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História Luxúria e Perdição (In memorian Reita-2024)(Hiatus) - Memórias de um Vampiro - Parte 2



Notas do Autor


Boa madrugada, como vocês estão?

Estamos trazendo a continuação do passado do Vampiro
o que ele fez até chegar onde estão.

O Passado dos Cinco continua. . .
Agora...


Boa Leitura
Não esqueçam de comentar

Obs: Linda capa feita pela @hellemGZR Obrigada.

Capítulo 14 - Memórias de um Vampiro - Parte 2


Fanfic / Fanfiction Luxúria e Perdição (In memorian Reita-2024)(Hiatus) - Memórias de um Vampiro - Parte 2

Depois de sua primeira vez com Teru, Kouyou percebeu que era daquilo que realmente gostava. Doeu no início, mas achou bem melhor do que mulheres, não tinha nada contra, mas seu pau não subia mais para elas. 

Por isso brincava com soldadinhos de seu pai, como ele dizia, eram lindos em sua maioria. Malhados, de vários tamanhos e jeitos, as pegadas mais variadas e mais gostosas, todo o castelo sabia que Kouyou passava o rodo em toda a guarda real. Ninguém escapava das mãos macias e dos lábios fofos, tinha convertido vários deles que se diziam machos ou certinhos demais. 

Tanto no palácio quanto nas viagens arranjou vários amantes, porque Teru não queria ser o ativo e não é como se Kouyou fosse ativo também. Ele não queria ficar sem um acompanhante nas horas de necessidade, às vezes ele gostava de transar em lugares românticos e fingir que seu amante da ocasião fosse seu namorado ou algo assim. 

Nunca namorou de verdade, teve casos e mais casos, mas nunca namorou de dormir de conchinha. E era isso que ele queria, queria dormir embalado em algum par de braços acolhedores e acordar com beijos carinhosos, nunca admitiria, mas era um sonhador em questão do amor. 

 

Sempre que seu pai chegava perto ou o convocava para algo ele fugia, até chegou a se trancar numa cabana durante o dia para que os soldados, ou seu pai não se aproximasse. 

 

Era acostumado a repelir Jasmine, mas foi difícil segurar a surpresa quando viu o primo querendo se aproximar de si. Não entendia, sinceramente não entendia o porquê daquilo tudo, aquela aproximação forçada que estavam tentando depois dele ter descoberto o segredinho.

 

Queria acreditar em qualquer outra coisa se não o que estava na cara, queriam trazer ele para perto para que ele não vazasse com o segredo de Jasmine.

 

Só queria ser deixado em paz. Queria essa atenção toda quando criança, agora não mais. Há quanto tempo havia se tornado de aparência imortal? 20 anos? Isso quer dizer que ele estava com aproximadamente 45 anos humanos. Vampiros não contavam anos humanos, idade para quê quando se é imortal?

 

No fim já pouca coisa importava para o Príncipe loiro, vivia de suas riquezas quase inesgotáveis e luxos, fazia tudo que o dinheiro permitia e se deixava tentar esquecer e ignorar a sua situação em casa, com a suposta família. 

 

.:.:.:.:.:.:.:.

 

_ Não vou perguntar de novo, onde está Beldam?!_ Os guardas a sua frente se encolheram e abaixaram a cabeça. 

 

_ O Senhor Jasmine a colocou de volta para a cozinha real. _ Um deles murmurou e o Príncipe sentiu seu corpo relaxar por um momento. Ela estava bem e debaixo de seu teto ainda. 

 

_ Ah! o Senhor Jasmine colocou ela lá? E quem o Senhor Jasmine pensa que é?! QUAL PARTE DE NINGUÉM ENTRA E NINGUÉM SAI DA MINHA ALA VOCÊS NÃO ENTENDERAM?!_ Os guardas baixaram mais ainda a cabeça e o loiro massageou as têmporas. _ Saiam daqui, ignóbeis. _ Resmungou e em pouco tempo estava sozinho no salão enorme de sua ala particular. 

