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História Loving You is a Losing Game (Catradora) G!p - Pumpkin soup


Escrita por: strangelike

Notas do Autor


Boa leitura 💜

Capítulo 39 - Pumpkin soup


Adora Grayskull 

-


Três dias. 

A essa altura, Catra já deve ter embarcado em seu vôo para França. 

Estive esperançosa nas últimas 8 horas que passamos juntas no hospital, até ela dizer que tinha que ir. 

Recebi alta depois disso e não fiz nada além de olhar para o teto o dia inteiro. Meus pais estão vindo, eles largaram o trabalho que estavam fazendo quando receberam a ligação de Hope e provavelmente vão chegar pela manhã. 

Hope resolveu ficar aqui para me ajudar com o que eu precisasse já que minha irmã teve que sair por grande parte do dia para realizar o plantão no hospital. 

A porta soou com três batidas antes de ser aberta, revelando Hope segurando desajeitadamente uma bandeja com pipoca e suco de laranja 

— Não conte a sua irmã - Ela avisou antes de colocar tudo sobre a bancada — Não posso dar aquela sopa horrível a você, tem cheiro de abóbora em conserva 

— Muito obrigada - Agradeci mentalmente por ela pensar assim, a comida hospitalar de Mara era uma tortura. De jeito nenhum vomitar enquanto estou com hematomas por toda parte está na minha lista de afazeres 

— E a Catra? - Hope perguntou, receosa 

— Sem mensagens - Dei de ombros — Ela já deve estar em Paris 

— Oh, isso é… Sinto muito 

— Nós meio que conversamos sobre isso, eu contei tudo e pedi que ela ficasse. Você sabe, não há nada que eu me arrependa por não ter dito. Mesmo assim ela se foi e acho que tudo bem. 

— Tem certeza? 

— Não - Sorri sem emoção — Mas o que eu posso fazer? 

— Pensei que estaria tentando fugir para França assim que ela fosse embora, sabe? Você é um pouco imprevisível. 

— Não vou atrás dela, Hope. Não é viável e muito menos romântico quando os próprios pais são o seu maior problema e você ainda dá ouvidos a eles. Provavelmente ela chutaria minha bunda para agradá-los, assim como fez com Skylar e os antigos amigos. 

— Você está tirando conclusões precipitadas porque está com raiva e chateada mas, se deixar isso de lado, nós duas sabemos que a Catra gosta muito de você. Ela não faria isso. 

— Você não pode saber isso, Hope. 

— Mas eu sei.. Eu- Meu relacionamento com a sua irmã nem sempre foi tão fácil, relacionamentos são complicados e, bem, nem sempre eu estive aqui em Berkeley. Distância é uma merda, principalmente quando você está colocando sua vida em risco. Veja bem, enquanto Mara fazia seu trabalho como a ótima cirurgiã que é eu estava tentando não morrer em diversas trocas de tiros. A preocupação excessiva quase nos arruinou, mas eu garanti que ficaríamos bem quando tudo acabasse. 

— E então deu certo? 

— Claro. Eu não desisti quando ela quase desistiu também, me senti um peso para ela por algum tempo. Imagine você deixar alguém tão preocupada a ponto dela desistir de fazer seu trabalho porque sua cabeça não está lá naquele momento. Mara já deixou a sala de cirurgia diversas vezes quando eu estava em missões difíceis e esperava por uma mensagem como se sua própria vida dependesse disso. 

— São casos diferentes, Mara não teve pais idiotas que lhe diziam o que fazer. 

— Sim, bem… Mas ainda é um obstáculo. O seu obstáculo são dois idiotas e o de sua irmã foi o medo de receber a notícia de que sua namorada foi morta em confronto. Eu poderia ter desistido de minhas missões, mas é o meu trabalho. As pessoas precisavam de mim e Catra acha que seus pais precisam dela e é o que ela acha certo. É uma escolha sua abrir mão do que vocês duas tem ou não.

— Eu só… Acho que ela não vai ficar bem. Os pais dela aparentemente eram legais mas- são loucos por trabalho e querem que ela siga à risca todos seus passos. Quanto tempo até ela se esquecer de mim também? 

