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História Loving You is a Losing Game (Catradora) G!p - I never hated you


Escrita por: strangelike

Notas do Autor


Por motivos de vida adulta (like 🤠) eu não tava postando nada MAS EU VOLTEI e é sobre isso.

Boa leitura 💜

Boiolem.

Capítulo 40 - I never hated you


Fanfic / Fanfiction Loving You is a Losing Game (Catradora) G!p - I never hated you

Catra Laurent Melog

-


Eu vou precisar de um novo coração depois que terminar de subir essas malditas escadas. 

A ansiedade está apertando minha garganta, parece que há uma corda em volta do meu pescoço com um enorme nó que não consigo desatar. Pensando mais claramente agora enquanto me aproximo do quarto de Adora, me questiono se eu fiz a coisa certa - o que provavelmente deve ser óbvio e era, há dois minutos atrás.

Estou com um medo imenso da rejeição, quero dizer, o que eu poderia esperar depois de deixá-la sozinha e sumir após uma suposta viagem para França? Ela deve estar no mínimo irritada e é provável que sequer queira me ver novamente.

Mas estou arriscando tudo. 

Depois que a deixei sozinha no hospital, voltei para casa com Skylar. Um pouco antes que eu pudesse chegar, meus pais haviam feito uma ligação para minha avó, reforçando para que eu me apressasse com as malas e isso a entristeceu. No final das contas eles a deixariam também, como fizeram comigo e como eventualmente eu deveria fazer com ela se seguisse por esse caminho.

Razz avisou que Adora estava com problemas e pelo que fiquei sabendo eles não se importaram e continuaram prolongando a conversa indesejável.

Coincidentemente eu cheguei quando eles estavam prestes a desligar, o que foi excelente, a partir daí eu decidi terminar com toda a maldita palhaçada. Haviam alguns pontos estranhos que eu não pude deixar de notar.

Era no mínimo confuso que Huntara, depois de tanto tempo sem mim, tentasse provocar a minha namorada com coisas tão desconexas, principalmente alegando que nós voltaríamos e que ela me conquistaria novamente.

Sim, porque obviamente eu iria aceitá-la de volta de acordo com as vozes da cabeça dela.

Inacreditável.

Meus pais não falaram sobre ela ou com ela há anos, o que faz menos sentido ainda e por outra coincidência, como se já não fosse o bastante encher a cabeça da Adora com mentiras, ela ainda a agrediu. 

Como diabos ela pensou que eu não ia ficar sabendo disso? Isso foi algum tipo de teste para avaliar se eu iria atrás dela ou não? Bem, de fato isso não importa já que assim como elas, meus pais foram completos babacas.



Flashback on - Algumas horas atrás


─ Sim, ela acabou de chegar - Minha avó acariciou sua clavícula enquanto acenava com o telefone colado à orelha ─ Não, ela está terminando - Ela provavelmente se referiu as malas ─ Estou passando o telefone 

Encarei o aparelho por cinco segundos antes de olhar para Skylar e a garota dar de ombros 

─ É para você - Minha avó voltou a fazer menção para o aparelho e eu o peguei de suas mãos, respirando fundo antes de falar

─ Catra? - A voz animada de meu pai soou através da linha

─ Ei, pai. Como está? - Respondi sem emoção, Skylar até tentou fazer um pequeno gesto para que eu parecesse mais animada ao falar, algo que foi em vão.

─ Ótimo, está tudo perfeito. Mais ainda, já que você está vindo, está feliz? - Ele questionou

─ Não posso ficar feliz. Minha namorada está com problemas e por algum motivo minha ex resolveu ter um pouco de possessividade sobre mim sem que eu soubesse. Vocês tem se falado

─ O que quer dizer? - O homem riu ─ Olha, eu acho que nós conversamos uma ou duas vezes, a garota gosta de você e está vindo para França em breve. Lamento por sua ex ter sido espancada e…

─ Adora é a minha namorada e- espere um minuto, eu não disse a você que ela foi espancada - O silêncio do outro lado da linha se tornou irritante e minhas mãos automaticamente apertaram o telefone com força ─ Pai. O que diabos você fez? 

─ Eu não fiz nada além de conversar um pouco com a Huntara. Caramba, ela deve ter entendido errado e-

─ Você mandou ela bater na Adora? Ficou louco, porra. Qual o seu problema-

─ Você estava hesitando! - Ele gritou ─ Como você espera ter um futuro brilhante se ficar se prendendo a pessoas dessa maldita cidade? 

─ Então está admitindo que ordenou minha ex a agredir a minha namorada que está hospitalizada por consequência das suas loucuras!

