História Loving Can Hurt - "Bae?"

"Yeah, I knew it..."

JUSTIN'S POV:

Não acredito que beijei a menina. Abri os olhos e pude ver o brilho em seu olhar. Caramba, fiz merda. ​O sangue corre mais rápido e mil coisas me passam à mente. Talvez eu não devesse iludir a menina, além de ser mais ibope para aqueles merdas consumistas de desgraças alheias, ainda a machucaria. Mas foda-se, não estou nem aí, não devo satisfação e nem nada à ninguém. Mas a ideia de machucá-la me faria mal. ​Será? Sinto que estou pensando demais. Só curta o momento, Justin.

Não pude não notar que seus olhos não paravam de brilhar. Não consegui prestar atenção nem no resto do filme, nem em mais nada. Ao acabar, peguei em sua mão e descemos as escadas. Estávamos andando, meu braço envolvendo-a perto de mim, em direção à praça de alimentação, para encontrar a amiga loirinha, quando...

JENNA'S POV:

Ai meu Deus, o que ela está fazendo aqui?!

- Felizes em me ver? - surge Selena Gomez em nossa frente, com um sorriso sarcástico e sua voz cínica. Estava tudo perfeito, até aquela estúpida chegar e estragar tudo. Justin estava em choque. Droga.

- Por que você está aqui? Vai me perseguir agora? - retoma os sentidos e pergunta Justin, com a voz grossa, testa franzida e dentes cravados. Eu diria que bem nervoso. Fecho meus olhos e torço para que tudo isso seja só um sonho idiota. Merda.

- Ué? O casalzinho não gostou de me ver por aqui? Ah, que pena, pois eu tenho uma péssima notícia: o shopping é público! - respondeu a ridícula, aumentando o tom da voz. Aquela cara de cínica me irritava. Minha vontade era de meter porrada na cara dela! Porém, hajamos de concordar que eu seria incapaz de tocar nela. Não só por meu ridículo e desengonçado jeito de ser, mas pela quantidade de seguranças ao nosso redor. Para, Jenna, se olhe.

- E você precisa estar no mesmo país, na mesma cidade, no mesmo shopping e, ainda por cima, com toda essa imensidão do shopping, passar no mesmo lugar em que estamos, justamente na mesma hora em que passamos? Ah, me poupe, bae. - Bae? Ela deu um sorriso maligno. - Vamos Jenna, vamos embora daqui.

Bae?! Ele me abraça, um abraço de proteção, e me leva para outro lado. Fiquei com receio do modo em que ele a chamou. Bae... Bae me parece um apelido carinhoso. Deve ser como ele a chamava... Mas com aquela cara, Justin estava tudo, menos sendo carinhoso. O pensamento me fez aliviar as tensões.

Finalmente encontramos Hailey, que tinha sumido no ar, a aparecido, magica e estranhamente, com um York Shire na mão. O quê?

- Onde você estava, menina? E o que raios esse cachorro faz aqui?! - pergunto preocupada, brava e confusa, com a testa franzida na tentativa de ver se consigo persuadi-la.

- Ah, eu fui dar uma olhada nas vitrines e acabei me distraindo. E sobre Teddy, papai me pediu para buscá-lo no pet, aqui. - responde ela, super tranquila. É, tentativa sem sucesso.

- Céus, hoje está sendo um dia muito bizarro. Mas vem, vamos ao banheiro. - falei hesitante, soltando-me dos aninhosos braços de Justin, pegando sua mão e puxando-a para o banheiro mais próximo.

- Wow wow! Calma aí. O que houve? - pergunta ela, confusa e relutante. Agora não, senhorita investigadora Hailey Baldwin.

- Vamos nos trocar, primeiro. Depois explico. - nós duas, estranhamente, temos a mania de carregar na bolsa coisas que achamos de extremamente importantes. Não sendo batons, carregador, ou identidade, como para todas as outras garotas normais, mas sim, uma troca de roupas, calcinha limpa e chapinha. Não me lembro quando começamos com essa estranha mania, mas me lembro que temos isso desde sempre. As vezes, podemos sujar a roupa com molho de tomate, ou, talvez, tomar banho de chuva, sem querer. Ter uma troca de roupas na bolsa é mais do que uma prevenção, é uma necessidade! Tento justificar esta loucura, na minha cabeça. Falho, miseravelmente. Pessoas normais não entenderiam.

- Vai, agora me explica. O que é que está havendo? - Hay me pergunta, enquanto saímos do banheiro.

- Quero ir embora logo! Selena está aqui, e nos confrontando. Só me obedece, pelo menos uma vez. - respondo nervosa e apressada. Vamos, Hailey!

Justin nos esperou do lado de fora, segurando Teddy. Ele percebe minha agitação, levanta a sobrancelha direita e franze a esquerda, espantado com o modo em que falei com minha melhor amiga, depois alivia-as novamente, dá uma risadinha e me abraça de novo, uma mudança drástica de humor. Porém, um fofo. Me aninho em seus braços novamente e, instantaneamente, me acalmo. Hailey segura Teddy e seguimos rumo ao estacionamento.

Fomos em direção á aquele carrão chicoso. Me sentia uma madame, com Justin abrindo as portas para mim, a própria Senhora Bieber (e, também, para Hailey, claro).

