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História Luba X Orochi - A Liga: Reconciliação


Escrita por: Dncris

Notas do Autor


Jean tenta reatar com Guaxinim ao voltar no dia de sua briga.

Capítulo 59 - A Liga: Reconciliação


Fanfic / Fanfiction Luba X Orochi - A Liga: Reconciliação

//APARTAMENTO DO GUAXINIM, SÃO PAULO, CERCA DE DOIS MESES ANTES//

Jean já havia revivido aquele momento tantas vezes na sua cabeça que não foi difícil saber exatamente qual o dia e a hora em que devia voltar aquele fim de tarde, no apartamento que guaxinim dividia com amigos em São Paulo. Foi bem ali que eles discutiram feio e se distanciaram, ele ia evitar que isso acontecesse outra vez.

Ele estava sentado no sofá assistindo televisão e Guaxinim estava como de costume jogando em seu computador. Estavam a sós, a janela estava entreaberta e as cortinas farfalhavam com um vento frio que vinha do lado de fora.

– Acho que vou visitar o Luba semana que vem. Ele e o Orochi devem querer ir ao cinema ou algo assim e me chamaram... Tô te avisando antes para que não fique me ligando como foi da última vez. - Jean falou enchendo a mão no balde de pipoca.

– Hummm... Mais um final de semana que você passa com eles. Quase não temos tempo juntos e sempre você tá em Tubarão. Fico pensando se você preferiria estar no lugar do Orochi, você ama o Luba... - Guaxinim tirou os fones de ouvido, Jean sabia que era sinal de que ele estava irritado e que iam ter uma DR.

– O que está insinuando com isso, Guaxi? O Luba é meu amigo, conheço ele há anos, muito antes de você. Sabe que não sinto nada por ele. - Jean parou de prestar atenção na TV e olhou para Guaxinim que mantinha os braços cruzados.

– Se não é o Luba então deve ser o Orochi. Porque eu bem sei que antes deles dois começarem a namorar você até falou num vídeo que tinha uma quedinha por ele. Acho que você sente inveja do Luba por ter tomado ele de você. - Guaxinim se levantou da cadeira, ele e Jean não costumavam brigar por qualquer motivo. O namoro deles sempre tinha sido saudável e tranquilo, mas ele nunca conseguia entender o porquê Jean disponha tanto de si e fazia tanta questão de estar sempre em contato com eles. Desmarcando muitos de seus encontros e datas em que podiam se ver.

– Nós já falamos sobre isso antes, Rafael. Não acredito que vou ter que repetir isso para você. Eu não sinto mais nada pelo Orochi, foi só um crush passageiro. Depois que conheci ele pessoalmente percebi o quanto ele pode ser irritante, um pé no saco.  Tem horas que eu me questiono se foi uma boa ideia incentivar que o Luba ficasse com ele, aquele garoto me dá nos nervos! - Jean também se levantou, ainda segurando a bacia de pipoca na mão.

– Existe uma linha tênue entre ódio e amor, nunca ouviu falar nisso? Se ele perturba tanto você, com certeza alguma coisa aí tem. Se não é ciúmes, pode ser qualquer outro sentimento de remorso, sei lá. Pode ser que você sente que entregou o Luba de bandeja para ele e agora pensa que não consegue mais ter uma chance com nenhum dos dois. - Guaxinim continuava a tocar na mesma tecla, isso estava deixando Jean cada vez mais nervoso.

– Quem é que está botando essas caraminholas na sua cabeça, hein Guaxi? Não tem nada rolando entre mim ou qualquer um dos dois que não seja amizade. Eu gosto da companhia deles é tão difícil assim entender isso? - Jean estava gritando, os vizinhos dos outros apartamentos estariam ouvindo tudo.

– Então é isso. Você prefere estar na companhia deles do que com a minha? Fala, Jean! - Guaxinim também estava berrando. Aquele de fato deveria ser um assunto delicado e que por vezes devia incomodá-lo. A proximidade exagerada que Jean tinha dos dois amigos. A popularidade deles na internet, os rostos bonitos, as conversas íntimas nas quais ele não participava. Isso tudo devia cozinhar em banho maria na sua mente e ali, a temperatura do fogo havia aumentado e de repente tudo estava borbulhando em alta fervura.

 O Jean do futuro sabia bem o que viria a seguir. Ele se irritou muito com essa pergunta, chegou até a jogar o balde de pipocas pro alto e dizer que "Sim, é exatamente isso. Eu prefiro mil vezes estar na presença deles do que com você e essa sua neurose." Eles trocariam mais alguns insultos, ele pegaria seus pertences e a mochila, voaria de volta pro Rio e terminariam seu namoro. Ele não deixaria que isso ocorresse de novo.

– Eu te amo, garoto! Não consegue enxergar isso... - disse Jean largando o balde de pipocas que se espalharam pelo chão da sala e abraçando forte seu namorado. – Eu não quero ter que te perder para admitir isso. Eu te amo muito... Eu não quero que pense que eu não gosto de você, só talvez não saiba como expressar isso. Você sabe que sou péssimo com palavras e quando estou emocionado, como agora, aí que as coisas vão todas à merda mesmo. Eu só quero que entenda uma coisa: eu amo você e não te trocaria por mais ninguém. Eu desmarco com o Luba, o Orochi, com a Rainha da Inglaterra ou quem quer que seja se for pra ficar com você e te deixar feliz. 

