História Luxury Lollipop - AU Sabriel Fanfic - XIX - New Emotions

 Desde que acordara e o vira passando pelas grades de Stanford, Gabriel não tirou os olhos do mais novo aluno. Mesmo agora que estava quase no final da aula com Bartolomeu, o professor ranzinza, continuava a lembrar do caminhar e do olhar do moreno. Até mesmo a pele bronzeada e a jaqueta de couro eram bem visíveis ainda em seus pensamentos. Nunca tinha visto nada tão sexy e impuro antes.

 Quando o sinal enfim tocou, parecia sinos dos anjos para o Novak. Ele habilmente e com agilidade guardou seu material e ligou seu celular. Sam que estava ao seu lado apenas o encarava. Ele não sabia o porque, mas estar com Samandriel o deixava realmente mal. Não apenas por não sentir algo forte por ele, mas também por usá-lo no intuito de provocar Gabriel.

 - Apenas lembrando que como estamos no final do semestre, teremos um trabalho prático, onde Robert e eu iremos acompanhá-los para o interior da cidade e lá iremos destacar os problemas sociais do Estado. - dissera o professor loiro largando um sorriso de canto, provavelmente por conta de ter visto Gadreel, e este ter mordiscado os lábios para ele.

 Quando o loiro terminou o anúncio, uma multidão de alunos saíram do local sem ao menos esperar por mais alguma explicação. Gabriel e seus irmãos comentavam sobre o calouro que havia chego. Os loiros da família Novak pareciam que babariam a qualquer momento. Bem, Lúcifer apenas o fazia para irritar o namorado.

 Ao estarem todos presentes, juntando-se as garotas da área de Design, Ray e Wee, o loiro mais novo da família Novak começou a sorrir maliciosamente. O pátio estava um rio de risadas e bagunça, o que impedia certamente o dialeto entre os presentes ali. Wee como sempre revirou os olhos e mordiscou seu sanduíche.

 - Eu descobri várias coisas sobre ele. - comentou o loiro mais novo enquanto sorria maldoso. Balthazar os seguia com um certo ódio no olhar.

 - Nome, CPF, Idade, Localização, IG, Redes Sociais, Impressão Digital. - pediu Gabriel bebericando algo que parecia ser doce em seu canudo.

 Samandriel que saía de sua ala surgiu ao lado de Samuel, que ao tentar dar-lhe um beijo rápido nos lábios, mas ele desvia, dando apenas um beijo de cumprimento. O loiro estranha e senta-se apenas ao seu lado na tentativa de puxar conversa. Adam que estava na sua frente o encarou e fez sinal de que estava o observando.

 - O nome dele é Chriz, ele é britânico e têm vinte e dois anos. - contava Lúcifer com os olhos brilhando - Ele deve ser muito gostoso por debaixo daquele couro todo. Minha Santa Maria Madalenna!

 - Parece que alguém vai ficar na seca por mais alguns dias. - murmurou Balthazar fingindo lixar as unhas.

 - Meu Santo Pai, eu não tenho culpa de espalhar a verdade, meu amor. - explicou-se Lúcifer - Você gostaria que eu mentisse, é isso? Não, não, não, papai do céu ensinou que mentira é feia!

 - Ah claro, e onde estão os outros aprendizados, Luci? - provocou Miguel sorrindo.

 - Maninho do meu coração, não sou que nem você, que compareceu em todas as aulas. - piscou ele vendo o mais velho revirar os olhos e abraçando Adam - Eu devo ter lavado minhas cuecas na manjedoura, porque eu só sofro!

 - Deixa de ser idiota, Lúcifer, conte-me mais do novato. - disse Gabriel voltando ao assunto inicial.

 - Ah, ele sabe falar russo. 

 - Ele deve ser uma delícia na cama, não é mesmo? - questionou o loiro mais velho sorrindo malicioso, olhando Sam de canto, que parecia borbulhar irritado.

 - E eu pensando que você era um anjo, Gabriel. - comentou o moreno sem querer.

 - Meu amor, eu vou trocar minha auréola dourada por chifres purpurinados. - sorriu Gabe cínico para o maior. Sam corou com a resposta.

 O salão de alimentação estava tão cheia que muitos dos alunos agora estavam sentados nas mesas do lado de fora. Eram homens e mulheres de todos os tipos, cores, alturas e idades. Alguns mais simples, outros mais extravagantes. Mas no meio havia ele, com os olhos hipnotizantes e o jeito sedutor de mais cedo. Gabriel quase deu um salto ao vê-lo o encarando. O moreno sorriu para ele e piscou logo em seguida.

 - Me segura, Rosana do céu, que eu acho que vou fazer cosplay de Bela Adormecida eternamente! - exalou Gabriel juntando os braços na mesa e suspirando.

 - Bela Adormecida? - indagou Adam sem compreender o cunhado.

 - Querido, gente poderosa que nem eu não morre. - disse ele empinando o nariz - Nós caímos em sono profundo. 

 - É só ver um cara bonito que quase abre as pernas. - murmurou Samuel revirando os olhos. 

 - My anaconda don't... - cantarolou o rapaz rindo loucamente ao lado dos amigos. Sam apenas observava aquele momento e mal dava atenção ao menor que estava ao seu lado.

 - Vocês viram o novato daqui?! - questionou uma ruiva pulando e sentando-se no meio entre Gabriel e Samuel.

 - O bofe escândalo já foi notado até pelo papa, querida. - disse ele sorrindo lascivo para o tal que o encarava - Acho que os policiais deveriam prendê-lo pelo tanto de testosterona que ele exala. Olha só aquela barba mal feito. Santa Aguilera do Lubrificante!

 - This boy is a bottom! - cantou Charlie numa tentativa de zombar dele, o que fez com que seu amigo risse mais ainda e concordando com a cabeça.

 As horas se passavam após tanta conversa. Samuel tentava a todo o custo falar com Gabriel, mas este reservava sua total atenção para o jovem moreno de olhos cor de âmbar. O Winchester irritou-se e decidiu ficar em silêncio, ignorando até mesmo Samandriel, que sentiu-se chateado com o moreno.

 Quando o sinal tocou, todos os adultos ali presentes saíram para seus devidos e respectivos lugares. Gabriel que estava todo atrapalhado com as próprias papeladas caiu e derrubou seu material por inteiro. Por certa sorte, Samuel que ainda não tinha ido embora o ajudou. Um encarou o outro e o loiro tratou de desviar a atenção para qualquer outro lugar.

 - Gabe...

 - Sam...

 - Então, topa sair hoje a noite? - perguntou o maior o encarando de baixo enquanto ajeitava os cabelos. O loiro apenas negou com a cabeça.

 - Vou sair. - mentiu ele cínico.

 - Pra onde? - questionou o moreno um tanto curioso. Gabriel revirou os olhos e virou-se de costas saindo em direção ao portão principal.

 - Atrás de um homem. - respondeu ele dando de ombros.

 - Sabia que falando assim você parece uma puta? - disse Samuel mostrando-se irritado. Ele sabia muito bem o motivo daquele alvoroço interno, mas era óbvio que não admitiria. O loiro se virou cerrando os olhos e apontou o dedo para o alto.

 - Olha aqui, Samantha, eu acho melhor você me respeitar! - exclamou o menor sentindo-se ofendido. Sam riu desgostoso em forma de zombação.