 

Respirou fundo várias vezes, andou de um lado para o outro. Não queria caçar guerra com o queridinho de seus pais, mas se visse o bastardo pelos corredores iria matá-lo. Jasmine estava na mira do Príncipe enraivecido. 

 

Saiu de sua ala batendo as portas, andou como um furacão pelos corredores, batendo portas e invadindo salas, entrando em corredores e transtornando tudo que passava. A demora para achar o primo só o fazia ter mais e mais raiva, bufava pelos corredores, as mãos arranhavam a parede deixando uma trilha. 

 

Demorou, mas o achou na biblioteca, no andar de cima da mesma, sentado confortável e lendo como um santo. Rosnou como um animal e não precisou mais de um pulo ágil para estar atrás do primo que se virou confuso, a expressão mudando rapidamente para assustado ao ver as orbes vermelho sangue do loiro. As feições dominadas por veias pretas e fechadas em raiva, Jasmine não era Vampiro a muito tempo e sabia uma coisa ou outra, mas não conseguiria se defender de um agora. 

 

_ Por que se intrometeu em minha ala?!_ A voz arrogante parecia estar sendo proferida de um demônio ao invés do Príncipe. 

 

_ Eu não. . ._

 

_ Eu ordenei que nunca mais pisasse lá!_ 

 

_ Não pisei!_ Se defendia e recuava vendo o primo parado o encarando fixamente. 

 

_ Por que tirou Beldam de lá?!_ 

 

_ Eu só achei que. . ._ 

 

_ É bom que a resposta seja boa, ou ao menos plausível, porque eu juro que te mato em um piscar de olhos, Jasmine._ Rosnou e o moreno engoliu em seco.

 

O silêncio que se seguiu foi tenso e terrível antes do moreno pular rapidamente para o andar de baixo da biblioteca e sair em disparada pelo corredor. 

 

_ JASMINEEEEEE!!! _ Kouyou sentia sua transformação chegando a um extremo que nunca passou. Tinha raiva, ódio do primo, queria matá-lo o mais rápido possível.

 

Pulou do segundo andar da biblioteca e começou a seguir o cheiro enjoativo do moreno, mal se deu conta que estava correndo pelo castelo, deixando estragos para trás. Batia nas paredes e causava danos, esbarrava em enfeites e os quebrava, esbarrava em Vampiros que iam ao chão sendo que a maioria deles não conseguia desviar da fúria do Príncipe Herdeiro dos Vampiros. 

 

Perseguia seu primo como um cão farejador atrás da caça, não deixava que os corredores com múltiplas passagens secretas lhe confundisse. Usava algumas ao seu favor, quando estava para chegar a ponta do castelo, no lado oposto de onde saiu, se deu conta de para onde Jasmine ia.

 

Pegou um bom atalho cheio de passagens secretas e macetes, usando sua velocidade de Vampiro chegou ao corredor que queria, pegou a espada que enfeitava a parede do início da ala do Rei e esperou que o primo surgisse. Quando ele apareceu no final do outro corredor mais a frente, não mediu suas ações e pegou a espada como se ela fosse uma faca e arremessou vendo ela cortar o vento e se fixar na parede a centímetros do primo.

 

Eles se encararam por mais uma vez antes de Jasmine entrar na ala dos pais de Kouyou. Sem nenhuma hesitação o Príncipe foi atrás e perseguiu Jasmine pelos poucos corredores até conseguir botar suas mãos nele. O segurou firme e jogou contra a parede, vendo a mesma se curvar e ceder levemente sobre o corpo do moreno. 

 

Possesso, o loiro mal notando onde estava, socou e atordoou o primo, quando este caiu no chão mostrou suas presas grandes e afiadas o puxou pelo cabelo e mirou na garganta. Ia matar ele ali e agora, não tinha o porque de adiar tudo. 

