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História Lover - Ponny - Capítulo 45


Escrita por: AnnieV

Notas do Autor


Oii, voltei!
Espero que gostem do capítulo.
Estou enchendo de momentos AyA, mas prometo de vou fazer a fanfic andar mais rápido, ainda tem muita coisa para acontecer kkkk
Boa leitura!
Beijooos

Capítulo 45 - Capítulo 45


Fanfic / Fanfiction Lover - Ponny - Capítulo 45

Ponto de Vista de Anahí

— O que acham? — Camila perguntou e depois virou o notebook na nossa direção.

Estávamos todos no quarto do Poncho fazendo um trabalho de História. O trabalho era sobre a civilização asteca, devíamos fazer um apanhado sobre a vida, costumes e cultura dos povos que compunham tal civilização. Camila era a responsável por ir montando a apresentação enquanto Becky, Poncho e eu íamos pesquisando informações para colocar nos slides. 

Passamos a tarde quase toda fazendo isso, pesquisando, conversando sobre e vendo o que era mais importante para o nosso trabalho. Felizmente, tínhamos conseguido terminar o principal, agora estávamos apenas fechando os últimos pontos, como o design para a apresentação de slides. Camila era a responsável por essa parte. Quando ela achava algum interessante, ela nos mostrava. Becky estava ao lado dela, ajudando-a a escolher, ambas sentadas próximas à escrivaninha do Poncho. Enquanto isso, Poncho e eu estávamos na cama dele, eu deitada com a cabeça em seu colo enquanto ele acariciava o meu cabelo. 

Levantei um pouco a minha cabeça para analisar a tela do notebook da Camila. 

— Gostei desse… Só não tanto das cores. Acho que se mudássemos essas cores ficaria melhor. — falei e depois voltei a me deitar.

— Para quais? — Cams devolveu, já girando o notebook de volta para si.

— Não sei… Mas esse vermelho com verde é estranho.

— Talvez se colocarmos um laranja… — Poncho sugeriu. — Um laranja com branco mesmo.

— É, podíamos variar o tom de laranja, um mais escuro e outro mais claro. Acho que fica bom nesse modelo. 

— Vou tentar. — Camila afirmou e depois se voltou para a tela do notebook novamente.

Enquanto Camila e Becky trabalhavam, Poncho puxou com delicadeza a ponta do meu nariz, atraindo a minha atenção para ele. Encarei-o sem entender, mas ele apenas sorriu para mim. 

— O que foi? — perguntei.

— Nada. Seu nariz é bem pequeno. 

— E o seu… — estiquei o meu braço e toquei na ponta do seu nariz também. — É um pouco longo.

— É?

— Sim.

— E isso é ruim?

— Não, ele é bem bonito, combina com o seu rosto.

— Obrigado… — respondeu e depois começou a rir.

— Legal ver que vocês finalmente se resolveram. — Becky comentou. Por um momento, eu tinha esquecido que ela e Cams estavam ali. Quando olhei para elas, encontrei-as nos observando — Foram bem estranhas aquelas semanas que vocês estavam distantes, se falando menos. 

— Sim, nós nos resolvemos — Poncho disse, colocando o seu braço ao redor dos meus ombros, e eu assenti.

— Desde que eu conheci vocês, eu nunca tinha visto vocês tão afastados como naquela última semana, a antes do cinema. Fico muito feliz que tenha dado certo vocês se acertarem. Era realmente estranha aquela situação. — Cams disse. — Vocês são muito melhores juntos do que separados. 

Sorri sem saber muito o que responder. Realmente, ficar brigada e distante do Poncho não foram os meus melhores momentos, eu sentia a falta dele demais. Agora, as coisas estavam imensamente melhores, ainda mais com o avanço que tivemos na nossa amizade. Eu me sentia cada vez mais confortável com o Poncho, e, sinceramente, nem sentia tanta falta assim de falar com o William.

— O que vocês acham agora? — Cams perguntou e mostrou novamente a tela do notebook.

— Eu gostei. — Poncho disse e eu concordei.

— Agora que terminamos, vocês querem fazer alguma coisa? — Becky perguntou.

— Algo que não exija pensar muito, por favor, estou cansada. — afirmei e Poncho riu. 

Olhei para ele novamente e ficamos nos encarando por alguns segundos. Um sorriso logo brotou no meu rosto, era quase automático sorrir quando o Poncho sorria para mim daquele jeito, não só com os lábios, mas também com os olhos. 