 - Como uma vadia feito você quer ter respeito? - comentou o moreno rindo. Gabriel neste momento estava vermelho de raiva e bufava alto.

 - Não tenho culpa se sou melhor com os caras do que você. - respondeu ele a altura. O Winchester fechou a cara e o arrastou segurando seu braço.

 - Winchester, você está me machucando. - disse ele sentindo certa pontada de dor no braço direito.

 - Você vai atrás daquele idiota, não é? Chriz o nome dele, certo? Hum? - perguntou Sam pressionando-o mais ainda enquanto persistia em apertar seu braço. A face do Novak estava dura mas ele sentia a dor.

 - Me solta seu babaca! - disse Gabriel tentando libertar-se dos braços do outro, o que apenas dificultava a ação. Por um momento ele teve um pouco de coragem misturada a ousadia e cuspiu na cara do moreno - Sim, e aposto que ele é mais homem que você e que vai adorar me comer quando eu virar a bunda pra ele! 

 Num giro externo em torno de trezentos e sessenta graus bem feitos, a mão esquerda e liberta de Samuel voltou-se contra o ar e com pressão atingiu a face do menor. Gabriel arregalou os olhos e esfregou com a palma da mão sua bochecha. Ele encarou o maior que estava assustado consigo mesmo. O loiro segurou as lágrimas que queriam rolar e ergueu o olhar.

 - Gabe, me d-desculpe, e-eu...

 - Não olhe mais na minha cara, Samuel Winchester. -apenas disse ele antes de partir a caminho de seu dormitório.

 O loiro andava irritadamente e com a cabeça fervendo a mil até a ala das certificadas residências. No meio do caminho ele deu de cara com Adam um tanto perdido. Quando eles se esbarraram com os olhos, o loiro menor notou que seu amigo não estava bem.

 - Gabe, aconteceu alguma coisa? - perguntou ele perguntou um tanto preocupado.

 - Samuel Winchester. - rosnou ele com raiva - Foi isso que aconteceu.

 - O que ele fez dessa vez, Gabe? 

 - Ele nasceu! - gritou o mais velho irritadísso enquanto abria a porta do quarto com a chave provisória.

 - Isso eu já sabia, mas e agora, o que ele fez de errado? - questionou ele adentrando logo atrás do outro. O flat esta calmo demais pra ser verdade, até que então uma gritaria tomou conta do local.

 - Ele me bateu! - respondeu ele com mais raiva ainda enquanto jogava a bolsa em cima do sofá.

 - E-Ele bateu em você, Gabe? - indagou ele ainda paralisado. Certo, Adam estava abismado e pensando que o Novak blasfemava.

 - Sim, e ainda me chamou de vadia. - ele suspirou. O loiro sentou-se ao seu lado e o abraçou. Gabriel segurava o choro.

 - Ei, Gabe, não fica assim, tá? Ele não te merece e eu aposto que você vai achar alguém melhor. - dizia ele tentando consolar seu melhor amigo. O mais velho apenas deu de ombros.

 - Já estou acostumado em me dar mal em tudo mesmo. - disse ele com um semblante tristonho. 

 - Eu não aguento ver você assim, Gabe. - vociferou o garoto fazendo beicinho - O que eu posso fazer pra te deixar feliz? 

 Gabriel sorriu fingindo ser sádico em direção ao menor que apenas entortou a cabeça para o lado em desentendimento. O Novak riu baixinho e encarou seu amigo. Adam conseguia ser realmente inocente quando queria.

 - Olha, eu bem que adoraria ver um pornô gay entre você e o Miguelito, ao vivo! - disse ele gargalhando quando notou Adam se engasgar com a própria saliva. O menino corou fortemente e seguiu-o em direção à cozinha.

 - V-Vai a merda, Gabe! - respondeu ele gaguejando. 

 Enquanto Gabriel tentava preparar algum doce no cômodo, Adam ficava procurando algo sobre relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Ele se surpreendia com cada coisa e foto que aparecia, até que em um momento sentiu um arrepio correr por suas costas, e ao virar-se para trás, deu de cara com um moreno que surpreendeu-o com um beijo.

 - Oi, meu Anjo. - cumprimentou o Novak mais velho. Adam ficou quieto por um instante e viu Miguel tomar o celular de suas mãos.

 Gabriel que apenas observava a cena inteira ficou rindo baixinho. Adam tentou apanhar o aparelho móvel celular das mãos do mais velho, o que rendeu mais risadas ao outro loiro presente, afinal, o moreno era maior que seu namorado e o mesmo caía várias vezes por tentar alcançá-lo.

 - Adam, por que estava procurando esse tipo de coisa? - questionou Miguel rindo baixinho. Adam sentia-se totalmente envergonhado. O moreno mordia os lábios segurando a ereção que queria crescer.

 - Você fica se metendo nas minhas coisas, Mi, que merda! - respondeu o garoto encabulado enquanto se jogava na poltrona de couro. Ele cruzou os braços realmente irritado; Miguel riu.

 - E você sabe onde mais eu vou meter, hum? - sussurrou ele quando se aproximou do menor e escorou-se sobre ele. Sua voz saía mais firme e sedutora, o que fez Adam sentir-se extasiado.

 - Miguel! - reclamou ele rindo e dando um soco no ombro do maior - Eu só vi aquilo por curiosidade.

 - Certo, meu amor, desde que depois eu possa testar essas curiosidades com você. - respondeu ele sorrindo lascivo mas logo voltando a sua postura séria. Gabriel aplaudiu.

 - Eu estava adorando o filme pornô, meu povo, vamos voltar. 

 Miguel revirou os olhos rindo e desabotoou os botões da camisa social que vestia. Adam sentiu o ar faltar. Os três ali no momento conversavam entre si e num momento estranho, novamente escutaram alguns berros, porém desta mais altos e mais próximos.

 - Você que está errado, seu mesquinho! - a voz de Balthazar e Lúcifer em meio a discussões foi-se escutada e Miguel logo tratou de ir atrás deles. O primo estava no corredor onde ele determinou-se à aproximar-se.

 - O que está acontec... - antes que o moreno pudesse falar algo, abaixou o corpo vendo um vaso voar naquela direção e quase acertar o grisalho, mas por sorte, acertando o piso.

 - Olha aqui seu imprestável, me deixa quieto e vai comer a maldita bunda do Shurley! - berrou ele em resposta enquanto batia com a porta de um dos quartos.

 Miguel que até o momento estava com a face concentrada no quase estrago do primo, encarou-o sem entender e ele apenas suspirou. Balthazar tinha olheiras que provavelmente seriam explicadas para os familiares, pois Miguel o dava o olhar de que queria saber tudo. Os dois foram até a cozinha novamente.

 - Que gritaria era aquela, minha Santa Britney Do Arraial, e olha que nem estamos na Casa da Mãe Jôana! - disse Gabriel zombando mas logo desculpando-se por ver o estado de seu primo, que no caso, parecia estar abalado.

 - O que houve, Balth? - perguntou Adam amigavelmente enquanto sentava-se ao lado do colega e segurava sua mão carinhosamente.

 - Não sabia que pra consolar precisava ficar assim tão perto. - resmungou Miguel com a cara fechada enquanto via o loiro rir - Abre a boca, Balthazar.