 

Não soube como, mas o primo reagiu e o socou no queixo, cortando a gengiva do jovem com suas próprias presas.

 

_ Kouyou! Não quero brigar!_ Se debatia, mas o outro estava mais possesso ainda. Pegou-o pelos babados da camisa e o jogou numa parede aleatória que viu, o corpo do moreno atravessou a parede, entrando para o quarto reservado que tinha ali. A poeira e pó de pedras se espalhou por todo lugar, o Príncipe na primeira bufada sentiu o efeito disso e começou a tossir enquanto o primo tentava se recompor e saber onde estava. 

 

Os dois olharam em volta juntos e congelaram ao ver a cena, talvez, mais bizarra de suas vidas. Hizaki e Kamijo pareciam ter acabado de sair do banho juntos, entre carinhos e sorrisos foram surpreendidos pelo barulho alto da pancada na parede de seu quarto, vendo que Jasmine estava caído no chão e Kouyou de pé diante dele, Kamijo faz uma cara para brigar, mas percebeu que as atenções dos dois não estava em si. 

 

O loiro e o moreno ficaram estranhamente iguais naquele momento, tanto de aparência quanto de reação, os dois levantaram as sobrancelhas abrindo a boca chocados, os olhos arregalados e confusos mirando Hizaki. 

 

Se não fosse pelas vestes e cor de cabelo, se juraria que haviam dois Jasmine. . . ou dois Kouyou. Estavam muito parecidos a ponto de Kamijo se sentir intimidado por suas mentiras e atos. 

 

_ O-o que. . ._ Jasmine foi o primeiro a murmurar olhando ainda para Hizaki. 

 

_ Mas. . ._ Ao mesmo tempo o Príncipe indagava olhando bem para a cena a frente. Hizaki e Kamijo pareciam que tinham acabado de sair de um banho, por isso, somente de roupa íntima estavam, mas o que viam era somente seu pai e um homem desconhecido, onde estava sua mãe?! Seria possível que por todo esse tempo. . . Hizaki era homem?!

 

.:.:.:.:.:.:.

 

_ Eu EXIJO saber onde está a MINHA MÃE!_ O loiro estava quase chorando, eram tantos sentimentos juntos, estava surpreso, mas também muito magoado e se sentido traído como nunca na vida. _ EU quero saber da minha MÃE._ Gritou de novo e continuou a andar de um lado para ao outro. 

 

_ K-Kamijo. . ._ Ouviu Jasmine murmurar chocado e sentado numa poltrona. 

 

_ Kouyou se acalme._ 

 

_ NÃO, NÃO! EU QUERO SABER O QUE ESTÁ ACONTECENDO?! _O loiro estava surtando e isso era óbvio para os pais. 

 

_ O que está havendo? Hizaki-Kaa-san. . . O que eu acabei de ver?!_ Jasmine murmurava em choque olhando para as próprias mãos. 

 

_ Vamos, Kamijo! Fale logo, não tem mais para onde se esconder ou como esconder esses seus segredos!_ O Príncipe loiro avançou para o loiro mais velho e segurou em suas vestes com força.

 

O loiro mais velho se desvencilhou do filho e foi até uma garrafa de sangue com álcool para beber. Quando achou pegou uma taça e derramou o líquido vermelho, bebeu alguns goles pensando sobre tudo e então se virou de volta para os dois. 

 

Quando descobriu que seria pai Kamijo nunca imaginou essa cena, Kouyou parecia lhe odiar com toda sua força, a postura rígida e altiva, mesmo com raiva via a elegância do filho loiro e suspirou pesaroso. Ele seria um Rei perfeito, foi criado para ser um, teve todas as aulas e participou de tudo o que pudesse para se tornar um líder a altura de sua coroa. Kouyou certamente era um prodígio desse quesito, mas mesmo assim o odiava, quando olhava para ele via o amargor em suas íris. 