Jean estava em lágrimas, Guaxinim permanecia desacreditado de tudo que ouviu. Se ele tinha alguma dúvida dos sentimentos que Jean tinha por ele, ela desapareceu definitivamente. Seus olhos também marejados deram lugar a um sorriso de felicidade:

– Eu só queria que você tivesse dito isso há uns meses atrás, eu não precisaria fazer toda essa cena para você admitir que também gosta de mim na mesma intensidade. Agora eu entendo que tudo não passa de amizade, eu só tinha receio de estar interpretando de maneira errada. Me perdoe. - falou Guaxinim abraçando Jean ainda mais forte.

Jean queria que aquele abraço durasse para sempre, mas ele percebeu que a magia da placa estava se desfazendo, as imagens pareciam borradas e perdiam o foco a cada segundo que ele piscava os olhos. Já estava na hora de regressar aos dias atuais.

– Guaxi, desculpe ter que me despedir assim do nada. Mas eu preciso ir agora. É urgente. Caso de vida ou morte. Eu garanto que volto assim que for possível. Tá bom? - disse Jean preparando-se para dar um salto no tempo.

– Do que está falando, Jean? Nós acabamos de fazer as pazes. Que urgência é essa que vai fazer você sair daqui tão de repente... É algum problema com o Luba? Eu falei algo de errado? - Guaxinim não entendia nada e nem teria como compreender.

– Você vai saber de tudo no futuro. Prometo! - Jean correu para fora do apartamento para utilizar a placa sem que isso alarmasse ainda mais a situação e para não colocar mais indagações na cabeça do Guaxinim. – Não estou dizendo adeus, mas sim um até breve! - falou antes de bater a porta.

Ao deslizar o dedo pelo bloco de argila ele foi transportado pelo tempo e o espaço de volta ao presente.

...

//VATICANO, ITÁLIA, 20h45 da noite//

Gomorra sabia que tinha apontado sua arma diretamente para Jean, mas misteriosamente seu corpo estava virado na direção contrária e seu tiro acertou a barriga da sua própria irmã gêmea que caiu ao chão sangrando muito.

– SODOMA! - ela gritou em desespero, ela não tinha ideia como isso poderia ter acontecido. Como ela poderia ter atingido sua irmã daquele jeito.

Cellbit também havia atirado e sua bala ricocheteou numa coluna de pedra da galeria. Ele não tinha entendido nada. Ele tinha sim, mirado em Gomorra, a bala tinha feito uma curva? Ou ele inadvertidamente tinha virado os braços pro outro lado? Nada fazia sentido naquele cenário. Ele pudia jurar que estava de frente para Gomorra e não de costas e agora ela estava aos prantos, tentando reanimar a irmã caída numa poça de sangue.

– Vamos, Cellbit! - chamou Jean já do outro lado do corredor, ele estaria bem à sua esquerda, entretanto magicamente havia teleportado para a entrada. – Temos que ir atrás dos meninos, vem!

Cellbit aproveitou da confusão e da lamúria de Sodoma ao ver a irmã desfalecida e ultrapassou o corredor até vir de encontro a Jean.

– O que aconteceu? Como você veio parar aqui... O que foi tudo isso? - Cellbit andava às pressas ao lado de Jean, mas sua mente estava atordoada demais para processar tudo.

– Eu encontrei a placa e fui abençoado. Consegui salvar a gente. Te explico melhor depois. Agora temos que dar o fora daqui antes que a polícia chegue. - Jean corria para poder alcançar a Sala dos Tesouros, antes que fosse tarde demais para ajudar Orochi e Luba.

– Polícia? Mas quem chamou a polícia... Fomos vistos por mais alguém além delas? - Cellbit não estava raciocinando bem, tudo estava acontecendo rápido demais.

– Eu mesmo chamei. Como falei, depois eu explico. - disse Jean abrindo a porta dupla e dando de cara com Orochi e Luba estando prestes a serem espancados por um grupo de padres com um arsenal de armas do século passado. Ele apontou a placa de argila para eles e como quem apertasse um botão de controle remoto paralisou os atacantes.

– Jean! Cellbit! Vocês viram minhas mensagens... - falou Luba aliviado ao ver os dois amigos. – Vocês encontraram a placa? Ela te deu poderes? O que é isso? 

Luba olhava pros rostos dos padres e do Miguel estupefatos e inertes como estátuas. Era como divisar manequins numa vitrine.

– A polícia está vindo. Não podemos ficar mais aqui. Temos que ir embora. Depressa! - falou Jean chamando-os para o alçapão.

– Você recebeu a benção de Enlil, deus do Vento e do Tempo. Você agora pode manipular a passagem cronológica... por isso conseguiu fazer todas essas coisas num único instante. - disse Orochi com a sabedoria que também lhe foi concedida por um deus.

– Eu não sabia de todos esses detalhes, mas obrigado Pedro. Foi isso mesmo que aconteceu. Agora bora passar pelo buraco ou vamos ser todos presos. - disse Jean e já se podia ouvir as sirenes da polícia soando bem próximo, ao lado de fora dos muros do Vaticano.

 


Notas Finais


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