Quem não se sente muito bem ao voar? A pressão na cabine da aeronave o deixando afobado, impaciente e irritado. Sem contar com os pés e dedos das mãos inchados. Piora para quem tem ansiedade. É o caso de Pete. Por mais que ele gostasse de viajar, ele preferia mil vezes o ônibus da turnê ao qual ele e sua banda costumavam usar para atravessar o país no começo de sua carreira. Mas como as coisas mudam, a turnê aumentou e as viagens se tornaram constantes, tornando mais difícil viajar em um veículo terrestre. Então, avião era a única opção. E isso era bastante desgastante para o psicológico de Pete.
— Onde você vai? — Patrick perguntou quando Pete fez menção de levantar pela terceira vez em apenas 1 hora de vôo. Pete olhou para Patrick.
— Vou mijar. — E assim, Pete levantou e seguiu para o banheiro.
No caminho até a pequena cabine, Pete esbarrou seu ombro em um dos comissários que vinha da direção oposta. O homem — que era alto e tinha uma aparência delicada — perguntou se Pete estava bem e Pete respondeu que sim, que só precisava ir ao banheiro. O comissário assentiu com um sorriso e Pete retribuiu seu gesto, seguindo seu caminho.
Ao chegar no pequeno banheiro, Pete fez sua necessidade e lavou as mãos com água e sabão na pia do pequeno espaço. Ele encarou seu reflexo no espelho, algumas gotas d'água sobre a superfície. Pete jogou um pouco d'água em seu rosto e suspirou levemente. Duas leves batidas foram deixadas na porta e Pete respondeu em voz alta que o banheiro estava ocupado, mas a pessoa acabou por abrir e entrar. Pete estava prestes a xingar quem-quer-que-seja quando seu olhar tranquilizou ao perceber pelo reflexo do espelho que quem estava ali era Patrick.
— Não posso nem mijar em paz. — Pete resmungou enquanto pegava um papel-toalha e o pressionava sobre seu rosto para secá-lo, uma carranca se formando em suas feições.
— É a terceira vez que você mija, Pete. Ou você não tomou seus remédios e está com a ansiedade à flor da pele ou você tem diabetes e não sabe. — Patrick disse, olhando para os movimentos de Pete pelo espelho. Pete o olhou, também pelo espelho.
— Eu não tenho diabetes. E eu tomei sim meus remédios. — Pete se virou para encarar Patrick frente a frente.
— Apenas quero descer logo dessa merda. — Patrick assentiu e se aproximou de Pete, pousando levemente uma mão em seu ombro. Pete apenas o olhava.
— Eu sinto muito, cara. Eu gostaria muito de poder ajudar com alguma coisa. — Pete desviou o olhar dos olhos verdes de Patrick para a porta fechada do cubículo e pensou por um momento.
— E você pode. — Pete disse, ainda olhando para a superfície branca da porta atrás de Patrick. Pete olhou para Patrick e logo seus lábios estavam pronunciando as palavras quase em um sussurro:
— Me chupa. — Patrick franziu a testa e Pete levantou as sobrancelhas, esperando alguma resposta.
— Você está brincando, não é? — Patrick se afastou um pouco de Pete, atônito, e o encarou. Pete observou a expressão de Patrick e respondeu, balançando a cabeça lentamente:
— Não. — Patrick olhou ao redor do cubículo, coçando a nuca um pouco desorientado, e voltou seu olhar para Pete.
— Certo. Tudo bem. Se isso fará com que você fique melhor durante o resto do vôo, tudo bem pra mim. — Disse Patrick após um suspiro. Um sorriso de orelha a orelha se formou no rosto de Pete e Patrick revirou os olhos, sorrindo levemente.
Patrick desafivelou o cinto de Pete e abaixou o zíper, abrindo o botão em seguida. O ruivo puxou a calça para baixo — ficando de joelhos — e abaixou o cós da cueca, expondo o pau semirrígido do moreno. Pete apenas assistia os atos de Patrick. Patrick olhou para cima para encontrar os olhos escuros de Pete e fechou a mão sobre a base do pau à sua frente. Ele bombeou o pau de Pete enquanto o encarava até o órgão ficar completamente duro, as veias sendo visíveis.
— Não me olha desse jeito, Trick. Senão vou gozar antes mesmo de entrar nessa sua maldita boca. — Pete gemeu no final da frase e Patrick sorriu vitorioso.