 

Olhou para Jasmine e viu a expressão chocada e chorosa do menino. O criou em baixo de suas asas, ele participou de poucas aulas e ficou mais tempo brincando e se divertindo pelos corredores do castelo. Jasmine não tinha sido criado para ser Rei ou qualquer outra coisa assim, ele parecia ser feito de vidro com seu jeito sentimental demais, olhos brilhantes e sonhadores. 

 

Jasmine e Kouyou eram dois opostos, sempre foram. O loiro puxava inteiramente ao pai, desde os fios loiros e pele branca até o modo de agir quando mais jovem. Já Jasmine. . . Jasmine o lembrava completamente sua mãe, os fios morenos e a pele mais bronzeada, sorriso gentil e sensível. 

 

Suspirou de novo enquanto tomava mais um gole de sua bebida. Sabia que tinha errado com Kouyou, mas tinha começado a perceber isso por agora com a ajuda de Hizaki, e agora o garotinho gordinho de fios loiros já era um homem esguio e alto. 

 

_ Sei que somos imortais, mas não pretendo passar a eternidade vendo você se embebedar!_ Kouyou rosna olhando Kamijo dar mais goles na taça. Estava a ponto de jogar a taça a parede e arrancar a verdade com as mãos da goela do Rei.

 

_ Quando me apaixonei. . . Muito tempo depois ela ficou grávida, mas ainda era humana._ Kouyou recusou os olhos e se jogou num sofá confortável que tinha alí. Jasmine olhou nos olhos do pai e Hizaki continuou a brincar com seu vestido. _ Não poderia transformar ela durante a gestação então eu já sabia que ela ia morrer, um bebê Vampiro suga muito de sua mãe. . .  Mas a maior surpresa que realmente tivemos foi saber que eram gêmeos, quando os dois irmãos nasceram ela logo morreu._ 

 

_ E então renasceu e virou homem?_ Kouyou debocha e Kamijo suspira raivoso. 

 

_ Kouyou. . ._ Murmurou em tom de aviso e o loiro sorriu. _ Os dois bebês não eram nada parecidos, e mais ainda, um deles nasceu igual a mãe. Humano. Eu não sabia o que fazer então transformei o irmão gêmeo dela para que ele me ajudasse a cuidar dos meus filhos.  _ 

 

O silêncio na sala era sepulcral. Kouyou olhava para baixo e depois para Kamijo. 

 

_ Termine a história!_ Ordenou e o loiro mais velho o olhou enigmático. 

 

_ Você já sabe o fim, Kouyou._ O loiro negou com a cabeça e se colocou à frente do outro novamente, seu rosto estava sombrio. _ Criei os dois irmãos com ajuda de Hizaki, mas tive que os criar separados pois um ainda era humano. Recentemente consegui transformar o gêmeo humano em Vampiro. . . E agora estou contando a história da mãe deles. A mãe de vocês morreu no parto, Hizaki me ajudou a criar vocês e. . ._ 

 

_ Hizaki te ajudou a criar Jasmine! _ Acusou o loiro. Estava pasmo, tinha um irmão, mais, esse irmão era o tal "primo". Jasmine era seu irmão gêmeo, olhou por sobre o ombro e focou em Jasmine que parecia ainda chocado com tudo que foi posto na mesa. 

 

_ Kouyou, sei que não participei de sua criação, mas entenda, tinha que proteger seu irmão, ele ainda era humano!_ Kouyou se vira para o Rei e depois para a família linda a sua frente. 

 

_ São realmente uma linda família, Kamijo. _ Debochou em um murmúrio. Estava magoado, tinha um irmão gêmeo, sua mãe não era sua mãe, era seu tio. E sua mãe estava morta. _ Maravilhosa! _

 

_ Kouyou. . . Somos irmãos isso não é incrível?!_ Jasmine levantou e tocou com calma o braço do loiro que se afastou bruto. 

