História Lupo di Famiglia - Capítulo 8 Imortalidade?

Zoe encontrou Pétreo na floresta tirando a camisa, ela tenta não interrompe-lo e não faz nem um barulho, contudo Pétreo a chama. _gosta das minhas costas? Ou quer me ver ainda com menos do que isso?

_pervertido!

_você que é! Afinal eu não te observo quando está sem alguma roupa!

_como você sabia que eu estava aqui?

_posso saber de diversos modos, eu ouvi seu coração, senti seu cheiro e percebi sua presença com o meu vinculo, fora que eu te chamei aqui!

_você consegue reparar tudo isso ao mesmo tempo?

_eu aprendi com os séculos que eu tenho vivido!

_sobre isso eu gostaria de perguntar, somos imortais?

_não existe tal coisa sobe essa terra, nosso corpo é reciclável apenas isso!

_reciclável?

_o processo de envelhecimento se baseia em multiplicação celular, as replicas não são perfeitas, o DNA sempre sai danificado, no nosso corpo as células mais antigas são destruídas e seus restos são utilizados para recompor as novas, as que não podem ser refeitas nós criamos outras com a absorção da nossa alimentação, com o que absorvemos criamos novas células.

_ok, mas isso não exatamente imortalidade?

_não, pois no final nunca teremos nem mesmo uma parte do corpo original então de certa forma muitos de mim já morreram!

_isso me parece meio triste.

_nem tanto afinal eu ainda me lembro de quase todas as experiências vividas por eles, então eu sou eles apenas mais atual e suas emoções eu também tenho! Como a minha paixão por você.

_isso é meio mórbido!

_não sei dizer eu sempre convivi com tal realidade, e na verdade com os humanos é a mesma coisa apenas menos eficaz.

Ambos deixam o assunto de lado, seguem a caçada, Pétreo já havia soltado o cervo, Pétreo fala. _Zoe eu quero que você o rastreie usando seus sentidos lupinos, só um aviso se falhar todos aqui hoje vão ficar com fome!

-sem preção em amor!

_na verdade é o Maximo de preção, isso é um treino que eu tive que passar na noite seguinte a minha primeira transformação!

_calma Pétreo! Foi só uma brincadeira, não precisa se zangar!

_ma perdoe, mas como você não vai fazer parte de nenhum grupo, você esta sob muitos perigos que eu não vou poder ter como te proteger, eu só quero que esteja segura!

_eu sei me cuidar não preciso de sua proteção!_ reclama Zoe dando um soco no rosto de Pétreo o fazendo cair no chão, Pétreo perde o controle, seus olhos mostram sua forma bestial, suas garras tomam tamanho, ele salta na direção de zoe, ela desvia por pouco, Pétreo começa a atacar descontroladamente uma arvore que logo cai por terra, seus surgem de dentro da floresta e tentam a todo custo segura-lo, em seguida mais dos membros da alcateia tentam conte-lo, Zoe grita. _Pétreo por favor para, eu não quero que você se machuque por minha causa!

Pétreo volta a sua sanidade normal, ele olha Zoe com sinais de desespero, ele se envergonha do que acaba de fazer e levanta as mãos em sinal de rendição, os irmãos o levam do lugar e o prendem em uma masmorra em baixo da mansão, Zoe os segue e entra escondida, ela vê Pétreo acorrentado com enormes grilhões de prata espinhos cravados nas mãos e com uma focinheira bloqueando a boca as narinas e os olhos, ela o chama._ Pétreo! Perdoe-me eu não queria te machucar, eu nem vi quando o ataquei.

_não tem o que ser perdoado, os efeitos da lua cheia demoram quase vinte e quatro horas para se dissiparem no organismo, aquilo foi um mero impulso!

_como agredi-lo foi um mero impulso? Eu tinha vontade de despedaçar-te.

_ assim como eu a ataquei, a diferença é que eu sou um progenitor se eu perco o controle milhares podem se ferir por minha causa! Para aqueles como eu e meus irmãos é que temos que nos controlar todos os dias, mesmo sabendo que mais cedo ou mais tarde todos vão ceder aos impulsos!_termina Pétreo aos prantos, Zoe entra na cela da masmorra arrombando a fechadura Pétreo ouve os passos e pensa que ela está indo embora ele se despede. _nos vemos amanhã eu espero!

_nos veremos ainda hoje!_Zoe retira com dificuldade um dos espinhos, Pétreo implora. _não faça isso!

_você disse que cedemos muito facilmente aos nossos impulsos, então me deixe ceder ao meu impulso de libertá-lo!

_não posso sair agora! É muito perigoso para todos incluindo você, me deixe aqui! Por favor, me deixe aqui sozinho!

Zoe ignora e continua removendo os espinhos de prata que a cortam, em seguida ela abre os grilhões sem dificuldades, ela de dirige a focinheira, mas é impedida por Pétreo que segura a sua mão com firmeza tomando cuidado para não machucá-la, ele fala desistindo. _ok, você ganhou, mas deixe a focinheira por garantia já que eu vou te ajudar na caçada!

Zoe sai acompanhada de Pétreo escondida, os irmãos de Pétreo já esperavam tal ação, mas deixaram passar, Baldur inicia o dialogo. _em casos normais teríamos eliminado aquele dois!

_deixa eles Pétreo aumentou a guarda e permaneceu com a focinheira, ele não terá grandes problemas com seus impulsos.

_concordo e vai ser divertido assistir esses dois! Lembrei tenho que buscar o pacote que Pétreo pediu para guardarmos, se ela descobrir a surpresa com impulso ou não ele vai nos esfolar vivos!_ambos riem e Holave conclui. _tem razão coitadinhos de nós dois ele não foi o nosso capitão sem motivo!

_tem toda a razão!

