História Luke Sykes - A Passagem

Eu estava meio confuso, por que aquilo estava em meu quarto?
  - Caramba, ninguém deveria saber disso. - Eu disse em voz alta.
  Era uma porta comum, tentei abri-la mas estava trancada. Olhei para o lado, e tinha um pequeno lugar, onde estava a chave. Abri a porta, e aquele lugar tinha um cheiro extremamente horrível, e com muitas prateleiras.
  Comecei a mexer nas coisas, estava tudo muito bagunçado, o que eu odiava. Em cada prateleira, havia um tipo de remédio, e algum tipo de droga. A única coisa que passava em minha cabeça era que eu estava no estoque de Charles Decker. Tinha armas, lâminas, facas, de todos os jeitos possíveis. Aquilo era maravilhoso, uma das coisas mais lindas. Percebi que Decker colecionava borboletas, mortas é claro, em uma parede do pequeno quartinho havia borboletas de todos os tipos. Tinha gostado daquele lugar, poderia ficar pra sempre lá. Tudo o que eu menos esperava, é que além desse quartinho, havia outra porta lá, eu não fazia a mínima idéia da onde iria parar, mas eu realmente estava muito curioso para saber.
  Fui até a porta, que por sinal estava aberta. Aquele lugar era sombrio, tinha apenas uma pequena escada que descia para algum lugar. Eu não tinha medo, desci aquela passagem, eu estava muito curioso para saber o que tinha lá.
  O cheiro era horrível, tinha sangue por todo lugar. Havia uma cama lá, correntes, e todas as coisas possíveis que um psicopata usaria para torturar alguém. Realmente, aquele era o melhor lugar de todos. Tinham potes enormes, com lagartas nojentas, elas eram imortais, estavam lá por muito tempo.
  Eu não sabia para que Charles usava aquelas coisas, ninguém nunca soube, mas eu estava disposto a descobrir. Comecei a mexer em tudo lá.
  Achei um enorme livro escrito a mão, e a primeira coisa que estava escrito, era "Se você estiver lendo isso, é porque você quer continuar sendo um dos meus, se você não estiver disposto, e acha que não consegue, você nunca deveria ter entrado aqui, e irá se arrepender de ter tocado em cada coisa minha, principalmente, neste livro". E foi aí, em que eu respirei fundo, fechei o livro, e o abri novamente, em uma página totalmente aleatória. Sim, eu tinha consciência da escolha que eu tinha acabado de fazer. Eu gostava daquilo, eu queria ser aquilo.