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História Luminescence - Sope (Abo) - Laços Dúcteis


Escrita por: Hobijinjoon

Capítulo 14 - Laços Dúcteis


Diante da tua presença, ajoelhei-me, adorando a sua face com todo o meu ser e seu resplendor me iluminou, trazendo-me de volta à vida que sequer imaginei que teria.  


🌟⭐


Similar ao sol, aquecedor mesmo em dias nublados, Hoseok se manteve presente nos dias daquela semana dificultosa, se fazendo presente sempre que lhe cabia perante aos demais. 


Tão natural como uma brisa gentil, soprada calmamente contra a face de quem necessitava de alívio, suas palavras os adornavam, envolvendo-os como uma camada protetora. 


Em meio àqueles momentos que a companhia os faltava, assim como palavras de alívio e apoio, sua amizade e companheirismo não se ausentou. 


Como nos dias que se antecederam, novamente, Hoseok se viu em meio ao centro comercial do clã Park, segurando uma cesta decorada com algumas de suas fitas de cabelo. Dentro dela, barrinhas de sabonetes naturais estavam devidamente embalados. 


Jimin animadamente sugeriu que pudessem vender seus produtos e assim, Jung conseguisse dinheiro desta forma. A princípio, concordou com o pensamento de que poderia ser uma ótima oportunidade para o Park se ausentar de casa, mas com o decorrer dos dias, se convenceu de que poderia usar a quantia para o que fosse necessário. 


Embora os demais não soubessem, sua mãe não enviava mais moedas para o seu uso e fazia dois anos que não lhe enviava novos trajes. 


Virando-se em direção ao Jungkook, qual carregava as loções, sorriu, observando mais um punhado de clientes o rodearem, curiosos. Estava sendo incrível como ele possuía a habilidade de convencê-los a comprar. Diferente de Jimin, que não conseguia vender muitos aromatizadores. 


— Claro, querida. — Gentil, a voz de Jeon foi direcionado a um trio de ômegas. — Essas loções não ressecam a pele, pode confiar em minhas palavras. — Galanteador, ele sorriu, olhando-a nos olhos. — Veja o nosso querido Jimin — Apontou para o mesmo, fazendo com que suas bochechas se ruborizarem. — Ele possui esta pele macia e majestosa por usar frequentemente os nossos produtos. 


— Oh, certamente o herdeiro Park Jimin-ssi possui uma belíssima e macia pele. — Admirada, quase suspirou. — Precisarei de dois, para que não me falte. 


Revirando os olhos, Jimin levou sua atenção para longe, sendo o primeiro a encontrar Seokjin em meio a multidão, aproximando-se de onde se encontravam. 


Trazendo consigo o que parecia uma cesta de piquenique, parou em frente aos demais, estranhando que Taehyung não estava com eles. Mas em questão de instantes o outro apareceu, trazendo água. 


Por sua vez, Hoseok sorriu, aproximando-se um pouco mais. Após os últimos eventos, a conexão entre eles se intensificou, fazendo-os mais amigável um com o outro. Desta maneira, as perguntas e interesse vindo de Seokjin não os pegavam de surpresa. 


— Para que não voltem de estômago vazio, trouxe sanduíches para vocês. — Estendeu a cesta para Hoseok. — Yoongi que os preparou e pediu que eu viesse trazer. 


Ouvindo estas palavras, Jung as sentiu em seu coração, aliviado por Yoongi ainda se manter atento aos seus passos. O fazia se sentir próximo e seguro. 


— Graças aos céus. Estou passando mal por conta de tanta fome. — Jimin disparou, colocando o recipiente com os aromatizadores sobre a pequena mesa. — Vou apresentá-lo em minha próxima presse. — Voltando a pegar a cesta, ele estendeu para Seokjin. — Você poderia fazer isso enquanto almoçamos. Nosso tempo está se encerrando e precisamos ir embora de mãos vazias. Use o charme de alfa que todos nós sabemos que você tem. 


— Jungkook também é um alfa, porque não pede para ele vender? — Questionou, arqueando o cenho. — Certamente ele faria um grande sucesso entre os ômegas. 


— Não, ele não faria. — Rapidamente, negou, entregando-o a cesta. — Jungkook não possui dom para vendas. Mas com você aí, Seokjin-ssi, nós venderemos tudo. 


Com um riso alegre, Hoseok o estendeu a cesta, deixando que ele o segurasse e explicou o básico para o alfa mais velho. 


Decidindo que ele e Jimin iriam se alimentar primeiro, eles pegaram um lanche para cada e se afastaram, levando uma garrafa com suco. 


Presenciando o Park se sentar na beira da calçada, Hoseok não lhe direcionou qualquer palavra sobre quão falta de higiene estava sendo e apenas sentou-se ao seu lado. Estava ciente de que Jimin já estava carregando peso demais e não desejava lhe trazer mais pesar. 


Diante deles, diversas pessoas caminhavam afoitas, quase nunca prestando atenção na presença deles e assim, se alimentaram. 


— Hose, eu preciso esclarecer algo para você. — Somente quando o Jimin voltou a erguer a voz, Hoseok o olhou. — No jantar que ocorreu no nosso primeiro dia no clã, lembra? — Assim que o Jung assentiu, voltou a dizer. — Sobre a suposição de um matrimônio entre mim e o Yoongi, quero afirmar que não há pretensão alguma. 


— Meu bem, não precisava me dizer quaisquer palavras justificativas. — Negou com um sorriso, buscando tranquilizar. — Eu compreendi a situação de maneira ampla. Não é preciso me explicar. 


— Só não era o meu desejo que algo viesse nos afastar. — Explicou-se, sentindo uma vergonha o atingir a face. — Eu gosto que sejamos amigos. 


Certamente, Hoseok também gostava do fato deles terem se tornado amigos. Mesmo que Jimin fosse dono de um temperamento explosivo, ele conseguia ser um ótimo amigo e companheiro. 


Alegres na presença um do outro, aguardaram os demais se alimentarem, enquanto Seokjin os auxiliava com o término das vendas, se dispondo do seu charme para conquistar os clientes. 


Satisfeitos por conseguirem vender todos os produtos daquele dia, juntos voltaram para a casa principal do clã, imediatamente seguindo para o campo de treinamento. Desta vez, Yoongi estava presente, os aguardando. 


Naquele dia, a Areum ordenou que alguns membros do exército viessem auxiliar, subindo em árvores ou usando cordas para movimentar os alvos. 


A princípio, a tarefa lhes parecia fácil e certamente era para Jimin, sendo um membro daquela clã que continuava praticando. Porém, para a sua má sorte, seu desempenho apresentava resultados inferiores se comparado com o anterior. 


Sendo filho das líderes do clã, com uma dessas sendo treinadora, não lhe ocorreu a surpresa o olhar de desaprovação de sua mãe alfa. Mas quanto mais se esforçava, mais desastroso se tornava.


Grunhindo, apertou a extensão da flecha e erguendo o braço de sua destra, secou o suor que se acumulava em sua testa. A tensão sobre si estava quase palpável aos olhos dos demais e embora fosse desejo de Hoseok o ajudar, não o fez, sabendo que isso só o faria se sentir pior. 


Hoseok pode não ter se permitido aproximar-se, algo que Areum se dispôs a fazer, ao notar que o filho estava prestes a jogar as armas, desistindo. 


— Jimin, você não pode agir como se ainda fosse uma criança de doze anos. — Sua voz soou ainda mais firme do que costumava ser com os demais. — Não jogue, não desista. 


Não erguendo a voz para responder, ele inalou o ar e expirou, procurando se acalmar. Realmente precisava começar a controlar suas emoções, algo que nem sempre foi bom.


