mais longa que a da frente. Ela estava com um enorme salto que a deixava próxima a minha altura novamente, mas eu ainda era mais alto. Seu vestido era justo com um enorme decote “V”. Ele lhe dava um ar mais de mulherão e menos de menina. Sua franja estava caída um pouco para o lado e o seu cabelo solto formando algumas poucas ondas. Seus olhos estavam destacados, mas o destaque mesmo era para o seu batom vinho. Peguei-me encarando seus lábios por alguns segundos, até que me recompus e a encarei sorrindo.

— Annie, você está linda. Quase ficamos da mesma altura novamente. — falei e ela sorriu.

— Saudades da época em que eu era mais alta que você.

— Só para constar, a maior parte do tempo fomos da mesma altura.

Annie riu enquanto negava com a cabeça. — Você também está lindo, Poncho. É o terno daquele baile, certo? — Assenti e ela sorriu. — Acho que você fez uma boa combinação. Esse estilo mais despojado combina mais contigo.

— É, também acho. Já uso muita gravata durante a semana, mereço um descanso pelo menos no baile.

— Cara, tu pode tirar uma foto nossa? — o boneco ken bronzeado perguntou. Por alguns segundos, eu até tinha esquecido que ele estava ali.

Forcei um sorriso sem mostrar os dentes e levantei a minha câmera. — Claro. Podem se posicionar.

William trouxe a Annie para mais junto ao seu corpo, abraçando-a de lado. Ela corou um pouco com o movimento dele, mas pelo brilho em seu olhar, posso apostar que ela tinha gostado. Tirei a foto e falei que eles podiam tentar outra posição também, para ter mais de uma foto, então ele a abraçou por trás, envolvendo seus dois braços na cintura dela e colocando a cabeça em seu ombro. Não gostei de ver aquela cena, admito. Odiava ver o poder que ele tinha sobre ela, como a tinha em mãos. Porém, aparentemente, eu teria que me acostumar até que eles se separassem. Após tirar essa última foto, coloquei o protetor da lente e disse que depois enviaria as fotos para a Annie. Um novo casal chegou e eu já me posicionei para tirar foto deles enquanto William chamava a Annie para dançar.

Eles foram para a pista de dança e ali estava eu. Procurei novamente pela May com a olhar e agora a encontrei sozinha mexendo em seu celular sentada próxima ao local em que estava minutos antes. O que eu estava fazendo? Até o William estava sendo um melhor acompanhante que eu. Antes que alguém mais pedisse fotos, coloquei o protetor na lente novamente e fui na direção da Maite. Quando cheguei, ela levantou o olhar e forçou um sorriso.

— Me desculpa por ter sido um péssimo par até agora, mas prometo tentar compensar durante o resto da noite.

— Poncho, você não tem sido um péssimo par.

— Tenho sido sim, deixei você sozinha por muito tempo. Merecia que alguém tivesse roubado você de mim.

May sorriu timidamente enquanto negava com a cabeça.

— Merecia mesmo, e olha que tentaram. — disse Christian, surgindo ao nosso lado. — Já a chamaram para dançar, mas ela não quis.

May olhou em tom de reprovação para o Christian, mas ele apenas deu de ombros. Tirei a câmera que estava pendurada no meu ombro e a coloquei no ombro dele.

— Bom, não vou deixar que mais ninguém tente roubá-la. Acabei o meu turno, agora é a sua vez de tirar as fotos. Quando acabar, é só guardar na sala do jornal. — Christian me encarou com o cenho franzido, mas eu apenas ignorei. Estendi a minha mão na direção da May e a encarei. — Eu não danço muito bem, mas você aceitaria dançar comigo? Quem sabe, você me ensina um pouco. 

May abriu um largo sorriso e uniu a sua mão a minha.

— Será um prazer.