 

_ Não sou seu irmão. Vocês não são nada pra mim, muito menos família. _ Apontou para os dois mais velhos. _ Como puderam? Como tiveram coragem de fazer isso, nos esconder isso? . . . _ Os três viam o loiro se encolher, as mãos foram para o rosto e taparam por um segundo, ele respirou fundo e todos viram uma lágrima solitária cair. 

 

_ Kouyou olhe para mim. Me desculpe se passei a impressão de ter te trocado pelo Jasmine, nunca foi minha intenção. . ._

 

_ Palavra bonita essa. . . Desculpe, hum? . . . Eu realmente pensei que tivesse me trocado pelo Jasmine, que tinha adotado um humano qualquer para fingir que era o filho perfeito. Algo que eu notoriamente não sou, mas estava enganado. . . Jasmine nunca foi adotado, não é? Ele já nasceu assim, sendo o filho perfeito, a pena, Kamijo, é que seu prodígio não passará disso. Continuo sendo o primogênito, creio eu que a coroa é minha. Seu filhinho não passará disso, mas eu vou tomar o trono, meu lugar por direito. _ Tirou as mãos do rosto e respirou fundo mais uma vez. 

 

Precisava de Beldam. Era o único pensamento que tinha coerente naquele momento. Precisava de Beldam e o quanto antes possível. 

 

_ Kouyou, por favor, ouve seu pai. . _ 

 

_ Não era mudo?! Pois continue assim._ Cortou a voz suave, mas masculina de Hizaki que abaixou a cabeça. 

 

_ Não é questão de coroa Kouyou, nunca foi._

 

_ Fui criado para ela então é!_ Kamijo tentou falar, mas o loiro somente repetia o nome da sua ama de leite negando com a cabeça várias vezes. 

 

.:.:.:.:.:.:.


 

Depois da bomba ter explodido para a família real, o clima estava tenso, Kouyou viajava e levava tempo demais para voltar. Jasmine tinha se fechado e ficará levemente mais revoltado, mais petulante, lembrando mais ainda o gêmeo mais velho.

 

Kamijo já não sabia o que fazer, estava perdendo seus filhos e a corte o estava pressionando, um dos dois tinha de casar. Continuar a linhagem de Conde Drácula e depois, se tornar Rei. Sabia que conseguiria controlar Jasmine e sua rebeldia recente, mas se algum dia Kouyou viajasse e não voltasse mais seria um problema. 

 

Ele era o mais velho afinal, o Rei que a nobreza queria. Não viu outra escolha senão obrigar Kouyou a se casar, a menina era linda, filha de um conselheiro de confiança, era perfeita se não fosse o noivo. 

 

_ Não vou casar._ Resmungou o mais novo. 

 

_ Kouyou não estou pedindo nem nada, estou comunicando que você vai se casar. _ Ele era o mais velho afinal, o rei que a nobreza queria. 

 

_ Mas eu não quero, e não vou!_ Disse mimado empinando o nariz. 

 

_ Ela é filha de um nobre, você vai gostar, ela é linda. _ Kamijo simplesmente ignorou o filho. 

 

_ Presta atenção aqui Kamijo, eu não gosto de mulheres. Eu gosto de homens bonitos, fortes e tudo o mais, homens que tem capacidade de me dominar na cama, não mulheres que esperam que eu enfie meu pau nelas. _ O loiro fala a última parte com um tom de asco na voz. Gostava de ser passivo, ser dominado era bom e além de tudo isso ele era gay, gostava de homens com um abdômen trabalhado e um pênis bonito e limpo, não de mulheres e seus seios com periquitas estranhas. Não, lhe dava até arrepios desconfortáveis somente de pensar, não saberia nem o que fazer se fosse colocado na frente de uma daquelas. . . 

 

Kamijo não era cego nem burro, sabia das preferências sexuais do Príncipe mais velho, não foram poucas às vezes que o pegou sendo prensado na parede por algum guarda. Mas pensava que ele como Príncipe Herdeiro tinha que fazer isso, nem que tivesse vários amantes, mas teria que se casar e ter pelo menos um filho. 