Novamente segurou as armas adequadamente e ergueu, fechando os olhos por um curto instante para se concentrar e então, quis gritar, pois em seus pensamentos, ainda conseguia escutar os murmúrios de seus familiares. Casamento, alfa e filhos. Casamento, alfas e... droga. Não estava funcionando. 


— Certo. — Ela se aproximou ainda mais, fazendo com que o outro sentisse o ar sendo tomado. — Estamos no passado, você tem doze anos, possui fácil desistência e está fazendo o jogo do silêncio. 


— Eu não estou fazendo jogo algum, mãe. Estou apenas me esforçando para concentrar-me. 


— Park Jimin, se passaram dias desde que você não se direcionou adequadamente a mim e a sua mãe. — Cruzando os braços sobre o peito, se encheu de razão. — Sohui se encontra decepcionada por não se importar com a gravidez. Nem ao menos citou. Jimin, você está com ciúmes? — O acusou. 


Por sua vez, Jimin demonstrou-se desacreditado, segurando seu riso de escárnio. 


— Ciúmes, é sério? — Balançou a sua cabeça negativamente, sentindo o clima se tornar cada vez mais pesado entre eles. — Por qual razão eu falaria algo? Nem uma de vocês se importaram de falar comigo antes. 


— Porque nós queríamos dar a notícia para todos os familiares reunidos. — Justificou as suas ações. — Optamos por fazer desta maneira. 


— Mas eu não sou os familiares. — Sem que percebesse, sua voz se elevou, mesmo que minimamente. — Areum, eu sou o seu filho. Posso não estar presente a maior parte do tempo, mas eu ainda sou o seu filho. — Recompondo-se, recuou, ciente que não estavam sozinhos e não desejava trazer a luz para os problemas.


— Claro que é. Isso não há contestação. 


Então seja e me apóie, mãe. – sentiu vontade de dizer, mas engoliu as suas palavras, calando-se. 


— No treino de amanhã, meu desempenho será mais satisfatório. — Garantiu. 


Talvez sua mãe almejasse lhe dizer algo, mas não esperou, notando que o treinamento havia se encerrado para aquele dia. 


Afastando-se para guardar as armas, observou Jungkook se aproximar em silêncio, apenas o fazendo companhia e se viu grato por isto. 


De onde estava, Hoseok avistou Yoongi, assim que seus olhos não conseguiram mais seguir Jimin e surpreendendo-se notou a repentina aparição de Jeon Jiangi, o segundo irmão do Jungkook. 


Com o seu semblante se iluminando, não se conteve, indo diretamente ao seu encontro. Ele se encontrava poucos passos mais distante do que Yoongi e passando pelo príncipe, se colocou diante do Jeon. 


— Jeon Jiangi-ssi. — O cumprimentou formalmente. — Veio visitar Jungkook? — Perguntou, embora soubesse que havia se passado pouco tempo para que se tratasse apenas de uma visita comum. 


— Oi, jovem Jung. — Mesmo com um pequeno sorriso, ele parecia sério. — Sendo sincero, hoje a minha presença está destinada a Alteza. 


Direcionando seu corpo para a direção oposta, Hoseok visualizou Yoongi, qual permanecia estático no mesmo lugar que estava quando passou ao seu lado. 


— Falar com o príncipe? — Preocupou-se, franzindo o cenho. — Tudo bem. 


Pousando a mão gentilmente sobre o ombro do mais novo, Jiangi assentiu em concordância. 


— Não há com o que se preocupar. — O garantiu, oferecendo-lhe um sorriso tranquilizador. — Mais tarde eu o devolverei para você. 


Instantaneamente, Hoseok sentiu a vergonha cobrir a sua face, ruborizando-as. Conseguindo apenas assentir, concordou, antes de assistir o Jeon se aproximar do Min e juntos se afetarem de onde permanecia. 


⭐🌟




Hoseok não sentia-se certo de que o Min iria aos seus aposentos durante a noite, pois novamente, sua presença se ausentou durante a refeição. 


Felizmente ou infelizmente, seu coração se via repleto de esperanças e por esta razão, conseguiu licor com Jimin e para si, preparou um bule de chá. Deixando-os sobre a pequena mesinha, que continha no quarto, banhou-se e vestiu trajes simples. 


O tempo passava e a ansiedade fazia com que ele sentisse que havia se passado o dobro do que realmente passou. 


Mantendo-se sentado na ponta da sua cama, mantinha seu olhar sobre a porta e por um instante, se viu completamente tolo, ciente de que Yoongi se encontrava atarefado. 


Se obrigando a desistir, uma vez que no dia seguinte teria treinamento e mais vendas, levantou-se, retirando suas vestes e cobriu o seu corpo com traje para dormir. Quando estava diante do espelho, abotoando os botões pequenos da camisola, escutou a maçaneta se mover. 


Vivendo-se rapidamente em direção a porta, pode contemplar Yoongi, abrindo lentamente para que não viesse fazer muito barulho. 


 Voltando a fechar os botões, somente quando escutou a porta ser trancada, voltou a sua atenção ao alfa. 


— Pensei que já estaria dormindo a essa hora. — Yoongi quem primeiramente rompeu o silêncio. — Perdoe-me por fazê-lo esperar, mas eu precisava de um banho antes de vir. 


— Você se alimentou? 


— Sim, o Namjoon guarda refeição para mim sempre quando não chego a tempo. 


Aliviado por escutar tais palavras, Hoseok se sentou sobre a cama, ajeitando as vestes para que não viesse mostrar nada que soasse indecente. 


— Vem, sente-se aqui. — Estendeu o braço, dando tapinhas na superfície da cama. — Irei massagear seus ombros. 


Concordando, Yoongi se aproximou e prontamente, se sentou, colocando-se no espaço que se formou entre as pernas de Hoseok. 


Acomodando-se, respeitou fundo, buscando relaxar e se manteve estático para que não viesse o atrapalhar. 


Sentindo os dedos finos do outro trabalharem sobre a sua pele e músculos, segurou o gemido dolorido quando o dedão se moveu sobre uma área mais tensa. 


Fechando os olhos, inclinou a sua cabeça para frente, expondo totalmente a sua nuca para que ele pudesse massagear a região. 


— Não desejas me perguntar sobre nada? — Yoongi perguntou, falando um pouco abafado. — Eu sumi bastante por esses dias e não lhe disse nada.


— Eu posso perguntar? — Surpreso, seu cenho se arqueou sutilmente. — Como estamos juntos há tanto tempo, eu me acostumei com seus compromissos, Yoon. Também sei que há determinadas coisas que não pode me contar. 


— Eu sei. — Assentiu com uma certa dificuldade por causa da posição que se encontrava. — Mesmo assim, eu gosto quando você me pergunta. — Inesperadamente, endireitou sua cabeça e após, se atreveu a apoiar suas costas no outro e então, descansou a cabeça em seu ombro. — É bom conversar com você. 


Desistindo de manter qualquer postura diante do outro – não que realmente estivesse mantendo alguma – Hoseok o envolveu com seus braços. 


— E como foi com o Jiangi? 


— Você gosta mesmo dele, não é? — Perguntou, com o seu tom de voz se modificando ao preferir o nome do Jeon. — Eu vi a forma como você ficou feliz ao ver ele. 


— Sim, me agrada a presença dele. — Foi sincero, não compreendendo de que forma Yoongi estava se referindo a esse gostar. — Ele é uma boa pessoa e me parece confiável. 


— Compreendo. — Disse por fim, sentindo-se desgostoso. — Daqui para frente, o território é mais perigoso, então ele e alguns membros de seu clã vieram nos auxiliar. 


Por mais que desejasse ir mais a fundo, não se aprofundou no quão perigoso poderia ser. Não queria que Yoongi se estressasse ainda mais. 


