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História Loving My Guardian - Depression


Escrita por: Nanda_Eevee

Notas do Autor


voce bobeou e o novo capitulo de amando meu guardiao está passando por suas notificações

boa leitura

Capítulo 16 - Depression


Capítulo 16 - Depression

*POV Noah*

Minha mãe estava partindo.

Eu não sabia se eu poderia lidar com isso. Eu não quero parecer dependente dela nem nada, mas é que é difícil a pessoa que você mais ama estar doente e ainda por cima longe de você. Mas eu tenho que ser forte. Por ela.

Já estava quase tudo pronto pra ela ir. Um médico terminava de a preparar para a viagem.

— O helicóptero já está pronto. - Minha tia falou depois de desligar a ligação. — Tudo pronto?

Engoli em seco.

— Tudo pronto aqui, Sra. Kennan. - O médico respondeu. — Poderia me acompanhar para assinar esses últimos papéis?

— Claro. - E então ela acompanhou-o para fora da sala.

Silêncio.

— Então… Vocês vão se cuidar, certo? - Minha mãe perguntou, quebrando o silêncio.

— Claro, tia. - Jared respondeu.

— Você vai se cuidar, ok? - Repliquei.

Eu estava do lado da cama dela, Jared apoiado na parede e Theo nos pés da cama.

— Irei. - Ela sorriu.

— Relaxa, Zoey. Lá você vai ficar boa, e depois quem sabe nós não vamos pra sei lá aonde você vai estar e passamos um tempo juntos, certo? - Theo disse sorridente.

Theo pode ser doce quando quer. Ele realmente tem um bom coração, só um jeito de babaca. Mas eu não acho que falsas esperanças são o quê ela precisa agora.

— Seria ótimo. - Minha mãe sorriu mais ainda.

— Ok, meninos. Hora de ir. - Lauren apareceu na porta do quarto.

Jared e Theo se despediram e deixaram o quarto. Médicos entraram.

— E-eu vou sentir sua falta. - Falei rouco pela vontade de chorar.

— Noah… Agora que eu vou viajar, eu vou ser honesta. - Zoey respirou fundo. — Eu também vou sentir sua falta, você é meu único filho, mas você já tem 16 anos. Você é um homem. Você já passou por muita coisa, você sabe como é, e eu não quero que você fique sofrendo por isso. Não é como se eu fosse morrer. Não precisa fazer disso um drama, eu estou triste também, mas nós nos falaremos pelo telefone todo dia, e em algum tempo nos veremos de novo. Então, seja um homem. Viva, aproveite o seu tempo. Isso vão ser só que nem… férias, ok?

— Ahm…

Okay, isso foi um grande discurso.

— Tudo… bem. - Assenti. Não sabia mais o quê falar.

— Eu te amo.

— Também te amo. - Dei um longo abraço nela.

Me afastei da cama e vi os médicos levando a cama do quarto. Ela assentiu pra mim e eu assenti de volta. Lauren seguiu-os. Provavelmente até o heliporto do hospital.

Suspirei.

Ela tem razão. Eu não posso ser egoísta. Eu tenho que dar esse tempo a ela.

[…]

— Você tá bem? - Theo perguntou se virando pra trás.

— Tô. - Dei de ombros.

Estávamos no carro, a caminho de casa.

~ Parece que você foi abandonado. Você é tipo órfão agora.

— Oquê? - Perguntei indignado.

— Oquê, oquê? - Theo perguntou olhando pra mim pelo retrovisor.

— Oquê você disse? - Perguntei meio revoltado.

— Eu não disse nada, cara. - Ele parecia confuso.

Agora eu fiquei confuso. Deve ser só o estresse.

— Tem certeza que tá bem? - Jared perguntou.

— Sim, é só… Eu pensei que tinha ouvido algo. Ignorem. - Me encostei no banco do carro e joguei a cabeça pra trás.

[…]

Ao chegar na casa dos meus primos, só subi para o quarto do meu tio e me joguei na cama.

Depois de um tempo ouvi a porta se abrir.

— Eu… falei com o diretor. Ele me xingou bastante como sempre mas ele entendeu sua situação. Você pode faltar aula amanhã também.

— Hurrum. - Murmurei contra o travesseiro.

— Então, você vai ficar em casa? Quer que eu chame seus amigo?

— Não. - Falei abafado, pelo travesseiro. Levantei minha cabeça. — Eu vou pra aula amanhã, Theo. Vai ser melhor que ficar sem fazer nada. - Deitei a cabeça de novo no travesseiro, mas com o rosto virado pro lado. — Nada pra fazer significa pensar na vida que significa depressão.

— Você precisa sair dessa.