 

_ Pode dar para quantos quiser até ao mesmo tempo, você já deve ter passado a bunda no pênis de metade de meus guardas mesmo. Quero que você se case, não que pare com suas aventuras. _ Kouyou, se visse sua própria expressão naquele momento riria  de si mesmo. 

 

Os lábios abertos em surpresa, os olhos feito duas bolotas e por incrível que pareça, sangue correndo abaixo das bochechas.

 

.:.:.:.:.:.:.:.

 

_ Ele quer que eu me case, Teru! Com uma mulher._ O príncipe reclamava enquanto via Beldam arrumando suas malas, ia viajar de novo, e para bem longe dessa vez. 

 

_ É normal ele exigir isso, Kouyou-Sama._ O mordomo sentado na janela balançava as pernas calmamente. 

 

_ Ele quer me obrigar, obrigar a casar! Ah! mas não vou mesmo, imagine eu tendo que fazer algo que não quero com alguém que não sinto atração. . . Isso. . . Seria quase um estupro!_ Estava indignado e andava de um lado para o outro irritado. 

 

_ Sua mala está pronta meu anjo. _

 

_ Obrigada, Beldam._ Ele fala ainda alheio a tudo. _ Beldam, você me obrigaria a casar?_ O príncipe encara a empregada. 

 

_ Não meu amor, quero sua felicidade, seja do lado de quem for. _ Beldam passa as mãos pelo vestido engomado de empregada e Kouyou a olha com dor nos olhos chocolate. 

 

Ele se aproxima e mostra o que estava escondendo num bolso de sua calça, um anel com uma pedrinha quase transparente de tão clara e limpa. Linda. 

 

_ Esse é o anel de Vlad, estou levando comigo Beldam. Não pretendo voltar._ Ele se aproxima da mulher e guarda o anel. O anel da família com selo real era enfeitiçado, os Vampiros sempre tiveram grande amizade com feiticeiros e um grande e poderoso Bruxo, como uma oferta de paz, enfeitiçou o anel do Lorde Empalador. O anel permitia o Vampiro usuário de andar abaixo do Sol sem ser queimado. Claro que sempre poderia andar todo cheio de roupas e frufrus, mas era melhor usar o anel.

 

_ Vou viver a vida que eu quero, longe daqui. . . Não se preocupe comigo ou qualquer coisa assim, vou levar Teru comigo. _ O loiro abraça a mulher emotiva. 

 

_ Mas. . . Oh! meu príncipe, se cuide, está bem? Qualquer coisa entre em contato comigo. . . Me mande notícias e. . . _ A mulher fala em meio ao choro que começou e abraça o loiro que está mais alto que ela. 

 

O príncipe se encolhe e deita a cabeça no colo dela, fechando o olho para receber o carinho nas madeixas. Estava nervoso, já tinha arquitetado todo seu plano, estava tudo certo, sabia para onde iria e tudo o mais. Mas não queria deixar Beldam ali, mesmo sabendo que aquele é o melhor lugar pra ela. 

 

_ Nos veremos de novo, Beldam. _ Ele beija a testa da vampira mais velha e ela sorri. 

 

_ Como conseguiu esse anel?_ Ela pergunta com receio. Não queria que ele fosse preso por traição a corte. 

 

_ Com um par de pernas atraentes de um mordomo treinado para qualquer coisa. _ Sorriu sapeca. _ Eu vou indo, não saia da minha ala. _ Ele avisa e ela acena com firmeza. 

 

_ Precisa de algo a mais?_ Ele pensa por um momento e depois a abraça de novo sentindo um aperto no peito. Iria perder o melhor abraço por um tempo enorme, não era sonhador para não saber que seu pai iria achá-lo um dia. _ Aqui meu pequeno. _ Ela pega um grampo de cabelo velho e enferrujado._ Era de minha mãe, veio de muito longe, feito no século passado. Fique com ele e lembre-se que me carrega em pensamento junto com esse grampo._ Ela sorri para o loiro emotivo a sua frente. 

