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História Lover - Ponny - Capítulo 15


Escrita por: AnnieV

Capítulo 15 - Capítulo 15


Fanfic / Fanfiction Lover - Ponny - Capítulo 15

 

Ponto de Vista de Anahí

Olhando para o teto, sentia minha cabeça um pouco mais pesada que o normal. Somado a isso, havia algo de estranho com a minha barriga, um desconforto. Já eram quase 10 horas da manhã e eu me mantinha ali, deitada olhando para o teto. Confesso que dormi como uma pedra e esse foi uma das melhores noites de sono que eu tive nos últimos dias, mas, apesar disso, sentia que o meu corpo não estava 100%. Os pequenos desconfortos não se comparavam a ressaca moral que eu estava sentido. Eu lembrava de tudo, lembrava até bem demais. Acho que ainda podia sentir a sensação dos lábios do Poncho nos meus e isso era assustador.

Eu e o Poncho nos beijamos. O meu primeiro beijo foi com o Poncho.

Seria mentira se eu falasse que nunca pensei nessa possibilidade, pois eu e o Poncho éramos muito próximos e eu me sentia atraída por ele, mas nunca imaginei que seria como aconteceu, em todo o contexto em que estávamos. Tínhamos ido com outras pessoas ao baile e nos beijamos durante um jogo de “verdade ou desafio”. Passando tanto tempo juntos, com tantas oportunidades melhores, nós nos beijamos justamente naquele contexto. Mas, mesmo diante de toda a estranheza do momento naquele armário escuro na casa da Karol, tinha sido bom. Lembrar dos nossos dois beijos me trazia borboletas no estômago e um sorriso bobo nos lábios.

Mas, mesmo que tudo parecesse bem bonito até esse ponto, tinha mais duas pessoas nessa equação: William e Maite. No fundo, William era o que menos me importava naquele momento. Ele tinha beijado a Valeria, nós não tínhamos nada, mal nos conhecíamos. Possivelmente, ele nem se importou com o beijo. Não, eu não tinha simplesmente esquecido o William, mas o que eu sentia por ele era apenas um interesse por enquanto, era desejo, era curiosidade, eu sabia disso. Precisaria de mais para me envolver emocionalmente com ele, eu mal o conhecia. Se ele não quisesse mais me ver, eu superaria sem tanta dificuldade, eu sei disso. Talvez, dependendo de como fosse essa nossa separação, eu poderia ficar magoada por alguns dias, mas eu sei que superaria.

A questão mesmo que me preocupava era a Maite e se eu tinha estragado algo entre ela e o Poncho. Era obvio que estava rolando algo entre os dois no baile e eu me meti entre eles. Lembrar do modo que a Maite saiu e das últimas palavras dela para o Poncho, fazia-me um pouco mal. Será que eu a tinha magoado? Mesmo com todo o meu ciúme mesquinho em relação ao Poncho, não queria tê-la magoado daquela forma.

E o Poncho? Como ele estava no meio disso tudo? Ele não parecia muito feliz após o nosso beijo, principalmente depois que a Maite se foi. Com certeza, ele gosta dela e eu estraguei a melhor chance que o meu amigo já teve de ter algo com alguém. Sei que não o beijei a força, aliás, ele que me beijou, mas eu o provoquei, eu que dei a ideia. Será que ele estava com raiva de mim?

Eu precisava falar com o Poncho.

Levantei da minha cama vagarosamente, ainda sentindo os efeitos da noite anterior. Fui até a janela do meu quarto e observei a janela da frente. As cortinas da cor azul-marinho possuíam apenas um pequeno espaço entre elas, o que não possibilitava uma visão ampla do que tinha dentro do quarto, ou melhor, de quem estava lá dentro. Será que ele já tinha acordado? Será que ele gostaria de conversar agora? Será que eu queria ter essa conversa agora?