— E as demais situações? Tudo bem?


— Bem. — Respirou fundo, antes de continuar. — É complicado. — Lhe disse como se fosse sua fala final, parando por um tempo. Usando o silêncio para organizar as palavras em sua mente, almejando ser o mais claro possível para com o outro. — Lembra quando eu costumava bancar o revolucionário mirim, afirmando que iria mudar o mundo? — Deixando que escapasse, o pesar fora expressado em cada palavra proferida por seus lábios. Ao que ouviu o outro concordar, continuou. — É tão difícil, Hobi. Sabe, mudar as pequenas coisas já é tão difícil. Eu me sinto tão, mais tão pequeno e insignificante. 


— Não diga essas asneiras. — Chamou-lhe a atenção ao sentir seu coração se entristecer. — Yoongi, você é mais que significante, mesmo com pequenas ações. Eu olho para você e não vejo nada menos do que uma pessoa incrível. — O apertou em seu abraço desejando dissipar o sentimento ruim do outro. — Conheço o seu coração e como você se preocupa com aqueles que precisam de ajuda. E eu tenho tanto orgulho do quanto tem crescido.  


Sentindo o seu coração transbordar de sentimentos, Yoongi se permitiu sorrir suavemente, esforçando-se para acalmar as preocupações de Hoseok. 


— Obrigado. — Virou o seu rosto para deixar um pequeno beijo em sua bochecha. — Este cheiro, você trouxe chá? — Procurou mudar de assunto. 


— Sim, eu trouxe. Você quer? 


— Quero. — Concordou, mas antes que Hoseok pudesse se movimentar, Yoongi segurou a sua mão, voltando atrás. — Não vai não. Fique mais um pouco aqui, sim? Chá para depois. 


Então, Hoseok soube que não precisava de vinho ou licor para o agradar e trazer conforto, tudo o que Yoongi precisava era de seu apoio. 


— Quer mais massagem? — Sugeriu. 


— Sim, por favor. 


Pegando a loção corporal, Hoseok mordeu o lábio inferior, antes de assumir com palavras o que estava pensando em fazer naquele momento. 


— Yoon, seria estranho se você… bem. — Sentiu novamente a face se aquecer. — Retirasse a camisa? Iria facilitar os meus movimentos.


Segurando o riso de quem achava uma graça, Yoongi se afastou, puxando o pano da camisa para cima e logo a retirou do seu corpo. 


Hoseok pegou um pouco do hidratante, espalhou sobre a sua palma e novamente, passou a mover os dedos sobre os ombros de Yoongi. Somente quando os deslizava, massageando o início das costas e os ombros, percebeu que se tratava da primeira vez que tocava em sua pele diretamente. 


Impedindo-se de proferir qualquer palavra, Yoongi prendeu o lábio inferior entre os dentes, sentindo a respiração de Jung atingir-lhe a nuca, arrepiando os curtos pelos do local. 


Com os olhos fixos na pele alva do mais velho, Hoseok deslizou as palmas lentamente, sentindo o outro quente como sempre aparentava ser. 


— Yoon. — O chamou, buscando trazer clareza para seus pensamentos. 


— Tudo bem, Hobi-ah. — Yoongi lhe disse. — Você pode. 


Aproximando o seu rosto sobre o ombro esquerdo de Yoongi, Hoseok beijou a sua pele macia, que chamava tanto a sua atenção. Por sua vez, Yoongi não conseguiu segurar um suspiro confortável, arrepiando-se ao sentir a boca úmida do outro o tocar. 


Pressionando a boca próximo ao pescoço do menor, Hoseok sentiu os dedos fortes apertarem parte da sua perna. 


— Desta forma, você vai me marcar. — O alertou, o parando. — Faça mais embaixo, Hobi. 


Com a língua, Hoseok deslizou sobre a curva do pescoço alheio, não se importando com o gosto do hidratante em sua boca, pois naquele momento estava gravando cada reação que o outro lhe apresentava. 


Quando sua boca tocou o módulo da orelha do Min, Hoseok proferiu as palavras com toda sinceridade que havia em seu ser. 


— Quero te levar para jantar. — Confessou o que estava guardando como um segredo. — Beber licor a noite com você e te beijar, porque eu me lembro. — Se referiu ao que aconteceu no vilarejo. — Eu me lembro de como é bom estar com você. 


Submerso nas emoções que permaneciam em seu coração e nas novas que Hoseok derramou sobre si, Yoongi ofegou, sentindo-o beijar sua pele despida e conseguiu apenas concordar através de um aceno. 


Não havia como negar, não quando a sua vontade mais verdadeira e pura era o seguir para onde quer que ele fosse. 


Mais tarde, após beberem do chá e se deitarem, Hoseok velou o sono do menor, cobrindo o seu corpo sempre que seu tronco se despia do cobertor ao movimentar-se sobre a cama. 


Observando o desconforto sobre a face alheia, compreendeu que ele poderia estar tendo sonhos ruins. Desta forma, se viu arrastando o seu corpo sobre a superfície da cama até que seu peitoral estivesse encostado nas costas de Yoongi e então, envolveu a cintura fina com o seu braço e segurou a sua mão. 


Com a sua mente gritando por ele e seus pulmões respirando o aroma de Min Yoongi, Hoseok fechou os olhos, permitindo-se descansar ao seu lado. 


🌟⭐



Mais cedo do que fizera anteriormente, Yoongi se ausentou dos aposentos de Hoseok antes que o sol desse indícios de seu raiar. Naquele dia, tarefas importantes o aguardavam. 


Para sua surpresa, se assustou ao inesperadamente visualizar de relance alguém sentado próximo a varanda, de costas para ele. Tratando com uma maior atenção, percebeu ser Seokjin, este que estava quase tomado pela falta de luz. 


Mais uma vez, se encontrava prestes a ignorar sua presença, seguindo o seu caminho e o deixando para trás. No entanto, se aproximou. 


Indo ao seu encontro, se colocou à sua frente, quase não sendo capaz de enxergar sua face e então, se sentou. 


Como quem aguardasse, pousou os cotovelos sobre a mesa e apenas manteve o olhar sobre a sua face, se perguntando em qual momento eles haviam se tornado dois estranhos. 


No passado, antes das desavenças entre os Kim's se iniciarem, antes de Seokjin mudar drasticamente a forma como se relacionava com aqueles que o rodeavam, a amizade que possuía com ele era grandiosa. Qualquer um que viesse os ver agora, não acreditaria quão amigos eram. 


— Dias atrás, eu vi Hoseok saindo dos seus aposentos pela manhã. — Min iniciou a fala de maneira inesperada. 


— Se queres ter certeza, não há nada acontecendo. — De prontidão, o garantiu, desejando não participar de uma conversa acusatória. — Eu estava chateado e Hoseok não conseguia dormir. Apenas fomos companhia um para o outro. 


— Sim, estou ciente disso. — Quase sorriu, pois não era sobre isso que almejava conversar com o mais velho. — Há não muito tempo atrás, teve uma situação onde você maltratou o Hoseok. Mais do que todos nós, você deve se lembrar. E agora, estão próximos como se não houvesse nenhuma desavença. 


— Então, você quer que eu me afaste dele? Por isso está aqui? — Pegando o mais novo de surpresa, sua voz soou baixa e sem energia. — Eu não almejo machucar Hoseok. Não almejo machucar ninguém. 


— Não é isso, Seokjin. — Negou rapidamente, não querendo que ele entendesse mal. — Algo aconteceu na semana que estive fora do acampamento. Não foi só com você. Eu parti por dias e quando voltei, todos estavam bem com ele, você, Taehyung e até mesmo o Jimin. — Continuou, tentando explicar o seu ponto de vista. — Não quero que pense que sou um tolo ao ponto de não ver um palmo em minha frente. Eu vejo, Seokjin. Vejo todos vocês. — Encolheu os ombros, querendo dizer que estava deixando aquilo por isso mesmo. — Mas não se trata deste assunto. Isso é algo que conversarei com Hoseok quando criar coragem. 


