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História Lua De Sangue (Fanfic San - ATEEZ) - Reencontro


Escrita por: MadokaLay

Notas do Autor


Boa noite a todos! Ca estou eu para mais um capítulo.
Só pra relembrar: As freses com formato Itálico são os pensamentos dos personagens.
Enfim, boa leitura, espero que gostem!
Qualquer erro ortográfico me perdoem.
Bjs <3

Capítulo 4 - Reencontro


.....

– Você tem certeza que quer voltar lá? Aquela garota era claramente uma bruxa e deveríamos entrega-la para igreja. E tem mais, a Melissa vai ficar furiosa. – Alex não para de tentar me impedir, mas como eu estou decidido, tenta sem sucesso.

– Que bruxa que nada, é só uma menina que conviveu com animais desde criança, é como se fossem cachorros domésticos só que maiores, animais quando convivem demais com seres humanos criam um laço afetuoso, claro que aqueles lobos a protegeriam, pare de falar bobagens. Eu passei a semana inteira pensando naquele dia, preciso voltar lá para que esses pensamentos me deixem em paz. – digo andando de um lado para o outro.

– San não é seguro. Parece que todos aqueles animais a obedecem e isso é assustador – Thomas medroso como sempre! – E outra, tenho uma leve impressão de que você está interessado naquela camponesa – diz com um olhar malicioso.

– Está completamente equivocado! Eu? Interessado naquela selvagem? Claro que não!

– Melhor mesmo, Melissa seria capaz de mata-lo!

– Tudo pra você é a melissa! Melissa isso, melissa aquilo... por que não assume logo que gosta dela Alex? – questiono tentando encurrala-lo, ele é tão covarde quanto Thomas, Tenho certeza que ele vai querer negar ou contornar a pergunta.

– Porque ela é sua futura esposa! – ou vai simplesmente confirmar ???. fiquei bem confuso e claramente ele está chateado.

– Por essa eu não esperava! – afirma Thomas tão surpreso quanto eu.

– O que? – tem um ponto de interrogação explicito em seu rosto.

– Pensávamos que você não ia admitir! Estou surpreso! – digo.

– Ah é que estou irritado com isso. Eu realmente gosto da Melissa e saber que daqui poucos meses vocês vão se casar me frustra...

– Eu também não queria, mas conforme o tempo passa mais claro fica pra mim que nossas vidas não são nossa e sim dos nossos pais. Eu não quero me casar com ela... ela pode agradar a outros caras, mas não a mim, gostaria de poder escolher alguém que realmente eu ame e que seja reciproco e não arranjado, e ela não faz o meu tipo.

– E quem faz seu tipo? A selvagem? – Thomas ri da própria “piada”, mas eu não acho graça nenhuma.

– Nossa como você é infantil! Enfim, você vai se casar com a Teresa né Alex?

– Parece que sim... – fala cabisbaixo.

– Relaxa meu amigo! Talvez daqui para o dia dos nossos casamentos a gente talvez mude de ideia em relação a elas. Enfim, tenho que ir para aquele bosque antes do almoço. – afirmo me levantando e esticando os braços.

– Eu ainda acho que é uma má ideia!

– Isso porque você é um covarde Alex, os dois são! Até mais! – pude ouvir eles resmungaram uns palavrões, mas ignorei. Decidi que ia a cavalo então fui ate o estabulo para pegar meu fiel companheiro, o Lancer.

Sai do terreno da minha casa exageradamente grande rumo ao bosque, com aquela garota fincada na minha mente. Devo confessar que sim, senti uma atração. Ela é algo que nunca vi antes, com um tipo de aparência que não se tem na cidade, uma beleza que... sou incapaz de descrever, só sei que ela esteve em todos os meus pensamentos e lá no fundo desejei que eu também estivesse nos dela. Cheguei finalmente em frente a floresta densa tentando criar coragem para adentrar – Calma San! É só uma garota... cercada por vários animais selvagens! Ah meu Deus... Não pera, respira cara, apenas respira e caminhe! Vamos caminhe! – minhas pernas por algum motivo não queria me obedecer, mas me forcei e finalmente comecei a caminhar para dentro da floresta – Isso! Já é um começo – Andei meio sem rumo, pois esqueci o caminho que fiz naquele dia. O Lancer está do meu lado, mas parece meio apreensivo, sem entender comecei a fazer carinho nele para acalma-lo, porém logo entendi o porquê de todo esse medo. Ouvi um rosnado vindo detrás de mim e congelei, logo vi que estava cercado por lobos, aqueles mesmos lobos.