— Ela não vai esquecer você, Adora. Não fale assim, tudo vai se resolver - Hope esfregou as mãos e olhou pela janela — Está ficando tarde, coma e descanse. Eu acho que Mara vai chegar em breve. E caramba, vou ligar o aquecedor. Não posso acreditar que Mara esqueceu de novo.

— Boa ideia - Eu ri — Estou congelando.

— Achei que fosse a única - A mulher acenou para mim e foi embora, mantendo a porta de meu quarto fechada depois de sair.

Mara nunca me contou sobre as complicações do seu relacionamento. Para ser sincera ela nem me falou que tinha uma namorada até minha mãe falar ao telefone, foi surpreendente. 

De qualquer maneira, verifiquei o telefone algumas vezes enquanto tentava comer. Estava menos difícil se sentar agora graças aos analgésicos que o médico receitou, provavelmente eu voltaria para a escola mais rápido do que eu esperava. 

Acho que eu preferia que minhas costelas fossem quebradas, ainda não sei o que farei se quando me encontrar com a Huntara naquele maldito corredor e provavelmente serei expulsa quando isso acontecer. 

Cerca de duas horas depois Mara chegou em casa e veio me verificar, Hope e eu mentimos sobre a sopa e tudo correu bem. Pelo menos por enquanto, ela vai nos matar quando descobrir. 

Sem mensagens, parecia um maldito loop infinito. 

Por que diabos ela não estava falando comigo? Paris não deve ser tão legal assim. 

Fiz um esforço ridículo para me levantar, arrancando a bata horrível que mara insistiu que eu colocasse e a substitui por uma calça moletom cinza escuro e um moletom vermelho que estava jogado no canto da cama. Estava frio pra caralho, Hope certamente se esqueceu de ligar a droga do aquecedor. 

Olhei para as escadas hesitantemente antes de decidir descer, cada osso do meu corpo doeu quando eu o fiz. Péssima ideia, péssima ideia, mas estou longe demais para voltar agora. 

Me esgueirei pelo corrimão, torcendo para alcançar o primeiro andar rapidamente, nunca fiquei tão irritada com essa escada desde que caí rolando aos 16 anos, porra.

Depois que finalmente cheguei ao fim, estava tudo escuro, me amaldiçoei por ter esquecido o maldito celular na cama e eu não poderia subir as escadas agora. Tudo bem, eu já estou aqui. Vai ser fácil

Identifiquei a luz da cozinha acesa, seu brilho passou pela arcada de gesso e estava alcançando boa parte da mesa e da sala de jantar também, fazendo com que eu não fosse deixada na completa escuridão ao menos. 

Mara deve ter esquecido acesa quando subiu. 

Caminhei até lá tentando não fazer barulho, as ordens foram claras e minha irmã não vai gostar nem um pouco se me encontrar aqui embaixo sem aquela bata de hospital. 

Bem, houve alguns tropeços ao logo do caminho. Meu dedo mindinho do pé bateu contra a quina de algum móvel inútil que eu xinguei mentalmente antes de continuar andando. 

À beira do desespero para chegar ao local iluminado eu jurei ter visto uma figura passando de um lado para o outro na cozinha, eu vi a maldita sombra contra a luz da mesa de jantar. 

Deve ser esse o motivo de famílias inteiras morrerem em filmes de terror, eu sou a idiota que vai até o cômodo e tenta descobrir o que está acontecendo, não poderia durar um dia viva em um filme de terror como podemos perceber.

— Só pode ser brincadeira agora - Murmurei para mim mesma enquanto segurava uma garrafa de vidro em minhas mãos, minutos atrás era uma decoração mas agora é a minha arma para lidar com um… Deus, eu nem sei o que pode ser, um invasor… talvez? 

Não importa. Vou acertá-lo de qualquer maneira. 

Quando eu estava prestes a cruzar a arcada, Hope imediatamente apareceu, o que me fez gritar desesperadamente e jogar a garrafa no chão, quase atingindo seus pés após se quebrar 

— Você perdeu o juízo? - Eu gritei gesticulando com as mãos — Quer me matar? 