— Exatamente o que você deseja falar para mim? 


— É simples, agradecer. — Usando palavras diretas, o trouxe o inesperado. — Durante anos, inúmeras vezes eu presenciei Hoseok esforçando-se para estar próximo a vocês. Diversas vezes se queixava, chateado por parecer impossível que todos nós vivêssemos em harmonia. — Contou o que carregava em seus pensamentos. — Passou anos, mas agora Hoseok sente que há lugar entre todos os herdeiros. 


— Não foi nenhum de nós que cedeu espaço para Hoseok, e sim ele que nos concedeu. — Foi sincero para com o Min. — Quando você o enxerga sem preconceitos, é impossível vê-lo se esforçar e não fazer algo para ajudar. 


— Mesmo assim, eu agradeço por estar se esforçando para manter o equilíbrio e o bom convívio. — Continuou. — Eu não disse antes, mas vou lhe dizer agora. Leve isso como algo inusitado. — Pediu, fazendo com que o outro concordasse. — Pode parecer ao contrário, mas eu não o odeio, Seokjin. Nem antes e nem agora. Você pode pensar que Namjoon está ao meu lado como amigo fiel para o substituir, mas não se trata sobre isso. 


— Não me importaria se fosse. — Por sua vez, encolheu os ombros, o interrompendo. — Ele é melhor do que a mim em quase tudo. 


Se silenciando por um determinado tempo, negou, respirando fundo. 


— Se porventura, algo viesse acontecer comigo — Supôs para o mais velho, este que o olhou repleto de confusão. — Você me estenderia a mão e falaria em favor do meu nome? 


— Por que estás perguntando algo assim, Yoongi? — Se exaltou, preocupado com as palavras que vinham do outro. — É sobre o que tem feito quando se ausenta? Estava certo quando pensei que estava se envolvendo com algo perigoso novamente. 


— Sempre que precisar? — Proferiu as palavras que no passado prometiam um ao outro. 


Embora estivesse sentindo-se em meio a confusão, Seokjin o assistiu se levantar e aguardar sua resposta. 


— Sempre que precisar. 



Partindo, Yoongi se direcionou a sala de reuniões, deixando Seokjin para trás e era quase como se ele estivesse carregando o peso do mundo em suas costas. 


Recusando-se sentir pena de sua própria situação, o Min se sentou atrás da espaçosa mesa e sozinho, passou a analisar o mapa à sua frente, à procura de um novo caminho para traçarem. 


A época em que viviam estava se tornando crítico e ao pensar sobre a omissão de seu pai e sua fraca visão, sentia-se revoltado. A fome havia aumentado drasticamente e com isso, altos indícios de crimes. 


Caminhos que antes eram traçados com facilidade, se tornaram perigosos, ainda mais para os herdeiros que poderiam ser reconhecidos. Parte de si temia não conseguir dar continuidade aos seus projetos. 


— Já trabalhando tão cedo, alteza? — Jiangi se fez presente, aproximando-se com duas xícaras em mãos. — Deduzi que se encontraria aqui, então lhe trouxe. — Pousou umas das xícaras sobre a mesa, à frente de Yoongi. Com curiosidade, analisou os papéis que possuíam a letra do príncipe. — Anotações sobre as rotas opcionais que apresentamos ontem? 


— Sim. — Concordou, pegou a xícara e bebeu pouca quantidade. — Obrigado, pelo chá. 


— Temos que ser cuidadosos, as rotas menores apresentam mais indícios de roubos, mas as longas possuem a possibilidade do inesperado. — Com seus olhos percorrendo um dos papéis, assentiu, satisfeito com o trabalho do Yoongi. — Esta mediana é a mais confiável e estaremos expostos por menos tempo. 


— Também pensei o mesmo. — Lhe disse, tomando a sua atenção e então, sentiu os olhos do Jeon saírem de seu rosto para se atentarem ao seu pescoço. — Inferno. — Pousou a mão, um tanto envergonhado. — Nós não… nada imprudente. 


Deixando que escapasse uma breve risada, o alfa negou. 


— Só está aparecendo um pouco. Arrume suas vestes apertadamente e nada aparecerá. — Garantiu, mas seu olhar continuou atento sobre Yoongi. — Tome cuidado. Compreende o que desejo lhe dizer? — Perguntou, fazendo o Min assentir. — Não permita que especulações e rumores sejam levantados. Acredito que não tenham feito o imprudente, no entanto, há pessoas que não acreditarão. 


— Não tens com o que se preocupar. — O garantiu, embora estivesse incerto. — Eu serei cuidadoso. 


— Todo cuidado é pouco, tenha isso em mente. — Afastou-se da mesa, levando sua xícara consigo. — Alteza, sabes que eu conheci a mãe de Hoseok, estou certo? 


— Sim. — Lhe respondeu, embora tivesse estranhado a mudança tão repentina de assunto. 


— Então, estás ciente do que especulam sobre o clã Jung? 


— Sim e não. — Min se atentou a ele, tornando-se mais sério. — Há algo que eu deva saber? O Hoseok não costuma conversar sobre o seu clã. 


— Eu imaginei. — Sorriu ladino, lembrando-se de como ele era reservado. — Acredito que todos que conviveram com Yuna e esteve na presença de Hoseok devem dizer isso, mas… a semelhança é inacreditável mesmo sendo de mãe para filho. 


— Suponho que vocês eram próximos no passado. — Deduziu após perceber que quando o Jeon olhava para Hoseok, parecia que o conhecesse há anos. — Eram amigos? 


— Não possuo certeza de nós nos rotularmos como amigos na época. — Lhe respondeu vagamente. — Ela se casou ainda nova e após, travou uma luta para conseguir gerar Hoseok. Não havia espaço para amigos ou pessoas próximas. 


— Deveria ser difícil continuar com a amizade, já que você é um alfa e ela era uma ômega. 


— Sim, pois naquela época, meu pai estava a favor do rei e contra o clã Jung. — Se permitiu contar um pouco mais. — Não existia qualquer chance de uma proximidade. Poderíamos ser acusados de traição e consequentemente mortos. — Compreendendo, Yoongi assentiu e Jiangi, sorriu. — Quanto segredo lhe cabe, sendo um rapaz ainda tão novo, jovem Min?


— Todos dos quais ainda me for confiado. 


— Quando esteve em meu clã, o que notaste? 


Pensando em silêncio, Yoongi analisou as informações que adquiriu quando estava em seu clã, lembrando-se dos irmãos mais velhos e tudo o que os rodeavam. 


Diferente do primogênito, Jiangi não havia se casado, levava a sua vida sendo um viajante solitário na maior parte do tempo. O terceiro também havia se casado e já era pai do seu segundo filho. 


— Eu soube que você esteve no clã Jung. Para algum treinamento. 


— Estive sim. — Confirmou. — Passei aproximadamente um ano vivendo e treinando. Você disse que não sabia bem sobre as especulações do clã Jung. Já se perguntou como Hoseok consegue mover o vento? Entre outras peculiaridades. — Voltando-se para o Min, ergueu a mão e estralando os seus dedos, uma pequena faísca surgiu. — Nunca me fora confirmado, mas sim, os Jung's são meio que descendentes dos Deuses. E eu só sou capaz de fazer isto porque há algo que ninguém está ciente. 


— É seguro você me dizer isto? Você sabe quem sou filho e sobrinho. 