Puxei-a para a pista de dança e quando finalmente já estávamos entre as pessoas, olhei para o Christian para observar seu semblante indignado. Mas, ao invés disso, encontrei-o apontando a câmera para mim e para a May. Olhei para May, sem saber bem o que fazer, mas ela parecia tão perdida quanto eu. Não era sobre saber dançar, mas sobre estar ali, um com o outro, no meio de todos. Ela ainda segurava a minha mão, seus olhos estavam fixos nos meus. Ela engoliu em seco e eu desviei meu olhar do dela por alguns segundos e comecei a me mexer de um lado para o outro. Tinha medo de estar parecendo um ridículo na frente da May, mas quando ela começou a se mover também, fiquei um pouco mais leve. Estávamos um pouco distantes um do outro, o máximo que ali no meio da pista nos permitia, mas ao esbarrarem na May, ela se aproximou um pouco.

A primeira música terminou e aos poucos estava parecendo mais fácil. Busquei lembrar de todas as vezes que a Annie tentou me ensinar algo sobre como dançar com ela nos bailes, mas também improvisei um pouco seguindo aquilo que a May também fazia. May fechou os olhos e levantou os braços um pouco acima da cabeça ao ouvir qual era a próxima música. Observei-a atentamente, e quando ela abriu os olhos, encaramo-nos.

— Eu amo essa música. — disse ela, sem jeito. — Blow Your Mind, Dua Lipa.

— Eu não conheço.

— Só seguir o ritmo. — disse ela pouco antes de se aproximar um pouco mais.

Fiz o que ela disse. Porém, minha atenção maior estava em observá-la dançar, eu não conseguia desviar os meus olhos da May. Parecia um pouco com o modo como eu me sentia vendo a Annie dançar, hipnotizado. Ao lembrar dela, olhei em volta para ver se a via, mas não a encontrei. Talvez assim fosse melhor, eu estava ali com a May e só tinha que me concentrar nela, em ficar com ela e me divertir com ela. Ver a Annie e o William juntos me deixaria de mau humor na hora, e May não merecia um par mal-humorado. Foquei meus olhos novamente na linda morena a minha frente e me aproximei mais, quase colando meu corpo no dela. Ela, no primeiro momento, pareceu se assustador com o meu movimento, mas quando ela sorriu e começou a pular, eu só a segui. Ela girou em torno de si e eu a observei, focando em suas costas nuas. Eu sempre achei muito sexy vestidos que mostrassem as costas das mulheres.

No fim do refrão, ela parou de pular e envolveu seus braços ao redor do meu pescoço. Em resposta, segurei a sua cintura com ambas as mãos, mas acabei deslizando uma delas até a pele quente e macia das suas costas. Toquei com delicadeza a sua pele exposta e a acariciei antes de segura-la firme para dançarmos. Dançamos ainda mais próximos um do outro, e, ao mesmo tempo que era um pouco assustador tê-la tão próxima, eu não queria me afastar. Minhas mãos em suas costas impediam que ela se afastasse assim como as mãos dela em volta de mim impediam que eu me afastasse. 

Sentia que podia beijá-la mesmo que isso trouxesse muitos problemas depois entre a gente. Eu queria beijá-la, queria muito. Aproximei-me, com os meus olhos fixos nos dela. Ela levantou um pouco o queixo e separou um pouco os lábios. May fechou os olhos e eu já estava fechando os meus quando todas as luzes do ginásio se acenderam, assustando-nos. May se afastou de mim com as bochechas coradas e com a respiração descompensada. Respirei fundo e encarei com raiva enquanto o pessoal do grêmio estudantil subia ao palco para desejar boa noite. Olhei rapidamente para a May e ela batia palmas para eles, mas eu me recusava a fazer o mesmo.

 

Ponto de Vista de Anahí

William possuía o braço em volta da minha cintura, mas isso não inibia o olhar faminto da Valeria na direção dele enquanto conversava com a gente sobre a festa na casa da Karol. Nos treinos e na escola, ela mal olhava na minha direção. Agora, no baile, ela estava aqui puxando conversa conosco. Ela mexia no cabelo constantemente e aproveitava qualquer brecha para se aproximar do William, tocando em seu braço ou em seu peito enquanto ria de algo que ele dizia. Mesmo que ele não a cortasse, ele também não incentivava o comportamento dela. William era um garoto que chamava atenção, muitas garotas já deviam ter se aproximado dele fazendo o que a Valeria estava fazendo, então não era uma questão de não perceber o que estava rolando, mas apenas ignorar. 