O ruivo colocou apenas a glande em seus lábios, logo arrastando os incisivos do maxilar e da mandíbula levemente na pele sensível. Pete mordeu o lábio. Patrick colocou todo o órgão em sua boca e iniciou o processo de vai e vem com a cabeça. Pete se apoiou com uma mão na pia enquanto puxava o cabelo de Patrick com a outra. Ele estava se segurando ao máximo para não gemer alto. Quem quer que estivesse passando do outro lado da porta poderia ouvir e deduzir o que diabos estava acontecendo dentro daquele banheiro.
— Porra! — Pete deixou um gemido alto escapar e levou a mão que estava no cabelo de Patrick bruscamente para a boca. Patrick continuou a trabalhar sua boca no pau de Pete, o masturbando com uma mão enquanto a outra segurava a parte de trás da sua coxa. Pete virou sua mão e mordeu seu próprio pulso para conter seus gemidos, grunhidos abafados em sua garganta.
— P-Patrick... — Não houve tempo para Pete avisar à Patrick que iria gozar. Ele encheu a boca do ruivo com seu líquido quente e pegajoso, Patrick engolindo tudo.
Pete fechou os olhos fortemente enquanto a sensação de prazer tomava conta do seu corpo. Patrick deixou o pau de Pete deslizar para fora da sua boca e levantou, olhando para Pete e passando as costas de uma das mãos em seus lábios para limpar a saliva que teria escorrido durante as chupadas.
— Está melhor agora? — Patrick perguntou à Pete enquanto este ainda se recuperava do momento de prazer. Pete abriu os olhos e olhou para Patrick com os olhos semiabertos.
— Melhor, impossível. — Disse Pete e Patrick sorriu, assentindo enquanto Pete ajeitava sua cueca e calça no lugar.
— Você sai primeiro. Estou com um pequeno problema aqui. — Patrick apontou para a própria calça e Pete sorriu divertido. Patrick revirou os olhos.
— Vai bater uma pensando no que aconteceu aqui? — Pete perguntou rindo e Patrick riu sarcasticamente, ficando sério em seguida.
— Não é apenas batendo uma que o pau volta ao normal, Peter. — Disse e Pete assentiu, ainda sorrindo.
— Tudo bem, tudo bem. Se precisar, estarei lá fora. — Disse Pete ao passar por Patrick e abrir a porta para sair.
— Vai tomar no cu! — Xingou Patrick e ele pôde ouvir uma risada do lado de fora, já que Pete havia saído do cubículo.
Patrick permaneceu no banheiro com aquilo em sua calça. Ele não queria se tocar e isso estava o atrasando. E se alguém quiser usar o banheiro? Patrick tentou não pensar muito nisso e abriu a torneira da pia, enchendo as mãos com água e jogando sobre o rosto para aliviar a tensão.
Após quase dez minutos dentro daquele cubículo esperando sua ereção sumir, Patrick finalmente abriu a porta e respirou profundamente o ar comprimido da cabine ao sair. O mesmo comissário alto que Pete teria esbarrado passou em sua frente e o olhou com a expressão de preocupação.
— Você está bem, senhor?
— Sim. Estou bem sim. Apenas fiquei preso no banheiro. — Patrick mentiu na cara dura e o homem arregalou os olhos.
— O senhor poderia ter pedido ajuda. — Disse o homem e Patrick sorriu docemente para ele.
— Sim, mas consegui sair. Bem, digo apenas um aviso para vocês arrumarem a porta, senão a próxima pessoa que ficar presa aí dentro vai processar a companhia. — Patrick disse e seguiu seu caminho para sua poltrona. O comissário foi até a galley¹ e pegou um aviso de interdição, logo o pondo na porta. Patrick se sentiu um pouco mal por ter mentido.
Pete sorriu abertamente para Patrick quando avistou o ruivo vindo em sua direção.
— Cale a boca. — Disse Patrick ao sentar ao lado de Pete. Pete riu.
— Eu não falei nada. — Patrick revirou os olhos e pegou seu iPod e seus fones de ouvido que estavam na poltrona ao seu lado direito, os colocando em seus ouvidos e apagando a luminária acima do seu assento.
Pete estava sentado no lado da janela enquanto Patrick estava na poltrona do meio. A poltrona ao lado de Patrick estava desocupada desde que decolaram.
— Mas estava pensando em falar. — Patrick disse antes de dar play na sua playlist e colocar o cobertor com a logo da Indie Airways* sobre seu corpo, relaxando no encosto.
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