— É… podemos jogar no PS4 do Poncho. — Becky sugeriu e sentou próxima a mim na cama. — Tem algum jogo novo?

Poncho tocou o meu ombro indicando que iria levantar, então me afastei, sentando-me na cama em seguida. Ele foi até o console e o ligou. Becky levantou e foi até ele. Poncho começou a mostrar os jogos disponíveis e a explicar sobre eles para ela, que o ouvia com atenção.

— Estou fora. Vou apenas observar vocês. — Cams falou enquanto sentava ao meu lado. 

— Eu preferia apenas conversarmos. — falei mais diretamente para a Cams, ela assentiu.

— Preguiça de fazer qualquer coisa agora.

— Eu também.

Cams olhou para os dois à nossa frente e depois se voltou para mim, girando um pouco o corpo para me encarar melhor.

— Então as coisas entre você e o William acabaram mesmo, né? 

— É, por enquanto sim.

— Será que devo ter esperanças de que o meu casal vai ficar junto agora?

Ergui uma das minhas sobrancelhas, confusa.

— Que casal?

— Você e o Poncho, Annie. — respondeu quase em sussurro. — Nessa última semana, vocês estão tão fofos. Voltou a rolar algo entre vocês?

Comecei a tossir de nervoso, o que me ajudou a ganhar um tempo antes de responder.

— Tá tudo bem, Annie? — Poncho perguntou, surgindo na minha frente.

— Tá, tá sim. Podem começar a jogar sem a gente.

Ele me encarou desconfiado, mas depois voltou para a frente da TV ao lado da Becky. Os dois tinham puxado as cadeiras da escrivaninha e agora observavam o menu de jogos.

— Não precisa me responder, a sua reação já me disse tudo. — Cams disse com um enorme sorriso nos lábios.

Eu vergonhosamente tinha me entregado. Agora, não adiantava muito negar o óbvio. Baixando um pouco o tom da minha voz, disse:

— Cams, por favor, não coloque muita expectativa nisso, tá? Poncho e eu nos beijamos às vezes, mas é só. Não é como se estivéssemos namorando, e nem pretendemos algo assim. É só diversão, tá?

— Ah, Annie, se vocês quiserem se enganar, ok, mas a mim vocês não enganam. Vocês se gostam, é bem óbvio.

— Cams, é claro que nos gostamos, somos melhores amigos. Mas, é só isso, não estamos apaixonados ou nada do tipo. Sem expectativas, ok? — Camila assentiu, mas não antes de revirar os olhos. — Sério, ontem mesmo ele estava com uma outra garota.

Um desconforto subiu à minha espinha ao lembrar dele chegando ontem cheirando a um perfume horrível de alguma garota. Não voltei ao assunto com ele, mas aquilo não saiu da minha cabeça por um bom tempo. Tinha conseguido esquecer um pouco da cena quando fui obrigada a me concentrar no trabalho, mas, vez ou outra, quando olhava para o Poncho, aquilo voltava a minha mente. Quem era a tal garota com mau gosto para perfume e o que ela e o Poncho tinham?

Desde o episódio com a Maite na sorveteria, em que eu descaradamente marquei território ao redor do Poncho quando percebi a aproximação dele com ela, eu tinha prometido a mim mesma que não seria mais uma amiga ciumenta, que não deixaria isso se repetir. Era injusto com o Poncho eu tentar afastá-lo das garotas que ele tinha interesse. Além disso, fazer isso na situação que estamos hoje pode até levar a uma ideia errada e tornar tudo mais complicado. 

— Ele saiu com uma outra garota? — perguntou-me e eu apenas assenti.

— O que temos é apenas casual, Cams. Nós estamos apenas nos divertindo, por isso deixamos isso escondido, não queremos que nos interpretem mal. Por favor, não conte a ninguém sobre.

— Tá, eu não conto… Mas, de verdade, eu acredito que vocês ainda vão acabar namorando.

— Você diz isso desde que a gente se conheceu, Cams. — falei sorrindo.

— E eu estou certa, só não foi o momento ainda porque vocês são burros demais.

Suspirei e decidi não responder, não valia a pena prolongar o assunto, Camila sempre teve certeza que Poncho e eu éramos um casal perfeito e ainda nos casaríamos um dia. Eu entendo ela pensar assim, às vezes realmente parecíamos um casal, mas realmente nos gostamos apenas como amigos.