A noite com o William tinha sido ótima até o momento que a Valeria notou a nossa presença. Ele me buscou em casa de carro, o que me permitiu descobrir que ele já possuía 18 anos e que estava repetindo o terceiro ano. William foi gentil durante todo o caminho. Quando fomos dançar, descobri que o seu forte não era a dança, ele era bem duro e travado, mas por mim tudo bem. Ele não podia ser tão perfeito, precisava ter algum defeito. Mas, foi somente ele se aproximar e me puxar pela cintura para eu esquecer dos movimentos curtos e desajeitados dele. Meu coração acelerou com o seu toque forte e firme, imaginei que seria ali que rolaria o meu primeiro beijo, mas então fomos interrompidos e todas as luzes se acenderam. Era o grêmio estudantil querendo discursar mais uma vez em um baile.

Nem o William e nem eu paramos para ouvir o que eles tinham a dizer, apenas nos afastamos e fomos comer enquanto a música não voltava. Foi aí que ela nos viu e caminhou sorridente até nós. Desde então, ela se manteve conosco como se fossemos um trio. Ela até nos chamou para dançar em trio, mas eu recusei. William recusou também, mas ela então insistiu dizendo que não tinha com quem dançar, já que tinha ido sem um par. A parte de ela não ter com quem dançar era uma falácia, vários garotos dariam tudo para dançar com ela, então, se ela quisesse, ela conseguiria alguém. 

Para tentar disfarçar que aquilo era apenas para flertar com o William, ela chegou até a pedir minha ajuda para convencê-lo, dizendo que iria me devolvê-lo logo e inteiro. Acabei falando que ele poderia ir com ela e os dois saíram em direção a pista de dança. Ela estava claramente dando em cima dele, mas sei que ela não nos deixaria em paz até que conseguisse pelo menos dançar com ele. Pelo menos, espero que ele pise bastante nos pés dela enquanto dançam assim como ele fez comigo. Assim, talvez, ela o devolva logo.

Eu e minha amargura ficamos apoiadas na mesa das comidas enquanto eu devorava mais alguns salgadinhos. Desviei os meus olhos do William e da Valeria, não queria mais observá-los. Passando meu olhar pela pista de dança, encontrei rostos bem conhecidos. Reconheci-o de costas. Poncho e May dançavam juntos animados a música “Sing” do Ed Sheeran. Ele dançava de acordo com a música, mas de uma forma um pouco engraçada. Não era um engraçada no estilo do William, que parecia estar fora do seu habitat natural, mas engraçada no sentido de que ele estava se divertindo e brincando enquanto dançava. Eu sempre o puxava para dançar, obrigava-o. Ensinei-o um pouco para que ele não passasse vergonha por aí. Ele não sabia rebolar perfeitamente, não era um dançarino profissional, mas o modo como se mexia não era algo ruim de ver. Ele segurou a mão da Maite e a fez girar em torno de si no ritmo da música. Ela ria para ele de um modo fofo, era obvio que estava rolando um clima entre eles.

Observei-os até mesmo depois que o William e a Valeria voltaram. Ele dançou com ela a noite toda, um feito que eu nunca consegui antes. Mesmo dançando bem, Poncho sempre inventava uma desculpa e fugia da pista de dançar. Porém, com a Maite, ele estava dançando a noite toda, e não parecia estar reclamando como fazia comigo. Quando percebi, estava irritada com eles por estarem se divertindo. Novamente, eu estava agindo como uma menininha mimada, mas não podia evitar. William me puxou para dançar e eu fui mesmo que estivesse sem vontade. Ele chegou a pisar no meu pé mais duas vezes, então o puxei para fora da pista após três músicas. Poncho e May ainda estavam lá e agora dançavam com o Christian e um outro menino em uma mini rodinha deles.



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