História Luke Sykes - O motivo de irmos para a Cidade das Almas

  Você deve estar curioso, para saber o motivo de termos nos mudado para a Cidade das Almas, bem, vou lhe explicar.
  Meus pais brigavam muito. Passavam o dia no trabalho, quando chegavam em casa, toda semana brigavam. Meu irmão fazia cursos. Mamãe tinha contratado uma babá para ficar comigo, eu odiava ela.
  Ela se chamava Anne, tinha 27 anos, e era amante de papai. Chegava em casa todos os dias 07:57 da manhã, e me dava um beijinho na bochecha. Sentava na poltrona da mamãe, e ficava assistindo, até eu acordar.
  Quando eu acordava, ela me preparava torradas, e um leite com achocolatado, que era extremamente horrível. Ela ficava no quarto da minha mãe e do meu pai, eu não sei bem o que ela fazia lá, mas me deixava o dia inteiro sozinho.
  Quando papai chegava, às 16:56, ele ia para o quarto com ela. E aquilo me doía muito, pois sabia que papai nunca amou a mamãe de verdade. Minha mãe soube depois de um tempo.
  Depois de 3 meses, aturando a mesma rotina, comecei a fazer jogos com Anne. Nós brincávamos de piqué esconde pela casa, eu me escondia, ela procurava. Eu odiava ela, quando ela não me achava, eu corria por toda casa, rindo da burrice dela. Isso assustava Anne.
  Um dia Anne me disse que estava cansada dos meus joguinhos, que eu era uma criança idiota, e que só estava lá, porque iria passar a ser minha nova mãe.
  Não conseguia tirar essas palavras da minha cabeça, precisava fazer alguma coisa para me aliviar. Foi numa tarde, entrei no quarto de mamãe, e Anne estava dormindo.
  Comecei a cantar a canção de ninar, que mamãe sempre cantava para mim.
Dormirá bem essa noite,
Cair num sono profundo irá,
Apagar as luzes, fechar a porta,
Para o mal não lhe assustar.
  Parecia feitiço, mas era a coisa mais linda que já tinha ouvido na minha vida. Peguei uma faca, que papai sempre deixava no quarto. Coloquei na garganta dela, e Anne acordou. Não deu tempo nem de Anne gritar, seu sangue estava em todo lençol, em toda cama dos meus pais. Tirei os olhos de Anne, e guardei num potinho de baixo da minha cama, pois queria ter alguma coisa para lembrar-me desse dia.
  Quando papai chegou, eu disse que tinha entrado um assassino em casa, e disse que não faria nada comigo, se eu ficasse calado.
  Até hoje todos acreditam nessa história, apenas você sabe a verdade.
  E então viemos para a Cidade das Almas, tentando fugir dos nossos problemas, mas nem sabíamos, que iríamos ter mais problemas que o comum.