Cerca de uma hora depois, as meninas se foram. Poncho e eu voltamos para o quarto dele e ele conseguiu me convencer a jogar um jogo de corrida online. Geralmente, eu ficava nos últimos lugares, o que foi me deixando com raiva.

— Porra! De novo? — falei, frustrada, quando terminamos mais uma partida. Enquanto eu estava em sétimo, Poncho estava em terceiro.

— Annie, você mal joga esse jogo, se dê uma colher de chá. Pessoal que joga online geralmente é viciado nisso. — Poncho se inclinou e beijou a minha bochecha. Quando ele se afastou, eu o encarei. — Sério, você tá indo muito bem. 

Ainda não satisfeita com a minha derrota, coloquei o controle de lado e cruzei os braços.

— Vou descansar. Pode ir a próxima sozinho. 

Poncho sorriu e balançou a cabeça negativamente enquanto iniciava mais uma partida. Enquanto ele jogava, alguém bateu na porta dele. Ele pediu que a pessoa entrasse e logo Luiza estava abrindo a porta e colocando a cabeça para dentro do quarto pela fresta recém formada.

— Vou fazer pipoca, vocês querem?

— Eu quero. — falei. — Quer ajuda, Luiza? Estou fazendo nada agora. 

— Na verdade, quero ajuda do cabeção do meu irmão. Poncho, hoje é o seu dia de guardar a louça. 

— Só terminar essa partida e eu desço, ok? — Poncho respondeu sem olhá-la, estava concentrado na TV.

— Ok. Cinco minutos. Se demorar mais, eu venho te buscar pela orelha. 

— Ok, mamãe. 

Luiza fechou a porta e nos deixou sozinhos novamente. Estiquei o meu braço e acariciei a nuca do Poncho. Ultimamente, tem sido bem difícil deixar minhas mãos longe dele. Exerci um pouco de pressão com as minhas unhas na sua pele, o que me atraiu o olhar dele. Aproximei-me mais dele e beijei o seu pescoço demoradamente. 

— Annie, assim não terei condições de jogar. — ele disse rapidamente, o que me fez rir.

Afastei-me e observei-o chegar em último na corrida.

— Viu como é ruim a sensação de chegar por último? — falei.

Poncho se aproximou de mim e beijou o meu pescoço do mesmo modo como eu fiz com ele. Todos os pelos do meu corpo se arrepiaram no ato.

— Foi por um bom motivo. — ele sussurrou perto do meu ouvido e depois se afastou. — Tenho que ajudar a Luiza, mas não demoro. Pode sair do jogo.

Ainda um pouco sem palavras, apenas assenti enquanto ele se afastava. Assim que ele fechou a porta, respirei fundo.

— Esse garoto ainda vai me deixar louca. 

 Peguei o controle e fui para o aplicativo do Spotify. Selecionei uma das playlists do Poncho e depois comecei a responder algumas mensagens no meu celular. Cams e Becky tinham chegado bem em casa, avisaram no nosso grupo. Dulce tentava se defender no grupo das meninas por ter voltado com o Juan, as amigas dela estavam revoltadas. Mesmo que eu também estivesse, não comentei porque não queria massacrar ainda mais a coitada da Dul. Infelizmente, era um pouco óbvio que logo ele a faria sofrer novamente, mas só quem podia acabar com esse ciclo vicioso era um dos dois. 

Na cadeira ao meu lado, o celular do Poncho não parava de vibrar. Tinha sido assim durante a tarde toda, por isso ele tinha o colocado no silencioso. Porém, agora, sobre a superfície da cadeira, a vibração dele chamava tanta atenção quanto o toque de antes. Peguei-o pronta para colocá-lo no modo para não vibrar, mas detive-me observando o nome do último contato que havia lhe enviado mensagem: “Ximena”. Só podia ser a garota com o perfume fedido. Controlei-me para não abrir a mensagem, eu disse que não seria esse tipo de amiga. Coloquei o celular no modo para não vibrar e depois o posicionei o mais longe possível de mim. Mesmo com a curiosidade gritando, eu não podia fazer isso. 