— Tá. Me deixa ser depressivo só hoje. - Coloquei a cara no travesseiro de novo.

— Tanto faz. - E ouvi o som da porta bater.

*POV Theo*

Eu fui pra escola depois de voltarmos do hospital, claro, eu cheguei atrasado, e pra variar, Sr. Crowfrod me xingou, mas ele não pareceu pegar tão pesado hoje. Deve ser por causa da minha tia.

Quando acabou o período, saí da sala e estava andando pelo corredor em direção do ginásio, quando vi os amiguinhos do Noah.

— Ei. - Cheguei perto deles. — Vocês são amigos do Noah, né?

— Você é Theo Kennan, né? - A garota falou.

— Sim, Skill.

— É Skye. - Ela me corrigiu com raiva.

— Tanto faz. - Dei de ombros. — O Noah tá depressivo. Mas ele tá bem. Achei que iriam querer saber.

— Obrigado por se dar o esforço de vir nos contar. - O garoto de cabelo colorido falou sorridente.

— Só falei pra vocês ajudarem ele, eu não ligo pra vocês. - Falei ignorantemente e continuei meu caminho.

[…]

Hoje eu tinha que trabalhar mas pedi um dia de folga pro meu chefe. Então depois da escola voltei pra casa.

— Noah? - Falei alto pra achar ele.

Subi as escadas e abri a porta do quarto do meu pai. Noah estava em posição fetal sentado na cama, com a cabeça entre os joelhos.

— Olha, escuta aqui. - Fui até ele e abaixei os braços dele que cobriam sua cabeça. — Eu também estou preocupado com sua mãe. Ok? Ela é minha tia afinal. Mas eu estaria na merda que nem você está agora se ela estivesse morrendo.

— Ela tá com câncer num estágio avançado. O câncer se espalhou pro cérebro. - Ele levantou a cabeça e olhou pra mim, seus olhos estavam inchados. — Ela tem um tumor no cérebro.

— Eu achei que ela tinha câncer de mama.

— Sim, começou com câncer de mama, mas o câncer se espalhou. - Ele suspirou. — Um tumor no cérebro.

— Como você sabe disso?

— Eu roubei o prontuário dela e li.

— Noah… - Falei repreendedor e sentei do lado dele na cama. — Você sabe mais do que eu sei sobre medicina. Mas eu sei que câncer no cérebro pode ser curado. E eu sei que tem cirurgiões que fazem essas cirurgias aqui nos Estados Unidos mas minha mãe levou a sua pra Inglaterra porque lá tá o melhor cirurgião pra isso. – Eu não sabia muito bem o que falar então disse o que eu ouvi dos médicos.

— Ela tá tão ruim assim pra ter que viajar pra ver o melhor neurocirurgião. Isso não é algo bom.

— Noah, cala boca. - Ele olhou incrédulo pra mim. — Sério, vai dar tudo certo. Para de ser pessimista. Vive sua vida, cara.

— Eu tenho o direito de ficar triste e me preocupar com minha mãe, então por favor me deixa.

— Não. - Ergui uma sacola que eu estava segurando. — Eu trouxe sorvete. - Ele olhou pra sacola. — Eu sei que você gosta de sorvete. Então vamos, saí dessa. Sorvete. - Balancei a sacola tentando animá-lo.

— Que seja. - Ele tentou pegar a sacola mas eu puxei da mão dele.

— Não é que seja. Vai tomar um banho e… fazer alguma coisa da vida. Depois desce na sala que nós vamos ver suas séries chatas e comer sorvete.

Ele sorriu de canto. Levantei da cama e ele suspirou, logo se levantando também.

— Ok. - Ele disse e se retirou do quarto.

Eu tinha que fazer alguma coisa por ele, mas eu sou péssimo em ser amigável ou carinhoso. Espero fazer a coisa certa.

*POV Noah*

Ao descer as escadas vi meu primo sentado no sofá resmungando enquanto clicava no controle da TV freneticamente.

— Ah, hey. Senta aí e pega teu sorvete. - Theo falou quando percebeu que eu estava ali. — E coloca a senha da Netflix porque eu esqueci.

Olhei para o sofá e tinha um potinho de sorvete de menta com uma colher. Sorvete de menta é meu favorito. Sorri. Me sentei no sofá com as pernas cruzadas e peguei o controle da mão dele. Theo ergueu as sobrancelhas.

— Que foi?

— Nada. - Ele deu de ombros.

— Ok. - Houve um pequeno momento de silêncio enquanto eu digitava a senha da Netflix. — Você falou com meus amigos?

— Ahm, é. - Eu sorri e olhei para ele de lado, e percebi que ele ficou desconfortável. — Que seja. - Deu de ombros.

