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História LoveSick - Capítulo 24 - Indecifrável


Escrita por: YukoTsu

Notas do Autor


- ???? autora que porra é essa pq um capítulo tão curto
- primeiro pq eu quero ver o caos
segundo que é pq o próximo provavelmente vai demorar demais pra sair, e eu nao consegui escrever mais nada além disso
no próximo eu exclui o posto o capítulo todo atualizadinho ok

divirtam-se



:)

Capítulo 25 - Capítulo 24 - Indecifrável


Durante toda a sua vida, Ayano nunca conseguiu entender o que as outras pessoas sentiam. Por mais que emoções tenham sigo algo que ela sempre almejou, ela nunca conseguiu entendê-las de forma plena. Raramente soube reconhecer o que a outra pessoa sentia, por isso nunca viu sentido em se sensibilizar pela situação do próximo.

Não é algo muito diferente da situação de agora.

Não fazia ideia do que Budo estava sentindo, olhando-a daquela forma.

Poderia dizer, pelas expressões faciais dele, que estava sentindo raiva. Mas não parecia ser aquilo, já o viu irritado antes para saber como ele reage dessa maneira. Não se tratava de tristeza, pois também já o viu triste diversas vezes.

A única coisa que sabe é que definitivamente não era algo bom.

- Eu... Não sei o que dizer. – Foi tudo o que ele disse, se encostando no sofá e desfazendo a proximidade de seus rostos.

- Você está bravo?

- Não, não tem motivos para eu ficar bravo ou me desesperar. Aprendi que se descontrolar em situações assim não adianta de nada. – Ele respondeu com a voz baixa, mais grave que o normal. – Eu só preciso... Pensar.

E, novamente, o silêncio tomou conta do lugar. Não é como se Ayano estivesse incomodada com aquilo, mas sim pelo fato de que sentia que iria vomitar a qualquer momento. Ao menos a reação dele não foi como o esperado, pensou que ele sairia dali aos gritos. Não podia deixar de admirar o autocontrole dele. Não era atoa sua posição como mestre de artes marciais.

- Aliás... – Ele voltou a falar. – Isso ainda não explica os arranhões.

- Ah... – Ayano havia se esquecido completamente de explicar sobre eles, já que havia se focado tanto em explicar por detalhes a sua condição.

- Na verdade, isso me fez imaginar... Se você em algum momento já me traiu. – Aquela frase saiu tão de repente que Ayano não soube o que falar. – Não me culpe, digo... Já que você não tem emoções, não deve sentir culpa quanto a isso. Isso explicaria muita coisa, tipo como você simplesmente some, as vezes.

“Eu sumo porque fico stalkeando o senpai...” Foi o que ela pensou, obviamente não podia responder aquilo.

Respirou fundo e pensou duas vezes, escolhendo cada palavra a dedo.

- Budo, eu não tenho nenhum motivo para te trair.

- Não? – Ele se virou calmamente, olhando no fundo de seus olhos. Sua expressão implorava para que ela estivesse sendo sincera. – Ayano, qual motivo você não teria para me trair?

Ela o olhou confusa, tentando entender por que raio de motivo ele estaria tão focado nessa possibilidade. Ele é o garoto mais popular, forte e um dos mais bonitos da escola. Por que caralhos ele está sendo tão inseguro?

- Eu passei a minha vida inteira procurando essa pessoa que me fizesse sentir emoções, Budo... – Sua voz soou fria, baixa, quase rouca. Estava sendo muito trabalhoso tocar nesse assunto para alguém. – Você acha mesmo que, agora que eu finalmente encontrei, eu iria te trair e correr o risco de te perder? Você é o motivo da minha vida, literalmente. Eu nasci para te encontrar.

Budo a observou por alguns segundos e se calou, fitando o chão.

Novamente, silêncio.

- Eu moro sozinha, meus pais estão viajando. Foram para os Estados Unidos. – Ela falou, sem resposta. De novo, silêncio. – Algumas pessoas sabem disso, incluindo algumas delinquentes de outras escolas...

Budo voltou a olhá-la, começando a juntar os pontos.

- Digamos que as suas aulas de autodefesa me foram bem... Úteis. E como eu não consigo sentir medo ou ansiedade, foi bem fácil para mim. Sempre foi.

Ele massageou as têmporas, suspirando fundo enquanto pensava nas novas informações. Agora descobriu que sua namorada vem sido ameaçada ou assediada por estudantes da escola vizinha. Mais um baque.

- Por que você não me contou? Se eu soubesse, faria questão de te levar para casa todos os dias.

- Não me leve a mal, mas eu sei me cuidar sozinha. E ser a menininha que chama o namorado para defendê-la só pioraria a situação. – Ela respondeu, tentando manter a tranquilidade. Algo que estava sendo bem difícil. – Além disso, eu dei um belo trato na garota. Acho que depois dessa ninguém mais vai querer chegar perto de mim. Eu sei dar medo quando quero.

“Tem razão” Ele pensou.

E, mais uma vez, silêncio.

Ao menos dessa vez todas as dúvidas estavam sanadas, ou quase isso. Budo ainda estava estranho e ela ainda não fazia ideia do que ele estava sentindo.

Sempre teve facilidade de saber o que os outros estavam pensando, já que sempre esteve rodeada de pessoas vazias, burras, todas tão iguais. Mas a situação em que se encontrava era tão diferente agora, era terrível não ter controle sobre alguém, ou melhor dizendo, sobre a situação.

Até que sentiu o bile subir pela garganta e levantou-se apressada, correndo em direção ao banheiro para vomitar.


Notas Finais


quero teorias na minha mesa


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