- Para onde vamos agora? - pergunta Rick, o motorista, com um ar de entusiasmo. 

Justin olha para mim e eu retribuo o olhar. Porra. Sinto a conexão de novo, a tensão subindo no ar. Eu realmente não sabia para onde poderíamos ir (sabia sim), só sabia que para casa eu não ia! Não agora.

- Não sei... Mas para casa não vou. Com certeza, não! - Justin quase me devora com os olhos. Justin, calma, respeita a Hailey.

- Mas então para onde você vai? - Justin pergunta, mas sua voz alarmava que já sabia minha resposta.

Na mesma hora, cogitei ir para hotel com ele e corei. Definitivamente, não! Minhas bochechas nunca ficaram tão quentes. Ele deve ter capitado meu pensamento pois dá uma risadinha safada, cerrando, de leve, os olhos que já escureceram. Fiquei super constrangida e envergonhada. Controle-se, Jenna!

- Eu só sei que eu tenho que ir para casa. Teddy precisa beber água e fazer suas necessidades biológicas. - diz Hailey, interrompendo e acabando, graças à Deus, com aquele clima mega tenso (e sexy) na limosine.

- Sem problemas. - retruca Rick, para Hailey.

Hay foi dando as coordenadas, para chegar em sua casa, para o motorista. Levamos ela até lá, que me deu um sinalzinho de joia ao conferir que Brian trouxe mesmo seu carro de volta. Ok, pelo menos isso. Aceno para Teddy e ela, que me olha de volta com um olhar de reprovação. Não, Hailey. Não vou, relaxa! Rick dá a partida.

Então, me dá um gelo na barriga. Droga. Olho para as mãos, já úmidas, rápida e voluntariamente. Me perco em devaneios sobre o que poderia acontecer a seguir, quando sou interrompida por Justin.

- Bora para o hotel então? - sugeriu Justin, com aquela cara de safado. Merda. A visão embaça novamente. É agora ou nunca, Jenna. Não terá outra chance. Acha mesmo que alguém, como Justin Bieber, terá interesse em você, algum dia? Me convenci de que uma chance dessas só aparece uma vez na vida, e então decidi tomar coragem. Vamos, Jenna, não seja medrosa, é só uma virgindade, você não é a única. Meu subconsciente teima em me lembrar que sou virgem. E que vai doer. Ele não ajuda. Droga.

Senti meu rosto repleto de sangue, novamente, quente e vermelho. Ele ri. Fico mais envergonhada ainda, completamente sem reação. O que eu vou fazer agora?

JUSTIN'S POV:

Hum... Danadinha. Ela está querendo ir para meu apartamento, tenho certeza! Eu não posso perder essa! Sua cara toda vermelha, e seus olhos, tão negros como a noite, ardentes de desejo, já me respondiam por si só.

- E então, já resolveram para onde vão? - pergunta Rick. Ele, olhos na direção. Eu, olhos sobre o corpo todo de Jenna, bem ao meu lado, naquela limosine. Aguenta firme, Justin.

- Sim, vamos para o hotel. - Oh yeah, baby. Respondo para Rick, ainda encarando Jenna, devorando-a com o olhar.

Ele olha para mim, pelo retrovisor da frente, central. Faz uma cara de estranheza, dizendo mentalmente 'você não vai fazer o que eu acho que vai, não é?'. Dou minha risadinha maléfica para ele. Com certeza, vou,  digo mentalmente. Ele balança a cabeça, reprovando minha atitude, mas não ligo. O que é isso? Dia de 'Julguem o Justin'? É só uma garota. Isso não é novidade. Rio baixinho e ele segue para o hotel.

Ao chegarmos ao Copa, como de esperado, haviam vários paparazzis parados na frente do hotel, à nossa espera. Fiz o máximo de esforço para que eles não vissem ela, para evitar mais problemas. A cobri com um casaco que tinha no carro, e disse para andar depressa. Corre. Corre.

Entramos no hotel e, no elevador, foi um silêncio enlouquecedor. Eu não dizia nada, ela muito menos ainda. Os seguranças ficaram no salão, pedi um momento de privacidade. Com os dois calados, subindo pelos andares, um clima de tensão e desejo subiu por meu corpo. A conexão. Elevadores... Resolvi ignorar e me segurar. Não vou te comer no elevador, Jenna, tem câmeras. E eu, também, sei me controlar. Tentava enganar o monstro que habita dentro de mim, e que implorava para sair. Aguente, Justin. Está quase lá!

Chegamos ao 17° andar, escuto o barulhinho delicioso do elevador, seguido da abertura das portas, então pego sua mão, já suada, e, lentamente, entramos no apartamento. Dou uma rápida procurada por Scoot e não encontro. Onde será que ele se meteu? Sou grato pela ausência dele, nesse momento. Ótimo.

Estávamos lá, nós dois, sozinhos no apê. Ela era uma gostosa e é lógico que eu ia aproveitar! Boa, garoto.

Ergo os braços, para tirar minha camisa, e me jogo na cama, de costas para a mesma, observando fixamente para aquela morena gostosa, com o corpo perfeitamente traçado, bem à minha frente. Ela dá uma risadinha, envergonhada, mas os olhos brilham, e logo demonstra interesse. Hum, eu sabia, baby.