 - Foi o Chuck... Ele... Ele me beijou, e o Lucy viu, mas eu o empurrei! - ele respondeu. Sua cabeça latejava pois tinha passado a noite inteira tentando se redimir com o namorado, ou agora, ex-namorado.

 - Bom, e você já tentou falar com o tal do Chuck? Sabe por que ele o beijou? - perguntou Adam tentando ser o mais cuidadoso o possível para não magoá-lo.

 - Chuck e eu namorávamos antes de eu conhecer Lúcifer, e quando a gente terminou, ele meio que não aceitou bem. - disse ele fazendo uma careta com as recordações passadas em sua mente - E o resto você já sabe.

 - Certo. Por que você não vai lá e conversa com ele? Seja carinhoso e peça desculpas. - aconselhou o loiro sorrindo de leve enquanto dava alguns tapas no ombro do amigo.

 - Eu vou tentar. - apenas disse isso ao sair do local carregando a chave de seu carro e de seu flat.

 Do outro lado da universidade, Sam adentrava em seu dormitório cujo dividia com os outros dois irmãos. Ele estava um poço de frustração e ódio por si mesmo. O moreno jogou o material no sofá, o que assustou Dean e Castiel que se beijavam perdidamente em cima do mesmo. O moreno de olhos azuis corou instantaneamente e arregalou os olhos, separando-se do namorado.

 - Fala aí, Sammy. - cumprimentou o loiro sorrindo de canto sarcástico.

 O Winchester caminhou com passos pesados até o quarto, onde bateu com a porta de madeira fortemente, fazendo a mesma tremer. Castiel que estava estranhando a cena resolveu questionar ao mais velho. Dean apenas respirou fundo e levantou-se indo em direção à onde o irmão estava. Ele bateu na porta cuidadosamente e apenas escutou murmúrios e palavrões advindos do filho do meio.

 - Sammy, o que aconteceu, cara? - perguntou o loiro preocupado.

 - Nada, Dean, me deixa em paz! - respondeu ele. Sua voz saía rouca e bem aguda por conta do abafado local em que estava localizado, debaixo de cobertas.

 O homem com cabelos cor de trigo apenas assentiu suspirando e voltou para a sala dando de cara com Castiel abrindo a porta. O jovem de cabelos loiros e camisa de flanela grande apareceu e entrou no cômodo. Samandriel acenou para o outro e sorriu confortável.

 - Sam está? - perguntou o mais novo entre eles. Dean apenas assentiu com a cabeça e a direcionou para os quartos.

 - Trancado no quarto. - ele murmurou. O menor apenas estranhou e seguiu em frente.

 Aproximando-se em passos calmos, Samandriel bateu na porta do quarto e em troca recebeu vários palavrões destinados à Dean. Ele riu baixinho e disse ser quem realmente era. O quarto retirou completamente seu som e logo após ouviu-se o barulho de fechaduras batendo levemente. A porta foi destravada e logo aberta, revelando um Winchester moreno com olhos avermelhados e cabelos desgrenhados.

 - Sammy? - indagou ele preocupado. De primeira ele o abraçou e demorou para o maior devolver, mas logo o fez.

 - Oi, Sam. - apenas disse depois de fechar a porta.

 - Você tá mal por quê? - perguntou ele diretamente. Ele recordou-se de quando tentou beijá-lo e ele virou-se.

 - Não é nada. - apenas respondeu dando de ombros.

 - Ei, Sam, posso tentar uma coisa? - pediu o jovem e o outro apenas assentiu.

 Samandriel segurou o queixo do maior e o puxou para um beijo. De início o Winchester correspondeu mas logo flashes de Gabriel correram em sua mente e ele logo tratou de se afastar. O loiro sorriu de lado, o que o alto estranhou. O rapaz começou a rir, o que causou mais confusão ainda na cabeça do menor.

 - Desculpa, eu só não to com cabeça pra isso, Sam. - pediu o maior mexendo nos cabelos. 

 - Sei muito bem aonde está com a cabeça. - disse ele sorrindo - E tem nome e sobrenome, gosta de doces, é menor que eu e tem irmãos gostosos.

 - Eu não gosto do Gabriel! - exclamou ele.

 - Ah claro que não, e a Sasha Gray saiu da Indústria Pornô! - disse ele rindo.

 - Certo, eu sou apaixonado por ele. - confessou o maior.

 - Você têm que falar isso pra ele e não pra mim. - Samandriel ergueu os braços zombando.

 - Não é tão fácil assim. - suspirou o alto.

 - E por que não? Se você se atracou comigo na frente dele, então qualquer coisa é fácil. 

 - Mas com você era diferente.

 - Diferente como? - questionou ele.

 - Eu o amo. - murmurou. Samandriel sorriu e pulou na cama do maior fazendo uma dança estranha, o que gerou risos em Sam.

 - Aleluia minha Santa Nicki Minaj da Sagrada Anaconda! - gritava ele que logo se sentou e encarou o "amigo" - Eu vou te ajudar!

 - Ajudar em que? 

 - A conquistar o Gabe, né idiota. Dã! - disse ele com obviedade.

 - E como eu farei isso? 

 - Primeiro passo: Ciúmes. - disse ele sorrindo travesso - Você arranja alguém e fica com a pessoa perto dele, mas seja legal com ele, okay? 

 - E onde eu farei isso? - questionou ele.

 - Na balada de hoje a noite. - respondeu novamente agora mexendo em seu guarda-roupa.

 - E ele vai? 

 - Poupe-me Winchester, Gabriel é o tipo de cara que têm aptidão de sair pra farrear. - disse ele explicando - Mas também tem cara de quem só sofre na primeira semana, então eu aconselho que seja rápido ou você perde a onda, meu caro.

 - E como você sabe se isso vai dar certo?

 - Ora meu bem, um viado conhece o outro. - piscou ele malicioso.

 - Eu to lascado, Jesus. 

 - Você não se cansa de se foder na vida não, meu amigo? Haja cu pra tomar viu! - zombou o menor rindo.

 - Me fodo tanto que daqui a pouco engravido. - diferiu ele jogando a cabeça na cama.

 Gabriel andava distraidamente pelos corredores de Stanford, pouco atento e conforme os passos aumentavam em direção ao cômodo que tanto buscava - a Biblioteca -. O loiro assobiava alguma música qualquer quando adentrou enfim o local determinado.

 O Novak procurou pelos livros necessários que utilizaria para sua próxima pesquisa, porque não iria pedir para seus irmãos e muito menos seus amigos para ajudarem-no. O jovem estava ficando estressado por não encontrá-los e logo socou o armário feito de madeiro, fazendo com que eles tremessem. Ele suspirou.

 - Procurando por isso? - indagou uma voz esguia e rouca atrás de Gabriel, que arrepiou os poros e arregalou os olhos. Ele encarou o livro ao seu lado e virou-se para encarar quem quer que fosse.

 - Esse mesmo. - Gabriel sorriu maldoso ao notar que era o calouro. Ele era bem mais bonito de perto. Cabelos levemente bagunçados e lábios rosados.

 - Poderia entregar ele e mais algumas coisas pra você. - sussurrou ele ao pé de seu ouvido após prendê-lo na parede.