Busquei alguma distração no meu celular, mas não consegui. Do nada, eu já estava no Instagram buscando o perfil da tal menina. Fui diretamente no perfil do Poncho e busquei por uma Ximena nas pessoas que ele seguia. Demorou um pouco, mas eu achei, e por sorte o perfil era aberto. Senti um aperto no coração quando a vi melhor, ela era linda. Quer dizer, mais que linda, ela era deslumbrante, parecia uma modelo. Entrei nas fotos dela e havia muitos comentários de caras, mas nenhum do Poncho, ele nem ao menos tinha curtido a foto dela. Admito que isso me deixou um pouco mais feliz. Em contrapartida, tinha um comentário da Marichelo exaltando a beleza da garota. Elas se conheciam?

Saí do Instagram e fui diretamente para a minha conversa com a Marichelo. 

— Trouxe a pipoca. — Alfonso disse enquanto entrava. — O que você quer beber? Temos água, suco de laranja e coca-cola. — Ele parou ao meu lado e me estendeu a pipoca. 

— Pode ser suco. — respondi e logo travei a tela do meu celular.

— Ok, vou buscar. 

Poncho saiu novamente do quarto e eu finalmente pude escrever para a Marichelo. Por sorte, ela estava online e logo me respondeu.

 

Marichelo:

Claro que conheço, ela era a líder das Elite Way quando eu entrei.

Foi praticamente a minha mentora

Quando ela foi para a faculdade, ela passou a coroa para mim.

Você não lembra dela? Ela estudava no Elite Way.

 

Puxei pela minha memória e alguns fragmentos foram surgindo. Eu devia estar no fundamental quando essa menina ainda estava no Elite Way, o que indicava que possivelmente ela tinha no mínimo 20 anos de idade. Ela não era um pouco velha para o Poncho?

 

Marichelo:

Pq isso agora?

Você a conheceu?

Anahí:

Ela é legal, Marichelo?

Posso confiar nela?

Marichelo:

Ué, ela é. 

Ela foi uma ótima líder, todas as meninas a amavam.

Pq?

Anahí:

Nada.

Ela está saindo com um amigo, queria saber se ela é confiável.

Marichelo:

Com certeza ela é. 

Sorte do seu amigo se ela deu bola para ele, pois ela não fica com qualquer um

Pelo menos não ficava na época de escola.

 

— Aqui. — Poncho me estendeu um copo com suco e depois sentou na cadeira ao meu lado. Eu nem tinha ouvido ele chegar novamente. 

— Obrigada. — agradeci. 

Poncho pegou o celular e analisou a tela por alguns segundos, aparentemente estava lendo as mensagens pela barra de notificações. Ele balançou a cabeça negativamente e riu. Engoli em seco. O que será que ela tinha falado para ele? Ele começou a digitar no celular e depois o travou, colocando-o de lado. Desviei minha atenção dele e comecei a comer a pipoca em silêncio. Controla a barra, Annie, você não é mais aquela amiga ciumenta, você mesma disse que vocês deviam ficar com outras pessoas.

— Ainda quer jogar alguma coisa? — Poncho perguntou-me. Encarei-o. — Podemos ficar só ouvindo música e conversando, acho que você está um pouco de saco cheio de jogar.

— Prefiro ficar ouvindo música só. — falei e ele assentiu.

— Quero te mostrar uma playlist. — Ele disse e depois pegou o controle. Poncho foi até as suas playlists privadas e abriu uma delas. — Fiz essa para nós dois, pensando na nossa amizade e no que gostamos de ouvir. Era para eu ter te mostrado antes, mas esqueci.

Ele colocou a playlist para tocar e eu peguei o controle dele para ir vendo a lista completo. A playlist era simplesmente sensacional, tinha tanto músicas da nossa infância, que ouvíamos e cantávamos juntos, como músicas que gostamos hoje.

— Incrível, Poncho. Abra a playlist, por favor, quero seguir.

— Pode deixar. — enquanto ele fazia o que eu tinha pedido, o celular dele começou a tocar. Como ele estava no silencioso, só percebi porque a tela acendeu anunciando a chamada. Como ele estava concentrado na TV, aparentemente não tinha percebido.

— Seu celular, Poncho. — avisei.

Ele olhou para o próprio colo, onde o celular repousava, e logo o pegou. Poncho apoiou o celular no ombro e o atendeu, mas ainda concentrado na TV.

— Hoje não vai dar… Que nada, você perderia para mim novamente, você sabe disso… Anham… Claro, estou morrendo de medo. Não… Ximena, desista, um outro dia a gente marca. Aproveita para treinar aí enquanto isso... Eu? Eu não disse isso. Claro que não estou menosprezando suas habilidades. Hum… Ximena, tenho que ir, estou ocupado. Tchau… — Ele balançou a cabeça negativamente e enfim desligou. 