— Preciso lhe dizer principalmente porque você é filho dele e suas mãos alcançam lugares que nenhum de nós conseguimos. — Disse-lhe. — Anos atrás, mesmo quando nossos laços haviam sido rompidos, estive em um momento de vida ou morte. Estava doente e por isso eu percorri o país, mas diferente do que pensam, não foi por conta de aprendizado e sim em busca de uma possível cura. Yuna tinha acabado de conceber Hoseok, um parto com muita dificuldade, mas eu não sabia desse fato. — Continuou a sua fala. — Eu estava à beira da morte e ela foi capaz de me encontrar e me transferiu não somente parte do seu poder espiritual como a sua força vital. 


— Você está querendo me dizer que Hoseok é capaz de tal coisa? 


— Não, estou lhe dizendo que unicamente os ômegas Jung possuem o poder de fazer isto. — Corrigiu. — Eu e Hoseok não conversamos o suficiente para eu entender até onde suas habilidades se estendem. Pode ser que se modifique a cada um. Pensei que como vocês são próximos, você conhecesse mais a respeito. 


— Sendo sincero, eu sinto que Hoseok mantém o assunto de seu clã distante da minha pessoa. — Lhe confessou com um certo pesar. — Então, eu me esforço para não ser contrário a sua decisão. 


— Eu o compreendo. — Se afastou, voltando a beber do chá. — Quando eu os vejo, compreendo as razões de Hoseok o estimar tanto. É belo. 




🌟⭐


Da mesma maneira que Yoongi frequentemente despertava antes do raiar do sol, Jimin erguia-se da sua cama com uma pontualidade jamais apresentada por si. 


Certo de que seu empenho lhe traria resultados positivos, treinou sem companhia alguma, exercendo a maior convicção. 


Por ser um jovem orgulhoso de suas habilidades, não poder executá-las da melhor maneira que sabia ser capaz estava sendo difícil suportar. Então, ele se dispôs a treinar mais arduamente do que o treinamento dos demais herdeiros.


Diferenciando-se dos dias anteriores, aquele, antes mesmo de se iniciar, se fez garoar, dificultando os seus movimentos e o fazendo errar uma vez após outra, o frustrando de uma maneira agoniante. 


Seu rosto permanecia constantemente sendo umedecido com as pequenas gotas, que atingiam a sua face e escorria, chegando ao queixo. 


Com a chuva e as nuvens carregadas, o sol não surgiu como de costume e o amanhecer tardou, fazendo-o esquecer do horário da refeição. 


Jungkook, ciente de que ele estava treinando durante aqueles dias, foi ao seu encontro na intenção de alertá-lo sobre o atraso.  


Chegando no campo, encontrou Jimin sentado sobre o chão, com os olhos fixos sobre o mesmo. Estranhando, aproximou-se, notando a superfície da sua mão machucada e ligeiramente sangrando. 


Segurando o suspiro em sua garganta, rasgou parte da sua camisa e se agachou a sua frente e pegando a sua mão com cuidado, a trouxe para si, envolvendo-a com o pedaço de pano. 


— Jungkook. — Chamou por ele e o alfa o olhou. — O que está fazendo? 


— Hã? — Sua face se demonstrou confusa. — Você se machucou, então pensei que deveria fazê-lo. — Voltou a deixar a mão de Jimin sobre o colo dele. — Desculpe-me. Eu deveria ter perguntado antes.


Balançando a cabeça negativamente, Jimin ergueu o seu olhar, observando a face de Jungkook também se umedecer com as gotas. 


— Jeon, eu não te odeio mais. — Confessou seriamente.


Ouvido tais palavras, Jungkook passou a gargalhar, inclinando ligeiramente a sua cabeça para trás. O apreciando em segredo, assistiu sua gargalhada se cessar até que só restasse um sorriso largo. 


— Agradeço-lhe, Park Jimin-ssi. — Gentilmente, estendeu a mão em direção ao ômega, pronto para lhe ajudar. — Vamos? — E quando o outro estava prestes a argumentar, voltou a dizer. — Sim, eu sei que és capaz, mas às vezes também é legal permitir que alguém possa te ajudar no que precisar. 


— Obrigado. — Aceitando suas palavras, permitiu que Jungkook o ajudasse a se levantar. 


Ignorando o sorriso alegre do mais novo, Jimin seguiu ao seu lado em silêncio, caminhando em direção a entrada da casa. 


Para o seu desconforto, de onde estava, avistou a sua mãe alfa com uma expressão nada agradável. Dizendo ao Jungkook que passasse após cumprimentar e que iria permanecer com sua mãe. 


Assim que o Jeon fez como haviam combinado, Jimin se manteve ao lado da mãe, agradando ela o medir, como quem desejasse deixar claro que estaria o observando. 


— Mamãe. — Referiu-se a ela como geralmente fazia com a sua mãe ômega. — Por favor. 


— Então, foi o Jeon que tentou invadir a nossa casa? — Arqueou o cenho, olhando-o. — Cuide-se, filho. Estarei atenta. 


— Mãe! — Protestou contra a sua atitude. — Não estás pensando em falar com ele, certo? Como podes ver, não há nada acontecendo entre nós. 


— Ah, eu espero. — Areum cruzou os braços sobre o peito. — Nem ao menos falaste sobre esse rapaz. Sua mãe não gostaria nenhum pouco. 


— Não, não fale com a mãe So. — Pediu, quase implorando. — Se ela souber da minha aproximação com Jungkook, não deixará ele em paz. Ela o atormentará. — Justificou. — E Jungkook é uma boa pessoa e não fez por mal. 


— Então você o avaliou? 


— Mãe, não está acontecendo coisa alguma. — Pontuou. — Por favor. 


— Certo. — Concordou, ainda avaliando a expressão do filho. — Mas se algo acontecer. Melhor, se você sentir que algo está prestes a acontecer, fale comigo e com a sua mãe, combinado? 


— Combinado. — Concordou mesmo contra a sua vontade e se direcionou aos seus aposentos, no entanto, a voz de sua mãe o fez parar. 


— O que houve com a sua mão? 


— Machuquei durante o treino extra. — Justificou, olhando para a mão enfaixada com parte da roupa de Jungkook. — Não é sério. 


— Está precisando de auxílio? — Perguntou-lhe, quase permitindo que o anseio transparecesse em sua face. — Com o treinamento. 


Sentindo seu coração se aquecer automaticamente, Jimin negou, embora seu interior estivesse repleto de gratidão. Areum sempre se demonstrou séria e firme, mas a verdade era que ela sempre foi uma alfa mais gentil do que sua mãe ômega transparecia ser. 


— Estou bem. 


— Filho, eu compreendo que sua mãe e eu somos um pouco duras com você. Mas não se esqueça que nós te amamos com todo o nosso coração. — Disse-lhe com sinceridade. — O ver tão crescido e morando tão longe de nós, tem sido difícil e agora que estás aqui, não tenho certeza de como deveria reagir. Ficamos tão gratas quando você veio com o Hoseok daquela vez. É realmente uma benção que nós tenhamos você em casa em duas ocasiões tão próximas. 


— Eu também fico feliz por estar com vocês. — Virando-se apenas para olhá-la, sorriu, contendo o choro emocionado. 


Despedindo-se, ele rumou aos seus aposentos, sentindo emoções transbordarem. Finalmente, ele estava se sentindo em casa. 


⭐🌟



Mais uma vez, sentado à mesa, ocupando um dos lugares daquela sala de reunião, através da janela, seus olhos captaram o pôr do Sol, assim como o céu claro dando lugar a uma noite de céu estrelado e clima fresco. 


Com um piscar, pressionando as suas pálpebras, esforçou-se para que mantivesse a concentração no que era lhe apresentado. 