 Gabriel sentiu a respiração do moreno pesar sobre seu ombro e ele sorriu mais ainda. O jovem apalpou sua bunda e ali manuseou as mãos colocando algo dentro. Após o ato, ele saiu caminhando normalmente. O loiro ainda mantinha o sorriso na face e apanhou o que estava com ele. Ao abrir o pequeno pedaço de papel encontrou um número de celular escrito em tons de vermelho.

 O dia passou mais rápido que o esperado para o Novak brincalhão. Ele ainda não conseguia tirar da cabeça que tinha conseguido o telefone de Chriz. Ao voltar para seu dormitório a algumas horas atrás, ele caçoou de Lúcifer sobre ter pego o novato antes dele. Balthazar e o filho mais novo dos Novaks já tinham se resolvido e os dois neste momento se beijavam em cima do sofá, enquanto Gabriel observava.

 - Vocês são tediosos no sexo, viu coisinhas. - diferiu ele rindo de canto encarando a tela do próprio celular. 

 - Você sempre foi implicante assim ou só notei agora? - rosnou Lúcifer revirando os olhos e jogando-se deitado de forma largada no sofá. 

 - Deveria saber que sou irritante, recorda-te que já dividimos o mesmo útero sequencialmente? - indagou ele sorrindo brincalhão, o que fez o outro loiro mandar-lhe dedo do meio em sinal de ofensa e soltar gargalhadas do grisalho.

 Após tanto tempo encarando a tela de seu IPhone, Gabriel fechou o mesmo e revirou os olhos. Onde estava com a cabeça quando imaginou que Chriz iria ligar para ele? Só podia ser ilusão. Ele sentiu o aparelho vibrar e arregalou os olhos. Gabriel correu, pulou e berrou pelo Flat. Os outros dois presentes apenas o encararam estranho.

 - Eu já devia saber que ele era assim. - confessou Lúcifer entortando o olhar. Balthazar concordou surpreso com o ato do primo barra cunhado.

 - Ele me chamou pra sair. - gritou o loiro menor logo apontando para o irmão - Viu, eu vou pegar o Chriz antes de você. Chupa essa, Satanás!

 - Vai se foder, idiota. - apenas respondeu ele - Pra onde você e ele vão? 

 - Eu não, mas ele disse pra eu buscá-lo no Flat dele. - disse ele com os olhos brilhando.

 Gabriel vendo o horário de que se tratava o possível "encontro", tratou de se arrumar. Banhou-se sem muita pressa e escolheu uma das melhores roupas que tinha, que no caso eram muitas. Quando estava pronto, saiu do quarto e encarou o irmão e o primo se agarrando de novo, mas dessa vez na bancada da pia. Lúcifer assobiou e soltou palmas.

 - Se não fosse meu irmão, eu até fazia umas saliências. - ele zombou e Balthazar o encarou sério - Eu to brincando!

 - Acho tão engraçado a relação de vocês sendo como moeda de troca para o sexo. - riu Gabriel com a carteira e a chave de casa em mãos - E eu sei que to gato, já nasci gostoso pra caralho!

 O loiro saiu de seu Flat e seguiu o corredor, caíndo na porta de onde tinha sido mencionado a aparecer. Ele bateu na mesma e em pouco tempo ela se abriu, revelando Chriz, que estava apenas com uma toalha branca na cintura e um sorriso zombeteiro nos lábios entortados e sexys. Ele deu passagem para o loiro adentrar e reparou na bunda dele.

 - Eu só vou me vestir. - ele avisou saindo - Se bem que podíamos ficar assim por mais tempo.

 Chriz tinha oferecido algo para ele beber e pediu para que se sentisse a vontade. Gabriel sentou-se em uma das poltronas e ficou pensando se o que estava fazendo era errado ou não. Ele não podia negar que o que sentia pelo Winchester era algo estranhamente grande, mas também sabia que teria que esquecê-lo hora ou outra.

 Pouco tempo depois de esperar, o loiro que estava de olhos fechados sentiu algo em seu pescoço. Rastejava e cheirava a folhas de outono. Ele sorriu e pensou diretamente no moreno. Ele sentiu algo molhado pela clavícula e deduziu que fosse sua língua. Ele riu engraçado e mordeu o lábio.

 - Chriz deixe isso para mais tarde. - apenas disse ainda de olhos fechados, mas nada foi respondido, apenas um pequeno barulho de sibila. Ele rapidamente abriu os olhos e encarou o espelho cujo ficava a sua frente. Ele tremeu de medo e nervoso ao notar o que era.

 - Chriz! Socorro, meu Deus! - ele berrava ao notar a enorme Píton de tons amarelos e pretos cercando seu pescoço e se enrolando ao mesmo - Socorro, Chriz, meu Deus, têm uma cobra aqui, caralho! Chriz!

 - Gabe, você tá... - antes que pudesse perguntar algo, Chriz que estava saindo do quarto desatou-se a gargalhar observando o estado do colega. Ele seguiu o caminho até eles e passou a mão pelo animal.

 - Satanás, eu não quero morrer agora. - dizia Gabriel quase chorando - Deus, eu sei que comi dois caras de uma vez, mas me perdoa, cara! Chriz!

 - Gabriel, fica calma, a Píton não tem presas. - ele riu e envolveu a cobra em seu braço - Eu a domestiquei.

 - Posso dizer pros meus futuros filhos que uma vez uma cobra quase me enforcou. - brincou ele ainda nervoso, e desta vez afastado do animal que ainda o encarava e soltava baixas sibilas.

 - Eu vou guardá-la. - disse o moreno de mechas rindo. Ele a prendeu em uma grande jaula de vidro e prosseguiu o caminho com Gabriel que respirava mais tranquilo agora.

 - Vamos no meu carro. - alertou Chriz sorrindo enquanto trancava a porta.

 Eles seguiram juntos até o estacionamento e adentraram no automóvel negro do moreno. O caminho foi seguido cheio de conversas e risos dos dois. Descobriram que tinham várias coisas em comum. O papo fluía tão bem que mal notaram quando o carro tinha estacionado novamente.

 Os dois saíram do mesmo e encararam o local. Parecia ser apenas um grande depósito velho e abandonado, o que decepcionou o loiro. Eles caminharam juntos em direção ao portão que tinha ali e Chriz apertou um dos interfones, falando algo em seguida como SWAG, o que de fato, Gabriel estranhou. Um homem alto e robusto destrancou a porta e deu espaço pros dois passarem. O moreno sorriu e puxou o loiro consigo.

 Gabriel podia dizer que estava de boca aberta com o local. De fato tinha pensado que era algo horrível ou sem graça alguma, mas mudou completamente sua ideia ao ver o interior do local. Os pisos eram totalmente em neon, transmutando as cores a cada piso que dava; as paredes brilhavam com a batida das luzes nos tetos; e a bancada de DJ e de bebidas estava formada por fumaça branca e luzes. 

 A cada passo que os dois davam entre risadas, Gabe esbarrava em alguém sem camisa ou alguém com o corpo todo molhado em tinta neon. O som estava alto e a música era bem remixada. As pessoas pulavam e dançavam em sincronia, enquanto algumas bebiam ou se beijavam em cada pequena parte do local.