Fui até o banheiro, lavei meu rosto, escovei meus dentes e depois penteei rapidamente o meu cabelo. Troquei de roupa e dei uma última olhada na direção da janela do Poncho, mas ainda estava do mesmo jeito. Sentei próxima a janela e peguei o meu celular. Eram quase 11 horas da manhã e o WhatsApp já estava repleto de mensagens. Havia mensagens em alguns grupos, incluindo o das líderes de torcida, e mensagens individuais do Poncho, Becky, Camila, Dulce e, até, do William. Becky e Camila queriam saber como eu estava, com certeza Becky tinha contado a Camila o que tinha acontecido. Dulce também queria saber, mas, diferente das outras duas, queria detalhes sobre o que tinha acontecido dentro do armário. Ri de uma forma boba ao ver os vários emojis de diabinho que ela me enviou após as perguntas que tinha me feito. Uma das melhores coisas no baile ontem tinha sido conhecer melhor a Dulce, ela era bem legal, não sei porque ela namorava o idiota do Juan.

Não abri a conversa com o William, pois eu não queria respondê-lo agora. Eram um total de quatro mensagens e a última, única que dava para ver, era uma figurinha. Não conseguia imaginar o que ele poderia estar dizendo naquelas mensagens. Será que queria saber como eu estava? Gostaria de reclamar de algo? Ou só queria conversar comigo sobre algo totalmente diferente?

Optei, então, por abrir as mensagens do grupo de líderes de torcida, eram quase 200. O que elas tanto tinham para conversar tão cedo? As primeiras mensagens eram algumas fotos de algumas meninas da equipe, talvez enviaram no grupo para que as outras pudessem ter acesso. Depois disso, alguns comentários sobre o baile. Passei meu olhar rápido entre as mensagens e não havia nada demais, até que me deparei com mais fotos. Comecei a olhá-las uma por uma e constatei que foram tiradas durante o “verdade ou desafio”. Estava tudo bem, eu mal aparecia nelas. Porém, uma quase me fez cair para trás. Uma não, várias. Era uma sequência de fotos de quando o Poncho tirou a roupa. O Poncho iria odiar saber disso. Antes das fotos do Poncho, tinham duas fotos do William de cueca, mas ele com certeza não se importaria com aquelas fotos rolando.

Por uns dois segundos, pensei em até não contar ao Poncho, mas isso não faria as fotos desaparecerem. Seria melhor ele saber por mim do que por outras pessoas. Já estava pronta para abrir a conversa com ele quando a minha mão travou. Eu estava pronta para falar com ele agora? Como eu deveria agir? Será que comentava sobre o beijo agora? Será que falava tudo por telefone ou pedia para vê-lo? No fim, decidi primeiro ler as mensagens que ele havia me mandado e depois decidiria.

Poncho:

Bom dia, Annie.

Podemos conversar sim, aliás, devemos conversar.

Quando acordar, me avisa, ok?

 

Respondi-o com uma mensagem de “Bom dia” e depois “O que você está fazendo agora?”. Travei a tela do meu celular e fiquei observando a janela dele, nenhuma movimentação. Meu celular, então, vibrou.

Poncho:

Estou estudando agora, e você?

Annie:

Aparece rapidinho na janela, por favor.

 

Travei meu celular mais uma vez e observei apreensiva até que ele apareceu, ainda de pijama, na janela. Ele afastou as cortinas e abriu a janela. Segui o seu movimento e abri a minha janela também, e, depois, inclinei meu corpo um pouco para fora, forçando um sorriso para ele em seguida. Ele abriu um pequeno sorriso sem mostrar os dentes de volta. Peguei o meu celular e então digitei:

Annie

Sei que deveríamos falar sobre o que aconteceu ontem, mas podemos deixar isso para quando você estiver mais livre.

Só queria te alertar que estão rolando umas fotos de ontem que talvez você não goste.

Vou encaminhar para ti as fotos.

 

Depois de enviar a mensagem, observei-o pegar o celular e ler a mensagem no aparelho. Quando ele levantou o olhar para mim, confuso, finalmente encaminhei as fotos a ele. Depois de baixar o olhar novamente para o celular, seu cenho franziu.

— Mas que merda! — exclamou irritado. Eu segurei o riso diante da sua reação, foi um pouco engraçado. — Onde você recebeu isso?