Ele tinha corado? A luz estava apagada então não vi direito mas quase tenho certeza que ele corou.

— Tá. Que seja mesmo. Só não queria ficar ouvindo sozinho seus mimimis. Agora bota aí nessas suas séries chata do caralho.

Ficamos assistindo Grey’s Anatomy até tarde. Enquanto assistíamos Theo ficou perguntando algumas coisas sobre a série, provavelmente pra fingir que se importa porque ele parecia estar morrendo de tédio. Acabamos dormindo ali mesmo.

[…]

Acordei e fiz minhas coisas rotineiras. Enquanto tomava café liguei pra minha mãe mas ela não atendeu. Pra variar fiquei preocupado.

Muito preocupado. Tão preocupado que depois de escovar os dentes, só peguei minha mochila e saí da casa o mais rápido possível pra tentar esfriar minha cabeça.

E bom foi um péssimo erro meu porque a casa deles é mais longe da escola do que a minha casa é, então na metade do caminho eu já estava arrependido de ter ido sozinho, à pé.


Cheguei na escola e me senti sendo seguido. Olhei pra trás discretamente e vi um garoto de cabelos coloridos atrás de mim, que parou quando olhei para ele.

— Alec? O que você tá fazendo? - Perguntei cansado.

— Te dando espaço. Tipo eu quero muito perguntar como você tá e se você tá melhor desde quando a gente ligou pra você, mas eu quero te dar espaço também. - Ele sorriu sem mostrar os dentes.

— Sinceramente mais ou menos. - Suspirei pra recuperar meu fôlego. — No exato momento eu estou bem morto mas tudo bem. Vamos andando.

— Como tá sua mãe? Ah desculpa não precisa responder se não tiver a vontade só que eu me importo sabe eu gosto da sua mãe então eu queria saber como ela está mas se não quiser não precis-

— Ei! - Interrompi ele e Alec suspirou recuperando o fôlego após falar tudo bem rápido.

— Foi mal.

— Eu não sei, não consegui falar com ela até agora.

— Que merda heim.

— Valeu pelo suporte. - Ironizei.

— Capaz tô aí pra isso. - Ele falou sério e eu revirei os olhos.

— Noah! - Senti uma mão se apoiar no meu ombro. Skye estava ofegante.

— Você veio correndo? - Alec perguntou.

— Não idiota eu vim voando por isso tô ofegante.

— Skye… - Falei repreendedor.

— Desculpa. E aí Noah, você teve novidades?

— Nope.

— Poxa. Mas ela deve te dar notícias logo. - Skye sorriu pra mim enquanto andávamos para a escola.

— Espero que dê.

— É… e seu primo? Ontem ele foi bem fofo de se preocupar com você. Apesar de ele ter errado meu nome.

— Claro que ele se preocupa comigo, ele é minha família, poxa. Para de ficar shippando tudo que você vê, Skye. - Revirei os olhos.

[…]

No final da aula, estava no pátio da frente da escola procurando o Theo, até que finalmente achei ele e acelerei o passo até ele.

— Theo? - Toquei o ombro dele.

Ele estava falando com alguém e então ele levantou a mão indicando que era pra eu esperar. Sério isso? Dei um tapa na mão levantada dele.

— Mas que porra? - Ele virou pra trás e me viu. — Ah, Noah. Oi.

Olhei pra quem ele estava conversando: Jared.

— Jared, o que você tá fazendo aqui?

— Eu vim pedir pro Theo me levar pra rodoviária.

— Você vai viajar? E ninguém me falou nada?

— Ah você tava todo “minha mãe está doente mimimi depressão” - Theo falou de deboche.

— Ai Noah, me desculpa priminho, tô tão corrido com isso de mudança de cidade que eu esqueci.

— Esqueceu de me contar? Que você vai mudar de cidade!? Pra onde você vai?

— Virgínia Beach. Achei um emprego.

— Ah… isso é legal. Que emprego?

— Um lá na empresa do Adam.

— Do… Adam? - Sorri malicioso.

— É… - Ele corou. — Do Adam.

— Entendi. Você já vai hoje?

— Sim.

— Então… tchau. - Abraçei meu primo. — Vou sentir sua falta. Me mande mensagens. Sobre tudo. - Sussurei a última frase.

— Pode deixar. Se cuida, e não deixa o Theo destruir a casa.

— Certo. - Acenei pra eles enquanto se distanciavam.

Aparentemente a única família que me resta nessa cidade ainda é o Theo.


Notas Finais


primeiramente sim eu demorei duas semana pra posta esse cap que ja tava pronto dscp pessoal

mas enfim, comentem aí, oque vocês acham sobre a bad do noah?
e do theo tentando ser legal?
:) até a próxima


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