 Chriz e Gabriel deram início a uma dança estranha e muito engraçada para quem visse, mas eles estavam curtindo um com o outro e isso que importava. Os corpos batiam e se remexiam. Mãos na cintura e nos cabelos esvoaçados. O som entrava em seus ouvidos e e os deixava totalmente agitados.

 O loiro puxou o colega para o bar, onde fizeram competições de quem bebia mais. Gabriel com certeza bebeu muito mas controlou-se, assim como Chriz. Mas quem disse que eles não culpariam os drinks que tomaram caso acontecesse algo inesperado? O novato puxou o Novak para a pista após tantas risadas, conversas e diversos tipos de misturas para bebidas. Eles voltaram a dançar mais agarrados, e depois de descobrirem sobre as pinturas, Gabe fez questão de pintar o próprio abdome de Chriz, que aceitou rapidamente.

 A música tinha mudado e os dois ainda se encaravam. Gabriel estava com o pincel na mão e sentado na mesma cadeira que Chriz. O moreno sorriu de lado, o que era bastante excitante e num ato rápido, o loiro sentiu seu queixo ser puxado e tomado pelos lábios do outro.

 Suas línguas balançavam e eles não se importavam se alguém aparecesse. As mãos brincavam em cada canto do corpo e eles gostavam daquilo. O equilíbrio entre suas mentes parecia ter sumido com cada toque que recebiam. Gabriel segurou-o pela nuca e tornou o beijo mais feraz.

 - Rapazes, chega por hoje, né não? Tenho porno gratuito na TV. - disse uma voz que Gabriel reconhecia muito bem. Ele se virou e viu os amigos rindo.

 - Puta que pariu, nem aqui eu tenho um descanso. - disse ele notando os irmãos, exceto o mais velho, e os amigos ali.

 - Esse é o Gabriel? - dissera um dos homens que o loiro parecia não conhecer.

 - Em carne e osso. E você? Se for algum dos meus ex-s, diz o nome e de onde você é pra eu lembrar. - disse ele sorrindo maldoso.

 - Benny, mas você pode me chamar do que quiser, Gabriel. - apresentou-se o loiro de cabelos um tanto escurecidos.

 - Ele está comigo, B. - disse o moreno sorrindo para o antigo amigo.

 - Chriz, que bom que aceitou meu convite e veio acompanhado! - respondeu o dono da casa noturna abrindo mais um sorriso, que logo foi direcionado para o Novak de olhos cor de mel - E muito bem acompanhado, por sinal.

 - Certo, chega de putaria, eu preciso beber. - vociferou Lúcifer dando partida com o namorado e os amigos.

 Não faltou muito para o "casal" voltar a dançar. Eles esfregavam os corpos e seguiam com beijos e mais beijos, e Gabriel não fazia questão de adicionar o quão louco de tesão estava pelo recente amigo. Seus corpos pediam por mais, e a mente de ambos dizia que esse era o certo. 

 Quando o tempo passou, Chriz decidiu que procuraria Benny para resolver uns assuntos, mas que logo voltaria. Gabriel o esperou um pouco no bar e sentiu uma sombra grande formar-se ao seu lado. Ele nem se quer se virou para saber o que era, mas ouviu sua voz, o que o deixou levemente perturbado.

 - Gabriel? - indagou Sam. 

 Samuel estava belíssimo, de acordo com o pensamento do loiro. Os cabelos levemente bagunçados para o lado. Trajava calças justas e camisas de flanela. Seu rosto estava sujo com tinta verde e laranja. O menor virou-se contra ele de braços cruzados e ficou boquiaberto ao ver quem estava ao seu lado. Duas mulheres, uma loira e a outra morena, ambas com a mesma estatura.

 O Novak desatou-se a dar um tapa em seu rosto, e com força. Sam o encarou incrédulo mas não revidou, apenas passou a palma de sua própria mão na área. Seus olhos exalavam espanto e as duas acompanhantes ficaram absurdamente apavoradas. 

 - Esse foi por ter me chamado de vadia e por ter me batido. - ele disse e logo deu outro, desta vez no outro lado - E esse foi por você estar junto de uma piranha que te deu chifre! 

 - Você que faz as merdas e eu que levo as culpas? - zombou Sam rindo em gozação. Gabriel ficou irritado mas controlou-se.

 - Eu que faço merda? Veja bem: Você se agarrou com um garoto do primeiro ano, me iludiu e agora ta se agarrando com uma verdadeira vadia que vai te dar um pé na bunda quando ver que teu pinto é pequeno!

 - Veio sozinho ou tá acompanhado de alguém? Afinal, o prostíbulo é ali do lado. - disse Sam sorrindo sarcástico.

 - Eu vou te mostrar quem é a vadia aqui, Winchester. - respondeu ele com os olhos fervendo em ódio.

 - Vai fazer o que? Empinar a bunda pedindo pra ser fodido? Me poupe, Novak.

 - Meu querido, quando eu sou bom, eu sou muito bom, mas quando eu sou mau, eu sou melhor ainda. - sussurrou Gabriel maldoso voltando a dançar com Chriz, que estava mais animado ainda por conta da bebida.

 Algum tempo depois Sam se tocou do que tinha feito e tratou de procurar Samandriel, que tinha o indicado à vir para tal local e arranjar alguém para provocar Gabriel. Ele se desfez das mulheres que o seguiam e o encontrou próximo ao balcão de bebidas.

 - Eaí? Conseguiu algum cara? Ele viu você? - perguntou ele animado.

 - Eu acho que não deu certo... - disse ele encarando os pés.

 - Por que não, babaca?

 - E-Eu vim com a Jess e ele viu, e eu chamei ele de puta de novo. - respondeu ele fazendo uma careta.

 - O que?! Puta que me pariu, viado, você se afunda na própria merda, caralho, tu nunca faz nada certo? - berrava ele exaltado. Samandriel puxou o maior para o lado em que podia-se notar o loiro dançando com o calouro. Os dois estavam próximos demais para seu gosto.

 Gabriel parecia não ter se importado com as palavras rudes de Samuel porque estava se divertindo ao lado de Chriz, mas ele sabia que sentia-se mal por isso. Chriz fora apanhar spray e tomar mais um drink, deixando o loiro esperando enquanto bebia. Ele notou duas presenças inesperadas ali e logo revirou os olhos

 - Olha Hannah, esse é o ladrão de homens, quem olha assim pensa que é inofensivo. Cuidado ou ele vai roubar seus sapatos, amiga. - diferiu Jéssica ao lado de uma morena, cujo ditamente era sua prima. A outra apenas riu debochada.

 - Sou tão inofensivo quanto uma mosquinha, por mais que eu me ache mais uma borboleta. - zombou o loiro rindo da cara da mulher a sua frente que se irritava cada vez mais - Roubar as roupas dessa aí? Querida, se eu quisesse lixo eu procurava um Brechó!

 - Quem você tá chamando de brega, viado? - indagou a morena. Sua voz era irritante e ele revirou os olhos - Eu só uso roupa de marca e todos me querem!

 - Olha aqui oh vadia, tu se toca, viu? Você acha que é o iceberg que distruiu o Titanic? Que é a última coca-cola do deserto? Que é a bomba que destruiu Hiroshima e Nagazaki? Meu bem, você não chega nem perto de ser a piriquita que conquistou a filha de Gretcheen!