– E-Eu não sei se me entendem, m-mas não vim para causar dano a nenhum ser dessa floresta... Ah você só pode ser um idiota San, falando com animais como se eles entendessem – resmunguei pra mim mesmo, mas parece que um deles entendeu, pois se colocou na minha frente com o corpo totalmente ereto de maneira intimidadora – E-Eu só quero vê-la novamente! – Eu lembro desse lobo! – Você é a Agla, certo? – ela abaixou levemente a cabeça em concordância... eu acho – Eu não quero nada de mal, só quero vê-la novamente, se você puder me leve até ela por um breve momento, por favor! – pedi e ela virou-se de costas para mim e começou a andar e sua alcateia a seguiu. Eu tomei aquele gesto como um sim e a segui.

Meu Deus ela me entendeu, que loucura! Não é possível!

Andamos por um breve momento e logo reconheci o lugar onde estávamos. Foi aqui que discutimos naquele dia... A Agla fez um sinal e sua alcateia se dispersou ficando só ela e eu. A grande loba branca voltou a andar e novamente a segui após amarrar o Lancer em uma arvore. Conforme ando começo a ouvir uma voz cantarolando e o som de água correndo. Não demora muito e vejo quem cantava. Era ela. A jovem se banhava na água e brincava ao mesmo tempo. Fiquei hipnotizado, não consegui para de olha-la, seu cabelo ruivo dançava com a correnteza da água e sua pele clara brilhava refletindo a luz do sol que a cobria amigavelmente. Ela estava de costas para mim, mas de repente ela mergulhou e ficou submersa. Fiquei esperando ela voltar à superfície, mas não foi o que aconteceu. Por que ela não voltou ainda? Merda!. Tiro minhas botas rapidamente, sem pensar direito entro na água em busca de tira-la de lá. Percebo o porquê de não ter voltado, era muito fundo e a correnteza não era fraca. Mergulho tentando encontra-la e logo vejo o vermelho do seu cabelo, me aproximo rápido e seguro seus braços a erguendo logo em seguida. Puxo o ar com força e me engasgo um pouco. Tiro meu cabelo que estava sobre meus olhos e encaro a garota que me olhava assustada.

– Você é louca por acaso? – digo olhando pra ela indignado.

– O que? Esse pergunta quem deveria estar fazendo era eu! Me solta! – ela tenta se soltar, mas não permito.

– Eu quase morri de susto quando vi que você não estava voltando, pensei que estivesse se afogando!

– Eu não estava, okay?! Agora me larga seu brutamonte pervertido! – ela se debate.

– Hã... pervertido? – agora que a ficha caiu, ela estava nua, fiquei chocado – P-Perdão! – digo e a solto em seguida, ela me olha com raiva e nada até a beira do riacho. A sigo. A garota sai da água completamente nua. Ela não tem vergonha, meu deus!. Abaixo meu olhar em forma de respeito pra evitar olha-la. Saiu da água e ela faz um gesto me pedindo pra virar e assim faço – É meio inútil já que já vi tudo – dou risada e sinto um tapa na minha nuca – Aii!

– Seu pervertido! – a moça passa por mim já vestida saindo de perto, pego minhas botas e a sigo. Agla já não estava mais lá – O que você quer? Pare de me seguir!

– Eu não vim aqui só para vê-la nua sua idiota, se bem que foi uma boa visão. – riu novamente e ela fica vermelha.

– Estupido! O que veio fazer aqui?

– Fiquei curioso sobre algumas coisas em relação a essa floresta... você.

– Os curioso são os primeiros a morrer! ­– ela anda e se senta no chão encostando-se a uma grande arvore, sento ao seu lado.