 

O sentimento do príncipe era impagável no momento, pegou o grampo e enfiou nas madeixas loiras, escondendo bem de qualquer curioso que queira o observar futuramente. 

 

_ Vou voltar para te ver, Beldam. _ Ele beija a testa dela de novo. _ Vamos nos ver novamente._ Quando os dois se separam o loiro se recompõe e suspira, teria que agir normalmente até conseguir embarcar no navio rumo ao seu destino. Teru pegou sua mala e os dois se prepararam para sair do quarto, tinha uma carruagem a espera do príncipe para levá-lo ao navio. _ Adeus. . . Mamãe._ Murmurou ele para si mesmo, mas a mulher ao ver a porta fechar diante de si colocou as mãos em cima do coração e sorriu em meio às lágrimas. 

 

Tinha tanto orgulho do seu pequenino.

 

Ficaria esperando ele voltar pacientemente, ele não tinha para onde ir, afinal, não tinha como se esconder do Rei dos Vampiros. Nem tinha como fugir de suas obrigações, ele era Príncipe e iria agir como tal, não que tivesse faltado com esse compromisso alguma vez.

 

Kouyou tinha que voltar.

 

.:.:.:.:.:.:.:.

 

Mas qual foi a surpresa de Kamijo quando soube que seu filho não iria voltar? Procurou o loiro em todos os lugares da Europa adentro, tudo. Mas o que achou foi um impostor pago para fingir ser o Príncipe. 

 

Procurou então nos países que ele já tinha ido, África do Sul, Brasil, Estados Unidos, México, Egito, Romênia. . . toda a lista quase interminável, mas em cada um achava somente um impostor a mando do Príncipe.

 

Passaram-se anos e os países foram acabando, o loiro iria ser achado, o mundo era grande, mas não infinito, muito menos para o Rei Vampiro. 



 

.:.:.:.:.:.:.:.

 

Kouyou estava genuinamente feliz, tinha um amigo novo, um amigo real que gostava dele, não do que ele representava ou de sua riqueza. Ruki era um anjo em sua vida. 

 

O conhecia a cinco anos e a amizade não poderia estar melhor, o baixinho lhe dava abraços tão calorosos que se lembrava de Beldam. Gostava de estar com ele, ele não parecia se incomodar com sua carência de atenção e afeto. 

 

Ele jamais se esqueceria de seu primeiro encontro, havia acabado de fugir para Darkcity após dias de viagens, estava cansado e com tédio, Teru sugeriu então para que fossem há um lugar especialmente para vampiros, onde poderia provar sangue da fonte e dadas as circunstâncias não achou má ideia, claro que algo assim não seria de graça, mas dinheiro não era problema havia o necessário para um bom tempo.

 

Chegaram a dita casa de alimentação e como Príncipe que é pediu a melhor bolsa da casa. Fora levado a uma sala bem decorada com vitrais nas paredes e um lindo candelabro iluminando o cômodo, perto da porta de entrada havia uma mesa de centro com um bule de porcelana e umas xícaras com pires decorados com flores de cerejeiras em cima de uma toalha de branca de seda com bordados na barra, um sofá de 3 lugares estava posicionado ao fundo da sala, seu estofamento era de veludo azul e por cima uma manta de linho cobria os assentos e foi quando o viu tão cinza e sem vida quanto um Vampiro.

 

_ Meu prazer em servi-lo Senhor. Eu sou Ruki. _ disse monótono se curvando.

 

_ Ah! Senhor envelhece pode me chamar de Uruha, Ruki. _

 

_ Hmm tudo bem, Uruha. Hmm bem... _ disse se sentando olhando para o loiro.