─ Você não pode ser uma líder de torcida para sempre, Catra-

─ E eu nunca quis ser a porra de uma líder de torcida - Cuspi ─ Eu queria uma vida normal, com pais presentes, amigos de verdade e alguém que eu amasse com toda a minha vida. Vocês tiraram todas essas coisas de mim, uma por vez. Não vão fazer o mesmo com a Adora, de jeito nenhum vou deixá-la e eu vou entregar você e a Huntara se não me explicar como essa merda aconteceu.

─ Você está vindo para França, Catra. Não há discussão

─ Quer saber? Não - Declarei decidida ─ Eu não vou sair daqui, não pretendo de jeito nenhum deixar a minha avó, Berkeley, a escola e muito menos a minha namorada. Estou desistindo, pai. Espero que você possa se virar, não conte comigo para droga da sua empresa, estou fora.

─ Você não pode fazer isso, já apresentamos você aos malditos sócios da nova base

─ Mesmo? Então observe o quarto do hotel vazio em oito horas quando o voo partir sem mim. Não estou negociando com você, nem agora e nem nunca mais

─ Se não me obedecer, vou deserdá-la, Catra. Você está me ouvindo? Planejamos tudo para que você pudesse finalmente tomar as rédeas de nossos negócios e você vai jogar tudo fora por uma garota, pelo amor de Deus! Há mais para você aqui, você tem a mim e a sua mãe e a Huntara que em breve se juntará a nós, seremos uma família e você vai esquecer-

─ Eu já tenho uma família. Ela é confusa e é composta por uma senhora que ama quadros, uma médica excelente, uma policial que conta relatos bizarros do trabalho e uma garota que virou meu mundo de cabeça para baixo e se tornou literalmente a melhor coisa que já poderia ter me acontecido. Ela deve estar se perguntando onde está o meu coração e eu vou deixá-la saber porque certamente não está com vocês. Então, faça o que quiser e eu desejo boa sorte

─ Você vai se arrepender, Catra - O homem disse em tom de ameaça

─ Eu estou pagando para ver

Encerrei a ligação em meio aos berros inconformados do homem e deixei o aparelho sobre a bancada, minha avó e Skylar me olharam perplexas em seus lugares, esboçando apenas surpresa por suas bocas entreabertas

─ Isso foi… cirúrgico - A de olhos verdes comprimiu os lábios e assentiu com a cabeça positivamente ─ Parabéns, garota

─ Acho que há mais coisas para Hope saber, seja lá como tudo isso aconteceu, meu pai sabia perfeitamente. Huntara de jeito nenhum vai se livrar desta vez

─ Bem, se eles te deserdarem, ainda há essa velha louca para cuidar de você, não se preocupe - Minha avó me abraçou gentilmente, afagando minhas costas de maneira desajeitada ─ E agora? 

─ Agora.. Acho que preciso deixar a Mara saber que estou aqui e preciso desfazer alguns envios pelo resto da tarde. Eles podem conseguir sucesso com seus sócios como quiserem, mas não vão se aproveitar do meu trabalho.

─ Eu aprendi a invadir um ou dois sistemas com o idiota do meu pai, se quiser uma ajuda - Skylar ofereceu e eu imediatamente aceitei

Teríamos um longo trabalho pela frente.


Flashback off 



-

Ao abrir a porta do quarto da loira imediatamente me deparei com a grande janela da varanda aberta com as cortinas indo e vindo com a ventania forte, seu porão estava aberto com as escadas retráteis visíveis e a cama estava completamente bagunçada em seus lençóis brancos. Adora deve ter estado bem inquieta nas últimas horas, isso está uma bagunça. 

Andei até a varanda antes de perceber que ela também havia retirado a intravenosa que Hope havia colocado. O soro estava encharcando um tapete aos pés da cama e eu o ergui de volta para o gancho, impedindo que o conteúdo líquido continuasse se esvaindo da bolsa. 

─ Eu sei o que você vai dizer. - a voz de Adora surgiu do teto, ela havia parado de ficar lá em cima quando eu disse que era perigoso mas receio que ela não esteja ligando para isso agora ─ Sei que vai dizer que minha vida não parou por aí ou que eu posso ir atrás dela mas você sabe que não é verdade e que não é fácil assim - Ótimo, ela acha que eu sou a Hope ou a Mara 

Me aproximei do local aberto e fiquei encostada ao lado da pequena escada, suspirando ao ouvir ela falar 

─ Sinto muito por preocupar você e a Hope. Sinto muito por ter descido as escadas e por estar aqui agora - Ela lamentou ─ Mas não há nada que eu possa fazer. Eu disse que não deixaria ela ir embora e ela se foi. Eu não pude fazer nada por estar neste estado. Não fui forte o suficiente para me livrar da Huntara e também não fiz nada para impedí-la de ir para porra da França.