— O que diabos você faz aqui? - Hope gritou de volta — Deveria estar descansando! 

— Você não ligou o maldito aquecedor, estou congelando! - Reclamei

Um garfo caiu sobre a pia e chamou nossa atenção, ou mais como chamou a minha atenção e deixou Hope desesperada. 

— O que foi isso? - Questionei com os olhos cerrados 

— Isso o que? - Ela vai mesmo fingir

— Hope, quem está aí? - Perguntei lentamente aproveitando para dar alguns passos à frente, a morena me impediu de continuar, trancando a passagem com o corpo 

— Deve ter sido a coisa que eu estou fazendo 

— E o que você está fazendo? 

— Por Deus, Adora. É algo particular, você deveria ir dormir.

— Você está mentindo. Saía da minha frente - Tentei afastá-la mas foi inútil, ela é policial e eu sou uma idiota com hematomas recentes 

— Adora, você não quer entrar. Escute, vá para o quarto e tente descansar - Hope pediu, me empurrando suavemente pelos ombros 

Me desvencilhei dela e imediatamente tentei correr para dentro mas Hope gritou

— Adora! - Me virei, desafiando a policial com o olhar — Tudo bem, ouça - Ela respirou fundo — Mara está nua do outro lado desta geladeira, a menos que você queira este trauma para o restante de sua vida, vá em frente. 

— Você só pode estar fodendo brincando comigo - Fiz uma careta e andei em direção a saída 

— Sim, eu estava fodendo, mas você é a irmã que acorda na porra do meio da noite. Agora vamos, eu vou levá-la de volta lá para cima. 

Não pude fazer nada além de aceitar sua ajuda e voltar para o quarto. 


***


Mara Grayskull 

-


— Não posso acreditar que ela está praticamente sem poder andar e desceu as escadas sozinha - Murmurei enquanto verificava sorrateiramente minha namorada e Adora subindo as escadas 

— Talvez ela tenha ouvido alguma coisa - Catra murmurou pensativa 

— De jeito nenhum, eu não dei na cara que você estava aqui e a Hope também não. Ela nem pode imaginar. 

— Espero que ela não fique irritada, quero dizer, passei o dia inteiro sem enviar mensagens. 

— Bem, ela vai ter uma surpresa e tanto pela manhã. 

— Eu não sei se consigo esperar até amanhã, eu quero muito vê-la e dizer que estou aqui. - A morena estava com seus olhos brilhando. 

Ouvimos passos se aproximando e Hope voltou a cozinha, respirando fundo. 

— Caramba, essa passou perto - Ela sussurrou rindo 

— Que ideia foi essa de dizer que eu estava nua? - Fiz uma careta para minha namorada e ela arregalou os olhos 

— O que você esperava que eu fizesse? Ela ia infartar! 

— Tudo bem, vamos ao plano. Como ela está? 

— Verificando o celular a cada dois minutos, ela não vai dormir - Hope ergueu a sobrancelha — Acho que a Catra deveria aparecer lá de surpresa, é o único jeito 

— Não sei se é uma boa ideia - Talvez isso fosse ajudar ou talvez irritá-la, eu não poderia saber 

— Por que não? - Catra questionou — Eu acho que fazer ela esperar só vai piorar as coisas 

— Meio que ela tem razão, Mara. Adora odeia ser a última a saber das coisas e ela está… triste. Você sabe, ela está esperando um sinal de vida e se ele não vir ela vai ter uma longa noite. 

— Então nós duas estamos fora por hora - Me virei para Catra que observava nossa conversa atentamente — Você pode ir e se puder, desminta a história de que eu estava nua ou ela me fará comprar outra geladeira.

Hope sorriu nervosamente quando lancei um olhar mortal para ela.

— Boa sorte, ela vai ficar muito feliz em te ver - Minha namorada a encorajou e Catra sorriu, seguindo seu caminho pela escada até o andar de cima.



Notas Finais


:)


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