— No grupo de líderes de torcida. — respondi alto o suficiente para que ele pudesse ouvir. Não chegava a gritar a todo pulmão, mas precisava falar mais alto que o normal para que som da minha voz chegasse até lá.

Poncho começou a balançar a cabeça de forma negativa e parecia resmungar xingamentos enquanto isso.

Annie:

Enfim, achei que você deveria saber.

Uma menina tirou foto de quase todos os desafios mais constrangedores, você não é o único nas fotos, talvez não se espalhe muito.

Quando pudermos conversar, é só me chamar

 

Poncho observou o celular e depois olhou para mim. Ele me encarou por uns cinco segundos antes de dirigir suas atenções para o celular novamente.

Poncho:

Pode ser agora, posso dar uma parada aqui.

Você vem para cá? Aqui podemos ficar de porta fechada

 

Olhei para ele e assenti. Dei-lhe um breve aceno e depois me afastei da janela. Desci as escadas em direção a cozinha e lá peguei uma maçã para comer. Tentei sair de casa do modo mais silencioso possível, não queria que os meus pais me parassem.

Assim que parei em frente à sua casa, respirei fundo e mordi a minha maçã antes de apertar a campainha. Antes que a porta fosse aberta, dei mais algumas mordidas na fruta em minhas mãos para tentar descontar minha ansiedade em algo. Assim que a porta se abriu, meu coração acelerou. Nem parecia que eu já tinha estado ali tantas vezes, que tinha feito aquele caminho várias vezes. Poncho deu dois passos para o lado e me deixou entrar.

— Meus pais saíram e a Luiza está no quarto dela. Acho que teremos privacidade agora. — disse ele e eu assenti. — Vamos para o meu quarto?

Sem responder nada, apenas me dirigi as escadas e comecei a subi-las. Podia sentir que o Poncho vinha pouco atrás de mim. Entrei no quarto dele e sentei na cadeira da escrivaninha. Havia um caderno e um livro sobre a mesinha, ambos fechados, então não dava para saber se ele realmente estava estudando ou não. Poncho sentou em sua cama e me olhou de um modo tímido, retraído. Ele também não estava confortável, era bom saber que eu não era a única.

 — Você está chateado comigo? — perguntei.

— Não... Não mais.

— Então em algum momento ficou? — levei a minha mão a boca pronta a roer a minha unha por nervosismo, mas, já prevendo o meu ato, Poncho se aproximou e segurou a minha mão antes que eu o fizesse. O nosso contato não durou muitos segundos, apenas os necessários para ele direcionar novamente as minhas mãos às minhas pernas.

— Eu fiquei um pouco quando você me usou para mentir sobre o seu primeiro beijo, mas no fim aquilo que você contou meio que virou um pouco verdade.

— Eu não queria te usar, Poncho, eu juro. Mas, eu não queria admitir na frente da Valeria que eu nunca tinha beijado alguém. Ela já está pegando no meu pé há dias, eu não queria dar mais munição a ela. Pensei que se eu falasse que foi com você, você não me desmentiria e todo mundo acreditaria de cara. Peço desculpas por te colocar no meio disso, mas foi o melhor que eu consegui pensar no momento.

— Eu só acho que você não deveria tentar ficando se encaixar, ser como eles acham que deve ser. Você nunca tinha beijado alguém, e daí? Nunca tinha bebido, e daí? Tenho medo o que eles podem fazer com você, Annie.

— Eles não estão fazendo nada comigo, eu mesma estou fazendo. Eu quero ter novas experiências, Poncho, eu já te disse isso. Não é sobre se encaixar, é sobre experimentar. Não estou lá para agradar a eles, ou a tentar fazer parte do grupo deles, mas para ter um pouco do gostinho da adolescência que eles têm. Certo, eu ter mentido por conta da Valeria desmente um pouco o que eu estou falando, mas, no caso, só fiz isso porque ele está me perseguindo nos treinos, me perseguiu no baile e no jogo. Não são eles que estão me mudando, eu mudei.