─ Você não pode simplesmente se culpar por não ter ganhado uma briga injusta, A - Fechei os olhos antes de falar, cruzando meus braços contra o peito e apoiando minhas costas contra a parede ─ Você não pode correr até um aeroporto e barrar um avião e você também não pode arrancar uma intravenosa da própria mão e subir em um telhado quando ainda está machucada - Eu ri quando a ouvi gaguejar, mas não a ouvi dizer nada coerente ─ Você já se meteu em brigas suficientes por mim, Grayskull.

Caminhei mais livremente até as bordas espessas de concreto, girando meus calcanhares para ficar de frente para ela. 

─ Estava na hora de comprar uma por você. 

Seu queixo quase caiu. A loira deslizou lentamente até as escadas ancoradas na borda de seu telhado, descendo um por um como se estivesse com medo de que um passo em falso fizesse com que eu desaparecesse diante de seus olhos.

Adora chegou ao chão e permaneceu parada em seu lugar por alguns segundos, parecia estar em uma batalha com sua própria garganta que, provavelmente, estava trancando as palavras lá dentro. 

Eu ainda não conseguia ler a expressão em seu rosto

─ V-você- não foi embora.. Quero dizer, é óbvio mas- impressionante - A loira balançou a cabeça negativamente ─ Era importante pra você. por que-

─ Você também é importante pra mim. - Minha voz saiu mais trêmula do que eu planejei inconscientemente, fazendo com que eu franzisse minhas sobrancelhas ─ E eu sinto muito se fiz você pensar ao contrário. Sinto muito por não ter respondido suas mensagens, eu sei que esperou por elas, você deve me odiar agora..

─ Eu odeio seus pais, odeio a forma como eles voltaram para arrancar você de mim e odeio a Huntara, não vou superar tão cedo que perdi uma briga para aquela idiota.

Adora se aproximou, vagarosamente. Acho que ela também não tinha certeza se queria chegar tão perto, mas ainda assim o fez. 

E eu fiquei feliz por ela ter dado estes passos, visto que minhas pernas não estão mais obedecendo meus comandos mesmo com toda adrenalina enchendo meu corpo.

─ Mas eu nunca odiaria você, Catra - meu coração quase derreteu ao ouvir suas palavras sussurradas, a loira se inclinou para beijar minha bochecha, mas eu virei o rosto para que os lábios dela tocassem os meus. 

Ela foi pega de surpresa, a julgar pelo suspiro que saiu de seus lábios quando tocaram os meus. 

Adora fechou seus olhos sem dizer nem mais uma palavra e levou a mão ao meu rosto, deixando seus lábios se moverem apaixonadamente contra os meus. Fiquei tão hipnotizada pelo seu beijo e o gosto de laranja em seus lábios que por um momento esqueci que deveria explicar tudo, mas afastei o pensamento.

Um suspiro suave deixou minha boca quando eu coloquei os braços em volta de seu pescoço, quase parecia que o mundo em nossa volta havia evaporado - e eu gostei da sensação. 

A garota sibilou antes de colocar as duas mãos firmes em meus quadris, me puxando para perto enquanto me pressionava contra o para peito de concreto.

─ Desculpe - Murmurei, me afastando um pouco para observá-la ─ Eu machuquei você? 

─ Eu não estou tão mal assim - Sua frase foi seguida por uma careta de dor, seu abdômen certamente estava cheio de hematomas ─ Certo- talvez.. um pouco - Ela rosnou antes de acariciar minha bochecha e traçar um breve caminho até meu queixo, levantando-o com um de seus dedos ─ Três anos depois e ainda é a garota mais linda que eu já vi

Meu rosto corou violentamente com o elogio, é claro. Eu não posso lidar com isso.

─ Essa garota vai cuidar de você

— Catra- 

— E isso não está em discussão - Interrompi a loira antes que ela pudesse retrucar 

— Apenas se prometer que não vou precisar colocar aquilo novamente 

Claro, por que eu realmente achei que ela cederia tão facilmente a remédios? 

— Tudo bem. Podemos esquecer aquilo e apenas dormir, tudo bem? - Puxei levemente os cordões soltos de seu moletom, obrigando a mais alta a se curvar um pouco e selar nossos lábios 

Adora cantarolou suavemente contra mim, mordiscando meu lábio inferior como se não quisesse deixar que eu me afastasse até abrir novamente seus olhos e sorrir, deixando uma expressão suave se tornar perceptível em seu rosto. 

— Eu te amo - Um sorriso singelo apareceu em meus lábios ao ouvir suas palavras — Obrigada por ter ficado. 


Notas Finais


:3


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