Seu corpo clamava por descanso, mas sua mente, continuamente, trazia Hoseok aos seus pensamentos. Se tratava da noite em que saíram juntos e tudo o que menos almejava, era atrasar-se. 


Haviam sido dias extensos e duros, nos quais não conseguia estar na presença do mais novo tanto quanto sentia ser preciso. E por mais que Hoseok fosse paciente e gentil ao aguarda-lo, não queria que fosse desta forma. Mas não enxergava outra alternativa. 


Em algumas madrugadas, ao chegar exausto, se permitia ir aos aposentados do Jung, se certificar do seu bem estar. Tentado ao acarinhar, seus dedos alcançaram seus cabelos sedosos e lentamente, com gestos sutis, os alisavam. 


Quando conseguia participar do treinamento, sua atenção se mantinha sobre ele e quando o enxergava de longe – mesmo estando de passagem para cumprir com outros deveres – seus olhos sempre o alcançavam. 


— Agora que conseguimos decidir o caminho a seguir e traçamos uma base do trajeto até o clã Kim, podemos descansar. — A voz de Jiangi se fez presente e ao estar ao lado de Yoongi, tocou em seu ombro, o despertando de seus pensamentos. — Trabalhamos arduamente desde a minha chegada. Não conseguirei pensar melhor estando exausto. 


— Tens razão. — Sohui se levantou, e sua esposa passou a recolher o material de cima da mesa. — Estamos nos ausentando com muita frequência. Seria ruim caso os herdeiros começassem a questionar e pensar que algo ruim está acontecendo. 


— Certo. — Sentindo suas costas doloridas pelo recém machucado, Yoongi levantou-se. — Após o baile, iremos partir antes do amanhecer, pois assim que chegarmos na divisa do clã Park, o sol estará nascendo. Nos dará tempo suficiente para chegarmos no próximo vilarejo. 


— Já que estamos certos. 


Educadamente, Yoongi se despediu e após passar pelas portas, seus passos se tornaram apressados. 


Temendo fazê-lo aguardar por um longo tempo, banhou-se em água fresca e natural, optando por não esquentar. Vestiu-se com um traje preto e comum, deixando de lado as vestimentas típicas do seu clã. 


Após passar um pouco de perfume, se retirou dos seus aposentos e foi ao encontro do mais novo. 


Yoongi não se atentou ao horário, nem ao menos havia se certificado de ter se retirado a tempo. Somente quando estava diante da porta de Hoseok, inalou o ar pesadamente, conseguindo sentir seus batimentos cardíacos acelerados. 


Afastando-se, inspirou e expirou, obrigando-se a se acalmar. Certamente seria vergonhoso soar ansioso e não ser capaz de controlar seus próprios sentimentos. 


Já havia se passado tanto tempo desde que se sentia daquela forma referente a Hoseok e ainda não conseguia lidar. Nem um mínimo detalhe fora modificado durante os anos. Suas mãos ainda transpiravam, umedecendo-se e seu coração permanecia incapaz de ser controlado. 


Anos se passaram e Yoongi permanecia o mesmo ao estar na presença de Hoseok. Seu anseio ainda era por ele, a sua maior preocupação era seu bem estar e seu mais puro e sincero desejo era apenas ter a permissão de estar ao seu lado, partilhando do mesmo ar. 


— Por que permaneceu do lado de fora? — Hoseok perguntou confuso, saindo dos seus aposentos. — Eu escutei seus passos e senti o seu cheiro. 


Daquela vez, uma fita de seda azul claro enfeitava o seu pescoço fino com um laço delicado e suas vestimentas também soavam mais casuais como as do Min.  


Sentindo-se constrangido, Yoongi recuou, lhe dando espaço. 


— Por nada. — Negou e rapidamente, direcionou a sua atenção para a saída. — Podemos ir? 


— Sim, claro. 



Juntos, caminharam um ao lado do outro e embora Yoongi se oferecesse para chamar a carruagem para os levar, Hoseok garantiu que não seria preciso e que gostaria de caminhar. 


Então, o Min o guiou, seguindo o caminho que acabaria no restaurante que anteriormente encontrou, quando dias atrás, após Hoseok o convidar, saiu a procura de um lugar tranquilo que possuísse pratos semelhantes aos do clã Jung. 


Em determinados momentos, poderia deduzir que Yoongi não possuía suas próprias vontades e que apenas decidia a partir da preferência de Hoseok. No entanto, ele não pensava desta forma, porque ao sair com o mais novo, sua vontade já estava sendo suprida. 


Apenas adentrar no restaurante, sentar-se à mesa e poder apreciar a sua companhia, seu desejo se realizava e permanecia satisfeito. 


— O que deseja hoje? — Perguntou ao mais novo. — Quer que eu faça primeiro? 


— Sim, eu estou indeciso. — Sorriu com timidez.


— Eu vou querer carne bovina, como da outra vez. Há um prato gostoso aqui. Também uma porção de arroz e ovos de codorna. 


— Muito bem. — Pensou sobre o que deveria pedir. — Os pratos da casa Park sempre têm frutas acompanhadas, como abacate e maçã. 


Decifrando a expressão em sua face, Yoongi soltou uma breve risada, sabendo que ele não aprovou. 


— Bem, neste restaurante há sopa de soja. Isso é algo agradável para você. — Sugeriu, na tentativa de o ajudar a escolher. — Também salada com queijo branco. 


— Bem, acho que salada, arroz e também aquela massa com pasta de feijão que Namjoon costuma comer no acampamento. — Decidiu. — Gosto do cheiro. 


Assim como a culinária, o licor possuía um gosto suave, diferenciando-se do apreciado no vilarejo, não era tão doce. 


Dispondo-se a apreciar, juntos, eles beberam, enquanto Yoongi escutava pacientemente Hoseok comentar sobre o andamento dos treinos e se demonstrar alegre por estar mais habilidoso. 


Ao que os alimentos foram servidos, a conversa se encerrou momentaneamente para que pudessem ingerir adequadamente. 


— Aproveitando este momento que estamos juntos. — Hoseok rompeu o silêncio, ganhando a sua atenção. — Você se importaria de conversar com Seokjin? Sei que posso estar pedindo muito, mas eu acho que ele sente a falta de um amigo confiável. Aparentemente se encontra em conflito com os outros Kim's novamente. 


— Não me importo, Hobi. — Prontamente, concordou. — Também estive pensando sobre isso. Creio que todos nós devemos estar unidos. Mesmo que seja complicado. — Bebeu um pouco mais de licor. — Seokjin em especial, parte de seu conflito vem dos pais. Um pouco depois da nossa entrada no acampamento, quando ainda éramos próximos, soube que nessa época a mãe dele havia sido acusada de traição contra o marido. 


Escutando estas palavras, Hoseok o olhou com surpresa. 


— Juras? 


— Sim. — Reafirmou com pesar. — E ao que parece, é verdade, uma vez que antes Seokjin falava seu come com frequência, mas agora nem cita que possui uma mãe. 


— E esta repartição Kim é a que mais se importa com a imagem. — Hoseok comentou. 

 

Percebendo quão incomodado Hoseok ficou ao conversar sobre o assunto, Yoongi se desfez dos seus calçados e tocou os pés de Hoseok, quais calçavam apenas suas sandálias baixas. 


Aceitando o seu toque, Jung também se desfez dos seus calçados, para unir totalmente seus pés aos dele e sorriu suavemente, antes de beber um pouco do licor. 


Estendendo o braço sobre a mesa, Yoongi o olhou travesso, pegando a mão de Hoseok e a trouxe para o mais perto possível. Calmamente, passou a ponta do dedo indicador sobre a palma alheia. 


Incapaz de controlar-se, Jung sorriu e não conteve a risada ao sentir cócegas. 


