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História Luz dos meus olhos. ( Jikook ) - Capítulo 3


Escrita por: LinaJikook

Capítulo 3 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction Luz dos meus olhos. ( Jikook ) - Capítulo 3

Jimin.

Acordo sentindo fortes dores na cabeça. Abro meus olhos e não vejo nada. Pisco algumas vezes e nada acontece.

Sinto alguém tocar em minha mão.

— Quem é? — pergunto — Quem é você?

— Sou eu, Taemin — ele diz — Seu irmão e seu pai desceram agora pouco para almoçar.

— Por que a luz está apagada, onde estou? — pergunto confuso — Acende a luz!

— Está acesa... Você não está enxergando? — o Taemin me pergunta — Você está no hospital, sofreu um acidente quando voltava da tarde de autógrafos.

Eu me lembro da luz e do impacto...

— Quanto tempo estou aqui? — questiono — Por que não estou enxergando nada?

— Já faz cinco dias — Taemin explica — O médico disse que você sofreu uma forte pancada na cabeça, ele estava aguardando você acordar pra saber se houve sequela. Eu irei chamá-lo.

Ouço os passos do Taemin se afastando. Algum tempo depois, ouço os passos e algumas vozes desconhecidas.

— Boa tarde, sou o Dr. Choi, seu médico — sinto ele tocando no meu rosto, mais precisamente nos meus olhos — Vou levar você pra fazer alguns exames.

Sou colocado em uma cadeira de rodas e empurrado para algum lugar que não faço ideia.

Depois de diversos exames, sou levado novamente ao quarto.

— Meu filho, eu estava preocupado — ouço a voz do meu pai — Você está bem?

— O Taemin não contou? — digo enquanto sou colocado na cama — Eu não estou enxergando nada.

— Quando chegamos aqui o Taemin não estava, pensamos que ele estivesse com você — Ouço a voz do Kai, e sinto ele tocar em meus cabelos — Acho que daqui a pouco ele volta, deve ter saído para espairecer.

Fico deitado na cama em silêncio, pensando no que vou fazer da minha vida.


“— Como vou escrever sem enxergar?—” esse pensamento me aflige

“—Talvez o Taemin possa me ajudar. Talvez essa situação seja passageira. —” Penso por tentando me acalmar

— Filho, eu preciso ir para a empresa — meu pai diz beijando a minha testa — O seu irmão ficará com você hoje, amanhã eu venho pra ficar contigo.

— Tá bom pai — digo — Eu vou esperar o Taemin voltar, talvez ele fique comigo e o Kai poderá descansar.

— Tudo bem, até amanhã! — meu pai faz um carinho e logo ouço seus passos se afastando.

Kai se aproxima, arruma meus cabelos.

— Vamos, eu vou te ajudar a tomar banho — Kai diz me ajudando a me levantar — Vamos lavar os cabelos. Quero te ver bem bonito, como sempre foi.

Sorrio fraco, enquanto caminhamos para o banheiro. Depois do banho, meu irmão me ajuda a me vestir e arrumar meus cabelos.

— O seu jantar chegou — Kai coloca a bandeja sobre o meu colo, depois que eu me sentei — Consegue comer sozinho?

— Vou tentar...  — digo enquanto procuro o prato — Vai ser um pouco difícil...

Tento comer, mas acabo derramando comida sobre o meu peito.

— Deixa que eu te ajudo — o Kai me ajuda a comer — Agora bebe o suco.

Kai me entrega o copo, meus olhos estão marejados. Eu não resisto as lágrimas. Sinto o meu irmão me abraçar.

Tento me acalmar, bebendo todo o suco e me deito na cama.

— Sr. Park — ouço a voz do médico — Os exames que fizemos ficaram prontos. Talvez com uma cirurgia, você volte a enxergar. Não garantimos que volte imediatamente, mas...

— Não, eu não farei outra cirurgia — digo — Vamos aguardar um pouco mais.