 Então, piranha, te toca na mandioca, tu me chama de viado, mas aposto que ta aqui sozinha porque teu namorado tava descascando a banana pros caras da boate! 

 Não demorou muito mais que mais duas músicas após ter discutido com a loira e a morena para que Gabriel se cansasse e quisesse ir para casa. Ele se despediu dos irmãos, do primo e dos amigos, que lhe lançaram um olhar sacana. Chriz iria levá-lo para seu Flat como o prometido, então não precisou atrapalhar a noite de nenhum dos acompanhantes.

 No outro lado de onde os jovens estavam curtindo sua festa, permaneciam Miguel, o Novak mais velho e Adam, o mais novo dentre os Winchesters. Os dois apreciavam o tempo sozinho como namorados, em uma deliciosa noite de jantar à sós, sendo o moreno seu cozinheiro.

 O Novak terminava de comer o macarrão em seu prato enquanto o loiro apenas observava a cena rindo. Miguel ao findar sua refeição o encarou e dotou-se à risadas. O menor sem compreender tombou a cabeça para o lado, como sempre fazia, o que deixou o outro com pensamentos flertes.

 - O que foi? - perguntou o mais novo.

 - A sua boca. - disse ele entre risos - Ela está suja.

 - Ah, era isso. - respondeu Adam corando e logo tratando de limpar-se, sem resultado - Saiu? 

 - Não. Deixa que eu tiro. 

 Miguel aproximou-se do garoto e encarou seus olhos. Eles tremiam com os seus e aos poucos ele sentiu seus dedos se recostarem. Adam batia os cílios em pouca sincronia. Miguel segurou o queixo dele e puxou-o para mais perto. Em questão de segundo cronometrados, os companheiros detonavam-se em beijos. Miguel sentiu seu corpo cair para trás e Adam sentou sobre seu colo.

 O menor segurava-o pela nuca enquanto a arranhava e puxava levemente os cabelos negros. O mais velho apalpava sua cintura com firmeza enquanto seguia o ritmo de seus lábios envolvidos. Os dois travavam uma batalha contra o ar, e não queriam desistir tão cedo. Aos poucos o calor entre eles fora aumentando e o clima apenas crescia.

 O moreno passou uma de suas mãos por dentro da camisa do jovem que mesmo sentindo um frio na barriga, não parou de beijá-lo. Miguel puxou-o mais contra si, deixando seus corpos bem mais próximos e atados um no outro. O calor sendo misturado e totalmente mesclado entre tais deixava a sensação de prazer apenas maior.

 Quando enfim as camisas rolaram para o chão de carpete, Adam se tocou do que estava fazendo e recordou de Lynch, do dia do Luau e um medo preencheu seu corpo. Ele afastou-se do namorado com os olhos arregalados. Suas bochechas estavam altamente coradas num tom avermelhado. Ele desceu os olhos pelo peito nú de Miguel. Liso e com marcas de suas pequenas unhas no local afirmado. 

 - Adam? - indagou Miguel.

 - D-Desculpe, Miguel. - apenas disse ele enquanto erguia-se de pé apanhando sua camisa e correndo em direção ao quarto de seu Novak. Miguel repousou e respirou fundo esfregando a face.

 O menino ao entrar no outro cômodo sentou-se à cama e observou o local. Os pensamentos rolavam solto sobre o que poderia ter acontecido à alguns minutos atrás. Seu corpo estava fervendo e pedia por mais um pouco daquilo, mas sua mente dizia que era errado e que não deveria acontecer tão cedo. Ele suspirou e sentiu-se chateado por ter decepcionado o mais velho.

 Miguel que estava na cozinha guardando a bagunça que ele e o namorado tinham feito, parou e pensou sobre o porque de não terem prosseguido. Ele recordou-se de quando leu o diário do menor e parou na página em que dizia sobre sua virgindade. O Novak sorriu de canto notavelmente mostrando o quanto achava isso fofo da parte do loiro. Algumas vezes a ingenuidade de Adam o deixava feliz, em outras vezes, extremamente excitado.

 O homem prosseguiu o que estava fazendo e logo findou-o. Miguel caminhou em direção ao banheiro e lá tomou seu banho, tão esperado após ter tido um enorme trabalho ao tentar fazer um jantar para impressionar o garoto. Em pouco tempo ele terminou a ação e voltou-se para o quarto vestindo apenas seu tão costumado calção. Adam estava na janela observando o céu.

 Miguel sorriu e aproximou-se dele, abraçando-o por trás. O jovem apenas sorriu meio tristonho. O mais velho tocou sua cintura, fazendo-o estremecer as laterais de seu corpo. Adam era muito sensível, e essa com certeza, era uma das características que o moreno mais gostava em seu menino.

 - Me desculpe. - disse Adam um tanto envergonhado.

 - Pelo o que, meu Anjo? - questionou o outro confuso enquanto encaixava seu queixo sobre a clavícula do menor.

 - E-Eu ter feito aquilo... - respondeu ele. Miguel riu baixinho.

 - Aquilo era só uma amostra do que eu faria com você, meu Anjo. - sussurrou ele baixinho. Um sorriso maroto surgiu em seus lábios e Adam corou instantaneamente.

 - Desculpe ter me afastado. - disse ele mordendo os lábios. Seu corpo ardia com cada toque do namorado.

 - Ei, não precisa ser assim, podemos ir com calma, certo? - adiantou Miguel na tentativa de tirar o medo do outro. Adam suspirou e virou-se para ele, beijando-lhe suavemente.

 - O problema é esse. - disse ele encarando-o - Eu não quero ir com calma.

 Miguel parecia ter recebido uma grande luz em sua face. Ele rapidamente ergueu o rapaz em seus braços e o puxou para mais um beijo, mas desta vez, avassalador e ofegante. Seus corpos grudavam e batiam, mas desta vez não vacilariam e se afastariam. Continuavam no movimento continuavam firmes. As mãos deslizavam por ambos os corpos.

 O moreno desceu os lábios pela curva do pescoço do menor, que aceitou no mesmo momento. Sua pele entrando em um choque constante causado pelo mais velho apenas deixava aquilo mais sensual. O Novak escorregava as mãos pelas nádegas do outro, apertando-as de leve. Aos poucos as mordidas pelos ombros e arranhões pelas costas ficaram frequentes e visíveis.

 Num ato brusco, Miguel jogou o corpo leve do garoto sobre sua cama. Adam sorriu e o mais velho notou que de seus olhos saíam em rios de luxúria. Ele ajoelhou-se entre as pernas entreabertas do garoto e trilhou beijos e chupões por seu abdome frágil e pouco definido. O loiro segurava seus cabelos e mordia os lábios, já segurando os próprios gemidos.

 O mais velho voltou a subir e agora dedilhava com a ponta do indicador e do polegar a aba da cueca boxer do menor, que sorria safado. Miguel o encarou e sorriu de lado. Os dois selaram os lábios e deixavam as línguas guiarem seus atos. O Novak desceu a bermuda do jovem que puxou a dele junto. 

 O Winchester agora não segurava mais os sons abafados de sua boca e os soltava baixinhos. Miguel mordiscou o lóbulo de sua orelha e passou as mãos sobre o membro ainda coberto do menor. Suas mãos deslizaram pelas costas nuas do alto e ali arranharam-no, deixando pequenas marcas avermelhadas. Aquela ação deixou o membro apertado do moreno mais ereto.