— Não compreendeu? — Sorrindo, Yoongi perguntou, parando de mover o seu dedo indicador. — Novamente o farei, preste atenção, meu caro Jung. 


— Tudo bem, eu irei. 


Mais uma vez, Yoongi tocou sua palma com o dedo indicador, como quem escrevesse. E atento, Hoseok parecia ter descoberto o que ele desejava lhe dizer. 


Ao terminar, seus olhos voltaram a se erguer com expectativa, direcionando-os para o mais novo. 


— Oh. — Com seu semblante se iluminando, seu cenho se arqueou, refletindo o tamanho de sua surpresa. — Saudade. — Proferiu as palavras com carinho. — Eu também. 


Sentindo seu interior se tornar ainda mais inquieto, Yoongi sentiu o rubor sobre a sua face e inesperadamente, sentindo a timidez, desviou o olhar. 


Ele havia se acostumado com as inesperadas ações naturais de seu corpo e mente ao estar com Hoseok. No entanto, ainda não conseguia lidar com a sua completa atenção e menos ainda, lidar com a sua retribuição explícita. 


— Após a nossa partida, iremos para o clã do Taehyung. — Comentou em um tom baixo, devido a sua timidez. — Iremos descansar devidamente e eu pretendo usar o meu tempo para estar mais próximo. É o que eu quero. 


— Já estou ansioso. — Novamente, sorriu para o alfa, tocando a parte superior do seu pé com as pontas dos seus dedos. — Vamos nos banhar nas cachoeiras. 


— Como pode amar tanto água? — Voltou o seu olhar para o mais novo. — Na vida passada foste um peixe? 


— E você um gato? — Mais uma vez, soltou uma risada em tom baixo. — Gatos não gostam de água. 


— Se você fosse um peixe e eu um gato, seríamos incapazes de estar juntos. — Yoongi analisou e deduziu. — Então, acho que éramos nós mesmos. 


— Verdade. — Hoseok concordou, reprimindo o impulso de corrigi-lo, afirmando que betas não renascem. São almas que vêm com uma única missão. — Tens razão. 


Desta vez, Hoseok quem pediu a conta antes que o outro viesse fazer e afirmando que ele pagaria por ter convidado, retirou seu saquinho com moedas e pagou pelo o que foi consumido. 


Secretamente, estava feliz por ter conseguido aquele dinheiro com o seu suor, porque havia tido a oportunidade de usá-lo para pagar uma refeição ao Yoongi. 


E mesmo o vendo satisfeito, o Min voltou a reclamar, fazendo-o voltar a afirmar que era de seu desejo o fazer. 


— Não faltará oportunidades para que você me convide para comer e beber. — Afirmou ao mais velho. — É só você fazer e eu aceitarei. 


— Estamos combinados, então. 


Saindo do restaurante quando ele se encontrava prestes a encerrar o seu funcionamento, juntos, eles seguiram em direção a casa principal. Naquele horário, o clima estava ainda mais fresco e o céu ainda mais estrelado. 


Sem sombra de dúvida, Min Yoongi sentia-se pisando em nuvens, adornado por sensações e sentimentos que o faziam flutuar. 


Permitindo-se avançar, seus dedos alçaram o pulso de Hoseok, antes de escorrega-los sobre a sua palma e segurar a sua mão. 


Regozijando em seu interior, não questionou quando ao se aproximarem da casa principal, Hoseok o guiou, rompendo parte daquela floresta. 


Feliz por tê-lo seguido, acompanhando com prontidão, seus olhos encontraram um pequeno lago semelhante ao que havia no acampamento. 


— Encontrei este lugar. Não é semelhante onde costumamos estar juntos? — Sorrindo abertamente, Hoseok retirou seu casaco, colocando-o sobre a grama perto do lago. 


— Sim, é muito parecido. 


Juntando-se a ele, Yoongi se sentou ao seu lado, deixando o licor que haviam comprado no restaurante ao seu lado. 


Por sua vez, Hoseok se aproximou, unindo-se ao mais velho e apoiou sua cabeça em seu ombro. 


Usufruindo do momento raro que tiveram naqueles dias, envolveu a cintura do mais novo com o seu braço, o mantendo mais próximo possível. 


— Yoon, isso está ficando entediante para você? 


— Sobre o que você diz? 


— Apenas beber e beijar? — O respondeu, fazendo o corpo de Yoongi se tornar tenso. — Não poder fazer o que os outros fazem. 


Antes que viesse responder, o alfa se manteve em silêncio, analisando as palavras vindas do mais novo e como poderia lidar com aquela situação. 


Parte de si sentiu desconforto por não ser compreendido. Nem em mil anos, apenas se sentar ao lado de Hoseok poderia ser entediante. 


Por mais que ele guardasse a maior parte dos seus sentimentos para si, os guardando como um segredo, aquela situação exigia mais. Hoseok precisava saber. 


— Seok, eu aguardei por muito tempo você se sentir confortável para me manter perto assim. — Iniciou a sua fala, sentindo seus batimentos cardíacos acelerados. — Eu aguardei o tempo propício para você me conceder o seu beijo e ainda mais para apenas segurar a sua mão. — Se esforçou, despindo-se de toda vergonha para conseguir proferir as palavras. — No passado, compreendi o seu tempo e agora, compreendo as suas limitações. E o manter apenas desta maneira — Apertou um pouco o corpo alheio contra o seu. — É o suficiente. 


Direcionando seu corpo ao Jung, de um modo que lhe fosse capaz de enxergar sua face, o assistiu abaixar o olhar. 


Balançando a cabeça negativamente, pousou gentilmente a sua destra sobre a madeixa do mais novo, fazendo-o novamente erguer o rosto. 


— Não, não faz assim. — Demonstrando sua ternura e uma certa devoção, com a ponta do seu polegar, acarinhando a curvatura do nariz do menor. — Me olhe, sim? — Com as costas da sua mão, acariciou o seu rosto através de movimentos lentos e delicados. — Alguma já lhe disse quão belo é o seu rosto? 


— Mais vezes do que sou capaz de me lembrar. 


— Então, esqueça das outras vezes. — Sorriu suavemente, permanecendo acariciando. — Lembre-se desta vez. Você, meu caro Jung Hoseok — Deslizou sua palma sobre a face alheia e pousou os dedos em seu queixo, erguendo-o. — Possui a mais bela face.


— Pare de me dizer essas coisas. — Timidamente, Hoseok levantou-se apenas para se sentar entre as pernas do alfa, acomodando-se. 


— É apenas a mais pura verdade. — Deixou um beijo sobre seus cabelos e o abraçou, trazendo-o para descansar as costas sobre o seu peito. 


Aproveitando o momento de proximidade, pressionou a ponta do nariz contra os cabelos do Jung, inalando o seu aroma. 


Em um determinado momento, Hoseok movimentou-se, colocando-se de joelhos sobre a grama a sua frente. E o observando em silêncio, assistiu o mais novo lhe estender a mão, pousando sobre seu ombro. 


Lentamente, a mão do mais novo deslizou sobre o centro do seu peitoral acima da camisa preta. Quando os dedos alcançaram a costura da barra, seu olhar voltou para o de Yoongi. 


Compreendendo a sua intenção, o Min pousou a sua mão sobre a do mais novo, encorajando-o a ir em frente. 


Seguindo o ritmo calmo, sua veste superior passou pelos seus braços e cabeça, despindo seu tronco. Instantaneamente, sentiu o vento frio soprar, o atingindo. Entretanto, apenas quando a palma do Jung tocou-lhe a pele despida, seu corpo se arrepiou.


Incapaz de proferir qualquer palavra ou até mesmo respirar adequadamente, sob o céu estrelado, o Min sentia o toque gentil do mais novo. Com seu olhar atento, o observou em silêncio, como quem tivesse medo de romper algo delicado e quebradiço. 