Zoe fareja cheiro de suor do cervo, Pétreo continuava com a focinheira, mas não estava nenhum pouco perdido, sua audição já era mais do que suficiente para se mover e ele ainda usava o seu vinculo para se mover com precisão, Zoe chega a um ponto bloqueado por um tronco caído no meio de uma trilha, Pétreo pede. _remova do caminho.

_como eu vou fazer isso?

_ nossa espécie pode, nossa capacidade física é superior aos humanos normais, somos como formigas levantamos quase vinte vezes o nosso próprio peso.

_esta me chamando de pesada?

_eu já vi onde isso vai dar se for me dar outro soco poderia não ser no rosto?

_eu só estava brincando! Eu sei me controlar, eu estou bem!

Zoe coloca as mãos no tronco e a força para cima, Pétreo a ajuda pegando na outra ponta ambos carregam o tronco para fora do caminho, eles o jogam de lado se livrando do obstáculo, Zoe ouve um som de passos velozes de cascos, ela aponta para a direita, Pétreo segura a mão dela se agachando e ele fala. _quando ouvir um som se abaixe para ter uma melhor percepção da direção do animal, ou seja, lá o que seja, as vibrações são choques contra o solo nos permitindo perceber sua velocidade.

Ambos seguem correndo em velocidade humana evitando fazer barulhos, Zoe muda os olhos para ver as variações térmicas ao redor, Pétreo percebe e fica feliz por Zoe estar conseguindo mudar sem as suas ordens e pelo raciocínio rápido dela, ela percebe o rosto mesmo só com os ouvidos desbloqueados que ele se manteve focado no caminho inteiro, estranha o modo dele conseguir lidar contudo tão bem, ela não se segura e pergunta. _como você faz isso?

_o que?

_esse negocio de se mover só ouvindo?

_não estou só ouvindo, estou sentindo o ambiente ao meu redor, eu estou usando vinculo, com o tempo você aprende a usá-lo como se fosse um tipo de visão sem cores e sem imagens, eu demorei alguns meses para usar assim desde que eu descobri que tínhamos isso!

_impressionante, nunca estive imaginando como seria ficar cega!

_então por que estava tão junta com a Tália?

_o que tem ela?

_ela é cega! Nunca percebeu? Ela foi minha primeira aprendiz, eu ensinei a não depender só da visão.

_pensei que lobisomens não tinham problemas de saúde.

_não temos, fizeram isso a ela, queimaram seus globos oculares com uma lamina de plasma, isso tornou impossível a regeneração já que ela não é uma progenitora!

_quem fez isso?

_um caçador chamado Haisaque, até hoje não o encontramos!

_pare aquele é o cervo?

_isso mesmo, agora vem à parte divertida, vamos abatê-lo.

Zoe salta e cai na frente do animal, o animal corre se desviando da lycantropa, o animal a acerta com as galhadas, Pétreo chuta o rosto do animal quebrando as suas galhadas, Zoe retira os pedaços das galhadas as feridas causadas por elas se fecham de imediato pelo efeito tardio residual da lua cheia, Zoe solta suas garras dianteiras e traseiras, Zoe sobe em uma arvore e passa de arvore em arvore se mantendo escondida tomando à dianteira, Pétreo corre em forma de lobo em alta velocidade perseguindo o animal que foge em desespero, Pétreo se posiciona na direita do animal o fazendo ir para a esquerda, o animal segue em direção de uma queda d'água sem saída, Pétreo segue vagarosamente rosnando, o animal se vira encarando o lobo negro com olhos vermelhos e negros, Zoe surge do topo da queda d'água, ela pula nas costas do cervo, Zoe crava as presas de lobo na nuca do cervo quebrando a coluna o matando de imediato, Pétreo volta à forma humana a aplaudindo.

_você deveria tentar manter suas roupas!_ brinca Zoe.

_ tenta conduzir um cervo na forma humana com roupas de algodão, é mais fácil ganhar na loteria. _ Pétreo com um sorriso cínico.

_essa foi horrível.

_eu não sou horrível, eu sou terrível.

_quanta malícia em!

_eu não fiz nada, se você levou a esse lado a culpa não é minha.

Pétreo pega o cervo colocando-o nos ombros, ambos seguem andando até a casa, ambos entram Tália esperava Zoe e Pétreo leva o cadáver para a cozinha onde Holave os esperava com um avental e chapéu de chefe, Pétreo joga o cadáver em cima da mesa, Pétreo sai da cozinha o deixando trabalhar sozinho, ele vai onde Zoe e Tália disputavam uma queda de braço bem igualada, ele se agacha assistindo a competição, Tália começa a sorrir de forma sarcástica e abaixa forçando o braço de Zoe até ter contato na mesa em que se apoiavam.

Pétreo chama estalando os dedos, Zoe se levanta cumprimentando Tália agradecendo pela boa competitividade, elas se levantam o seguindo, Tália sorria e Zoe estranhava a expressão de sua nova amiga ao se referir a Pétreo com os dedos, ambos chegam a uma sala escura ampla, Zoe tenta mudar seus olhos, mas tem seus olhos cobertos pelas mãos de Pétreo, ele fala. _ sem trapaças, o que você me disse ontem de dia?

_que eu não gosto de pertencer a um lugar fixo, mas também não gosto de andar sozinha.

_eu pensei muito nisso desde ontem e acho que consegui solucionar o problema, me diga o que acha. _termina Pétreo retirando as mãos do rosto de Zoe, ela enxerga uma moto negra com detalhes azuis e um sidecar acoplado com cores negas e vermelhas, ela se vira e questiona. _para que o sidecar?

_como eu poderia viajar com você sem ele?

_mas você tem uma vida fixa.

_eu sei e tenho uma ideia.

_qual?

_é um segredo!