— Quem sou eu para te julgar, não é mesmo? Olha o que eu fiz ontem. Eu te beijei, Annie, isso foi totalmente inapropriado. E se eu magoei de verdade a Maite?

— Você quer que eu fale com ela? Posso explicar que eu te provoquei, posso até mentir e dizer que eu te puxei para um beijo.

— Não, claro que não. Eu vou conversar com a Maite quando ela quiser e vou contar a verdade de tudo, que eu te beijei.

A expressão do Poncho estava tensa, era nítido que ele estava angustiado com aquela situação.

— Você se arrepende? — perguntei.

— Sim, você não?

Desviei o meu olhar do dele e focalizei na mesinha dele. Peguei o caderno dele em cima da mesa e comecei a folheá-lo.

— Não... não sei. — falei com sinceridade, o que arrancou um olhar de surpresa dele. — Você era a melhor pessoa com quem eu podia perder meu b.v. ontem. Nós nos conhecemos desde sempre, nunca me arrependeria de dizer que foi com você meu primeiro beijo. Sei que você seria, e foi, delicado, cuidadoso, e que não me julgaria. Nós dois éramos inexperientes, ainda somos, e poderíamos aprender pelo menos o básico juntos. Acho que não nos saímos mal, aliás. Sinto muito pela Maite, mas eu acho que não me arrependo por ontem. Sei que as coisas entre vocês irão se ajeitar. Talvez eu esteja sendo egoísta dizendo isso, mas mesmo que as circunstâncias não tenham sido as melhores, eu fico feliz que aquele beijo tenha ocorrido ontem.

Após cerca de dois segundos me encarando sem expressão alguma, Poncho franziu o cenho e depois bufou. Ele revirou os olhos, e, depois quando voltou a me encarar, abriu um sorriso irônico.

— Nossa, que bom que eu fui útil então. Dane-se a Maite, fico feliz que te ajudei com o seu dilema. Agora, pode ir atrás do William, você já se sente pronta para beijá-lo, certo?

— Poncho, não é assim... — Poncho levantou da cama e caminhou até a janela do quarto dele, ficando de costas para mim. Ele estava com os braços cruzados. — Eu sinto muito pela Maite, mas eu não vou mentir e ser hipócrita falando aqui que me arrependo. Eu não me arrependo. Você era o melhor primeiro beijo que eu podia ter, eu demorei a perceber isso.— Levantei e caminhei até ele, ficando a apenas um passo de distância. — Gostei muito do nosso beijo e me arrependo de não ter feito isso antes. Aquela não foi a primeira vez que eu tive vontade de fazer aquilo.

Poncho se virou e me encarou.

— Aquilo que você me disse ontem então era verdade?

Por impulso, aproximei-me dele e o puxei pela camisa para um beijo. Uni meus lábios aos deles sem pensar muito antes. Ele não poderia duvidar que eu o queria, pois mesmo não devendo, eu o queria muito. Fiquei com medo de que ele não correspondesse ao meu gesto, mas logo ele começou a me beijar de volta. Suas mãos foram para a minha cintura, segurando-me firme contra o seu corpo.

Minha cabeça e corpo estavam a mil. Ainda me questionava se devia ter feito aquilo quando meu corpo todo ardia com o toque do Poncho para me dizer que sim, que eu deveria. Eu o queria e isso era tão perturbador. Nós nos separamos por meio segundo, mas colei nossos lábios novamente, não só porque eu queria, pois eu queria muito, mas porque não queria falar sobre esses beijos tão cedo. Meus braços estavam em volta do pescoço dele enquanto nossas línguas encontravam uma a outra.  

Na segunda vez que nos separamos, Poncho manteve sua testa unida a minha e manteve seus olhos fechado. Quando eu já me preparava para beijá-lo novamente, ele abriu os olhos e me encarou. Com delicadeza, ele tirou os braços de mim e depois tirou as minhas mãos dele. Ele deu dois passos para trás e então me encarou novamente. Antes de falar, suspirou fundo:

— O que isso significa, Annie?