Não consegui me controlar, aquela era a deixa perfeita.

— É a sua amiga do fliperama? — perguntei. 

Poncho se voltou para mim e assentiu com cautela.

— Ela está querendo uma revanche. Eu já tinha negado por mensagem, por isso ela me ligou, para tentar me convencer. Acho que ela está um pouco bêbada, aliás.

— Ela só vive nesse fliperama? Vocês estavam lá ontem. 

Poncho deu de ombros.

— Não sei. Aparentemente, ela está com alguns amigos, escutei vozes ao fundo.

— Você quer ir encontrá-la? Não quero te atrapalhar.

— Não, não quero. — Poncho respondeu rapidamente. — Estou onde eu gostaria de estar e com quem eu gostaria de estar, tenha certeza disso.

Assenti e desviei minha atenção dele. Mesmo que aquilo fosse bom para o meu ego, eu ainda estava irritada por aquela garota ser tão insistente. Em vez de aliciar um menor de idade, ela devia procurar alguém da idade dela. 

Poncho se aproximou devagar e depositou um beijo na minha bochecha. Eu estava irritada, tive vontade de empurrá-lo, mas assim que ele começou a distribuir beijos pelo meu rosto e pescoço, a raiva foi se dissipando um pouco. 

— Luiza disse que os teus pais saíram com a minha mãe. Meu pai está fora também… Temos pelo menos alguns minutos de mais privacidade.

— Mais ou menos. A Luiza está aí. — falei, afastando-me um pouco dele. 

— É, mas Luiza está ocupada demais com a vida dela, ela não iria se incomodar se trancarmos a porta. Aliás, eu já tranquei.

Encarei-o por alguns segundos e depois o puxei para um beijo. Que mal há? Tínhamos que aproveitar os momentos sozinhos, até porque os treinos estavam puxados ultimamente e mal conseguimos nos ver. O beijo começou lento, mas foi se aprofundando aos poucos. Depois dele, vieram alguns mais, mas a posição não estava lá tão confortável. Quando nos separamos, sentei-me de lado, com as pernas cruzadas, no colo dele. Envolvi os meus braços em seu pescoço e o puxei para mais um beijo. Suas mãos estavam nas minhas pernas, acariciando-as e transmitindo uma onda de eletricidade por todo o meu corpo. Aos poucos, fomos aprofundando ainda mais os nossos beijos.

— Você não tem noção do quanto me deixa louco. — sussurrou próximo aos meus lábios quando nos separamos novamente. Sua respiração estava descompensada assim como a minha.

Passei minhas mãos pelos seus cabelos, que estavam começando a formar pequenos cachinhos de tão grandes, puxando-os para trás para que eu pudesse encará-lo melhor. Sua cabeça se inclinou um pouco para trás com o meu movimento. Os olhos dele estavam fixos nos meus.

— Se for do mesmo modo como eu me sinto, tenho noção sim. — falei e depois comecei a distribuir beijos pelo seu pescoço enquanto ele ainda acariciava as minhas pernas.

Dessa vez, ele que me puxou para um beijo. Retribui-o com a mesma intensidade. Uma das suas mãos subiu pela lateral da minha perna, entrando um pouco por baixo do tecido do meu short. A ponta dos seus dedos alcançaram a minha calcinha, mas pararam ali. 

Eu estava prestes a puxá-lo para a cama, para que tivéssemos mais espaço, mas vozes começaram a soar no andar de baixo. Separamo-nos e nos encaramos. Os nossos pais tinham chegado.

— Droga! — suspirei e saí do colo dele, voltando para a cadeira que eu estava antes.

— Poncho, Annie, desçam. Trouxemos pizza. — era a voz da mãe do Poncho. Realmente, tinha acabado mesmo o nosso momento em paz.

— Já descemos, mãe! — Poncho gritou para ela e começou a se levantar. 

Bufei e levantei também.

— Teremos chances de continuar depois. — disse ele próximo ao meu ouvido, fazendo-me arrepiar novamente àquele noite. Ele realmente estava gostando de me tirar do sério ultimamente. 

Poncho passou por mim e foi em direção à porta, já a abrindo e saindo em seguida. Não restava muito o que fazer, então apenas o segui e fui ao encontro dos nossos pais.



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