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História Lover - Ponny - Capítulo 43


Escrita por: AnnieV

Notas do Autor


Oii!
Tudo bem com vocês??
Bem, mais um capítulo. Eu dei uma revisada, mas com certeza devem ter passado alguns erros, então, desde já, me desculpem kkkkk
Espero que gostem!
Bjos e boa leitura.

Capítulo 43 - Capítulo 43


Fanfic / Fanfiction Lover - Ponny - Capítulo 43

Ponto de Vista de Anahí

Ele tomou impulso, e, mesmo longe do alvo, arremessou. A bola girou um pouco no arco, mas acabou descendo sem dificuldades pela cesta, balançando um pouco a rede com o movimento. Mais um ponto para o time do Poncho. Mesmo com os elogios do professor, ele nem mesmo comemorou, apenas sorrio para Christian, que era seu adversário no jogo. O loiro o respondeu com um revirar de olhos enquanto passava por ele e se afastava. Poncho riu e depois voltou a prestar atenção no jogo.

Estávamos na aula de educação física, e, enquanto alguns alunos jogavam basquete, Camila, Becky e eu estávamos na arquibancada assistindo. Becky e eu éramos dispensadas das aulas por conta da equipe de líderes de torcida e Camila por conta do ballet. Na verdade, os alunos obrigados a participar eram poucos, pois a maioria dos alunos do terceiro ano estavam envolvidos em atividades esportivas e se utilizavam dessa prerrogativa para serem dispensados. Apenas Poncho e alguns poucos alunos realmente participavam porque queriam.

Poncho, dentre os garotos que jogavam hoje, era quem nitidamente possuía o melhor condicionamento físico, era realmente injusto colocá-lo para jogar com os alunos mais sedentários das turmas de terceiro ano. Mesmo sendo o que corria mais rápido e o que possuía o arremesso mais preciso, ele não monopolizava o jogo, sempre passando a bola para os companheiros de time e os incentivando a jogar. Ele já esteve do outro lado, então nunca quis assumir esse papel de ditar quem pode ou não jogar. Quando ele era mais franzino e baixo, os meninos não costumavam dar-lhe chance nos jogos alegando que ele era o mais fraco e atrapalharia a equipe. Esse foi um dos principais motivos para o Poncho buscar o clube e não os times do Elite Way para jogar, ele sempre era preterido nos times da escola.

— Ainda fico impressionada como o Poncho consegue ser bom na maioria dos esportes. — Becky comentou. Quando olhei para ela, seu olhar estava perdido na quadra.

— Queria eu ter essa habilidade. Sei dançar ballet apenas e ainda é mal. — Camila disse.

— Poncho passou por alguns esportes até chegar ao futebol. Acaba que ele conhece um pouquinho de cada. — falei.

Eu me sentia um pouco culpada por não contar a elas sobre o que estava rolando entre mim e o Poncho, mas isso era o melhor a se fazer para não gerar falsas expectativas nelas. As duas, principalmente a Camila, sempre disseram que torciam para que algo além da amizade rolasse entre mim e o Poncho. Se elas ficassem sabendo que estamos ficando, elas com certeza estariam encomendando amanhã os vestidos de madrinhas para o nosso casamento imaginário. Além disso, Poncho e eu ainda estávamos testando essa nova dinâmica entre a gente. Se fossemos contar a elas, era bom que fosse no momento que soubéssemos realmente definir isso que está rolando.

Desde segunda, Poncho e eu ficamos sozinhos poucas vezes. Com a aproximação dos jogos escolares promovidos pelo Las Encinas, a rotina de treinos da equipe de torcida estava cada vez mais pesada. Valeria não queria menos que a perfeição para a nossa apresentação na abertura, então tínhamos treinado no mínimo uma hora a mais que o normal todos os dias dessa semana. Ela só nos liberava quando achava que era o suficiente ou quando estávamos exaustas demais. A treinadora deu carta branca a Valeria nesse quesito, então não tínhamos muito o que fazer.

Quando eu chegava em casa, nós mal podíamos ficar juntos porque os meus pais já estavam chegando. Além disso, como eu chegava muito cansada, tudo o que eu mais queria era apenas me jogar na minha cama e descansar. Trocamos alguns poucos beijos nessa semana, mas não tenho como negar que estou simplesmente adorando essa nova fase da nossa relação. Ontem, Poncho me recepcionou com um doce que ele tinha feito, disse que era para eu recuperar as energias após o treino. Ficamos apenas sentados no sofá, abraçados, comendo juntos.