 

Que entendeu como convite se sentando ao lado do garoto e se aproximando dele que virou o pescoço prontamente para o Vampiro que ouvia seu coração acelerado por mais que não expressasse nas feições ou jeito. Uruha posicionou suas presas afiadas por sobre o pescoço delgado e fincou-as recebendo a primeira reação de Ruki, mas o que não esperava era sua própria surpresa ao provar o sangue dele, um sabor totalmente novo para si e prazeroso ao seu paladar.

 

E dali em diante foi assim Kouyou sempre que podia provava do Ruki, pois seu sangue era algo único que nunca havia provado e com a quantidade de visitas eles se aproximaram. Kou já era de casa e não demorou muito para se sentir sexualmente atraído com os gemidos que baixinho fazia, o Vampiro só lhe queria bem já que notará o quão sem vida ele aparentava, então pensou "que mal poderia ter em lhe causar mais prazer e satisfação". Kouyou não notará, mas Ruki havia lhe apresentado a humanidade e empatia, a partir dali tudo que ele fazia era para o agradar e alegrar. 

 

Com o passar do tempo o Vampiro já não aguentava mais ver a marcas e expressões de abuso na sua bolsa de sangue. Kouyou já o considerava seu, então usou sua influência como Príncipe precisamente seu selo de nobreza o tirando de lá, impagável foi a expressão de Ruki ao saber que havia recuperado sua liberdade. Desde então são inseparáveis Kouyou o amparou de todos os modos, ele havia um novo membro na sua família.

 

Entretanto, seu maior achado e surpresa foi o Lobo ranzinza. Pensou que seria somente uma experiência peculiar na sua vida, mas se sentiu incrivelmente bem quando foi dormir e o Lobo o embalou nos braços. 

 

Poderia dizer que foi amor à primeira vista, os braços quentes, o jeito mais reservado, o mal humor diário, tudo isso o divertia principalmente provocá-lo. Gostava de dormir no peito do outro e sentir o calor corporal que ele emanava. Vampiros não tinham isso. 

 

Quando acordou no meio da noite, mesmo que tivesse ficado com raiva do Lobo, se sentiu acolhido nos braços fortes. E não queria sair mais de lá.

 

Estava experimentando algo novo e muito bom, estava gostando de alguém, sendo retribuído e além de tudo estava sentindo carinho, o amor que tanto queria estava ali, e o Príncipe iria agarrar com unhas e dentes e não iria soltar nem se Vlad ressuscitasse e viesse mandar que o fizesse.

 

Ficou com ciúmes do híbrido que apareceu logo após, mas quando dormiram, os três numa cama só ele se sentiu melhor ainda. Não tinha mais o luxo, não tinha facilidades nem roupas caras, mas sabia que aquele seria seu maior tesouro. 

 

Se sentia amado e querido, os beijos carinhosos de Aoi o conquistaram facilmente, gostava de fechar os olhos e sorrir enquanto era beijado por ele. E ainda mais, gostava dos braços possessivos do Lobo, como se precisasse dele ali, como se ele fosse querido e importante. 

 

Se sentia completo e em paz. 

 

Tinha um amigo de verdade, um daqueles que não ia abandonar ele. Tinha dois amores incríveis que o faziam sentir nas nuvens, sentia o peito aquecido e não admitirá para ninguém, mas, a primeira noite que dormiu embalado pelos dois, chorou. 

 

Porque finalmente sentia o sentimento que tanto invejava em Jasmine, mesmo que não fosse o tal amor de pais, mas era um tipo de amor, e para ele isso bastava. Só de ser um carinho e ser sincero. . . Estava maravilhoso. 

 

Finalmente sorria abertamente e não tinha medo de falar e falar sem parar, no castelo foi proibido de fazer isso. Mas lá era ele mesmo e com pessoas que gostava, e quando Aoi disse que gostava daquilo em si sorriu a ponto de sentir as bochechas doerem.

 

Realmente tinha família agora e era toda sua.

 


Notas Finais


Um pouco sobre o Ruki
no Próximo Domingo...

Um Parceria de MalikaHarunoo , Kagura Way e Elisha_Sky


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