 - Você sabe o que eu vou fazer, Dam? - questionou ele sussurrando ao pé de seu ouvido - Eu vou fazer você gemer, Adam, bem alto.

 Miguel desatou um grande chupão pelas áreas do pescoço do menor e devagar desceu as próprias mãos para o short do menino. Ao invés de desabotoar como o usual, ele apertou os dois lados e os puxou em ângulos opostos, rasgando o traje. Miguel observou o pênis por trás do pequeno fio de tecido branco de renda que Adam usava. O pré-gozo era bem visível, o que deixou o loiro um tanto acanhado.

 - Puta merda, meu Anjo. - ele mordiscou o lábio inferior e apertou as coxas nuas do rapaz - Tudo em você é convidativo.

 O casal uniu-se e selaram-se. Adam puxava-o para mais perto enquanto forçava a barreira entre seus corpos. O loiro rapidamente subiu para o colo do mais velho, o que o fez sorrir lascivo. Ele abriu delicadamente e de forma provocativa os botões do short que Miguel vestia e quando o retirou por inteiro, brincou com as mãos por cima do membro. O moreno gemia baixinho em frustração.

 O loiro após encarar a ereção altamente crescida do namorado, colocou os dedos por dentre ela e a puxou devagar. Ao terminar de retirá-la, viu o pênis de Miguel totalmente ereto e pulsando. Ele sorriu e repousou suas mãos sobre ele. Deu início a pequenos e curtos movimentos repetitivos, o que causou murmúrios advindos do mais velho dos Novaks.

 Sem preocupação, Adam ajoelhou-se na cama ficando de quatro e abaixou sua boca em direção ao membro de Miguel. Ele o sugou enquanto fazia os movimentos de vai-e-vêm. Deixou-se ser guiado pelas mãos de Miguel por ter pouco conhecimento no quesito. Ele subia e descia, e podia sentir sua respiração falhar a cada segundo que se passava. Após lamber e mordiscar de leve a glande do mais velho, ele repetiu o ato anterior mais algumas vezes até sentir um gosto salgado invadir sua boca, logo tratando de engolir.

 - Oh, foda, Adam. - murmurou ele ao sentir que havia deixado todo o seu gozo sair. 

 - Você têm um gosto delicioso, Mi. - ronronou Adam sorrindo. Miguel o puxou para baixo de seu corpo e acariciou seu rosto. 

 - Eu quero foder você, Adam. - diferiu ele no mesmo tom de sempre, o que causou pequenos triunfos no corpo do menor - Eu quero foder a sua boca todas as noites. E principalmente foder a sua bunda, meu Anjo.

 - A-Ah, Miguel... - sussurrou ele.

 - Vamos, Adam, me diga o que quer que eu faça. - disse ele novamente vendo o membro do loiro subir repentinamente - Quer que eu foda você? Quer que eu enfie meu pau em você, Adam? Hm?

 - S-Sim, Mi, eu quero q-que você me f-foda. - respondeu ele entre gemidos, o que realmente agradou os ouvidos de Miguel.

 - Vire-se, Adam. - apenas disse ele, logo vendo o loiro seguir as ordens.

 Miguel parou e analisou a visão a sua frente. Ele devagar retirou a pequena calcinha de cor clara do namorado e viu que o mesmo insistia em corar todas as vezes que ele o observava. Miguel passou as mãos pela área e deixou-as cair até a região das coxas e virilha. Adam gemeu mais alto quando o moreno apertou devagar seu membro e brincou com sua glande recém úmida.

 O membro do mais velho que estava descoberto, batia contra as nádegas do menor e aquilo com certeza o deixava mais sensível e mais atordoado. Miguel abaixou-se até seu ouvido e sorriu. Ele continuou seguindo o ato de masturbar o menor, mas logo parou ao ver que este chegaria ao seu ápice. 

 - Eu vou entrar bem devagar, tudo bem? - indagou ele. Adam apenas afirmou com a cabeça - Você pode empinar mais pra mim, meu Anjo?

 O Novak notou quando o namorado ergueu mais as nádegas e sentiu sua ereção voltar a crescer. Ele encarou o buraco rosado do menor e ali deixou sua língua passar pelo local. Adam remexeu-se assustado com o desconforto. Miguel continuou o processo. Ao ver que o mesmo dilatava-se aos poucos, ele enfiou um de seus dedos levemente, e ouviu um grito abafado do menor. 

 Aos poucos Adam acostumou-se com a presença dentro de si e até mesmo rebolou um pouco. Miguel remexeu um de seus falanges dentro do menino e logo depois o retirou de lá. Ele aproximou-se do jovem e entregou-lhe dois de seus dedos. O menino sugou os dois deixando registros de sua saliva nele, como o moreno esperava.

 Ao voltar ao ato, Miguel pressionou os dois dedos agora dentro do rapaz, que desta vez soltou o grito, e isso fora um dos motivos que fizera ele continuar prosseguindo. Ele ouviu uma fungada e parou o ato. Ao encarar sua frente, notou pequenas lágrimas caírem sobre a face clara do menor. O fato de ter se lembrado do momento trágico na praia com o ruivo o deixou mais apreensivo do que já estava e tremeu. Ele assustou-se e parou na mesma hora.

 - Adam? Está te machucando? - ele perguntou e o garoto negou. Mesmo que ele soubesse que era mentira.

 - N-Não. - disse ele entre fungos.

 - Ei, meu Anjo, olhe para mim. - pediu Miguel. Demorou um pouco mas Adam cedeu. Ele notou os pequenos olhos avermelhados e sentiu uma pontada no peito - Eu não vou te machucar. Você confia em mim?

 Adam possuía as bochechas avermelhadas, cabelos bagunçados e olhos marejados, mas mesmo assim, Miguel parecia adorar ter a visão do garoto neste estado. Ele acariciou sua bochecha com o polegar livre e logo o puxou para um beijo. Devagar e sem pressa as línguas pareciam gingar de um lado para o outro. 

 Miguel repousou as costas do menor sobre o colchão e massageou sua cintura, o que possibilitou seus membros se encostarem. Com uma das mãos soltas e a outra prendendo o batente da cama, o moreno deslizou uma delas até o pênis do menor, que gemeu ao sentir ser tocado. Lentamente ele o masturbava. O sêmen de ambos se misturava quando batiam contra si próprios.

 O mais velho beijou a testa do rapaz e desceu os lábios da clavícula até o peito nu do loiro. A cada toque que recebia, ele se contorcia mais e mais. Miguel gentilmente mordiscou um dos mamilos rosados do jovem e o ouviu sussurrar seu nome. Em resposta, Miguel sorriu ao ouvir aquilo saindo dele. Seu nome soava tão bem saindo dos lábios finos do jovem Winchester, não importava como ele era diferido.

 - Abra os olhos para mim, Adam. - pediu Miguel quase num sussurro - Quero que você olhe para mim, meu Anjo.

 Devagar e totalmente constrangido com o estado em que permanecia, o menor abriu os esbugalhados olhos azuis-esverdeados. Ele sentiu-se mais envergonhado quando os notou que os olhos do namorado o cercavam através de cada ângulo. O moreno agora era dono dos olhos musgos cheios de ferocidade. 