— Você e o William... ainda não estão se falando normalmente? — Camila me perguntou, seus olhos focados diretamente em mim.

Diferente do meu caso com o Poncho, eu contei tudo a elas sobre a minha conversa com o William. Desde sábado, nós não nos falamos direito. Trocamos poucas mensagens ontem, quinta-feira, mas nada que pudesse se configurar uma conversa realmente. Ele apenas perguntou como estava o clima na equipe de líderes de torcida com a abertura dos jogos se aproximando. A conversa não fluiu por muito mais tempo depois disso.

— Ainda não.

— Você que não quer conversar com ele ou você acha que ele está te evitando?

— Acho que nenhum dos dois, Cams. Sei lá, acho que as coisas só ficaram estranhas. Não é como se eu estivesse com raiva dele ou algo assim, eu só não tenho o que falar, assim como eu acredito que ele também não tenha. Ele disse que queria um tempo para descobrir o que estava sentindo por mim e eu estava dando isso a ele.

— Eu shippava tanto vocês, espero que ele caia em si logo. — Becky disse enquanto me lançava um sorriso amigável. Apenas retribuí o seu gesto mesmo sem saber se era realmente aquilo que eu queria.

— Nossa, falando nele... — Camila arqueou as sobrancelhas, indicando algo atrás de mim. Quando olhei para trás, ele já estava subindo a arquibancada e vindo em nossa direção. — Becky, vamos até a cantina?

— Claro.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, as duas levantaram e começaram a se afastar. William as cumprimentou com um pequeno sorriso quando se cruzaram. Ele parou a dois degraus de distância, o que possibilitou que nos encarássemos sem que eu precisasse esticar meu pescoço demais olhando para cima.

— Posso me sentar um pouco com você? — perguntou.

— Se quiser... — dei de ombros.

Enquanto ele subia alguns degraus para se sentar próximo de mim, desviei o meu olhar para a quadra. Poncho roubou a bola de um garoto da turma C e passou para Erick, um garoto da nossa sala. Ambos correram para o outro lado da quadra.

— Você gosta de basquete? — William perguntou.

— Não gosto e nem desgosto. — afirmei ainda com os meus olhos na quadra.

Erick lançou a bola enquanto Poncho o dava cobertura, mas a bola apenas bateu no arco e saiu. Poncho bateu palmas, parabenizando o Erick pela tentativa, e depois fez um gesto que todos corressem e assumissem seus postos novamente.

— E como tem sido essa última semana para você? Não temos nos visto e nem nos falado muito.

— Foi boa.

Christian conseguiu pegar a bola, mas logo repassou para um integrante do seu time. Enquanto alguns meninos do outro time tentavam marcar o garoto que estava com a bola, Poncho se manteve na marcação do Christian. Eles dois conversavam e riam juntos enquanto o jogo rolava do outro lado da quadra.

— Annie, você está chateada comigo? — finalmente, voltei-me para o William.

Ele estava sentado com o tronco levemente inclinado para a frente. Seus dedos estavam entrelaçados e sua expressão era séria.

— Wil... — suspirei por um momento, mas depois continuei. — Não, não estou chateada. Talvez, no início, eu tenha ficado um pouco magoada, foi estranha toda aquela história da sua ex e tudo mais, mas entendo que você só queria ser sincero comigo e eu agradeço. Acho que você fez o que precisava fazer, também acho que precisamos desse tempo.

— Sinto muito se te magoei de alguma forma. Acho que eu fiquei tão perturbado quando percebi aquilo tudo que acabei simplesmente despejando tudo me você sem pensar muito antes. A minha ex-namorada foi alguém muito importante para mim, e, se contar que depois do término eu comecei a frequentar uma psicóloga, então daí você já imagina como todo esse fim de relacionamento foi pesado para mim. Me desculpa só jogar isso sobre você sem pensar nas consequências antes.

— William, sério, tudo bem. Eu precisava saber onde eu estava exatamente pisando, você não fez algo de errado. Estou um pouco mais afastada de você porque... sei lá, eu simplesmente não sei o que falar. Você disse que precisava desse afastamento para entender seus sentimentos e eu acho super válido. Aliás, acho que preciso disso também. Vamos sair com outras pessoas, observar como nos sentimos nas próximas semanas e depois conversamos.