Sensível ao outro, quando sentiu os dedos deslizarem sobre seu abdômen, alcançando a altura do seu umbigo, seu corpo estremeceu, arrepiando-se ainda mais. 


Tomando a mão alheia para si, a guiou em direção a sua boca, pressionou os lábios, beijando-a com carinho e em seguida, a pousou sobre sua própria madeixa, fechando os olhos por um instante. 


Seu peito subia, estufando-se e descia, fazendo o Jung saber de sua respiração pesada. 


Hoseok, afastou a sua mão apenas para tomar a alheia para si, guiando-a em direção às suas costas. 


Sentindo os cordões em seus dedos, Yoongi o encarou, buscando certeza em seu olhar e com as mãos trêmulas pelo seu nervosismo, agarrou os cordões. 


— Seok? 


Lhe dando uma resposta, Hoseok subiu em seu colo, sentando-se sobre o mesmo e apoiou os joelhos sobre a superfície do chão, mantendo-se mais alto que o alfa.  


Admirando a sua face graciosa, Yoongi desfez o laço dos cordões, ocasionando o despir parcial do mais novo. 


Assistindo a blusa larga cair, expondo aos seus olhos pela primeira vez os seus ombros, clavícula e peitoral.


— Céus, Seok-ah. — Afastou a sua mão, mantendo os olhos sobre ele. — Eu posso? 


— Não é preciso pedir. — Pegando a mão do alfa, se tornou ciente do quanto estava trêmula. — Sente frio? 


— Não. — Negou rapidamente, incapaz de afastar os seus olhos.


— Receio? 


 — Céus, Seok, não. — Prontamente, voltou a negar, sentindo sua mão ser puxada por Hoseok. 


— Eu sei que lhe agrada quando o toco assim. — Confessou em tom baixo, fazendo-o pousar a mão sobre seu ombro despido. — Me faça sentir também. 


Levando a sua canhota para descansar sobre o outro ombro, Yoongi mordeu a parte inferior de sua bochecha e gentilmente, iniciou seus movimentos, escorregando ambas aos palmas. 


Tratando-se da primeira vez o que viu daquela forma, expondo sua pele desnuda sob a magnífica e intimista luz da Lua e das estrelas, seus dedos dedilharam, contornando a clavícula do mais novo. 


Atrevido, ousou tocar-lhe com as pontas dos polegares, pousando sobre seus mamilos, acariciando-os calmamente. 


Transparecendo a sua surpresa e sensibilidade no local, Hoseok apertou sua cintura com as coxas e deixou escapar um gemido inesperado. 


Prosseguindo, Yoongi levou suas mãos para a cintura alheia e então, aproximou o seu rosto, deixando um beijo sobre centro do peitoral de Hoseok, este que em resposta, pousou as mãos sobre o início de suas costas, puxando-o para si como conseguia. 


Beijabdo-o continuamente, sua boca trilhou um caminho invisível e úmido, buscado mais dos suspiros alheios. E então, deslizou a sua língua sobre o pomo de Adão e em seguida, chupou suavemente parte da mandíbula. 


Levando uma das suas mãos para os cabelos de Hoseok, seus dedos se afundaram, enroscando-se em suas mechas. 


Vendo-o assentir em concordância com a sua ação, apertou um pouco mais, fazendo-o encarar os seus olhos. 


— Hoseok, beije-me em meus lábios. — Pediu. 


Com tamanha rapidez, o mais novo aproximou seu rosto, dissipando no ar o espaço que os afastavam e despindo-se de sua gentileza e delicadeza, pressionou suas bocas rispidamente. 


Antes mesmo que a língua incisiva de Yoongi viesse ser pressionada, pedindo passagem, Hoseok já se encontrava cedendo, entreabrindo seus lábios para o aceitar. 


Deslizando sua língua sobre a alheia, o Min o tomou para si, sentindo como se estivesse anestesiado. No entanto, sua mante se atentava a qualquer movimento do mais novo, principalmente seus dedos finos, quais estavam sendo pressionados contra a pele de suas costas. 


Por Hoseok manter seus joelhos sobre o chão, permanecia um pouco mais alto que Yoongi, inclinando-se sobre o alfa. 


Ao afastar-se para respirar, ergueu o olhar para cima, sendo capaz de encontrar o rosto do outro. O vendo assim, acima de si, iluminado pelo luar, Yoongi sentiu-se ao ponto de adora-lo alí mesmo, como se Hoseok realmente fosse um Deus. 


Verdadeiramente, seu coração depositava a sua fé perante o outro e seus mais nobres sentimentos o pertencia. Em seu peito guargava um coração repleto de devoção, pronto para o seguir a onde fosse. 


Quando Hoseok descansou sua testa sobre a sua, pousando gentilmente a destra sobre sua nuca, permitiu-se fechar os olhos. 


— Eu também, Yoon. — Novamente pegando a sua mão, Hoseok a pousou sobre seu peito, onde localizava seu coração. — Eu também. 


Deslizando a mão sobre os seus fios de cabelo, descansou a sua mão sobre a nuca do menor e então, selou seus lábios carinhosamente. Mais do que anteriormente, sentia-se tão grato por estar com ele. 


Após alguns selares, calmamente, arrumou sua blusa, amarrando os cordões.


— Deite-se aqui. 


— Não precisa descansar? Já está tarde. — O lembrou, preocupado. — Sei que estás cansado. 


— Está tudo bem. — Garantiu com um sorriso. — Vem, deite-se. 


Concordando, Hoseok saiu de seu colo, sentou-se ao seu lado então, descansou a cabeça sobre as coxas do mais velho. 


Permanecendo acariciando seus cabelos, Yoongi o presenciou ser levado pelo sono tão de repente e não teve coragem para chamá-lo. 


Apenas quando o sol estava raiando, Hoseok despertou, abrindo os seus olhos e levantou-se, retirando o casaco do Min que o cobria. 


— Não é preciso ter pressa. — O alfa, o encarava com um sorriso, como se estivesse tendo um dos seus melhores momentos. Ele já havia vestido novamente sua camisa. — Bom dia. 


— Seus compromissos? 


— Para depois. — Selou sua testa e novamente, o envolveu com o seu casaco. — Vou deixá-lo em seus aposentos primeiramente. 


— Tudo bem. — Assentiu, sonolento e levou a mão para a boca, bocejando. — Bom dia, Min Yoon. — Inesperadamente, riu e por fim, selou os seus lábios. 


Cumprindo a sua palavra, Yoongi o acompanhou até que estivesse em frente ao seu quarto e ao que abriu a porta, o olhou com seu semblante se tornando um tanto receoso. 


— Yoon, preciso dizer-lhe alg- 


Sendo interrompido pelo chamado de Jiangi, que estava a procura do príncipe. 


Por sua vez, Yoongi se atentou ao chamado, afirmando que estava a caminho e então, voltou a sua atenção para Hoseok. 


— Perdão? 


— Mais tarde. — O garantiu, lhe oferecendo um sorriso suave. — Mais tarde conversamos. 


— Combinado. — Afirmou, embora estivesse receoso em partir. — Espere por mim? 


— Estarei aqui. 


Piscando para o mais novo, Yoongi retribuiu o sorriso, antes de se afastar e seguir em direção a sala de reunião, levando em seu peito as incríveis sensações dadas pelo outro. 







Notas Finais


Olá, tudo bem? Vocês poderiam comentar aqui o que estão achando da fanfic? É muito importante.

Obrigada a todos. Beijos e até a próxima.

A fanfic tem uma tag no twitter, #Luminessencia eu sempre olho e respondo coisas lá.


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