— A decisão é sua — o médico fala —  Agora você precisa descansar. Amanhã eu volto pra te ver.

Deito novamente na cama, fico em silêncio tentando dormir.

Acordo novamente sem nenhuma mudança. Não sei se é manhã ou noite ainda. Fico quieto, pensando em como farei daqui por diante.

— Bom dia Jimin! — Kai fala perto de mim — Como está hoje?

_ Igual a ontem... Confuso, preocupado, triste e com muito medo — digo  — Vocês encontraram o meu celular?

— Sim, está aqui na mesinha de cabeceira — o Kai me entrega — Quer ligar para alguém?

— Sim, quero ligar para o Taemin — digo e Kai pega o celular que está na minha mão — Estou preocupado, ele não voltou ontem pra me ver.

Meu irmão suspira pesado, logo me entrega o celular e eu coloco no ouvido. Chama algumas vezes, até que ouço ele atender.

— Jimin... — ele diz ao me atender.

— Oi amor, estou preocupado com você! — digo — Você não voltou pra me ver...

Taemin fica em silêncio por algum tempo, eu ouço a sua respiração me dando a certeza de que ele não desligou.

— Eu não vou voltar... —  ele diz após um longo silêncio — Já estou saindo do seu apartamento, vou embora pra casa dos meus pais.

— O que houve, amor? — pergunto preocupado — Por que você vai embora?

— Eu preciso ir... Não dá mais pra ficar aqui! — ele diz de forma fria – Eu não quero te magoar...

— Mas... E o nosso casamentos? Você disse que queria se casar, que...

— Não quero mais! — Taemin me interrompe de forma rude — Você está cego, Jimin, como eu vou me casar com você desse jeito?

— Estou cego, mas ainda sou o mesmo de antes, Taemin, eu só não consigo enxergar — afirmo segurando o choro — Nada mudou...

— Como nada mudou, Jimin? — ele    diz quase gritando — Mudou tudo! Não vou me casar com um cara cego, ter que te carregar pra todos os lugares como um peso morto! Acabou Jimin, não quero mais me casar com você... Nosso noivado acaba aqui, pra mim você morreu!

Taemin encerra a ligação, e eu fico parado em silêncio com o celular ainda no ouvido, as lágrimas caem silenciosas. Sinto Kai pegar o celular da minha mão.

Meu irmão me abraça forte enquanto eu choro como uma criança.

— Eu já imaginava que seria assim — o Kai diz depois que eu conto tudo que o Taemin me disse —  Ele nunca te amou, sempre se aproveitou de você, Jimin. Infelizmente essa é a mais pura verdade.

Fico deitado na cama, me sentindo péssimo, um inútil, já que nem comer sozinho eu consigo mais. O Taemin tem razão em me abandonar, não tenho mais nada que desperte o interesse de alguém.

Alguns dias depois, recebi alta, o meu pai veio me buscar.

— Você vai para minha casa. Eu vou cuidar de você! — o meu pai diz ao entrarmos no carro — O Kai ira revezar comigo, cada dia um de nós vai para a empresa.

— Eu posso te pedir um favor? — digo e meu pai segura na minha mão.

— Você é meu filho, pode me pedir qualquer coisa — o meu pai diz colocando o meu cinto de segurança — Fala, o que você quer?

— Eu quero ser o mais independente possível — digo — Não quero ser um peso na vida de vocês. Eu ouvi falar de pessoas que são como eu, que levam uma vida normal. O senhor poderia pesquisar uma dessas escolas para cegos.

— Fico feliz em saber que você está tentando se adaptar — o meu pai diz e eu nego — Não está?

— Eu não estou tentando... — explico — Eu não tenho opção, é enfrentar a situação de cabeça erguida ou passar a vida sofrendo com a auto piedade. Como eu disse para um babaca que um dia eu amei... Nada mudou! Eu continuo aqui. Sempre fui forte, vou mostrar pra vida que eu não quebro tão facilmente. 



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