– É, mas seus lobos não me mataram como pode ver, estou inteiro! – ela pigarreia.

– Isso me surpreendeu, eles matam tudo e qualquer coisa que tenta entrar sem permissão. – diz encarando o nada.

– Eu fui educado e pedi permissão! – digo convencido e ela ri de leve – Bom, Sou o San! E você é?

– Isso importa? Se quer me matar faça antes que Agla volte!

– Te matar? De onde tirou isso? – digo incrédulo.

– Não é isso que pessoas como você fazem a pessoas como eu? – ela finalmente olha nos meus olhos. Sinto-me hipnotizado novamente.

– Eu não mato ninguém que nunca fez nada de errado! E você fala como se você fosse algo de outro mundo... – ela fica em silencio – Bom, não vim mata-la. Aquele dia você me irritou, mas não é motivo para que eu faça algo tão extremo, então fique tranquila.

– Eu não tenho medo de morrer... essa hipótese não me assusta... – fico encarando ela por um tempo ainda mais curioso. Quem é essa garota e por que ela me fascina tanto? – Bom, já que você quer saber, me chamo Morgana!

– Encantado Morgana! – ficamos um tempo em silencio e trocamos poucas palavras, geralmente esse tipo de silencio é constrangedor, mas por algum motivo com ela é confortável. Eu ficava olhando o rosto sereno e passivo encantado. Às vezes trocávamos olhares e sorrisos. estava muito agradável, tanto que nem senti o tempo passar – Meu Deus! Tenho que ir se não vou ser morto! – me levanto rapidamente, mas me sento novamente pra colocar a bota e ela me olha confusa.

– Morto?

– Ah é só um modo de dizer, significa que vou levar uma bela bronca. – me levanto novamente e vou até meu cavalo que estava descansando em uma sombra, Morgana me segue. Subo no cavalo e volto a olha-la – Espero que não sinta tanto minha falta! – falo sorrindo e ela me devolve o sorriso.

– Não seja convencido, logo te esquecerei!

– Nossa que amarga! – coloco a mão no peito fingindo ter doido e ela ri –Bom, voltarei logo, acredito que não será tempo o suficiente para me esquecer.

– Adeus San! – ela se afasta um pouco para me dar espaço para sair.

– Até logo Morgana!

......

Estava a caminho de casa pensando no que aconteceu.

– San... Então esse é seu nome... – falo caminhando com algumas flores em mãos para por em meu quarto. De repente Agla surge a meu lado – Nossa você me assustou!

– Me perdoe! Vim ter certeza de que estava bem! – a Agla é o único animal que fala comigo diretamente, pois é a única que consigo entender, os outros só sei o que querem o que sentem quando sinto sua energia. – E o humano, o que queria?

– Não sei, não entendi muito bem. Fiquei irritada por ter permitido ele entrar...

– Ele insistiu muito, parecia que queria algo e pude sentir que não era algo de ruim.

– Você falou com ele?

– Você sabe que somos incapazes de falar com seres humanos, você é a única que quem nos comunicamos, mas demonstrei a ele que entendia o que ele falava, ele agiu de forma engraçada. Sei que foi um erro ter permitido ele entrar, mas não sei, tem algo nele que emana confiança.

– Bom, ele não é tão ruim como imaginei, até que a companhia dele é agradável por mais que seja um pervertido – Agla ri.

– Não confie demais.

– Eu sei, eu sei!

– Vou para minha alcateia tenha um bom resto de dia Morgana! – ela vira as costas e sai andando floresta a dentro.

– Igualmente! – digo acenando. 

Continuo andando rumo minha casa já sabendo que vou levar um esporro por não ter vindo para o almoço. Chegando lá a tia Diana estava furiosa e brigou um pouco comigo, mas relevou. Não contei a  ela sobre minha conversa com o San, pois ela ficaria mais furiosa ainda, já que me advertiu em relação a ver homens novamente. Sinto que fui muito desobediente e inocente, mas não sei dizer, gostei de ter tido esse momento com ele, passar um tempo com alguém que não tem medo de você e não te evita é ótimo. Fiquei o resto da tarde inteira pensando em hoje e como foi confortável. 



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