Jisung se sentiu péssimo depois do beijo que deu em Jaemin e por isso, ele o ignorou. Ele também fez isso porque quando acordou na manhã seguinte, o Na já tinha ido embora. Era como se o beijo deles não tivesse significado nada. Jaemin até tentou falar com ele, mas foi ignorado e a ligação foi pra caixa de mensagem.
Jisung se sentia... Estranho.
Estranho porque ele sabia que o que ele tinha com o Na, era apenas um contrato, é algo que ele não podia mudar. Mas quando notou que nutria algo pelo mais velho, se deixou levar, porque talvez fosse recíproco. Mas quando acordou e não o viu em sua cama, ele se sentiu um tanto usado, mesmo que não tivesse nenhum direito de sentir tal coisa.
O Park desceu as escadas naquela manhã de sábado e dava pra ver que ele estava triste. Sua cara de choro não o deixava mentir. Foi até a cozinha e pegou uma garrafa de água, voltando pro seu quarto; no caminho até a escada, ele escutou sua campainha tocar. Franziu o cenho em confusão, mas deu de ombros. Caminhou até lá e ao abrir deu de cara com Renjun. O chinês estava sério e segurava um tablet.
— Oi?
Ele viu Renjun revirar os olhos e colocar o celular no ouvido.
— Ele tá vivo. — Jisung franziu o cenho em confusão e Renjun o encarava com uma fisionomia séria. — Ok. Bom trabalho. — E a ligação acabou.
— O que faz aqui?
— O que eu faço aqui? — Renjun praticamente gritou. — Eu não tenho paciência pra cu doce, Park Jisung! O Jaemin foi embora daqui sem te avisar, porque eu liguei pra ele e pedi que ele fosse direto pro aeroporto. Ele tinha a gravação de três programa lá na puta que pariu. Ele está tentando te ligar há uma semana e todas as ligações são ignoradas. Qual é a porra seu problema? Uma das entrevistas teve que ser adiada, porque ele não conseguia falar com você e isso deixou ele preocupado e não poder vir embora, só piorou as coisas. O que está acontecendo?
Jisung sentiu seus olhos marejados, por isso ele deu as costas para o chinês e voltou para dentro. Renjun ficou vendo ele subir as escadas e escutou a porta bater. Ele não era idiota, já tinha entendido qual era o problema e seria facilmente resolvido, se ele fosse a favor do diálogo.
O chinês entrou na casa do mais novo, fechou a porta e subiu as escadas. Ele precisava urgentemente de um choque de realidade. Ele empurrou a porta do quarto do Park no chute. Jisung estava deitado todo encolhido na cama e Renjun riu ao ver que o porta retrato estava ali, do lado da cama dele.
— Senta, Jisung.
Ele fez o que foi mandado.
Renjun começou a procurar algo em seu tablet e quando achou, ele estendeu na direção do mais novo, que o pegou, ainda fungando um pouco.
— O que é isso?
— A última entrevista dele. Você conhece o Jaemin?
Jisung assentiu.
— Então repara bem como ele estava nessa entrevista.
Jisung deu play no vídeo e secou os olhos, pra ver se conseguia enxergar melhor. A entrevista começou e o coração de Park se apertou. Jaemin estava claramente ansioso. Ele mordia a cutícula, mordia o lábio inferior, balançava a perna e estava bem distraído. Isso não era comum. Normalmente ele é bem animado nas entrevistas e rir para todo mundo. Nos trinta minutos de vídeo, o Na não riu nenhuma vez e isso era no mínimo preocupante.
— Ele respondeu o que tinha que responder e foi somente isso. Ele sente sua falta e você não ligou, não atendeu as ligações dele, não mandou uma mensagem. Ele achou que tinha acontecido alguma coisa com você. Tá tudo bem? — Dava pra ver que Renjun estava um pouquinho preocupado.
Jisung devolveu o tablet e abraçou suas pernas.
— Deu tudo errado, hyung.
O chinês franziu o cenho em confusão.
— Como assim?
— O que nós temos é só um contrato, eu não podia me apaixonar por ele, mas foi exatamente isso que aconteceu. Deu tudo errado.
Jisung apoiou a cabeça em seus joelhos e mais lágrimas rolaram por seu rosto. Ele não estava conseguindo lidar com tudo que estava sentindo.
— Sung... — Renjun se sentou na ponta da cama e encarou o mais novo. — Você já tentou conversar com ele?
— Pra que? Não é recíproco, ele apenas me banca, porque nem isso eu consegui fazer. Se não fosse por ele, eu já teria sido despejado e já teria ido morar na rua. Porque ele iria gostar de mim? Eu não acrescentaria nada em um futuro relacionamento.
Renjun suspirou. Ele não era o melhor em dar conselhos.
— Jisung. — O citado o olhou. — Conta pra ele. Eu sei o que eu tô falando. Não guarde isso pra você. Você deu um cordão pra ele, onde o pingente é uma aliança. Você acha mesmo que ele não notou?
Silêncio. Jisung estava tentando digerir tudo.
— Ele dormiu aqui, no primeiro trabalho de vocês, fez café da manhã pra você. Você não é a primeira pessoa que o Jaemin banca, mas é a primeira pessoa que ele coloca na cama e faz café da manhã. Ele surtou quando soube o que tinha rolado entre você e o Hyuck, ele brigou com o melhor amigo dele, Sung. Olha, eu não sei o que está rolando com o sentimento de vocês, mas eu tenho certeza que tudo vai se resolver, se vocês conversarem.
Jisung encarou Renjun.
— Você acha que eu tenho chance?
Renjun sorriu de lado.
— Claro! Você é fofo, duas pessoas fofas juntas e açúcar demais, pode dar certo.
Jisung passou a mão por seu rosto.
— Onde ele está?
— Atualmente ele está no Japão, mas ele vai embora amanhã e vai direto pra Nova York, ele tem um compromisso lá também.
— Me coloca nessa entrevista ?
Renjun pegou o celular e fez uma ligação. O chinês ficou um bom tempo no celular, mas quando desligou a ligação, ele tinha um sorriso fofo no rosto.
— Quem quer ir pro Japão?
Jisung sorri radiante.
Ele iria resolver as coisas. Ele precisava resolver tudo.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.