 Quando viu que Miguel gastava seu tempo o observando de todos os modos possíveis, Adam fechou lentamente as pernas enquanto corava mais. O moreno abriu-as novamente com certa facilidade e sorriu de canto. O Novak apanhou as nádegas do loiro para si e preencheu seus lábios com os dele.

 - Miguel... - gemeu Adam baixinho - O-Oh porra..

 - Você está com vergonha? - perguntou ele quase rindo de lado. O loiro apenas assentiu com a cabeça confirmando o fato - Você é perfeito, meu amor.

 Manuseando os corpos como máquinas, Miguel e Adam rodopiaram pela cama até que parassem numa posição adequada. O loiro parecia estar mais nervoso agora pois podia-se escutar as batidas de seu coração totalmente acelerado com a forte respiração. O mais velho apenas estendeu o dedo indicador sobre os próprios lábios pedindo por silêncio, logo seguido por tal ato.

 - Eu prometo ir com calma, tudo bem para você,  Adam? - ele perguntou um tanto preocupado com o estado do mais novo.

 - Tudo bem, Miguel. - ele disse entre muxoxos.

 Miguel acariciou as coxas do garoto e subiu para sua virilha com pequenos e singelos beijos carinhosos. A luz do quarto estava apagada, mas a vela que tinha ao lado da cama, no criado-mudo, possibilitava a visão perfeita de como os dois estavam no momento. O moreno passou os lábios pelo canto do membro de Adam, o que o fez se arrepiar ao sentir a barba mal-feita do mais velho.

 O mais velho umedeceu mais ainda a entrada do garoto, que contorcia-se com a nova presença dentro de si. Miguel explorava cada parte com os dedos molhados. Ele parecia estar gostando de poder causar aqueles sentidos no pequeno filho dos Winchesters. Adam remexeu-se e segurou os cabelos de seu namorado com um tanto de força e pressão.

 - M-Miguel... - disse ele primeiramente e chamando a atenção do outro - E-Eu preciso de v-você. Oh!

 Com as mãos firmes, Miguel segurou Adam e gentilmente articulou-se, roçando a glande de seu membro sobre o pequeno buraco do jovem Ao sentir que o mais velho o penetrava, Adam arregalou os olhos e apertou os ombros de Miguel com mais força, marcando-os. Com certeza ficariam totalmente roxos no dia seguinte. O moreno colocou mais pressão e afundou-se dentro dele.

 - Porra! - gritou Adam. Duas pequenas gotículas saíam de seus olhos, mas ele não se importava. A dor era inicial pelo o que sabia.

 - Eu vou me mexer, Adam. Tudo bem para você? - indagou ele. A voz de Miguel costumava ser séria e rouca, e isso era o que mais agradava o loiro, principalmente nessa hora.

 - Faça-o! - pediu Adam quase que implorando, o que soou como uma ordem para o outro - P-Por favor, Miguel. 

 Aceitando o que o namorado pedira, o moreno agilmente penetrou mais fundo e focou-se em pequenas estocadas logo de início. Ele que pensara que a dor estava sendo insuportável apenas para o loiro, enganou-se ao sentir seu membro quase ser esmagado pelo pequeno buraco dele. Miguel saia e entrava lentamente apenas para torturar seu namorado, que soltava gemidos prazerosos, que antes eram de agonia.

 - M-Mais rápido, M-Miguel... - pediu ele em meio aos próprios gaguejos.  

 Miguel apenas assentiu e aumentou a velocidade em que penetrava o menor. Mesmo estando com medo de machucá-lo, o moreno prosseguia com os atos. Ele parecia estar sendo contagiado pelos olhos do menor, que pareciam estar em chamas e pedindo cada vez por mais. Adam soltou um grito ao sentir sua próstata ser atingida com uma das estocadas que recebera.

 O Novak prendeu a mão novamente no batente da cama de casal em que estavam, ao notar que o loiro segurava firmemente com as unhas esticadas o lençol branco da cama. A cada penetrada que recebia a mais, Adam sentia o corpo sendo colocado em estado de êxtase. Por mais que certo ponto ainda doesse, ele apenas pensava no lado onde a endorfina era totalmente liberado. 

 Quando os dois sentiram que iriam chegar ao limite, o mais velho virou-se rapidamente e deixou Adam sobre seu colo. O menino surpreendeu-se ao notar o que estavam fazendo. Ele encarou o maior com a face notavelmente rubra em tons escuros. Ele ainda sentia o membro dele dentro de si, porém desta vez por inteiro. Não poderia negar que aquilo não o deixava extremamente excitado. 

 Miguel com uma das mãos segurou as costas do outro para que ele não caísse e com a outra iniciou um processo de masturbá-lo. Adam mordeu os lábios mas não conteve os gemidos e os soltou. Ele não sabia o que fazer, e então quando deu-se por conta, estava rebolando sobre o membro totalmente ereto do mais velho. Miguel tombou a cabeça para trás e suspirou soltando um gemido.

 Adam sorriu involuntariamente ao ouvir seu nome sendo pronunciado de forma tão deliciosa dos lábios do moreno. Ele continuou o que fazia, mas desta vez mais rápido. O mais velho parecia ter entrado em estado de choque pois dizia coisas sem nexos e muitas vezes palavrões sujos. O loiro nunca imaginara que um dia ouviria o homem a sua frente diferindo tais palavras.

 Ao ver que não aguentaria, Miguel trocou novamente suas posições, ainda permanecendo dentro do loiro, e o colocou por baixo. Adam riu de lado quando sentiu uma pequena pontada de dor, mas não se importou. O Novak remexeu diversas vezes e de forma mais bruta. A cada estocada ele podia ouvir Adam gritando de prazer. Ele prendeu suas duas mãos sobre a cabeça e abaixou até seu ouvido.

 - Você é maravilhoso, meu amor.  - murmurou ele vendo o menor se contorcer por ele ter saído por completo de dentro dele. Miguel voltou a movimentar-se - Ver você assim aberto só pra mim me deixa louco. 

 - M-Miguel... - apenas disse isso e logo tomou o ar que lhe faltava nos pulmões - M-Me fode c-com força.

 O moreno surpreendeu-se com o pedido, mas ainda deste modo o seguiu. Ele via o loiro fechar os olhos e segurar-se para não gritar. Seus corpos estavam gravemente suados, mas não se importavam. Miguel acertava sua próstata com força e prosseguia com os atos. Ele largou um enorme chupão no pescoço do jovem, o que o fez sorrir ao sentir ser marcado.

 - Você é tão apertado que meu pau dói por você, Adam. - disse Miguel e logo sentiu seus espermas se misturarem.

 Os corpos tinham liberado todo aquele emaranhado embolo de sentimentos e sensações que dividiam. Eles se jogaram na cama e repousaram com os olhos fechados. Ambas as respirações estavam pesadas. Miguel os cobriu com o edredom e virou-se de lado unindo suas mãos com a do menor. Adam sorria.

 - Eu te amo. - sussurrou Miguel para o outro, que repetiu a frase em seguida.

 - Como foi? - indagou o mais velho agora lembrando que podia ter machucado o menor. Adam apenas mordeu os lábios um tanto envergonhado.

 - Podemos repetir? - pediu ele com os olhos brilhando. Miguel riu baixinho.

 - Quantas vezes quiser.