— Eu... eu não sei. — respondi, sincera. Eu não sabia bem o que estava acontecendo, só sabia que queria beijá-lo.

Poncho deu um passo à frente e me encarou mais intensamente.

— Você realmente já quis me beijar outras vezes? Não foi somente efeito da bebida ontem?

— Já, já sim. — Admiti, o que fez com que ele mordesse o lábio inferior de modo pensativo, desviando o olhar de mim e focando em alguma coisa na mesa de estudos dele. Observar o seu movimento só me fez ter mais vontade de beijá-lo novamente. — E você? — Poncho nada disse, apenas assentiu e voltou a me encarar. — Então por que fizemos isso justamente no pior momento possível?

 — Acho que porque somos um pouco burros. — disse, o que nos fez rir. — O que está acontecendo entre a gente?

— Crescemos juntos, Poncho. Você sempre foi o garoto mais próximo a mim e eu a garota mais próxima a ti. Agora entendo que estava mais que obvio que isso podia acontecer, um ter desejo pelo outro.

O cenho do Poncho franziu por um instante enquanto ele me encarava.

— Então é só desejo? Só isso? Uma amizade com... benefícios?

— É claro, Poncho... — Encarei-o por alguns segundos sem entender o que ele queria com uma pergunta daquela, mas quando algo veio a minha mente, tratei logo de esclarecer. — O que eu disse ontem foi sobre desejo, Poncho. Eu não sou apaixonada por você, pode ficar tranquilo. Não insisti para que você me beijasse por isso. Somos melhores amigos, eu amo muito você, amo como um amigo. É estranho admitir que tenho vontade de te beijar, de te pedir carinho, mas é isso. Você é lindo, e temos bastante intimidade, o que torna tudo bem especial, bem terno. Acho que talvez nós dois possamos estar um pouco carentes... Ontem foi praticamente a primeira vez que saímos com alguém, Poncho. É disso que eu estava falando quando insisti que deveríamos ter novas experiências.

— Eu estava bem como eu estava, Annie. — disse, de um modo sério. Sua postura de repente estava mais dura, fechada. — Isso não vai mais se repetir, Annie.

— Ué, por que não? Você mesmo admitiu que já sentiu vontade de me beijar, e pelo modo como me beijou agora, sei que ainda sente.

— Porque eu não quero, Annie. Somos apenas amigos, e se você não quiser perder isso, assim como eu não quero, você vai respeitar a minha decisão.

Poncho passou por mim e voltou para a sua cama. Deitou-se e apenas encarou o teto, possivelmente esperando que eu fosse embora. Não entendi porque ele reagiu dessa forma, tinha sido só mais um beijo. Por que eu o ofendia tanto ao beijá-lo? Dessa vez, não havia Maite, não havia William. Por que tinha que ser tão complicado?

— Por que você está reagindo assim? Foi só um beijo. — falei e me aproximei.

— Justamente por isso, foi só um beijo. Não quero que as coisas fiquem confusas entre nós. Eu não quero, não quero assim.

— Você acha que podemos nos confundir? Foram só alguns beijos, nada demais. Você não quer me beijar também?

— Isso é perigoso demais, Annie. Eu não quero isso, não assim.

Encarei-o sem saber bem o dizer. Eu também não queria confundir as coisas, nossa amizade é o que eu tinha de mais precioso.

— Desculpa. Eu vou embora, nos vemos depois. — falei e depois saí do seu quarto. Estava descendo as escadas quando escutei seus passos atrás de mim. Abri a porta da frente e depois me virei para encará-lo uma última vez aquela manhã. — Sinto muito. Não quero que as coisas fiquem estranhas entre a gente, nem que a gente se confunda. Somos amigos, melhores amigos, e é isso. Até depois.

Vire-me para sair e caminhei até a minha casa sem olhar para trás. Estava envergonhada demais para encará-lo novamente. Poncho tinha razão, aquele jogo poderia ser bem perigoso. Arriscar a nossa amizade no meio daquilo não era a melhor opção, eu não sei o que faria se o perdesse.



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