William assentiu. Seu olhar estava distante, parecia perdido nos próprios pensamentos. Voltei o meu olhar novamente para a quadra. O jogo ainda estava rolando, mas um dos jogadores estava simplesmente parado com o olhar voltado para mim. Quando percebeu que eu o flagrei, Poncho voltou a correr e a se posicionar no jogo com os outros.

— Sabe, eu senti sua falta essa semana, Annie... — William continuou, o que me fez olhar para ele novamente. — Mas, eu realmente não queria fazer nada de errado dessa vez, não quero começar algo entre nós pensando somente nas minhas necessidades.

— É o mínimo, William.

— Eu sei, eu sei... — disse, cansado. Ele respirou fundo e depois endireitou a coluna.

— Eu não serei substituta de ninguém, William. Eu sou a Annie, quero que você me veja como eu sou. Se você tem assuntos inacabados com a sua ex, você deveria resolvê-los antes de envolver mais alguém nisso.

— Eu sei, você tem total razão nisso. Na verdade, quando começamos a nos falar, eu realmente acreditava que tinha superado o meu antigo relacionamento. Por favor, não me entenda mal, realmente não foi intencional. Quero que independentemente de como fiquem as coisas entre nós, a gente possa ser amigos.

— Claro, podemos ser amigos. Quando tudo tiver mais claro entre a gente, podemos nos reaproximar. — sugeri e William forçou um pequeno sorriso.

O sinal soou, anunciando o fim das aulas do dia. Nós dois nos levantamos e depois nos encaramos.

— Então... a gente vai se falando... — ele disse e eu assenti.

William se inclinou na minha direção e me abraçou. No começo, eu não retribuí, mas depois acabei colocando levemente as minhas mãos nas suas costas. Não queria estender aquele abraço mais do que necessário. Quando nos afastamos, apenas acenei com a mão timidamente e me afastei. Desci a arquibancada já procurando o Poncho entre os garotos que saíam da quadra, mas nenhum sinal dele.

Como não o encontrei, fui até a nossa sala pegar as minhas coisas, talvez ele estivesse por lá. Assim que entrei na sala, encontrei-o colocando a mochila nas costas. Corri até ele sorrindo.

— Ei, vamos almoçar juntos, tá?

Poncho olhou para mim e forçou um sorriso, um sorriso nada natural diga-se de passagem.

— Certo. Eu vou só tomar um banho no vestiário, ok?

— Tá bom. A gente te espera na entrada do colégio. — falei sorrindo e ele assentiu. O sorriso que ele tinha forçado estava quase desfeito.

Poncho passou por mim e seguiu até a saída. Fui para a minha mesa e comecei a organizar as minhas coisas. Enquanto eu fazia isso, Camila e Becky chegaram.

— Annie, Dulce e Juan voltaram de novo? — Becky perguntou assim que chegou até mim.

— Não que eu saiba... Por quê?

— Eles estavam aos beijos atrás da cantina.

Não pude conter o impulso de revirar os meus olhos. Ai, Dulce...

— Seria tão bom se essa menina entendesse logo que o Juan não presta. — Camila comentou, entrando na conversa. — Todo mundo sabe que o Juan sempre coloca chifres nela.

— Eu queria tanto que ela se libertasse dele. — falei e depois fechei o zíper da minha mochila.

— Sei lá, às vezes eu tenho pena dela, mas tem horas que fico pensando que ela mesma se coloca nessa situação. Ela sabe de todos os chifres, eles sempre terminam por isso, mas ela sempre volta com ele. Ele sabe que ela vai perdoar, então tá nem aí. Aliás, se duvidar, ele acha tudo isso bem divertido. — Becky disse.

Coloquei a minha mochila nas costas e depois a encarei.

— Não acho que seja tão simples, Becky. O único errado é ele. Talvez ela seja um pouco ingênua em sempre perdoar? Obvio, mas ela faz isso porque o ama. Aparentemente, o ama mais do que a si mesma. — falei.

Becky parou alguns segundos pensativa e depois assentiu. — Tem razão. É difícil opinar, não sei realmente como rolam as coisas entre eles.

— Enfim... Vamos? Combinei de encontrarmos o Poncho na entrada.

Camila e Becky pegaram suas mochilas e depois nós três nos encaminhamos para a entrada principal da escola.



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